Por TCel Domingues - domingo, 26 de setembro de 2004 às 00:37 horas, pelo IP 200.98.5.28 minha opinião: Sábado, 18 de setembro, em Atibaia, voei num Curucaca, do Arthur, equipado com um motor 2300 cc feito pelo Magrão. A primeira coisa que se nota é o ruído do motor, que é diferente em termos de frequência sonora. O som é grave e encorpado, característica de comando para baixas rotações e pouca taxa de compressão. Lembra um motor aeronáutico. A rampa de subida é feita com 500 pés/min, com o motor a 2500 rpm. Em cruzeiro, a rotação cai entre 2200 e 2250 rpm. A temperatura de óleo, voando, não ultrapassa 90°C, ficando em média 80°C. O único momento em que vi a temperatura subir mais que 90°C foi no solo, após o vôo, com o motor em marcha-lenta e no corte (já estava a algum tempo nessa rotação no solo e parado). Está com mais de 600 horas, segundo o Magrão, e sua aparência é de motor que está em operação há muito tempo, pois sua pintura já está descolando. Esse inclusive é um sinal de longo tempo de uso sem intervenção profunda, somente manutenção básica. Aqui, motores automotivos e aeronáuticos não diferem em nada. O segredo de um motor durar é sua temperatura operacional dentro dos limites de material. O do Magrão se comporta bem, mesmo esse 2300, que é grande em termos de VW ar. Esse motor provavelmente não empurraria um girocóptero biplace com duas pessoas e pesado, é muito tranquilo para tal feito. Já fizemos um 2300 para giros que era bem mais forte, mas seu virabrequim não aguentou o esforço. Em resumo, a impressão sobre o motor do Magrão foi favorável. Esse motor seria um candidato a ser desmontado para medição de suas folgas e estipular um TBO. Vai depender do dono da aeronave ter esse motor substituído por outro igual ou melhor. Assim já se poderia avaliar um motor que operou muito tempo. Quem quiser ver essa aeronave, ligue para o Magrão e o Artur.