JUREMA-ANGICO (Acacia cebil)
No Adjunto da Jurema esta variedade de Jurema tambem e´ usada  no preparo do AJUCA´...A JUREMA-ANGICO e´ muito comum em todo o Brasil e outros paises da America do Sul sendo ainda hoje considerada como planta sagrada por inumeros povos que a usam em seus rituais; Dependendo da regiao recebe diferentes nomes: Jurema-angico, Jurema-vermelha, Jurema-de-kurupa, Angico Ria´, Curupai, Parica´, Cebil, Huilca, etc. Suas vagens sao usadas juntamente com o maracuja´-de-curuba, ou maracuja´-de-poncho, no preparo do "AYUKA´-DE-COROADO", cuja base  e´ o vinho de curupas.
A JUREMA-ANGICO  ocorre em forma nativa tambem na regiao andina....Existem achados arqueologicos que demonstram que esta Acacia era usada nas cerimonias religiosas dos nativos daquela regiao desde muito antes do ano 2.000 a.c...Teve grande importancia religiosa e cerimonial na chamada  "civilizaçao de Tiawuanaku", na Bolivia, entre outras, estando muito bem documentado seu uso sagrado, posteriormente, pelos INCAS.


Resquicios desse uso ancestral cujo apogeu foi cerca de 8.000 anos antes da era crista sao encontrados ainda hoje em toda a America andina centro-meridional e em varias partes do Brasil.
Relatos de historiadores, tao antigos quanto os do seculo XVI, relatam que a Acacia cebil, a nossa Jurema-Angico era muito estimada pelos Incas, que a chamavam VILLCA ou HUILLCA, palavra Quechua que significa simplesmente "SANTA", "SAGRADA". Com esta ACACIA os Sacerdotes Incas ("VILLCA HUMU") celebravam seus rituais magico-religiosos...nos quais bebiam solenemente  a "CHICHA COM VILLCA" , a bebida sagrada dos Incas, a qual se referiram diversos relatos historicos.
Entre os povos indigenas brasileiros a Acacia cebil tambem foi de grande importancia no contexto magico-religioso em diversas regioes, mormente na regiao nordeste onde esta Acacia e´, ainda hoje,  conhecida e venerada como "Jurema-vermelha",  "Jurema-de-curupa", "Jurema-angico", "Angico-real" ou simplesmente "Angico".
Os indios do nordeste, principalmente na regiao de Alagoas (Kariri-Xoco´ , Tingui-Boto´ , Xucuru-Kariri, etc), guardam ainda hoje o costume de confeccionar com a madeira desta arvore seus cachimbos sagrados (os chamados  "Xanducas"), sendo suas sementes um dos ingredientes m´agicos do fumo (marca) dos mestres.