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Oficina

Levei meus poemas
para uma oficina.
Quem diria,
consertar poesia!
Nos meus sentimentos
nas minhas inquietações,
melhorar a gramática
fazer novas construções.
Tarefa árdua e
difícil de digerir.
Todos matando meus versos
sem piedade.
Poetas desleais.
Escuto com paciência.
Controlo meu desejo:
Dizer não,
isto eu jamais mudaria.
Agirei com maturidade,
a escolha foi minha.
Os poemas mexidos
serão outros, outras versões.
Com novas correções.
Serei outro poeta.
Melhor ou mais flexível.
Serei incorrigível!

Ana Mello
anaelyod@yahoo.com.br