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RELEASE
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CAETITÉ
A TERRA, A CULTURA E SUA GENTE
  Vindo morar em Caetité, o Prof. Bartolomeu Mendes rápido se afeiçoou à terra, encantando-se com o rico e farto material histórico do lugar - justo ele, que viera lecionar História na recém-instalada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caetité - berço do atual Campus VI da UNEB.
   De suas várias entrevistas com moradores de todas as idades, sentiu a necessidade de consignar num volume aspectos da memória local que, doutra forma, não subsistiriam. Personalidades sempre cultuadas, pela primeira vez, viram-se lado a lado com figuras típicas e populares, como é o caso de "Zuza", ou movimentos populares como o CECCA (Centro Estudantil e Cultural de Caetité), com o célebre movimento que redundou na greve de fome dos estudantes a fim de pressionar a Prefeitura da época a manter a Residência Estudantil em Salvador...
   Lançado em 1996, pouco antes da segunda edição do "Caetité, Pequenina e Ilustre", da Profa. Helena Lima, ambos constituem-se referência obrigatória a todos que buscam conhecer o nosso passado.
   Qual um rico mosaico, ali o leitor encontra passagens interessantes de nossa História, bem como inteiro cumprimento à proposta do Autor: "subsídio para a história local".
EXCERTO:
  O Movimento CECCA, iniciado nos fins dos anos 70 deste século (1978), capitanteado pelo CENTRO ESTUDANTIL E CULTURAL DE CAETITÉ, destinado a promover a cultura local, resgatando o movimento cultural da cidade, marcou o começo de uma nova era.
   O CECCA, nascido nos espíritos rebeldes e empreendedores de jovens de Caetité, como Elias Moreira, José Rodrigues Filho (Zé Queijo), Olimar Oliveira, Antônio Joaquim Cotrim Gomes (Tonho de Rosalino), Dra. Fátima, Moisés Bebé, Cristiane, Margareth e outros, teve como sede inicial uma casa situada à rua São João, depois, com o apoio da Igreja Católica, através do Bispo Eliseu Oliveira, passou a sediar-se no Palácio Episcopal. Em ocasiões de grandes concentrações era utilizado o Círculo Operário. Como grupo cultural, o CECCA trouxe para Caetité o Teatro Oficina, chegando a encenar peças como
O Pagador de Promessas de Dias Gomes, a realizar recitais de poesia e a editar vários Cadernos Literários.
   Em agosto de 1978 a Prefeitura Municipal de Caetité alugou em Salvador, na rua Luiz Gama, na Mouraria, um imóvel, com o objetivo de se fundar a CASA DOS ESTUDANTES CAETITEENSES. Depois a Casa do Estudantes foi transferida para a
Vila Laura em fins de 1979. Nesta época, o governo caetiteense, insatisfeito com as atitudes políticas dos estudantes residentes, ameaçou fechar a residência. O CECCA organizou um movimento de resistência que culminou com a famosa GREVE DE FOME de maio de 1980 (...)
Textos de Bartolomeu de Jesus Mendes - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - 2003 - Todos os direitos pertencem ao Autor.
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"Um livro indispensável"
                           Helena Lima Santos