Textos Rodoviários & Gravuras |
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"Um dia acordei e pensei tudo isso... Não me interessa fazer uma arte que retrate o pior da realidade, embora esteja impregnada dela. Minha intenção é subvertê-la a meu favor e daquele que me observa. Construir ambientes onde seja possível fluir livremente como uma entidade gasosa. Constato, mas não sou vista, sou voyer. Não faço apologia das dores do mundo, para lucrar simpátia fácil. Não me interessa panfletagem inútil. Faço minha parte e ainda faço além. Vejo poucos com ação além do umbigo; faço o que posso e não preciso de auto-propaganda filantropica pra ganhar cadeira no céu. Deixo minha arte livre disso... Prefiro uma plástica ilha balsâmica de pausa, cor e torpor. Respirar na névoa ébria, quero cura e esquecimento para tudo aquilo que enche o saco. Uma antítese às coisas ruins, uma porta de fuga num ônibus lotado." |
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Acima - "Trânsito" Monotipia à óleo sobre 2 folhas de papel vegetal sobrepostas 30 x 45 cm - 2005 |
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"Watching TV" Monotipia à óleo sobre papel vegetal sobreposta com folha de acetato transparente impressa por xerox 25 x 30 cm - 2005 |
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"Inferninho" Monotipia à óleo sobre 2 folhas de papel vegetal sobrepostas 30 x 45 cm - 2005 |
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Ônibus "Sou torturada todos os dias, acondicionada em salas de desequilíbrio com hordas de outros torturados em surtos insanos, sem ar...sem ar... Sufocada aos poucos, envenenada com a doença e neurose dos outros sem ar sacolejando Aushwitz carne de açougue dependurada, sendo sufocada por outras carnes enlatadas cada vez mais expremidas, certezas comprimidas todos os dias, expelindo egos de uma resistência condenada sem ar valha-me a arte me esvanesço de meu corpo." |
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"Red & Blue" acima, "Blue Blood" abaixo Ambas, monotipia à óleo sobre papel vegetal 30 x 45 cm - 2005 |
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Volta pra Casinha |