ENTREVISTA : ZORATES

Bruno >/>  Fale um pouco da banda, como começou, vocês já tocaram em outras bandas?

Fawster (G/V) – O Zorates surgiu em ’98 com a proposta de mesclar estilos mais expressivos como o Death, o Thrash e o Grind, que correm com mais intensidade em nossas veias. De inicio cantávamos em português, lançando inclusive a devo Vergasta (fins de 00). Como tínhamos a intenção de explorar o mercado exterior, e sabendo que ele esta voltado para a língua inglesa, passamos a compor em inglês, apesar de jamais ter passado em nossas mentes abandonar nossas origens.

Ayslan (G) – Temos o cuidado de trabalhar uniformente em nossas em nossas composições para que elas soem legais não só para nos mas como para os demais. Temos algumas letras em português como “Descarrego” e “Motin” que estarão sendo musicadas nos próximos meses.

Lucas (D) – Eu toquei no “Return” e no “Demolidor”; O Ayslan só fez alguns ensaios com uma banda chamada “Noxia” que não prosperou muito. Quanto ao Kaue (B), e a primeira experiência dele em banda, e o Fawster já e tarimbado. Desde 86/87 que ele toca em banda; começou a ouvir Metal e logo em seguida montou uma banda. Ele e asilado demais! Dedicou sua vida inteira a bandas como Brutal Death (86/87), Morti Domini, que não prosperou (89), Fahrenheit (90), Scud (92), Demolidor (94) e agora ao Zorates, que segundo me parece, esta sendo a maior época de sua vida, pelas condições financeiras e pela união integral dos membros. Estamos juntos quase todos os dias, quando isso não e possível, nos comunicamos pelo telefone.

Bruno >/> Qual o próximo passo da banda ? Pretendem lançar um novo Cd?

Ayslan – Nossos recursos financeiros são limitados e não há, por enquanto, condições de arcarmos com um projeto desses. Aqui em Teresina, existe um projeto municipal de apoio e incentivo a cultura, que libera verba, após aprovação do projeto, para realizar o mesmo. Temos o nosso pronto para ser entregue, pois a referida lei esta temporariamente suspensa.

Lucas -  Queremos agora em fevereiro começar a gravar nosso segundo demo, que será o cartão de visita ao nosso Cd oficial. Será bem diferente de “Vergasta”, com musicas mais pesadas e agressivas, mais haver com o que queremos para a banda.

Kaue – Queremos também fazer shows fora para mostrarmos nosso som aos bangers alucinados por um verdadeiro e visceral Heavy Metal.

Fawster – Alem disso tudo ai, temos em mente produzir um vídeo de aproximadamente 30 a 40 minutos, com imagens de shows, do nosso dia-a-dia, as zoeiras que sempre fazemos e entrevistas com a gente e amigos.

Bruno >/> Parece que saiu resenhas muito boas em revistas, isso ajuda na divulgação do ZORATES?

Fawster – Ajudam muito. Não só as resenhas em revistas, mas principalmente em fanzines que acredito atingir os mais reais dos reais headbangers. Possuímos um enorme ciclo de amizades que estão nos ajudando muito na nossa divulgação. Quando mandamos material para revistas como Valhalla, por exemplo, e para divulgarmos a banda em lugares onde os zines não conseguem chegar. Somos gratos a todos! Nossa intenção e que o mundo todo conheça nosso som, nem que isso custe um pouco.

Bruno >/> Que tema vocês abordam nas letras do ZORATES?

Ayslan  -  As mais variadas possíveis, como o caos social, e experiências pessoais, sempre equilibrando bem os contextos em relação a cada musica, para não desviarmos a idéia. Uma letra completa a outra.

Bruno >/> Quais as influencias do ZORATES?

Fawster – Somos influenciados por Sepultura, Cannibal Corpse e Krisiun, ou como queiram, por estilos respectivos. Unimos as palhetadas e trampo do Thrash, o peso e a visceralidade do Death, e a violência extrema da velocidade do Grind. Eu particularmente venero bandas como Sodom, Kreator e Destruction. Essa trinca e foda! Soamos as vezes meio oitentistas, mas e porque a maioria das bases sou eu quem as compõe. Existe hoje em dia, pelo que tenho lido a respeito, muitas bandas que estão aderindo a essa idéia. O Metal já esta muito mistureba com bandas que proliferam suas modas purulentas e se usam do “poder” ($) para tentar fazer uma lavagem cerebral. Mas só se deixam levar os mentes fracas. Longa vida ao real Metal caralho!!!!!!!

Bruno >/> Como e a cena Underground no Piauí? Há bastante espaço para bandas novas?

Ayslan – Existem muitas bandas, e o que e melhor, todas de estilo diferentes. Citaria Pecatorium (black), e Empty Grace (death/black) que são bandas novatas e que merecem todo o apoio.

Fawster – Tem o Odious (death/black) de Picos, cidade ao sul do estado. Os caras fazem um som porrada e bem atitude! Tem futuro aqueles caras!!!!! Em relação ao espaço as bandas, procuramos sempre dar espaço a elas, e ajudar em outras coisas no que estiver ao nosso alcance.

Lucas – Os locais para shows, em geral, não duram muito tempo. Acho que e porque nenhum proprietário e banger. Teresina e uma cidade que só possui como diversão global as danceterias que são um antro de prostituição , trafico de drogas etc. Existem pessoas que preferem sentar a mesa de um barzinho, com amigos e adjacentes, para conversar, ao som de uma musica agradável. Só que os donos de bares não tem mente aberta o suficiente para saberem dosar suas atrações. Determinar dias na semana para outros tipos de musica, e todo sábado Heavy Metal, no domingo colocar um telão com filmes ou vídeos de bandas. Acredito que seria um point referencial para todo mundo, gerando $$$$ para o proprietário. Quando tem show Heavy em bares, e certeza venderem todo seu estoque de cerveja e refrigerante, principalmente de tocarmos nele, pois nos tomamos tudo (risos!). 

Bruno >/> Obrigado pela entrevista e deixe um recado para leitores (internautas) do BSP do Rock.