Sorva de meus lábios... o amor.
Sorva de meus lábios...
Sorva de meus lábios intrínsecos sabores lúgubres
Traga dos meus ais, a essência atroz do que restou
Inexiste em mim que seja a flor do viço
Desabrocha em manchas balsâmicas o peito meu

Infiras ao meu pranto que por ti verte
Acaulete o resquício de vida que em pertinácia
Acosta-se ao último sufrágio à busca do sopro
Comiseres a nulidade em que espera
Novamene és ré do acometido porvir.

No póstero ao volver sentido a este débil ser
O perceberás declinados no fruto do que lavras por ora
Provarás compaixão por ato a ti assenhoreado
Sorverás o mesmo agravo que me fere o ventre
Dissiparás em luto todo o zelo teu.



VOLTAR