O SISTEMA DE ESCOLHA DO PASTOR

Fonte: E-Jesus.com

Poucos tem se apercebido de como é ingrato e tremendamente frustrante a maneira como as igrejas escolhem os seus pastores e como os pastores escolhem as suas igrejas. Não existe nenhum estudo preliminar sobre as possibilidades do certo ou errado na escolha a ser realizada. Tudo é feito mais ou menos no escuro, "orando" para que as coisas se encaixem nos seus devidos lugares e a felicidade aconteça para ambos os lados: pastor e igreja.

Por quê o modelo de escolha pastoral no Brasil é falho? Porque na maioria das vezes o único critério utilizado pelas igrejas para a escolha dos pastores é convidar alguns candidatos para pregar em um culto dominical. Dependendo se a pregação foi boa ou não, convida-se ou não se convida tal pastor. Este método é subjetivo. O pastor pode escolher a sua melhor mensagem e pregá-la muito bem e depois não ter mais o mesmo desempenho. Alguns membros podem gostar e outros não. A liderança ficará dividida e em dúvidas.

Gostaria de apresentar algumas sugestões, tanto para pastores como para igrejas, em como melhorar o processo de escolha pastoral. Os benefícios serão muitos e haverá um casamento feliz e mais duradouro entre a igreja e o pastor.

 

Do ponto de vista do pastor o que ele deve fazer para escolher bem a igreja em que irá pastorear.

1. Filosofia de Ministério. Poucos são os pastores que tem uma filosofia de ministério. O que vem a ser isto? Podemos definir filosofia de ministério como:...............".

Esta filosofia de ministério deveria ser o primeiro item a ser consultado pelo pastor quando receber o convite para pastorear uma determinada igreja.

2. Conhecimento Prévio da Igreja. Ao receber um convite o pastor deveria gastar um pouco de tempo em conhecer a igreja que o convidou. Aceitar o primeiro convite que aparece é mais ou menos semelhante a um jogo de advinhações. Nunca se sabe com certeza quais as possibilidades de um ministério bem sucedido. Como poderia um pastor conhecer melhor a igreja que o convidou? Vejamos algumas idéias:

(a) Telefonar para algum colega que mora na cidade onde a igreja está localizada. Boas informações poderão ser coletadas também com colegas de outras denominações que estão na cidade há alguns anos. Você poderá perguntar sobre o conceito daquela igreja na cidade, entre os pastores da Ordem de Pastores. Use o seu bom senso para filtrar as informações de colegas que gostariam de pastorear aquela igreja mas não tiveram a oportunidade para tal, ou ainda de colegas que pastorearam aquela igreja e tiveram insucessos.

(b) Visitar a igreja em um dos seus trabalhos também seria uma boa idéia. Seria um pouco complicado se você tem parentes ou conhecidos naquela igreja, mas não custa tentar. Não avise a ninguém da sua visita e não se apresente oficialmente aos líderes da igreja. Observe como é a liturgia, como os crentes participam do culto, como os visitantes são recebidos.

3. Anuência da Família. A família do pastor é por incrível que possa parecer a chave tanto do fracasso como do sucesso ministerial. Os pastores geralmente não prestam muita atenção no que a sua família esta tentando lhe comunicar. Ele está tão absorvido no seu trabalho e nas oportunidades que surgem que se torna insensível aos sentimentos de sua esposas e filhos. Duas coisas que eu aprendi com amigos e que tenho procurado colocar em prática, e nas vezes em que eu não obedeci estas simples regras eu sofri tremendas conseqüências.

Em primeiro lugar, "NEM TODAS AS PORTAS ABERTAS SÃO CONVITES PARA ENTRAR". O pastor gosta de "espiritualizar" muitas coisas, principalmente as oportunidades de trabalho. Geralmente ouvimos a famosa frase: "Deus está me abrindo um porta para tal lugar". O ministro faria muito em lembrar o que Lucas descreve em Atos 16:6-9 quando o grande apóstolo Paulo foi impedido pelo Espírito Santo de realizar um ministério que aparentemente era o que deveria ser realizado, todavia, Deus tinha algo melhor para Paulo e para o avanço do cristianismo. Se você está com alguma porta aberta à sua frente, ore muito para ver se Deus quer que você entre por ela ou se você deve esperar do lado de fora até que ele mostre uma outra opção para você.

Em sugundo lugar, "NÃO VÁ PARA UMA CIDADE OU IGREJA QUE A SUA FAMÍLIA NÃO QUEIRA IR". Esta regrinha é fundamental para um bom pastorado. Aqueles pastores que tem desafiado as suas famílias e aceitam pastorado onde os filhos e principalmente a esposa não querem morar, tem derramado muitas lágrimas solitariamente em seus gabinetes pastorais. Os pastores deveriam levar mais a sério os sentimentos de seus famílias. Muitas vezes os filhos estão acomodados em suas escolas e com muitos amiguinhos com os quais brincam todos os dias; a esposa tem amigas na cidade, as vezes tem até mesmo um emprego que muito ajuda no orçamento familiar. Desestruturar toda a família é um preço muito alto a ser pago pelo pastor.

4. Entrevista com a Liderança. Estas entrevistas geralmente estão mais limitadas as grupo de presbíteros ou diretores da igreja. São as pessoas que estão na liderança e que foram eleitas para tais cargos. O problema desta entrevista é que na maiorias das vezes, nem a liderança e nem o pastor sabem o que perguntar uns aos outros. A conversa é vaga e não produz resultados efetivos. Termina-se a entrevista e a maioria das dúvidas não foram respondidas. Portanto, peça que faça parte desta entrevista outras pessoas líderes da igreja: jovens, adolescentes, homens e mulheres.

Antes de ir para esta entrevista, faça uma lista de todas as coisas que você gostaria de perguntar, inclusive das coisas que mais preocupam o pastor e que geralmente não se pergunta para mostrar um "ar de espiritualidade". Perguntas tais como: salário, décimo terceiro, férias (o pastor deve pedir 1/3 do seu salário antes das férias, isto faz parte da lei brasileira), fundo de garantia (8% do seu salário deve ser depositado em uma caderneta de poupança), casa, escola para as crianças, água, luz, telefone, carro e manutenção mecânica e combustível. É melhor esclarecer o que a igreja oferece para que depois não se dê lugar a ressentimentos de ambas as partes.

Deve-se perguntar ainda o que a liderança espera do seu pastorado. Quais são as expectativas quanto a sua vinda. O que eles querem ver mudado, o que deve ser deixado como está. Qual o envolvimento dos líderes no dia a dia da igreja. Eles ajudam no cuidado dos crentes. Perguntar e esclarecer é melhor do que começar tudo no escuro e tatear para encontrar as soluções mais tarde. Finalmente, seria muito bom se a sua esposa estivesse presente nesta entrevista. Muitas vezes as igrejas não estão tão somente contratando o pastor, mas também a sua esposa. A igreja quer que ela comande o grupo de senhoras, lidere as reuniões de oração, cante no coral, toque o piano e outras coisas mais. Que fique bem claro desde o começo do seu pastorado que a igreja está contratando a você e não a sua família.

 

Do ponto de vista da igreja o que ela deve fazer para escolher bem o seu pastor

1. Suas Reais Necessidades. A liderança oficial em conjunto com algumas outras pessoas representativas dos vários grupos da igreja deveria estudar com mais vagar o que é que realmente a igreja está precisando do novo pastor. As igrejas são as vezes tão inocentes nesta escolha, que elas pensam que o pastor pode realizar bem todos os ministérios. Isto é um contra-senso e não é bíblico. Os pastores também tem dons e ministérios. Uns são evangelistas, outros pregadores, outros conselheiros, outros visitadores, alguns são administradores. Se uma igreja quer expandir e crescer em número, o mais lógico seria contratar um pastor evangelista; se ela quer ser um bom centro de aconselhamento familiar, deveria contratar um pastor que goste de aconselhamento pastoral.

Infelizmente não é assim o processo de escolha porque as lideranças que muitas vezes são bem alheias a vida da igreja não sabem as suas necessidades do rebanho. Contratam um bom visitador quando gostariam de ter um mestre na palavra, ou contratam um mestre na palavra quando gostaria de ter um evangelista. O que mais me impressiona na liderança das igrejas, é que na maioria das vezes esta liderança é que composta de homens e mulheres que são pessoas bem sucedidas na sociedade. São pequenos empresários, profissionais liberais, pessoas empreendedoras e que são criteriosas em tudo o que realizam para si mesmas. Todavia, quando se trata de contratar um pastor para a igreja, não usam critério algum. Isto é difícil de entender.

2. Comissão Pastoral. Aqui no Brasil, geralmente quem entrevista os pastores é a liderança oficial da igreja. Esta liderança ouve muito pouco a igreja no processo de contratar e demitir um pastor. Seria muito bom de começássemos a promover em nossas igrejas o que em outros países já se tornou uma realidade. Constituir um comissão que teria representantes dos vários grupos da igreja (homens, mulheres, jovens, adolescentes, oficiais) para que estes pudessem escolher um pastor adequado para as necessidades da congregação. Esta comissão deve ser constituída pela assembléia da igreja e a ela deve-se reportar. Ela não deve ser subordinada ao conselho ou diretoria. Deveria ser independente para realizar o seu trabalho e apresentar o resultado final em assembléia.

3. Filosofia de Ministério. Tendo determinado as reais necessidades da igreja e constituído uma comissão que já foi devidamente instruída sobre o assunto, deve-se buscar no mercado aquele pastor que viria a preencher os requisitos já formulados anteriormente. Pede-se de cada pastor interessado na igreja o seu currículo e também a sua filosofia de ministério. Somente assim a comissão poderá determinar qual pastor será mais adequado para as suas necessidades.

4. Entrevista com o Pastor. A mesma linha de conduta estabelecida acima para o pastor deverá também nortear a igreja. Deixe bem claro o que é que se espera do pastorado de tal pessoa, quais são as expectativas, quais são os programas que a igreja tem e que gostaria de ver mantido. Determinar claramente quais são os benefícios financeiros e o que a igreja oferece além do salário.

É possível que depois de passar por tais baterias de testes, a igreja venha a contratar um pastor que realmente vá fazer grande diferença na sua história e quer vá marcar a vida daquela igr nneja positivamente. É verdade que os passos acima descritos dão trabalho e que muitas vezes é muito mais fácil passar por cima dos mesmos, pois afinal temos pressa na obra do Senhor, não é verdade? Todavia, e isto para pastores e igrejas, olhemos para trás e vejamos aonde esta pressa tem nos levado. Temos visto igrejas e mais igrejas que entra ano sai ano e elas continuam exatamente como sempre estiveram: estagnadas nos seus cento e poucos membros. Elas não vão nem para frente e nem para trás. São comunidades frustradas e frustrantes, portadoras de uma mensagem que não trás mais vibrações aos corações sedentos de uma água viva. É sempre a mesma coisa.

Faço um desafio aos pastores colegas do mesmo ministério. Não aceitem qualquer convite sem antes pensar e orar sobre o mesmo. Uma experiência frustrada aqui, um ministério mal sucedido ali, uma derrota hoje e uma dúvida para o amanhã. Todas estas coisas vão contribuindo para matar em você a sua vocação. Você vai ficando desacreditado da igreja e das lideranças. Você não confia mais nos crentes e está completando desiludido inclusive das mensagens que você prega, porque elas não mais verdades para a sua vida e para o seu ministério. É hora de dar um basta em tudo isto. Renove o seu compromisso com o Senhor que lhe chamou e espere pela porta que ele por certo abrirá para você, e então você poderá experimentar a mesma sensação gostoso de Paulo: "Assim que teve a visão, imediatamente procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho" (Atos 16:10).

No próximo capítulo eu quero mostrar a importância de conhecer bem a cultural eclesiástica de uma igreja e assim se preparar melhor para o choque cultural e evitar que este choque venha a matar o seu ministério logo no início do pastorado.

 

 

CULTURA ECLESIÁSTICA

Uma das grandes falhas na educação teológica é que os pastores não recebem treinamento na área de antropologia cultural. Esta lacuna tem sido preenchida nos cursos de missiologia que tem surgido nas várias escolas de missões no Brasil. Esta lacuna, eu creio, tem sido a causa de muitos pastorados infelizes e consequentemente a alta rotatividade encontrada no ministério.

Ao entrar em um nova cultura tem que se ter em mente os estagios pelos quais passarão a pessoa que está iniciando na cultura hospedeira, no nosso caso o pastor e a igreja. Em primeira lugar existe a fase turistica. Neste início tudo é deslumbrante. As igreja é boa, os crentes são sensacionais, a cidade é maravilhosa. Esta é a fase dos descobrimentos e é semelhante a alguém que sai para um passeio turistico. Em segundo lugar vem a fase de acordar para a realidade. Isto ocorre depois de um tempo naquela maravilha e o pastor cai em si de que a igreja não é tão boa assim, tem falhas nos departamentos internos, os presbíteros não são tão simpaticos como pareciam ser, a escola das crianças apresenta uma série de defeitos. É neste período que começam as comparações com as oiutras igrejas e geralmente a igreja atual perde nestas comparações. O pastor está agora entrando na terceira fase: a do choque cultural. Neste momento, ele está defronte de uma encruzilhada. Ele tem duas opções: lutar contra o sentimento de rejeição e aceitar o novo desafio pela frente, ou ceder aos pensamentos negativistas e preparar as malas para a próxima igreja.

Conhecendo estes detalhes, ajudará o pastor a se preparar melhor para enfrentar a batalha da transição pastoral. Ele faria muito bem em compartilhar isto em uma linguagem apropriada para as crianças e a esposa. A transição continua sendo uma coisa complicada, mas certamente será mais amena e o pastor saberá lutar contra os problemas que ela acarreta. Um dos problemas da transição é o uso adequado do tempo, principalmente o tempo para as novas mudanças que o pastor que implantar. A seguir gostaria de delinear alguns aspectos que envolvem mudanças na vida da igreja.

Recentemente tenho pensado e procurado desenvolver o que eu chamo de "cultura eclesiástica". Isto poderia ser defindo como: o conjunto de normas e condutas que deteminaram o "ser" de uma igreja. Cada igreja tem uma característica toda peculiar e portanto seríamos inocentes em pensar que as igrejas são iguais, que algo que foi feito em um comunidade também poderá ser realizado neste nova a ser pastoreada. Partindo deste raciocínio errôneo, o pastor assume a igreja com mil idéias em sua cabeça e ele crê no seu íntimo que é isto mesmo que a igreja precisa e que receberá as inovações com os braços abertos.

Nada mais longe da realidade tal pensamento. Vejamos alguns detalhes que contribuem para que as novas ideias do pastor não produzam os resultados esperados.

1. Falta de Confiança. Toda troca de pastor automaticamente gera no meio a comunidade um certo desânimo (muitas vezes é difícil de percebê-lo porque o mesmo está encoberto pela expectativa da chegada do novo pastor). Os crentes que estão na igreja há muito já experimentaram quase todas as idéias que conduziriam o povo a um entusiasmo crescente para com as coisas de Deus. Os últimos pastores fizeram desafios, mudaram o horário dos cultos, introduziram células familiares, grupos de orações nos lares, evangelismo de casa em casa e tantas outras coisas. Agora chegou a sua vez de trazer inovações. Por quê você acha que o povo receberá todas as suas idéias de braços abertos? Pense por um instante! Por quê deveria um crente passar por todo o trabalho de mudar isto, se integrar naquilo, se assim que você sair daquela igreja, o novo pastor irá mudar tudo outro vez? Não é exatamente o que você está fazendo agora? Não está você desmantelando tudo o que o seu antecessor fez?

A confiança no ministério pastoral não é adquirida por causa da posição em que o mesmo ocupa, mas é conseguida lenta e gradualmente. O povo quer ver o compromisso daquele pastor com a comunidade, quer ver se no final de ano ele não irá abandoná-la por outra igreja que paga um salário mínimo a mais do que ele recebe hoje, quer ver o seu compromisso com os programas que aparentemente não estão indo bem e ver se ele os abandona na primeira dificuldade.

 

2. Falta de Conhecimento Histórico. Seria muito bom ao assumir uma igreja que o pastor lesse as atas da diretoria dos últimos dez anos. Ele iria descobrir todos os projetos sonhados. Aquilo que realizado, aquilo que foi abandonado no meio do caminho. Uma outra fonte segura para conhecer a igreja, é ler os boletins dominicais de alguns anos passados. Estes boletins sãio fontes históricos de como a comunidade se desenvolveu nos pastorados anteriores. É interessante notar que muitas das idéis brilhantes do novo pastor já foram tentadas. Uma que já testada várias vezes é o que chamamos de células familiares ou grupos pequenos. Este programa é muito dificil de ser implantados e a comunidade já não tem mais entusiasmo para uma nova tentativa.

Não estamos aqui sugerindo que não se faça mais nada de novo nas igrejas, que programas que não deram certo não podem ser tentados novamente. Muitos podem e muitos darão os seus frutos, todavia, estamos sugerindo que o pastor saiba o que já aconteceu na igreja antes da sua chegada para evitar embaraços de propor algo que já foi tremendamente frustrante para o povo e que ainda está na memória do mesmo.

3. Falta de Humildade. A falta humildade de muitos pastores é também fator contribuinte para o insucesso pastoral. Pastores que não são abordáveis pelos seres mortais que compõem a comunidade. Eles mantém um atitude distante do povo e portanto não conseguem ouvir os anseios da comunidade. Sugestões para melhoria e ou novas idéias não chegam ao ouvido do pastor "sabe tudo". Não é de se admirar que quando os problemas ocorrem, este pastor ficará sozinho, pois não terá ninguém ao seu lado, a não uns dois ou três dirigentes da igreja que por terem o mesmo estilo de mando e domínio se aproximaram do pastor.

Esta praga é geralmente encontrada, por mais incrível que possa parecer, nos pastores novos. Estes que recentemente foram formados nos nossos seminários. O indivíduo sai da escola de teologia com a cabeça cheia de um academicismo arcaico, de uma teologia importada dos Estados Unidos do início do Século 20, que não tem nada, absolutamente nada a ver com a realidade do nosso povo, e chegam nas igrejas como os "senhores" do saber. Mudam isto, mudam aquilo, não respeitam a litúrgia que o povo gosta, pregam coisas que o povo não entende, acabam com a vida de qualquer igreja. Não é de se admirar que mais ou menos no meio do ano a maioria das igrejas já esta pensando em um outro pastor para substituir este que acabou de sair do seminário.

A vida para este pastor começa a ficar complicada. Ele passa a ser conhecido por causa disto ou por causa daquilo e aos poucos ele fica sem igreja na sua região, não lhe restando outra alternativa a não ser mudar para outro estado ou para algum lugar longe de onde está atualmente. Começa ai a sua peregrinação de igreja em igreja.

 

Que Poderíamos Fazer para Melhorar a Transição Pastoral?

Gostaria de sugerir algumas coisas que poderiam ser feitas para ajudar na transição pastoral. Não é possível, naturalmente, esgotar aqui o assunto, mais creio as idéias relacionadas a seguir poderão ser de ajuda inestimável a todos nos pastores.

1. Ser Humilde. A humildade é uma das virtudes mais apreciadas no ser humano, principalmente no cristão. Ser humilde é seguir nos passos de Jesus Cristo, de viver como ele viveu, de ser o que ele foi. Em matéria de ministério, o exemplo de Cristo nos serve de plataforma de trabalho. Em Filipenses 2:5-8 o apóstolo Paulo nos ensina o segredo do nosso Senhor.

Jesus era muito rico e como tinha uma missão a cumprir, uma mensagem a ser comunidade a raça humana, ele se faz pobre assumindo a forma de homem e entre os humanos ele se torna servo. Qual era o seu propósito em assim fazer? Paulo responde em outra de suas cartas: apresentar a igreja a si mesmo como gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém, santa e sem defeito (Efésios 5:27). Cristo sabia que não poderia atingir o coração da humanidade se ele não se encarnasse no seu meio. Ele desceu, se horizontalizou, para depois subir e na sua eleveção, ele levou a igreja a atingir o estágio planejado pelo Pai.

Semelhantemente os pastores. Não vamos negar que os pastores de uma maneira geral sabem mais do que a maioria dos crentes. Ele estudou, leu, escreveu teologia. Esta atualizado com o mundo eclesiástico, conhece autores e tudo o mais. Este pastor deve ter como alvo em seu pastorado levar a igreja a conhecer o que ele conhece, levar a igreja a atingir o nível em que ele esta. Para que isto venha acontecer, ele deve seguir o modêlo de Cristo. Inicialmente deve descer ao nível do povo. Pregar mensagens que o povo entende, realizar programas mais simples. Caminhar horizontalmente com o povo e aos poucos iniciar o estagio de elevação, o estágio do crescimento, do nível de conhecimento bíblico e tudo o mais. Assim fazendo, o ministro cresce junto com a igreja, ganha o seu respeito, não por causa da sua autoridade formal, a posição que ocupa, mas por causa do seu amor pelo povo e o seu compromisso com eles.

2. Não Desenvolver a Síndrome do Cavaleiro Solitário. Um estilo de filme que eu gosto é o faroeste, principalmente aqueles antigos. Um dia um professor meu, acho que foi o Dr. Paul Hiebert, nos chamou à atenção para o final destes filmes. Note, disse ele, que o heroi do filme sempre fica só. Depois de concluir a sua missão, ele deixa a moça do rancho e parte para mais uma aventura. Ele tem medo de se relacionar, de permanecer no convívio com os outros. Muitos pastores são cavaleiros solitários em seus pastorados. São almas infelizes que podem ajudar a todos na igreja, resolve o problema amoroso de um casal que está para se separar, ajuda alguém a procurar emprego, aconselha a moça que quer casar. Ele ajuda a todos, mas não tem ninguém que o ajude. Quando iniciei no ministério eu ouvia dizer que o pastor não pode ter amigos na igreja, pois isto poderia comprometê-lo um dia.

Em uma nova igreja, o pastor deveria ter amigos. A sua família deveria ter uma ou mais famílias para conviver, para ter momentos de lazer juntos. Os primeiros amigos do pastor deveria ser os seus líderes na igreja. A gente nota que existe um distanciamento muito grande entre o pastor e os seus presbíteros ou diáconos. Procure, portanto, uma aproximação com os seus líderes, tenha momentos em que discussão não seja alguma problema da igreja, tenha momentos de frequentar um pizzaria para juntos desenvolveram um relacionamento amigável e cristão. Lembre-se: Jesus andou com os seus discípulos.

3. Valorize o Ministério dos Outros. Não existe algo mais desanimador para uma comunidade do que ter um pastor que não dê espaço para o povo colocar os dons e ministérios em ação. Há muitos pastores que são pessoas tremendamente frustradas em suas realizações e que desenvolvem um sentimento de baixo estima que não escontra fim. São inseguros ao extremo e pensam que todos estão querendo roubar a sua "glória" do ministério. Se alguém na igreja realiza algo que é um sucesso, aquele pastor acha que os outros vão achar que ele não é tão importante assim. As pessoas não vão elogiá-lo. A sua "glória"será repartida com os resto da comunidade.

O pastor tem que entender que o sucesso de todos na comunidade está em direta proporção ao sucesso do seu ministério e consequentemente a sua permanência naquela igreja. Assim sendo, cortar ou limitar o ministério dos outros é um suicídio ministerial tão certo como o nascer do sol a cada dia.

4. Encontrar os Agentes de Mudanças. Cada igreja, independente do tamanho, tem aquelas pessoas que nós chamamos de agentes de mudanças. Estas são aquelas pessoas que já estão bem integradas na comunidade, elas são do meio, pertencem àquela povo e portanto são ouvidas e respeitadas pelo que dizem. A tarefa do pastor é descobrir que são os agentes de mudanças em sua nova igreja e através deles implantar quem sabe uma nova filosofia de ministério, uma idéia mais avançada, um programa essencial de evangelismo.

A grande vantagem em ter estes agentes de mudanças ao lado do pastor são inumeráveis. Estas pessoas não precisam provar para a comunidade que elas são confiáveis, elas não precisam de tempo para provar o compromisso delas com a igreja. Estas pessoas são as formadoras de opinião dentro da igreja. O pastor faria muito bem em gastar um tempo para descobrir quem na comunidade exerce tal papel e realizar com estas pessoas um programa de discipulado e ganhá-las para a sua causa. O contrário também é verdade quando estas pessoas não forem ouvidas ou respeitadas. O pastor pode ter a mais absoluta certeza de que saberá quando isto ocorreu.

Cultura eclesiástica é muito mais importante do que pensamos. Devemos gastar tempo em estudar as nossas igrejas, conhecer bem a sua história, não só da denominação, mas principalmente da igreja local. Outro dia ouvi uma estória sobre um pastor. Ao assumir uma igreja, o colega que saiu entregou ao que chegava três envelopes fechados. Disse que o novo pastor deveria abri-los quando da primeira crise. Os primeiros meses de pastorado foram uma beleza, o pastor era bom, pregava bem, visitador e tudo o mais. Surge então a primeira crise. Ele abre o primeiro envelope e recebe a seguinte orientação: critique o pastor anterior como o culpado da crise. Assim ele o fez e tudo se normalizou. Na segunda crise, ele abre o outro envelope e lê: invente um programa novo e gere entusiasmo. Segue-se mais um período de tranqüilidade. Surge inevitavelmente a terceira crise e lá vai nosso pastor abrir o terceiro envelope para consternado ler o seguinte conselho: prepare mais três envelopes. Ou seja: a igreja sempre fica e o pastor sempre parte. 3

 

 

AS EXPECTATIVAS DA IGREJA E DO PASTOR

Não é fácil assumir uma igreja para pastorear. São tantas as expectativas do pastor e também da igreja. O pastor sonha em ter uma igreja grande, de levá-la a ser conhecida na cidade, de ser respeitado como pastor de uma boa igreja. A igreja sonha em sair da sua estagnação, de ver novas congregações surgindo, de ter uma mocidade vibrante. Naturalmente, que as tensões maiores estão sobre os ombros do pastor que está chegando, porque afinal de contas ele está sendo contratado para solucionar problemas que o pastor anterior não solucionou. Normalmente uma igreja troca de pastores porque ela julga que o seu pastor atual não é suficientemente bom para ela. Do contrário, porque trocaria?

Assim sendo, não se entusiasme com os elogios que começa a receber nos primeiros meses de pastorado. Lembre-se que o seu antecessor também os recebeu. Não se entusiasme mais ainda quando for comparado com o anterior e receber maiores elogios. "Agora sim temos um pastor que prega bem", "este sim é que é visitador". Logo a igreja estará "descobrindo" os seus defeitos e você já não será tão bom assim. Estou dizendo que todos os elogios são falsos? Naturalmente que esta não pode ser uma afirmação absoluta, mas tome muito cuidado, porque na maioria das vezes estas mesmas pessoas que estão falando mal do outro pastor serão as pessoas que vão falar mal do seu ministério. Estas pessoas são viciadas neste pecado e treinadas nesta missão de derrubar pastores. Não faça nada contra elas, mas fique atento quanto ao que estão fazendo na igreja.

 

Como Evitar Algumas Tensões e Manter a sua Integridade Pastoral

1. Os Itens Inegociáveis. Já mencionei anteriormente sobre a filosofia bíblica de ministério. Todo pastor, velho ou novo no pastorado, deveria formular uma. Ela será uma bússola para você se nortear nos momentos de crises. Você será pressionado a abrir mão das suas idéias, das suas convicções, daquilo que você crê como importante para o ministério. Você deve ouvir todas as propostas (afinal você é educado), você deve analisar as pressões dos outros (você é inteligente), e finalmente você deve saber o que pode e o que não pode negociar (você é sábio). Num certo sentido, "não venda a sua alma ao diabo". Comprometendo-se hoje aqui, amanhã ali, o seu ministério será totalmente descaracterizado e no final das contas você será o perdedor. Não pense que as pessoas que pressionaram você a abrir mão dos seus princípios que elas vão ficar com você. Você será visto como fraco e portanto não apto para pastorear a igreja destas "feras".

2. Creia na Soberania de Deus. Se há alguém na igreja que deve crer na soberania de Deus mais do que qualquer outra pessoa, este alguém é o pastor. Sujeito que num certo sentido não tem uma "profissão" reconhecida, a única coisa que sabe fazer é pastorear igreja. Por causa disto muitas vezes a liderança aproveita desta aparenta "fraqueza" do pastor para tirar dele algum proveito. O pastor por outro lado é tentado a pensar no suporte da sua família, no leite das crianças, no aluguel da casa e tudo o mais. Sabe ele que não tem muitas alternativas, como tem um médico, um engenheiro, um dentista. Por isso, submete-se a certos caprichos da liderança. O pastor tem que ter coragem para dizer não, tem que ter coragem para enfrentar os donos da igreja e não permitir que as circunstâncias momentâneas da vida permitam que ele abra mão dos seus princípios. Seria bom lembrar aqui das palavras daquele a quem Jesus pediu que pastoreasse as suas ovelhas, o apóstolo Pedro quando disse: "Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus" (Atos 4:19). Sim, é muito mais importante obedecer a Deus!

3. Fazedor de Tendas. Se possível, desenvolva uma atividade em que você venha aos poucos a se tornar um fazedor de tendas como o foi o grande apóstolo Paulo. Por muitos anos ouvimos sobre a questão de tempo integral e tempo parcial. Isto é um engodo. Não existe pastor integral ou pastor parcial. Tem muitos pastores integrais no tempo e que são totalmente parciais no seu ministério. Não realizam quase nada. Não tem entusiasmo para ler um novo livro, para freqüentar um curso de reciclagem teológica. Estão parados no tempo e no espaço. Há pastores que são advogados, médicos, que possuem um livraria, que são escritores, professores. Estas atividades ao invés de servir de tropeço servem de pontes para o mundo. Eles estão em contato com pessoas reais, pecadores que precisam da graça de Deus. Se você tem condições de voltar a estudar, volte. Os pastores são geralmente as pessoas mais alienadas dentro de suas comunidades. Eles somente conversam com crentes, visitam os crentes, aconselham os crentes. Não é surpresa observar, portanto, o retrocesso de seus ministérios. Nós os pastores devemos estar no mundo. Ser o sal da terra e a luz do mundo deve ser o nosso objetivo. 4

 

 

O PASTOR E AS SUAS FINANÇAS

Pastores, todos nós sabemos, em sua vasta maioria não ganham quase nada de salário. O que ainda salva o pastor é que as igrejas tem uma casa, as vezes caindo aos pedaços, mal cuidado, mas tem e isto ajuda e muito no orçamento.

Por muito tempo esteve a mente do povo crente que o pastor era um sujeito abnegado, chamado por Deus para passar fome por causa do Mestre. Este pensamento não só é ridículo como totalmente anti-bíblico, formulado nas entranhas do inferno para aniquilar o entusiasmo dos servos de Deus e desviá-los da missão a eles confiada pelo Senhor Jesus. Gostaria se sugerir para os pastores e para a igrejas que coloquem em prática algumas das idéias abaixo com o fim de proporcionar um salário mais digno ao seu pastor e assim cumprir bem a lei de Cristo.

 

Um Plano Formiguinha é Melhor do que Nada

1. Bom Senso. Bom senso é uma das qualidades que nenhum pastor deveria deixar de ter. Assim sendo, uma das primeiras providências do pastor quando ainda solteiro e principalmente quando vier a se casar, é formular uma teologia bíblica do dinheiro. Qual será o ser relacionamento com mesmo, quanto vai gastar e como, se vai ajudar alguém extra dízimo. Você será convidado a ser avalista para algum crente. Qual será a sua resposta? Alguém poderá pedir emprestado do pastor. São coisas que podem ocorrer e você tem que estar preparado para elas.

2. Compre Algum Bem Imóvel. O pastor deve aproveitar os anos primeiros do pastorado para tentar comprar alguma coisa para a sua família. Na sua cidade, procure um loteamento e compre um terreno. Não importa se é longe do centro ou não. Compre algo que você possa pagar por mês. Eu tenho aconselhado os pastores novos a fazer isto logo após a ordenacão. Você poderá demorar dois ou três anos para pagar, mas estará pagando algo que é seu e que futuramente você poderá deixar para os seus filhos. Pense também que quando você se aposentar você precisará de uma casa para morar e ai meu caro pastor pode esquecer a casa pastoral.

Eu sempre me recordo de uma vez em que eu estava para deixar uma igreja que pastoreava e trouxe um jovem pastor para ser entrevistado pelo conselho. Depois de um tempo em reunião ele veio se encontrar comigo e me disse sobre a expectativa do conselho e que realmente a igreja estava procurando por um pastor dinâmico, que fosse jovem. Quando o conselho lhe disse isso, ele ficou pensando em sua situação quando fosse velho. Que conselho o quereria como pastor! A frase daquele jovem pastor ficou gravada na minha mente até hoje. Eu sempre penso na situação do pastor quando ele for velho. Conheci um outro pastor que só não morreu em um asilo porque uma irmã da igreja casou com ele para cuidar do mesmo em sua velhice.

Pastor bom é pastor jovem e na ativa. Pastor aposentado trabalha na "terra de ninguém". Por isso, ele tem que ter uma casinha para morar na sua aposentadoria. Não importa a cidade. Importa ter em algum lugar. Portanto, querido pastor lute com todas as suas forças para ter alguma coisa. Qualquer coisa é melhor do que nada, não é mesmo?

3. Poupe para o Futuro. Infelizmente o pastor não recebe todos os benefícios que um trabalhador comum recebe nas suas empresas. Isto quer dizer que ele não tem um Fundo de Garantia para comprar uma casa, não tem uma aposentadoria digna quando envelhece. O pastor deveria ler mais sobre a economia brasileira e procurar algum tipo de investimento para a sua velhice. É uma ilusão pensar que o proveniente do INPS será suficiente para a aposentadoria. Muitos pastores que pagaram a contribuição sobre dez salários mínimos, estão recebendo hoje um pouco mais do que quatro salários mínimos. Se você tem condições de investir R$100,00 ou R$50,00 reais por mês em um fundo de investimento, faça-o e você terá na sua aposentadoria recursos para viver um pouco mais dignamente. Um bom gerente bancário poderá ajudá-lo nestas questões de investimentos.

4. Viva de Acordo com o seu Salário. Muitos pastores são completamente descontrolados em matéria de dinheiro. Gastam mais do que ganham e estão sempre no vermelho do cheque especial ou no cartão de crédito. Em matéria de dinheiro o descontrole é fatal para encurtar qualquer pastorado. Isto também deve ser conversado em casa com a esposa e principalmente com as crianças quer muitas vezes não entendem porque elas não podem ter roupas da moda, o brinquedo do momento ou passear na praia durante as férias.

 

Como a Igreja Deveria Proceder para ter um Pastor Feliz

Uma coisa é certa: as nossas igrejas são completamente despreparadas em matéria de prover um sustento digno para os seus pastores. As igrejas que estão enquadradas no grupo das exceções são poucas, mas devem ser louvadas pelo empenho e amor que demonstram aos seus ministros. A seguir algumas idéias em como ter um pastor competente e segurá-lo na igreja por um bom tempo.

1. Desenvolva um Política Salarial. Assim como nas empresas privadas, a igreja deveria ter uma política salarial mais equilibrada e justa. Muitas vezes a igreja segue a orientação da denominação a pé da letra e mesmo tendo condições não consegue proporcionar um salário mais elevado para os seus obreiros. Sugiro que cada igreja no seu contexto ajuste os proventos do pastor. Como isto pode ser feito?

Tire por base o salário médio da diretoria da igreja. Não é muitas vezes incrível que em uma igreja composta de pessoas com salários bons tenha a capacidade de pagar o mínimo para o pastor? Tem alguns dirigentes na igreja que pensam que o pastor tem que realmente ganhar pouco. Por quê este tipo de pensamento? Creio que uma das respostas é aquela "falsa humildade" do pastor. Ele não quer tratar do assunto, deixa tudo a cargo do conselho e depois fica ressentido com o pouco que ganha.

2. Seja Justa. A igreja não deve pagar tão somente o salário do pastor. Ela deve também depositar 8% do seu salário em uma caderneta de poupança e quando o mesmo sair daquela igreja, ele terá algum recurso para se ajustar em uma outra cidade. Deve ainda pagar 1/3 do salário como férias, isto é lei e poucas igrejas tem feito isso.

3. Seja Generosa. A igreja deve incentivar o seu pastor a fazer pelo menos um curso de reciclagem por ano e pagar as despesas do mesmo. Deveria ainda ter uma verba para compra de livros e incentivar o seu pastor a se atualizar com o desenvolvimento da teologia. Muitos pastores não compram livros porque tem que escolher entre os mesmos e o leite ou a roupa dos filhos. Pede-se que o mesmo use terno e ele é o único na igreja que usa tal paramenta, mas não o auxilia na compra do mesmo. São coisas que uma boa igreja deve estar atenta e se a igreja que você faz parte hoje não realiza nada destas coisas, pode ter certeza de que ela não é uma boa igreja.

A responsabilidade de educar a igreja nestas questões cabe ao pastor que tem um pouco mais de consciência e respeito para com o seu próprio ministério. Se isto não acontecer no seu pastorado, pelo menos ele prepara um caminho melhor para aquele que o irá substituir e ter esperanças que a sua nova igreja seja melhor do o é a atual.