Colunas 2006


"Coluna do Hyder" - Fabio "Hyder" Azevedo

O Clone

 

Nos primórdios, a IRL usava a sucata da Cart.

 

Olá amigos, estamos de volta depois de dias estranhos e até, em certo ponto engraçados. Gostaria de agradecer as manifestações de suporte, afeto e carinho que recebi de leitores, colegas e amigos pelo evento ocorrido. Digamos que no meio deste turbilhão todo, outros eventos que seriam cômicos senão trágicos, aconteceram ao mesmo tempo. Ganhei um clone na Internet e todas as minhas antigas contas foram roubadas. Felizmente não tive nenhum prejuízo financeiro, mas alguns pequenos problemas, já resolvidos, surgiram e minha conta no Orkut foi "assumida" por "alguém". Chegou a ser engraçado as mensagens que tenho recebido dos amigos. Peço aqui, publicamente que me denunciem ao Orkut para que estas contas sejam canceladas já que nem este tipo de acesso eu tenho mais.


Mas isso serviu como inspiração para uma nova coluna. Estava com um amigo comemorando e conversando sobre mais uma grande conquista da Marlboro Team Penske e comecei a perceber que este lance de clonagem vem antes da novela da Gloria Perez na Rede Globo... Excluindo os meios científicos, tecnológicos e de pesquisas, conhecemos um bom "clonador" chamado Tony Hulman George. É engraçado, pois o primeiro evento do Tony George foi com carros antigos da Cart (carros com três ou quatro anos de atraso) e o esquema de pontuação era o mesmo. As regras de bandeiras, preço de tickets. Depois partiram para a solução de carros aspirados, mas como motores recondicionados da antiga Indy-Lights e utilizando kits de suspensões e tração da "categoria rival". Surgiram algumas mudanças para não ficar caracterizado uma segunda divisão da Champ Car, mas que era perceptível a semelhança desde seu nascimento. Depois de algum tempo surgiu a IPS (categoria de acesso à categoria principal) para rivalizar com a Atlantic e com a Barber. Nem vou entrar no aspecto técnico de pilotos e equipamento senão seria muita covardia. Vejam os grids de cada certame e tomem suas próprias conclusões.


Depois de buscar as equipes e montadoras do campeonato organizado pela Cart devido a graves falhas administrativas de certo "piloto" que hoje tem uma equipe com um tradicional apresentador de TV nos Estados Unidos, o pessoal da IRL resolver aventurar-se pelos mistos permanentes e provisórios (pistas de rua). Em São Petersburgo, em uma cópia óbvia da Champ Car, isso sem contar que a mesma IRL tentou comprar os espólios da antiga Cart Inc. para poder pegar os contratos de pistas mistas tradicionais como Long Beach, as pistas canadenses e mexicanas e Road America. Tentaram com Sonoma e Watkin Glenns mas são pistas que não são tão destacadas, a não ser pela utilização anual que a Nascar faz para seus eventos. São pistas que pararam no tempo. Gosto muito de Glenn e gostaria de ver a Champ Car correndo ali.


Agora eles tentam uma expansão maior - para a Europa - depois de correrem no Japão única e exclusivamente por causa da Honda que além de ser a única fornecedora de motores e marketing automobilístico, paga todas as despesas de transportes para o Oriente. Esta história de correr no Canadá - em Montreal - soa meio esquisita, pois o Normand Legault, promotor do evento para a Fórmula 1, não aparenta ser um cara que respeite bem as coisas e quando ver que muitas equipes estão deixando - extra oficialmente - a categoria pode ter um grave problema pois a FIA e as emissoras que fazem transmissões internacionais de TV têm por acordo um número mínimo de 18 carros no grid. Hoje nem a Champ Car ou mesmo a IRL têm este número mínimo nos seus grids confirmados para a próxima temporada. No caso da Champ Car é mais critico, pois desde o acidente do Cristiano da Matta que existe esta ausência de um carro. A Expectativa é que o Panoz DP01 traga novas equipes por causa dos custos mais baixos e pelo moderno ambiente tecnológico que o mesmo está trazendo, sendo totalmente revolucionário.


Um grande abraço e até a próxima.

 

Fabio "Hyder" Azevedo

http://blogdohyder.blogspot.com
                                                                                                                              

 

 

Torcedor do Vasco da Gama e da Associação Atlética Anapolina, fui membro da Penske, atualmente sou Analista de Tecnologia da Informação mas continuo apaixonado pelas corridas como nunca. Nas quartas-feiras, falarei sobre as minhas experiências na categoria, além de contar histórias dos bastidores que poucos conhecem.

 

 

 

 

 

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