O Portland International Raceway foi construído sobre o local onde ficava a antiga cidade de Vanport, no estado do Oregon (noroeste dos Estados Unidos), cidade essa que foi varrida do mapa por uma enchente em 1948. O Corpo de Engenheiros do Exército vendeu o lugar para a cidade de Portland em 1960 e já em 1961 as primeiras corridas válidas pela Rose Cup foram disputadas ali.  

O Portland Jaycees (espécie de clube de jovens local) viu que as estradas abandonadas de Vanport tinham potencial para se tornar um circuito misto para corridas e convenceram os organizadores do Rose Festival que eles deveriam patrocinar uma corrida durante a celebração anual do evento.

As primeiras corridas da Rose Cup foram realizadas em Junho de 1961, começando uma tradição que continua até os dias de hoje. Logo depois da primeira corrida, entusiastas de Go Kart e de motociclismo começaram a realizar também os seus próprios programas de corrida ali na nova pista. Cerca de 4 anos depois foi a vez dos Drag Racers (arrancada) começarem a correr em Portland. 

Em 1965 as primeiras corridas de arrancada foram realizadas no Portland International Raceway (PIR) e a primeira corrida da TRANS AM aconteceu em 1972. Em 1978 a IMSA veio a Portland para a primeira corrida de GTP sports car no G.I. Joe’s / Camel Grand Prix, seguido pela corrida inicial da Champ Car com os seus Indycars em 1984, no Freightliner / G.I. Joe’s 200.

Por volta de 1970 o velho asfalto de Vanport estava num estado tão ruim que algumas entidades que sancionavam corridas vetaram corridas naquele local, que passou a ser chamado de “West Delta Park”. Como as populares corridas da Rose Cup estavam ameaçadas, o Rose Festival decidiu emprestar 100 mil dólares para uma nova pavimentação se a cidade de Portland pudesse pagar pelo empréstimo com os lucros das corridas realizadas no circuito. A cidade de Portland aceitou a oferta acreditando que o circuito nunca se pagaria.

Entretanto as coisas foram muito mais favoráveis do que a previsão pessimista inicial e o Gerente do Circuito, Dale LaFollette fez o pagamento final da divida somente 2 anos e meio depois. Desde aquele dia o Portland International Raceway tem operado como um Enterprise Fund (fundo de empreendimento) embora a operação nos primeiros 10 anos tenha dependido do auxílio do General Fund americano.

Hoje em dia as fontes de receita do circuito consistem de 3 categorias principais: aluguel, concessões para alimentação e anunciantes. O PIR orgulha-se de ser a instalação para corridas “mais amigável” da costa oeste com taxas e tarifas 10 a 25 % menores que outras instalações similares.

As instalações pertencem e são operadas pela Cidade de Portland, através do seu Bureau de Parques e Recreação. Essa pista é operada como um Enterprise Fund, significando que as suas despesas operacionais e o seu aporte de capital são cobertos pelos lucros que ela gera, de modo que o circuito não recebe nenhum dólar externo. E as atividades do circuito trazem entre 30 e 40 milhões de dólares para a comunidade ao redor a cada ano.

O circuito acomoda 26 mil espectadores nas arquibancadas e mais 60 mil espalhados pelo gramado ao longo da pista.

Desde 1984 o principal evento anual no Portland International Raceway é a corrida da Champ Car, sempre disputada no mês de Junho em datas próximas ao Rose Festival. O circuito utilizado para as corridas da Champ Car tem 1,967 milhas (3,2 km) e possui 12 curvas, incluindo um trecho pavimentado em concreto chamado "Festival Turns", que é uma chicane localizada logo após a linha de largada.

Para a corrida de 2005 foram realizadas obras na área de escape das "Festival Turns" e com isso o afunilamento que acontece a cada largada em Portland deverá ser reduzido bem como o risco de acidentes com abandonos prematuros de carros e pilotos. Um resultado direto dessas modificações foi observado em recentes treinos dos carros da Champ Car em Portland: os tempos obtidos nos treinos foram melhores que o recorde da pole position da pista.

Resta a expectativa de saber se essas modificações não acabarão por matar o único ponto de ultrapassagem claro nesse circuito, onde as corridas costumam ser monótonas nos últimos anos.

1986: a corrida foi disputada num domingo que correspondia ao Dia dos Pais nos Estados Unidos. O veterano piloto Mario Andretti venceu a corrida após uma ultrapassagem sensacional sobre o carro do próprio filho, Michael Andretti, na última volta. Michael deu a contragosto um belo presente de Dia dos Pais ao seu velho.

1997: Mike Blundell venceu Gil de Ferran e Raul Boesel na linha de chegada, por questão de centímetros. Foi a chegada mais apertada da história da Champ Car em todos os tempos.

1999: Gil de Ferran e Juan Pablo Montoya duelam pela vitória e numa corrida cheia de alternativas, no final dá Gil de Ferran, que assim consegue a última vitória da Goodyear na Champ Car, já que ao final daquela temporada a marca abandonaria a categoria, humilhada pela concorrente Firestone.