CLUBE DE LEITURA

LIVROS PARADIDÁTICOS DO BIMESTRE

UMA VOZ DO OUTRO MUNDO - MARGARIDA PATRIOTA

"Uma história emocionante..."

Uma voz do outro mundo

Rodrigo, um adolescente de 13 anos, é o narrador desta história, que tem início numa visita ao túmulo do irmão gêmeo Rogério. O que significa ser gêmeo?
Como a família (e especialmente Rodrigo) vive antes e depois da morte de Rogério é o que traz essa narrativa ao mesmo tempo comovente e cheia de aventuras.

A VI poderá ser aplicada em qualquer aula de Língua Portuguesa a partir do dia 25 de agosto de 2008. Se organizem!

 

conhecendo um pouco mais

A origem da língua portuguesa

             A língua portuguesa é uma das cinco línguas mais faladas no mundo -- cerca de 180 milhões de indivíduos a utilizam como língua materna. É a língua nacional de Portugal (incluindo Açores e Madeira ) e do Brasil, a língua oficial de vários países africanos -- Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe -- onde convive com múltiplas línguas nacionais, e ainda sobrevive na Ásia -- Macau e Goa -- e na Oceania -- Timor -- como língua de grupos minoritários. (para maiores informações sobre os países que falam o português, visite o site da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa)

             A língua portuguesa pertence ao grupo das línguas românicas, ou neolatinas, e teve sua origem no latim falado, levado para a Península Ibérica por volta do século II a.C., como conseqüência das conquistas políticas do Império Romano. Originado no Lácio, na Itália Antiga, o latim expandiu-se por quase todo o mundo conhecido devido ao espírito de organização e domínio bélico e político-cultural de Roma:

            

             Alguns fatos históricos repercutiram na formação da Língua Portuguesa: a conquista romana da Península Ibérica; a invasão dos bárbaros germanos; a constituição dos impérios bárbaros, como o visigótico; o domínio árabe na Península; a luta da reconquista cristã; a formação do reino de Portugal; a expansão ultramarina.

             Por volta do século V, a Península sofreu invasão de povos bárbaros germanos - suevos, vândalos, alanos e visigodos. Com o domínio visigótico, (mapa da Europa do século V ) a unidade romana rompe-se totalmente. Os visigodos romanizaram-se: fundiram-se com a população românica, adotaram o cristianismo como religião e assimilaram o latim vulgar. Rodrigo, o último rei godo, lutou até 711 contra a invasão árabe, defendendo a religião cristã, tendo como língua o latim vulgar na sua feição hispano-românica.

             O século V marca o início do Romanço-- período que se estende até o começo do século IX, em que ocorre a grande diferenciação do latim em uma multiciplicidade de falares. Trata-se de uma fase de transição, que resulta no aparecimento de textos escritos nas diversas línguas românicas. Dentre esses falares intermediários, é o romanço Lusitânico, bastante inovador, o que nos interessa principalmente.

             No século VIII, os povos muçulmanos invadiram a Península Ibérica ( mapa do Domínio Muçulmano no século X ) . Compreendiam os árabes e os berberes e eram chamados de mouros pelos habitantes da Península, que foi totalmente dominada. O árabe era a sua língua de cultura e sua religião, o Islamismo. Tanto a língua como a religião eram muito diferentes da língua falada na região e não houve imposição de uma ou outra. A língua árabe era a oficial, mas o latim, já bastante diferenciado, era a língua de uso.

             Extremamente diversificado, o latim continuou a evoluir entre a população submetida. Como resultado da interpenetração da língua árabe e da língua popular de estrutura românica, o moçárabe era falado pela população cristã que viveu sob o domínio árabe.

             Nas montanhas das Astúrias (norte da Península) tem início, então, a Reconquista Cristã - guerra militar e santa, abençoada pela Igreja e que provocou importantes movimentos de populações. Partindo de um núcleo de resistência (restos dos exércitos hispano-visigóticos e cristãos rebeldes), o movimento foi se alastrando para o sul, recuperando os territórios perdidos. Foi então que se formaram os reinos de Leão, Aragão, Navarra e Castela. No reinado dos reis católicos da Espanha, Fernando e Isabel, encerra-se o período de dominação dos árabes, que durou sete séculos e teve o importante papel de desencadear a formação de Portugal como Estado monárquico.

             Com a finalidade de libertar o território ibérico, nobres de diferentes regiões participaram da guerra santa. D. Henrique, conde de Borgonha, pelos seviços prestados, recebeu do rei de Leão e Castela o Condado Portucalense - território desmembrado da Galiza, junto ao rio Douro. A língua desse território era a mesma da Galiza. Coube a seu filho, D. Afonso Henriques, iniciar a nacionalidade portuguesa, como primeiro rei de Portugal, reconhecido por Afonso VII, rei de Leão, e pelo papa Alexandre III. Ao se separar da Galiza, Portugal vai estendendo seus limites através de lutas contra os árabes e, com a conquista do Algarve, fixa os limites atuais de Portugal. A língua falada era o romanço galego-português, que apresentava relativa unidade e muita variedade e dá origem ao galego e ao português.

Retirado do site acd.ufrj.br/~pead/tema05/por-tm05.html, em 30/07/08.