LEMBRANÇAS
UM SONETO...
SÓ
O inefável da cicatriz deixada
É o conforto... nas
proeminências
Cambiantes em suas seqüências
Do passamento... às fimbrias
costumadas.
Epicédios... lânguidas
condolências
Orquestradas em odes
confinadas
Anelantes... ironizando as máscaras
Dos que ficam... a cumprir
sentenças.
Assim... quedo-me em contemplação
dos templos
Para sentir... o farfalhar dos
ramos
Ou... nos escolhos... o murmurar dos
ventos.
Zurzindo n'alma... a evocação dos
cantos
Funéreos e tristes... em seus
lamentos
Para deixar-me na solidão dos prantos.
Roberto
Stavale
São
Paulo, 01/2002.-
Livro: "Metáforas"
Roberto Stavale - 1941 - Modelo Vivo -
Desenho Grafite HB - 23.5 x 31.5 cm -
1966 |
SEMENTES
DE MALÍCIA
Naquele porão agourado
Onde
a penumbra descia
Sobre dois olhos umbráticos
Feitiços da cor
do tresvario
De uma menina esquiva
Criança... de tranças...
trançadas
Nos pixains que cresciam
Nas curtas espáduas...
despidas
Pra esconder seios fartos
Assim... confundir o
vestígio
Do ventre... envolto... ornado
De sementes de
malícia.
Roberto
Stavale
São Paulo,
01/2002.-
Livro: "Metáforas"
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