..

 

 

 

                     ... em meio as reticências, 

 entre parênteses e colchetes; 

saem  meus poemas: 

( sabedorias ) 

para todas  almas; 

que exclamam, 

que interrogam, 

por tão pequenos mistérios. 

 

1º)- [ [... gosto de uma 

 pássara- guerreira 

que late feito uma perdigueira. 

( gosto dela! ); 

na verdade, 

sabia que ela 

                    já amava  outro gaiato: 

                     um sábio.  

 

 

mas de fato: 

(eu sou um gato!] 

                     e todavia, 

(não sabia que a sabiá era tão sábia.) 

                     ... entre  ... tantos 

sei apenas que sou um Gato.]] 

  . e não me pergunte, 

        porque? 

 

...  em meio as reticências, 

entre parênteses e colchetes, 

tantas almas 

reenganam 

por tão  mistérioso  segredo: 

 ( SER  UM SÁBIO  -  SER UM GATO. )

  

 

 

Élsio Soares

 

 

 

      

  ( e por fim,uma gata comeu meu sábio pássaro.) 

                            Vai entender porque! 

 

 

-elsio soares 5/14/08 5:00 PM

 


   
ECOS
   
   
 

 

 

... Te prometi

(um sonho):

Não de fazer sentir,

um novo toque na alma...

Nada além do que sentes!

Sei...

Que todo sentimento teu,

deixaste a alguém:

Que  haveria de chegar

ou que haveria de partir!

... Então,

fiz um poema,

(paciente)

com palavras

[ de um sonhador ];

e vaguei noite adentro,

feito estrelas...

(simplesmente)

como alguém que partiu

(simplesmente)

como quem chega!

..

( ... e meus passos pelos teus ficaram);

pois o tempo todo:

“te carreguei no colo,

Menina,

cantei pra te dormir”...

 

[ AGORA DURMA]

 

 

Élsio Soares

  RAINHA 

 

 

 

Sentes tua pele palpitar 

Desordenadamente, 

E os teus cílios tilintarem 

Pelos teus olhos, feitos flocos de pólens? 

 

Acaso, sentes os ferrões 

Aflorarem em teus seios 

E o paladar do mel 

Invadir teu corpo inteiro? 

 

Oh, Rainha, 

Sintas  do aroma da flor 

O bálsamo que inebria tua sede! 

E me deixa , 

Morrer no meu único prazer: 

De copular contigo! 

Uma vez que seja: 

Só... 

Somente... 

[ e eternamente...] 

 

 

 

Elsio Soares 

 

 

 

cavalguei...

 

com toda a liberdade,

 

revoei o céu nos delírios da vida,

 

ora louca...

 

e no vai e vem trepidante,

 

até mesmo o  teu anjo

 

sentiu o meu cavalgar...

 

 

Élsio

LEMBRAS?

 

 

...Lembras do passado?

Do momento de ontem?

Do instante que passa?

 

...lembras?

 

Ora, se carregas pelos braços,

A tua ausência;

E pelas pernas,

O teu esquecimento...

Como queres que a lembrança

Venha à tona,

Se a tua alma

De solidão chora?

(..e muito chora).

 

E porque buscas

Da paixão Desfalida

Um fio só de emoção?

 

Ora, sem nenhuma razão,

Tu te perdes nesta bolha do tempo;

Na busca do infinito esquecido

E não recordas de nada...

(never)

 

Pois é...

Não lembras de mim?

Tempo precioso que sou!

[espírito calmo... espírito lutador],

Com a alma transparente e sábia,

Cá estou,

No meio do tempo:

...de ontem 

   ... de hoje   

  e de amanhã...

Refazendo em ti o mais novo Amor.

 

...lembras?

 

 

Élsio Soares

 

 

poemas

IMAGENS

 

Neste lado sem cor
onde os corpos desocupados
habitam secretametne
e as almas misteriosas
vagueam pálidas
entre jardins embutidos e desérticos
Neste lado
os Seres despidos procuram
na pele de sua outra pele:
A forma,
que flutua sensivelmente
pelo espaço
atravessando barreiras
de luzes e sons
perdida pela sua descriaçõa.
Neste lado sem cor
Uma traça corroeu minhas vestes
e cuspi o último trago de vodka.
Aí...
Acho que morri
num sonho de cowboys
e senti escalpelado pelos pele-vermelhas;
o corpo todo esquartejado
e a alma tímida
perdida
parada
Num lugar
deste mesmo lado sem cor!
Uma cena antiga
de vens e vais
empalidece a terra
dia – noite
morte – vida
e eu nu
acaricio a minha outra sombra
a minha outra forma perdida!

Neste lado sem cor
só se vê o que se imagina!

 

Élsio Américo Soares

 

 


poemas

INDEFINIDO

 

Minha alma

Ao findar do corpo,
Transpõe mil dos seus infinitos...
Compõe um espaço

De forma semelhada ao nada...
E evapora...

Sua alma
Ao findar do corpo,
Transpõe mil dos meus infinitos...
Compõe um espaço

De forma semelhada ao nada...
E evapora...

Nossas almas

Ao findarem dos corpos
Compõem mil outros infinitos
Transpõem os espaços

De formas semelhadas ao nada...
E nunca mais evaporam...

Élsio Américo Soares

 

JOHN...

 

John... John...
Escuta irmão
A minha canção...
Yoko Ono is the woman...
And the life, man?
And the life, man?
A vida agora é bala que amputa...
Não é Paul, nem George nem o silêncio de Ringo!
A vida agora é bala que amputa...
John... John...
Imagino o céu
Não sei o que há além deste teto azul...
Divida comigo
Com Paul, George e com Ringo!
Yoko Ono is also the woman
And I... I am the life!

 

Élsio Américo Soares

LA CANCIÓN DESESPERADA

 

Ouço no meio da noite
três meninas abandonadas
que aos meus olhos
se põem em madrugadas
silenciosas e pálidas.

Ah! La canción que nada fala
de remansas brisas
noturnas
se cala!

Três meninas abandonadas
entre sombras desesperadas
e uma canção
que ouço às três da madrugada
abraça-me silenciosa e pálida!

E as três abandonadas
choramingam meninas
la canción desesperada...

 

Élsio Américo Soares

 

 

 

MENINO DE RUA...
MENINO DE RUANDA

 

Menino de Ruanda

que vagueia nu pela montanha do Zaire.
Estás à procura de um País, eu sei!!!
Porque perdeste pela caminhada
a alma do pai, estrangulado pela guerra
e da mãe consumida pela cólera,
reastejada e emborcada navalha!!!
Oh menino de Ruanda, não adormeça nesta fome inquieta!!
Ela é triste como a Guerra
e pior que a Coléra!!
Não adormeça nesta fome impiedosa, Oh Menino de Ruanda,
porque no sobressalto do sono
existe apenas um alimento: A MORTE!!

E tu ainda haverás de encontrar VIDA
como os meninos de rua do meu país!!

 

Élsio Américo Soares

 

 


poemas

METARMOFOSE

 

Meu corpo
Neste líquido a dissolver
Cristais de mesmas lágrimas
Rompe-me o peito ensedoso
Onde as aranhas crépidas
Dançam o pânico metarmofósico
E mostram-me o seio vivo
Pulsar numa artéria oca
Experimentando-me o deslize da alma.
Enfureço-me na cápsula dos meus osssos
Com todos pecados da Humanidade
Que outrora transforma a natureza
Do perder
E do criar
Em linhas paralelas:
Mate-mati-c-a-mente filosófica (s)
Ruindo assim meu espírito manso
Adormecido
E sepultado no âmago do seu ser!

 

Élsio Américo Soares

 

 

MIRAGEM  NOTURNA

 

É tão frio

Vagar no negrume do Ser
Deparando com traças
Acasaladas
Ora com pombas místicas
Desplumadas,
Becos
Lacrados à esperma
E plasma
Da fêmea-virgem...

É tão frio
Rondar a cidade noturnta
Sugar a mordaça
Que impele o vício
De macho...

É tão frio
O afago
Os beijos da solidão
Que me penetra
Nesta noite de núpcias...

 

Élsio Américo Soares

 


poemas

MUTAÇÃO

à morte de Cora Coralina

 

Minha alma não está em um casulo

Espreita ao naos
Da delinqüência
(...Caótica...)
nem entre as aranhas crépidas
Se enrolando ao novelo nu
De um tempo pródigo...
Ela está na beira abismal
Do teu fádigo Ser!
Ela está na metarmofose
Da loucura
Arranhando lágrimas.
Minha alma.. Ah! Minha alma!
Abriga agora na escuridão dos laseres
Comemorando 2001 anos de solidão
E um segundo apenas de reencarnação!

 

Élsio Américo Soares

 

 

 

NOSSA  SOLIDÃO

 

Minha solidão me fala de tua solidão

Palavras que já ouvi, não ouço mais...
Nunca mais! E creio que todos lhe dirão:
Palavras que lhe disse e não direi jamais!

Tua solidão te fala da minha solidão
Palavras que já ouviu, não ouve mais...
Nunca mais! E crê que todas me dirão:
Palavras que me disse e não dirá jamais!

Minha solidão me fala de tua solidão
Ouvindo-a eu ouço com toda exatidão
Palavra por palavra, enche-me o coração

Tua solidão te fala da minha solidão
Ouvindo-a tu ouves, quer ouvir muito mais
Palavra por palavra, enche-te o coração.

 

Élsio Américo Soares


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