Escola Municipal 09.18.075 Ministro Alcides Carneiro |
Projeto Político Pedagógico "Violência: Violação à cidadania" “Eleger
a cidadania como eixo vertebrador da Educação escolar implica colocar-se
explicitamente contra valores e práticas sociais que desrespeitem aqueles princípios,
comprometendo-se com as perspectivas e decisões que os favoreçam.Isso refere-
se a valores, mas também a conhecimentos que permitam desenvolver as
capacidades necessárias para a participação social efetiva”. |
JUSTIFICATIVA
Sabe-se
que estudar hoje significa preparar o aluno para viver em meio a toda uma
complexidade de um mundo que se torna cada vez menor e mais complexo e
interligado, onde as decisões tomadas em uma parte do globo afetam sobremodo a
outra. Os meios de produção mudaram, antigos empregos foram extintos e novos
estão surgindo. Se entendermos a nossa escola como local de construção do
conhecimento e de socialização do saber, como um ambiente de discussão e
de.troca de experiências e de elaboração de uma nova sociedade, fundamentado
nos objetivos da Lei Nº. 9.394 Diretrizes e Bases da Educação Nacional
promulgada em 20/12/1996, temos por objetivos:
Favorecer
o conhecimento através da produção Acadêmica onde o aluno possa se situar na
realidade e ter as ferramentas adequadas para o exercício de uma cidadania
significativa;
Possibilitar
a reflexão para compreender seu papel na sociedade;
Despertar
a valorização da Educação e da Cultura;
Integrá-lo
na sociedade informatizada;
Fortalecer
os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca em que assenta a vida social;
Desenvolver
competências, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores.
Repensando
sobre que práticas educativas atuar com alunos adolescentes, de forma a atender
definitivamente seus anseios e necessidades, a Escola deve se preocupar em
elaborar um grupo de atividades que despertem o interesse desses alunos.
O
projeto sugere a inserção dos outros temas transversais como: Ética e
sociedade; a Ética na educação escolar; Respeito mútuo, Justiça,
Solidariedade e Diálogo; Pluralidade Cultural: direitos humanos, direitos de
cidadania e pluralidade; Meio Ambiente: a relação entre a comunidade e a
escola; Saúde: Drogas, Vida coletiva; Orientação Sexual: prevenção das doenças
sexualmente transmissíveis/AIDS; Trabalho e Consumo: Os jovens, a escola e a
inserção no trabalho.
Tornar
o ambiente escolar mais prazeroso, facilitando aprendizagens significativas;
Desenvolver
o pensamento analítico e crítico do aluno e sua capacidade de criar soluções
para as dificuldades encontradas;
Aproveitar
e desenvolver o seu potencial de criatividade, e reconhecer as qualidades da própria
cultura valorando-a;
Preparar
o educando para o exercício consciente da cidadania;
Desenvolver
as capacidades e competências necessárias que permitam ao educando eleger critérios
de ação pautados na justiça que levem à participação social cooperativa
efetiva;
Compreender
a desigualdade social como um problema de todos e como uma realidade passível
de mudanças, adotar posturas na escola, em casa, e em sua comunidade que os
levem a interações construtivas justas e ambientalmente sustentáveis;
Compreender
saúde como direito de cidadania, valorizando as ações voltadas para sua promoção,
proteção e recuperação; conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde
como condição necessária para usufruir prazer sexual e proteger-se de
relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores;
Identificar
e comparar diferentes instrumentos e processos tecnológicos, analisando seu
impacto no trabalho e no consumo e sua relação com a qualidade de vida, ao
meio ambiente e à saúde;
DESENVOLVIMENTO
O
projeto foi tomando forma nos Centros de Estudos (C.E.) e Conselhos de Classe,
quando juntos, os docentes, discutiram problemas, pensaram e elaboraram estratégias.
Enriqueceu-se com contribuições diversas vindas dos próprios alunos que,
juntos, amadureceram idéias sobre como tratar questões surgidas nas salas de
aula e de projetos externos,vindos da SME, da E/9ª CRE ou de outras instituições
das quais a escola está participando de algumas atividades.
Em
2005 estaremos dando continuidade ao Projeto enfocando a “Paz na Escola” .
“A
escola é um lugar onde cabem formas diferentes de compreender o mundo. Um local
onde conhecer é aprender o mundo em suas múltiplas facetas, tendo certeza de
que não existe um único ponto de vista que dê conta da explicação da
realidade física e social”.
Apoio
das Equipes da Sala de Leitura;
Textos
mimeografados ou impressos;
Discussão
e debates em sala, formando grupos;
Trabalhos
individuais ou em grupo;
Palestra
com profissionais de algumas áreas;
Material
de áudio (rádio-gravador, fitas, CDs);
Livros,
enciclopédias, jornais, revistas;
Pólo
de Informática;
Uso
dos computadores para pesquisa na Internet, produção de material escrito,
produção de desenhos ou qualquer produto de consumo feito com o computador
servindo como objeto de produção;
Apresentação
dos trabalhos para a própria turma e para a escola como um todo nas várias
feiras e encontros.
Para
que a escola possa ser um espaço privilegiado na construção de referências
para os alunos, a escola não pode perder de vista que nossos alunos estão
sendo socializados no interior de uma cultura da violência, marcada por
discriminação e estereótipos socialmente construídos, que leva a
inferioridade e a baixa auto-estima.
A
elaboração de um projeto que permita a escola tornar-se um espaço no qual os
alunos vejam suas questões, dúvidas, angústias, descobertas acolhidas e
trabalhadas: quem
sou eu, quem eu quero ser, o que eu quero para mim e para a sociedade.
Isso
exige uma busca de autoconhecimento, compreensão da sociedade e do lugar social
em que está inserido, a começar de sua escola, sociedade mais próxima do
ambiente fora de seu lar. Aqui ele passa boa parte do seu tempo.
Se não valorizar o espaço onde estuda, sabendo-se elemento
participativo, co-autor, não encontrará eco para prosseguir, a educação
escolar soará falsa.
“A
escola deve considerar as pessoas inteiras e valorizar outras formas de
demonstração de competências”.
“Formar
para a solidariedade é, portanto, formar indivíduos críticos, que querem e
podem tornar-se atores, defender seus interesses, explicar e combater os
mecanismos que engendram a violência, a miséria, a exclusão. Isto exige não
só conhecimentos econômicos, jurídicos, tecnológicos, científicos, sociológicos,
mas também competências de análise, de negociação, de coordenação, competências
táticas e estratégicas: muito mais geral para analisar e fazer evoluir as relações
de força nos grupos, nas organizações, nos sistemas sociais”.
Philippe Perrenoud- Construir as competências desde a escola.