Tradição




Uma Manhã normal na escola Tomoeda, os alunos do colegial chegando e fazendo barulho, primeiro dia de aula e muitas novidades das férias para contar, mas Sakura como sempre atrasada mas nesse dia com um sorriso diferente pois seu querido Shaoran acabara de voltar do seu longo treinamento em Hong Kong. Esse sorriso logo foi percebido pela sua melhor amiga Tomoyo.
— Sakura qual a novidade?
Sakura aérea não respondeu.
— Terra chamando Sakura... onde você está?
— Hã? Á Tomoyo me desculpe, é que eu estava distraida.
— Pensando no Shaoran de novo? Queria tanto poder te ajudar amiga, não consigo ficar feliz vendo-a assim. — Tomoyo coloca a mão no rosto e faz aquela tão conhecida cara de desapontamento.
Quando Sakura ia explicar o mal entendido o professor Terada entra na sala. Todos se sentam e ele fala:
— Antes de começar a aula quero apresentar dois alunos que já estudaram aqui no primário e que voltaram para terminar os estudos no Japão. — Shaoran entra na sala. — Shaoran Li que veio de Hong Kong e...
Ao ver Shaoran entrar Tomoyo ficou boquiaberta e Sakura olhou para ela com um sorriso no rosto. O professor continuou:
— ...e Eriol Igagizawa de Londres.
Os olhos de Tomoyo brilharam ao ver Eriol ali na frente, “como ele está bonito, alto, os mesmos óculos redondos e ainda com aquele ar misterioso...encantador!” pensou Tomoyo.
— Olha Tomoyo o Eriol também voltou. — cochichou Sakura, mas Tomoyo pela primeira vez na vida deixou de ouvir uma palavra da amiga.
— Tomoyo, está me ouvindo?
— O que? Desculpe Sakura.
— Em que estava pensando?
— ...que o Kero não gosta nada do “moleque”.
Sakura riu da lembrança de Tomoyo.
— É verdade o Kero vai ficar uma fera e o Touya também.
Para Tomoyo sempre fora fácil disfarçar sentimentos, pois os conhecia bem, tanto os seus como os dos outros, mas desta vez estava sendo difícil, pois a emoção de rever a pessoa mais querida de seu coração era muito grande, principalmente de surpresa e depois de tantos anos achando que nunca mais o veria...
Teve sorte pois Sakura continuava inocente e desligada.
O professor indicou as mesmas cadeiras, sempre vazias, mas agora ocupadas novamente pelos antigos donos. Eriol sorriu, “Novamente a tentação de tocar aquelas maravilhosas madeixas negras...” pensou Eriol.
Ao passar por Sakura, Shaoran olhou corado para ela que sorriu, Eriol sorriu para Sakura e olhou sério e misterioso para Tomoyo que também estava séria mas com os olhos brilhando de alegria.
A aula pareceu demorar uma eternidade, principalmente para Sakura que de dez em dez minutos se virava para verificar se Shaoran estava mesmo atrás dela, e Tomoyo que tentava se acalmar e prestar atenção nas palavras que o professor dizia.
No intervalo Tomoyo deixou Sakura só com Shaoran e foi se juntar a Rika e Shiharu. As duas conversavam sobre Shaoran e Eriol que haviam regressado ao Japão depois de tantos anos.
— Nossa vocês viram como eles estão bonitos? — falou Rika.
— O Yamazaki que não me ouça mas tenho que admitir que estão lindos...
— Ah! Tomem os convites do meu casamento. — disse Rika.
— Vocês já vão se casar? — perguntou Chiharu.
— Já. Estamos realmente apaixonados.
Tomoyo sorriu, pois ela e Sakura (quase por milagre), eram as únicas que sabiam que os dois eram apaixonados desde a quarta série.
— A Tomoyo está tão calada. Mas mudando de assunto, o que você achou mesmo do Eriol e do Shaoran?
Tomoyo corou.
— Não sei...
— Como não sabe Tomoyo? Tá certo que você não queira dar sua opinião sobre o Shaoran, mas e o Eriol o que você achou dele?
Tomoyo ficou calada pensativa.
— E então Tomoyo o que achou de mim? — Eriol surgiu de cima de uma árvore.
Shiharu e Rika se assustaram e coraram no mesmo instante. Eriol parou e ficou analisando Tomoyo enquanto pensava.
— Sinceramente acho que você continua confiante demais, mas agora está mais bonito.
— Obrigado. Ser analisado por você é uma honra.
Tomoyo sorriu e Rika e Chiharu ficaram pasmas com aquela cena.
Depois da aula Tomoyo se despedia de Sakura que ia para casa levada por Shaoran que aproveitaria a oportunidade para falar com o pai dela sobre o noivado e a proposta de casamento para depois que terminassem o colégio. Tomoyo explicou para Sakura que adoraria filmar esse momento mas que infelizmente tinha que ajudar na arrumação da sala naquele dia. Shaoran ficou mais aliviado pois uma câmera por perto só aumentaria seu nervosismo.
Mais tarde, depois de arrumar tudo, Tomoyo no corredor se despedia das suas amigas e guardava o resto de suas coisas no armário.
— Podem ir que eu ainda tenho que ligar para virem me pegar.
— Tem certeza de que não quer que a gente espere? — perguntou Chiharu preocupada.
— É, as vezes uma escola pode ser muito sombria a noite.... — disse *** com os óculos brilhando.
— Não se preocupem, eu não tenho medo algum, podem ir...
As duas se convenceram e foram embora.
Quando acabou de guardar tudo, ouviu um som belíssimo de um piano, seguiu o som e parou em frente a porta da sala de música, esperou um pouco até o coração se acalmar e entrou. Viu Eriol tocando com uma perfeição divina, ele quando viu Tomoyo entrar parou e virou-se para ela.
— Não está enfeitiçando o piano novamente, não é? — perguntou Tomoyo sorridente.
— Claro que não, só praticando mesmo... Quer me acompanhar?
— Adoraria!
Tomoyo se recostou no piano e esperou que ele começasse. Eriol começou, para logo depois ser acompanhado por ela, os dois juntos se combinavam em uma dupla perfeita, não havia falhas, era como a musica celestial que os passarinhos entoam pela manhã, única nenhum outro ser era capaz de atrapalhar, nenhum ruído se escutava além, somente os dois eram ouvidos e por ninguém mais que o silêncio já que estavam totalmente sós.
Quando acabaram o silêncio se fez presente e aplaudiu ao seu próprio modo, até que Tomoyo se sentindo incomodada tomou coragem para perguntar.
— Por que essa tristeza nos seus olhos?
— Pensei que não tinha percebido... — respondeu Eriol tristemente.
— Percebi assim que chegou mas não tive coragem para perguntar.
Eriol calou-se.
— Por que voltou agora? — insistiu Tomoyo.
Eriol ajoelhou-se diante dela e tomando a mão pequena e delicada de Tomoyo entre as suas e beijando-a.
— Saudades do seu perfume, da sua voz, dos seus cabelos, de você...
Tomoyo ficou surpresa com aquele gesto inesperado, mas não deixou que sua sensibilidade fosse abalada, por isso ainda foi capaz de perceber uma pontinha de tristeza.
— Você não está feliz... O que aconteceu com a professora Mizuki?
Eriol ficou surpreso, pois ele já conseguira persuadir os mais poderosos magos, mas não conseguira convencer uma humana que nem sequer possuía poderes mágicos. Sorriu pela capacidade de Tomoyo com os sentimentos humanos, ela realmente havia desenvolvido sua sensibilidade, se fosse hoje que Eriol tentasse atacar Sakura para faze-la transformar as cartas com certeza Tomoyo saberia desde o começo que era ele quem estava por trás de tudo.
— Ela casou com um professor de lá e disse-me para voltar ao Japão, disse que eu encontraria a felicidade aqui. — respondeu ele triste.
— E você acha que a pessoa que irá lhe fazer feliz sou eu? — perguntou Tomoyo tocando o rosto dele com carinho.
— Não sei... você me ama?
Como resposta Tomoyo beijou os lábios de Eriol com suavidade, ele abraçou-a passando as mãos por sua cintura fina e aprofundando o beijo fê-la abrir os lábios, empurrando-a contra o teclado do piano negro. Tomoyo passou os braços pelo pescoço dele e acariciando sua nuca puxou-o mais para si. As duas bocas estavam unidas, os corpos estavam colados e Tomoyo encurralada contra o piano, ela encostou-se nas teclas que consequentemente fizeram um barulho que levou-os novamente a razão. Tomoyo separou os seus lábios dos de Eriol e disse ainda com os braços em volta do pescoço dele:
— Preciso ir para casa...
Eriol soltou-a.
— Não precisa explicar, eu entendo.
— Desculpe, eu queria ficar mas algo dentro de mim diz que devo ir...
Eriol sorriu desafiadoramente.
— Seria medo?
— Sabe o que pode acontecer se eu ficar?
— É por isso que quero que fique.
— Está bem, eu fico. — respondeu ela sorrindo.
Eriol ficou admirado, realmente ela o amava e amava tanto que era capaz de sacrificar sua honra sem pedir em troca nenhuma certeza, nenhum compromisso ou sequer uma palavra de amor. Dessa vez ele começou, beijando-a a boca com suavidade e descendo os lábios quentes e úmidos pelo pescoço dela, com as mãos tentava livrar-se das longas fitas verdes que aprisionavam os tão cobiçados cabelos longos, negros e perfumados. Tomoyo não ficou parada, desabotoando a camisa dele devagar, com prática e passando a mão por seu tórax bem definido, enquanto tentava acompanhar a boca dele com as sua. Quando conseguiu se livrar das fitas do cabelo dela Eriol afogou o rosto neles e sentiu um perfume mavioso de jasmim, buscou nas costas do vestido os botões pequenos, Tomoyo percebendo que ele encontrava dificuldade e demorava para abri-los, sussurrou então ao seu ouvido lambendo-o logo em seguida:
— Quer ajuda?
— Adoraria... — respondeu Eriol, sorrindo, com a voz rouca de paixão e soltando um gemido de prazer.
Tomoyo se colocou na frente dele e levando as mãos as próprias costas começou a desabotoar os botões do vestido sensualmente, um a um, quando deixou-o escorregar por seus ombros e cair completamente no chão aos seus pés revelando suas formas esculturais e seus belos seios ainda pequenos, sua pele era tão alva e tão sedutora, as pernas bem modeladas, e a única peça de roupa que ainda tinha, úmida e branca. Eriol estava surpreso e satisfeito, com um sorriso irônico no rosto, “como é bela” pensava ele “uma beleza pura e divina, perfeita, simplesmente perfeita, esse é o melhor adjetivo para descreve-la, e toda essa pureza só para mim”.
— Então o que acha? — perguntou Tomoyo em tom de desafio.
— Simplesmente divina! — disse Eriol
Ela ficou satisfeita, era mais do que queria ouvir. Eriol tomou-a mais uma vez em seus braços Tomoyo, continuou a desabotoar a blusa dele e terminou por, abrir o zíper e tirar as calças, que ainda conseguiam ocultar a prova de seu desejo, mas que a ultima peça não conseguia. Ele beijou um dos seios dela acariciando-o com a língua enquanto massageava o outro com uma das mãos, a outra mão estava sob a calcinha dela fazendo-a gemer de prazer, ela já não agüentando mais segurou a mão que estava sob a calcinha e levou-a até a borda desta, ele retirou-a devagar querendo fazer aquele momento durar cada vez mais. Depois de se livrarem das únicas coisas que os separavam e não haver mais nada entre os dois corpos ardentes em chamas, desejo e paixão, Eriol novamente a colocou contra o piano, Tomoyo deitou-se na calda e ele afastando as coxas brancas e macias que estavam ainda um pouco receosas se colocou entre elas, deitando por sobre a garota. Começou a penetra-la devagar, ela sentiu-se rasgada por dentro e deixou escorrer duas lágrimas de dor, mas quando ele olhou-a com compaixão, ela simplesmente disse:
— Beije-me!
Ele atendeu prontamente ao pedido, beijando-a e abraçando-a, os dois continuaram em um vai-e-vem ritmado e calmo, até ela começar a se sentir melhor e até mesmo gostar acompanhando-o nos movimentos com os quadris, chegaram a um ritmo frenético e relaxaram juntos onde souberam que o paraíso também existe na terra e pode ser alcançado pelos mortais. Cansados os dois corpos suados manteram-se unidos ainda por algum tempo deitados sob o piano.
Tomoyo ouviu um som distante tocando, levantou-se, era seu telefone que havia ficado dentro do armário.
— Preciso ir! Minha mãe deve estar super preocupada... — disse levantando-se rapidamente.
— Espere, vou deixa-la em casa. — disse Eriol levantando-se também.
— Não precisa... eu vou só
— Eu insisto. — falou Eriol já vestindo-se.
Ela parou e virou-se para ele séria.
— Tem que me deixar um quarteirão antes.
— Está bem!— disse Eriol intrigado já abotoando a camisa.
Tomoyo terminou de arrumar o vestido e correu para o armário, pegou o telefone e guardou, era melhor não ligar de volta pois se o fizesse sua mãe iria com certeza querer mandar alguém ir busca-la. Ela terminava de pegar a bolsa quando Eriol chegou já pronto.
— Vamos!
Caminharam juntos até o portão que estava trancado.
— Era tão mais fácil quando a Sakura tinha a carta alada...
— Eu não tenho a carta alada mas acho que um feitiço serve.
Eriol jogou um dos papelinhos mágicos e abriu o cadeado. Tomoyo sorriu para ele e beijou-o o rosto como agradecimento, quando ele terminou de trancar novamente o portão Tomoyo puxo-o pelo braço, caminharam lado a lado, juntos como um casal de namorados, ela por mais que tivesse pressa não queria chegar nunca e ele simplesmente a apoiava nesse plano de fazer aquele momento eterno. A rua vazia ajudava a deixa-los mais a vontade, e a lua cheia no céu também. Chegaram finalmente, permaneceram abraçados ainda por algum tempo sem proferirem palavra alguma, ela beijo-o e caminhou vagarosamente até em casa sabendo o que a esperava, ele virou-se e foi andando sem rumo certo mas com destino definido.

~*~*~*~*~*~

Ao chegar em casa Tomoyo foi recebida por uma mãe desesperada e várias pessoas aflitas.
— Minha filha! Você está bem? O que aconteceu? Onde você estava?
— Calma mãe. — Tomoyo respondeu abraçando a mãe carinhosamente, tentando acalma-la — Eu estou bem, olhe não aconteceu nada comigo.
— Onde você estava?
— ...eu estava na casa da Sakura — mentiu Tomoyo torcendo para que a mãe não houvesse ligado para ela.
— Sabia que devia ter ligado para ela mas como não queria falar com o pai dela não o fiz, mas porque não avisou e demorou tanto?
— ...É que eu esqueci o telefone no armário e por isso não liguei e vim a pé
— Você deve estar cansada, não? Vá tomar um banho e dormir, me dê a bolsa, eu guardo suas coisas.
— Não precisa se preocupar mais por hoje, você é que precisa descansar..
— Está bem filha... Há mas você não foi para a aula hoje com uma fita no cabelo?
— Foi mesmo — concordou uma empregada — duas fitas verdes.
— Há mas...eu devo ter esquecido delas no vestiário quando... penteava os cabelos.
— Está bem querida agora vá tomar banho.
Tomoyo foi mas quando entrou no banheiro deixando a bolsa em cima da cama, sua mãe entrou no quarto escondida e olhou a bolsa, acabou achando o telefone dentro e com todas as suas ligações não atendidas, ficou furiosa por Tomoyo conseguir engana-la tão bem e pela mentira.
Quando Tomoyo saiu do banho encontrou sua mãe esperando-a com o celular na mão.
— O que significa isso?
— Hã... eu devo Ter deixado no silencioso.
— E o que aconteceu realmente com sua fita no cabelo? Porque você jamais perderia sua fita preferida. E onde você estava mesmo e com quem deveria ser a pergunta mais adequada? porque se fosse na casa da Sakura eu saberia?
— Desculpe...
— “Desculpe” pelo quê? O que você andou fazendo?
— Desculpe por deixa-la preocupada, pois essa é a única coisa da qual eu me arrependo.
Sonomi ficou furiosa levantou-se e deu um tapa na cara da filha.
— Você não irá sujar o nome de nossa família! Irá se casar com quem for melhor, com quem eu escolher!
Tomoyo não respondeu ouviu tudo calada e resignada com seu destino. Sonomi saiu do quarto ainda nervosa. Ao ver a mãe sair Tomoyo jogou-se na cama derramando todas as lagrimas que havia contido.
No dia seguinte após passar toda uma noite chorando Tomoyo sentava-se a mesa do café com sua mãe na cabeceira da mesa.
— A partir de hoje eu irei deixa-la e busca-la pessoalmente no colégio.
— Está bem — respondeu ela sorrindo.
As duas chegaram ao colégio cedo e Tomoyo ficou esperando por Sakura no portão, Sonomi percebendo que ela não entrava perguntou.
— Por quem está esperando?
— Pela Sakura.
— Entre e espere por ela na sala que é para onde devem ir os alunos quando chegam.
— Sim senhora.
Tomoyo entrou no colégio e guardou suas coisas, lembrou da fita que havia deixado na sala de música e se dirigiu até lá, quando abriu a porta encontrou Eriol com a fita na mão. Sorriu e recolheu as fitas da mão dele, Ele não deixou que ela partisse puxou-a e beijou-lhe a boca com intensidade.
— Está louco! Pode vir alguém.
— Por que não quis que eu a deixasse em casa ontem?
Tomoyo baixou os olhos triste.
— Responda.
— Problemas com minha mãe.
— Entendo... agora me de só mais um beijinho vamos. — disse ele buscando a boca dela.

~*~*~*~*~*~

Duas semanas depois...

— No próximo mês irá se casar. — Declarou Sonomi calmamente.
— O quê? — perguntou Tomoyo incredula.
— No próximo mês irá se casar. — repetiu Sonomi.
— Não pode fazer isso! — exclamou Tomoyo levantando-se da mesa do café
— Não só posso como devo e sente-se por favor.
Tomoyo sentou e tentou aparentar uma calma que não possuía e guardou as lágrimas para derramar mais tarde sobre o travesseiro.
Não contou a ninguém sobre isso, nem mesmo a Sakura, passou todo o dia fingindo estar bem e conseguiu convencer a todos menos Eriol que no intervalo puxou-a para detrás de uma árvore.
— O que há? Por que está tão triste?
— Por favor, me deixa, eu não quero preocupar ninguém. — disse ela tentando escapar mas sem sucesso.
— Vamos conte-me.
Tomoyo olhou para ele colérica
— Com que direito quer que eu lhe conte?! Já estamos nesse esconde-esconde há duas semanas e acho que pretende que continue assim! Você está brincando com meus sentimentos e eu venho deixando, mas não me venha cobrar nada que não pediu!
Eriol soltou-a, era a primeira vez que via Tomoyo naquele estado, se assustou e sentiu a consciência pesar, mas ficou parado olhando a figura imóvel a sua frente, mesmo livre ela não se moveu, de repente ela abraçou-o e começou a chorar, soluçando descompasadamente.
— De-desculpe. — disse ela entre lágrimas e soluços. — Me perdoe eu não deveria ter dito aquilo. Eu o amo e sabe disso, não?
— Sei, não se preocupe pois não disse nada mais que a verdade. — respondeu abraçando-a e tentando faze-la se acalmar.
Tomoyo chorou ainda por um bom tempo, até o sinal tocar e ela ter que enxugar as lágrimas.

~*~*~*~*~*~

Um mês depois...
Era o dia do casamento e Tomoyo fora obrigada a faltar a aula. Eriol ligou para ela e ela explicou que estava bem, só tivera um problema pessoal e foi obrigada a faltar.
Nessa mesma noite Eriol resolveu ir visita-la e aproveitar para falar com Sonomi, os portões estavam abertos e parecia que iria acontecer uma festa, pela decoração adivinhou que era de casamento. Entrou e procurou a porta da casa através do grande jardim.
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Tomoyo em seu quarto era paparicada por todos os lados, mulheres com a língua solta passavam falando e ajeitando todos os detalhes, desde o kimono até a maquiagem. Quando sua mãe entrou no quarto foi recebida com um sorriso triste.
— Será que eu poderia ficar um momento sozinha antes do casamento? — perguntou Tomoyo tristemente.
— Claro querida! — venham todas deixemos a noiva só por um momento.
Quando todos saíram Tomoyo trancou a porta, suspirou e retirou uma carta escrita na noite anterior da cômoda. Colocou-a por sobre a cama ao seu lado, tirou um punhal de baixo do colchão e cravo-o no peito com toda a força que possuía.
+++
Sonomi achou que já havia dado tempo suficiente para a filha caminhou até a porta do quarto e bateu.
— Vamos querida, já está tarde e precisamos terminar os preparativos!
Nenhuma resposta foi ouvida, Sonomi insistiu, mas continuou sem resposta, zangou-se e foi chamar uma das seguranças que abriu facilmente a porta.
— Tomoyo o que...
Sonomi ficou chocada com a cena que viu, sua filha morta por sobre a cama, com um punhal cravado no peito e o sangue manchando todo o kimono. Deixou que escorressem as lágrimas.
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Eriol finalmente achou a porta da mansão como estava aberta entrou e se deparou com todos reunidos a porta de um quarto uns chorando e outros chocados, abriu passagem entre as pessoas e entrou no quarto, teve um choque tão grande ao ver a figura de Tomoyo que não conseguiu derramar sequer uma lágrima. Viu a mãe dela chorando abraçada ao corpo da filha, pedindo perdão. Viu a carta ao lado do corpo e começou a lê-la:
“Mamãe, não quero que se sinta culpada pois a culpa é toda minha por este ato de covardia, por não ser tão corajosa como a Nadeshiko a ponto de ir contra minha família, mas espero que esse meu ato não tenha sido em vão e que tanto a senhora como o vovô acabem com esse preconceito que está destruindo a nossa família e que vocês aprendam que não podemos mandar no coração eu segui o meu e fui feliz enquanto durou.
Eu sei que a senhora não amou o papai mas espero que não esqueça de que ainda está viva e que pode encontrar alguém e descobrir o que é o amor.
Adeus da sua filha que muito a amou,
Tomoyo”

Eriol viu sua amada beijando a fronte da mãe e indo ao seu encontro sempre sorrindo.
— Continuarei amando-o sempre.
— Pela primeira vez a previsão da Kaho falhou.

‘‘!! FIM !!’’-

^_^x Oi? Olha eu sei que tá muito estilo Romeu e Julieta mas eu não quis assassinar o Romeu então taí, espero que vcs tenham chorado muito e que tenham gostado.

FaTiNhA


Se gostou me manda um e-mail se não gostou me manda um e-mail e diz pq.

mariaflb@yahoo.com.br

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