Isso faz o nosso pâncreas intervir e produz insulina em quantidade para limpar o excesso de açúcar. A insulina converte a glicose em glicogênio,
armazenando-o nos depósitos naturais, o fígado e os músculos, como reserva futura. Porém, a súbita
retirada da glicose
resulta em falta
de açúcar na corrente sangüínea,
em hipoglicemia! Exige a volta de glicose, e, com isso, as nossas glândulas supra-renais, então, são obrigadas a produzir hormônios para converter glicogênio
estocado em glicose,
que será um pré-cursor fundamental para a
produção de ATP, a moeda
energética de nosso organismo.
Mas isso gera um efeito
montanha-russa, cujo ponto mais baixo de hipoglicemia é de duas a quatro horas após a refeição. O indivíduo
sente-se cansado e volta a ter fome.
Caso ele novamente comer um carboidrato simples, mais
perturbações voltam a acontecer. Com o passar dos anos, a constante necessidade de insulina e as quedas no nível de glicose no sangue provocam avarias
nas glândulas, por excesso de trabalho, sem falar dos efeitos no cérebro cujas células mais sensíveis, os neurônios, são afetados. O resultado em breve pode ser o colapso do pâncreas e a hiperglicemia, e significar o diabetes, bem como aterosclerose.
O
açúcar refinado é um produto concentrado que o organismo não necessita, ao contrário, rejeita devido aos transtornos que causa na química do corpo. A outra metade da sacarose, a frutose tem um outro rumo no organismo. Vai produzir um acetato, a matéria-prima
para a montagem
das moléculas de colesterol. O vício em açúcar branco resulta numa condição superácida no organismo, que descalcifica e
desmineraliza. O corpo passa a ter falta de cálcio, de magnésio, de zinco, de selênio, entre outros nutrientes protetores.
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Em realidade, o açúcar branco, refinado, é uma aberração
do ponto de vista alimentar. Seu consumo precisa ser moderado. Quando se precisa usar açúcar, deve-se usar o mascavo ou, pelo menos, o cristal. O açúcar mascavo dura vários meses se conservado no
refrigerador.
Os jovens de hoje são cada vez mais viciados em açúcar. Já não conhecem a água pura, que é o que o corpo precisa e pede. Somente bebem água açucarada, refrigerantes. Muitos adultos estão na mesma, fogem de efeitos do açúcar e pensam proteger-se
optando por adoçantes
artificiais.
Emiliano
Chemello e Felipe G. Pandolfo
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Texto retirado daqui:
http://www.ucs.br/ccet/defq/naeq/material_didatico/textos_interativos_02.htm
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