COMO
E PORQUE TORNAR-SE CRUDIVORISTA
(Texto de Jivan Ananto)
Você poderá
talvez concordar com a
filosofia crudivorista, poderá achar perfeitamente
válida, mas mesmo que
queira não é muito simples mudar de dieta.
A maioria das pessoas não
sabe que seus hábitos alimentares tem basicamente três
razões:
Instintiva:
Um dos principais motivos que
consideramos algo saboroso é o fato
daquilo
ter-nos satisfeito a fome repetidas vezes, isto é; quando
estávamos com
fome, aquele ítem estava disponível. Esse condicionamento
é um dos responsáveis pela informação no
cérebro que chamamos de "sabor".
É um fenômeno instintivo
e ocorre com todos os animais. Se houvesse apenas a natureza a nos
fornecer alimentos, isso seria um meio perfeitamente adequado para
sabermos o que comer: o "sabor". É assim que todos os animais
escolhem
seus alimentos e funciona para eles.Os animais (não os caseiros)
só
comem alimentos crús, encontrados na natureza.
Esse aspecto instintivo
ocorre
também conosco, seres humanos. O
problema é que existem muitos produtos industrializados à
disposição,
que tem corantes, aromatizantes , flavorizantes, em geral produtos
químicos com o intuito de "enganar" nossos sentidos e fazer-nos
"comprar e consumir" aquele produto. Desde criança nosso
cérebro
"aprende" a achar saborosos produtos "fabricados", como balas,
sorvetes, bolachas, porque essas coisas estavam disponíveis
quando
tínhamos fome. Ficamos assim escravizados psicologicamente
à esses
pseudo alimentos e depois passamos o vício aos filhos, tudo em
nome do
"amor e ternura" que sentimos por eles.
Emocional:
Ao longo de nossa vida
nosso
cérebro é condicionado a
"gostar" de
muitos alimentos pelo fato de fazermos associações
subconscientes. Um
exemplo é a comida feita por nossas mães, com amor,
consumida ao redor
de uma mesa com nossos familiares. Isso cria um "feedback" forte, cria
uma aura de "amor" associada à comida. Na verdade o que gostamos
era do
carinho, do amor, da ternura ou apenas da sensação de
proteção
existentes no ambiente doméstico.
Crianças precisam se
sentir
protegidas, amadas. Mesmo num lar pouco amoroso, com mães
nervosas
gritando com seus filhos, ainda existe a sensação de
"proteção" na
criança. Esses sentimentos ( de estar protegido e/ou amado etc)
são
associados com os pratos que são colocados na mesa, e tendemos a
levar
esses hábitos para o resto de nossas vidas. Em
função disso, todas as
mudanças alimentares são muito difíceis de
ocorrer, não basta apenas
sermos informados do que é melhor para a saúde. Em geral
se as
informações forem contrárias a nossos
hábitos "emocionais" ou
"instintivos", criaremos "barreiras", teremos toda sorte de
reações
contrárias aos novos paradigmas a nós apresentados.
No campo da
alimentação muitas pessoas ridicularizam
quaisquer idéias
contrárias aos seus hábitos presentes, outros as
descartam como
besteira, outros mais racionais apresentam toda sorte de contra
argumentos. O mais comum é ridicularizar quaisquer idéias
novas, o que
é basicamente o mais fácil e o menos inteligente. Nesse
sentido e
(infelizmente) pode-se observar que os que menos capacidade tem de
argumentar inteligentemente e com conhecimento de causa são os
que mais
usam o recurso da ridicularização de tudo o que
não tem a capacidade de
compreender/debater.
Mental:
A vida toda,
desde
crianças, somos bombardeados com
condicionamentos de toda sorte. Nossas mães começam o
trabalho de criar
"programas" mentais que nos fazem "crer" em uma série de
falácias.
"Precisa comer para ficar
forte".
"Come que isso faz bem". Você precisa
se alimentar. Mesmo quando na infância ficamos doentes,
alguma
infecção acompanhada de febre e o corpo naturalmente
não quer comer,
uma sábia reação do organismo, mães e
avós nos forçavam a comer "pelo
menos um pouco". Por amor, mas sem conhecimentos nem sabedoria.
À medida que crescemos
lemos e "aprendemos" as idéias mais difundidas
em relação a nutrição. A "ciência"
oficial, a orientação de médicos, da
mídia, dos ministérios da saúde... Qual é o
paradigma alimentar
existente? Comer carne, massas, frutas, laticínios, verduras.
A pirâmide alimentar,
criada
pelo USDA em 1992, está cheia de falhas, sua nova
versão de 2005 também.
Mas essas
"orientações" acabam servindo de
"informação" em cursos de
nutricionismo, base para a posição oficial de
órgãos do governos na
área de Saúde e Nutrição. O USDA e FDA
americanos acabam sendo "fontes"
de "conhecimento" para o paradigma alimentar presente.
Na verdade esses
órgãos e seus "me-too-ists" do mundo inteiro estão
apenas disseminando "idéias" e "crenças" baseadas em
estudos
influenciados por "lobbies", e também influencia direta de
"lobbies"
nas
"comissões" de burocratas que criam "orientações"
como as "Pirâmides
alimentares".
Então... um dos grandes
motivos que as pessoas consomem uma infinidade
de alimentos é a "crença" pura e simples naquilo que
lêem
e aprendem ao
longo de suas vidas. Que estão carregados de falsidades e
mentiras
intencionais ou não.
Porque
comemos o que comemos:
Comemos
por
hábito, por
prazer, "porque o relógio diz
que é hora do almoço", porque "gosto do tempero da comida
de minha mãe", pra "matar a fome" e muitas outras razões.
Animais selvagens, ditos "irracionais" só
comem por instinto e
como seu "supermercado" é a natureza, só comem coisas
"naturais" e adequadas ao seu metabolismo, sem emoções
associadas. TODOS
os animais são crudivoristas. Não existe obesidade
entre os animais,
cada espécie tem o mesmo corpo. Animais domésticos e de
zoológicos
estão fora do conceito de seres "naturais", pois estão
vivendo sob o
controle de humanos e comendo o que lhes é dado, não
comem alimentos de sua livre escolha, encontrados na Natureza.
A "moda" agora na indústria
bilionária de
alimentos para animais domésticos nos EUA é adicionar
produtos
químicos "viciantes", assim os animais só se
contentarão com aquele
produto da marca "a" ou "b". A enorme quantidade de animais doentes
alimenta outras indústrias, a médico-veterinária
e a farmacêutico-veterinária.
A "trilha do dinheiro" ilustra tudo, quem lucra com o que.
Comer pseudo alimentos é vício, necessidade
psicológica, "crença" que nos
foi condicionada por aqueles que mais nos amam; pais,
avós, parentes próximos, amigos, mas também de uma
forma crescente, pela mídia, as propagandas de massa. Hoje
existem recursos sofisticados de "engenharia social" para direcionar
milhões de pessoas, em semanas" a adotar determinada
"moda", isso inclui "dietas".
As pessoas, em geral, ficam felizes
apenas por fritar
batatas e comer, ( esse item lhes foi amorosamente preparado por
mães e/ou avós).
Há poucos anos na Suécia foi descoberto que em amidos,
submetidos à fritura ou forno com temperaturas acima de
150°C,
ocorre a formação de acrilamidas, produtos altamente
cancerígenos. Se
você está lendo isto pela primeira vez, vai ocorrer um
"choque natural"
entre o "prazer" de comer batatas fritas e a idéia, a
informação ou o
conhecimento do fato de que batata frita é tóxica, contem
a
perigosa acrilamida.
O mesmo com todos os biscoitos
industriais, e
até
pães! A maioria (e talvez você) reage à essas
informações com
desinteresse e defende o lado "prazeroso" da estória, uma vez
que seu
subconsciente está profundamente conectado à
"memória emocional" , isto é; o ambiente de
proteção e/ou
carinho/amor dos lares associados aos alimentos ou então o fator
"sabor"
profundamente embutido em seu cérebro pelo fato de aqueles
pseudo
alimentos
muitas
vezes terem satisfeito sua fome.
O que fazer?
Nosso nível mental, a parte
racional de nosso cérebro
é mais poderosa
do que a parte emocional, que existe não apenas no
cérebro. Apenas pensando
podemos resolver problemas emocionais mais do que podemos resolver
problemas racionais através de sentimentos e
emoções. O cérebro pode
alterar as emoções e depende de uma decisão ou
atitude mental, sob seu controle. A emoção pode
também alterar seus pensamentos, idéias, e quase sempre
isso ocorre FORA de seu controle. Em um caso você é o
mestre, no outro o escravo. E você sabe qual dos dois
papéis você prefere desempenhar em sua vida, certo?
Se usarmos nossa capacidade
racional para nos desfazermos de
emoções
que nos são prejudiciais, estaremos no caminho de
libertação, pois
emoções aprisionam. No campo nutricional somos
quase todos
prisioneiros de prazeres e sabores associados a pseudo alimentos. Quem
não sentiu incontáveis momentos de prazer com sorvetes,
balas,
pirulitos, batatas fritas, pão branco com margarina, um copo de
"toddy" cheio de açúcar e tantos outros venenos saborosos?
Se você quiser se LIVRAR
dessas associações que um
dia cobrarão um preço de seu
corpo, é melhor começar a estudar e pesquisar a questão
da
nutrição,
melhor
começar a
PENSAR sobre o assunto.
Uma das características
mais interessantes do Crudivorismo é que ao
adotar essa dieta ou entrar num processo de incremento gradativo dos
alimentos crus em sua dieta, os alimentos nocivos
(bioestáticos e
biocidas) automaticamente ficam de fora!
No crudivorismo nao se usa: açúcar (mel, sim),
óleos vegetais refinados (extraídos
à quente), farinhas refinadas que não se prestam ao
preparo de comidas cruas, frituras, assados e cozidos em geral.
Entretanto é possível se preparar pratos "mornos", que
não tenham sido submetidos a temperaturas superiores a
45°C.
Como diz um ditado
alemão: DENKEN HILFT! (pensar... ajuda!)
Para
contatar o autor deste site: ggompa@yahoo.com.br