Delírio

Eu quero delírio,
A massa incontida  de razões infindáveis para nunca ser o mesmo,
Nunca ser previsível,
Tangível,
Dizível .....
 
Quero a imprecisão de atos,
A inconstância de sensações .......
 
Quero mais,
quero o desejo incerto, escarrado,
atônito ......
 
Quero o absoluto & impossível - preencher a vida de ilimitadas emoções,
só assim posso lhe dizer que vivo, que expresso inevitável.
Corro o risco de parecer louco, o que me importa ?
Preciso admitir que escrevo sobre sermos responsavelmente loucos
e igualmente inocentes.
Essa ambivalência me encanta
e exatamente ela que nos reconhece em incoerência & sensibilidade
neste encontro de iguais .....

 

 

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é um presente ao Poeta Hildebrando.

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