AVISO:
O planeta
Marte é conhecido desde tempos remotos porque é visível
a olho nu. Recebeu o nome do deus da guerra dos romanos (para os gregos
era Ares). O nome do mês de março também deriva de
Marte. Mesmo sem o uso de instrumentos ópticos, Marte chama atenção
devido ao seu brilho vermelho e sua órbita irregular entre as constelações.
"Periodicamente, num ciclo de 15 anos, Marte apresenta-se muito próximo
de nós, havendo assim facilidade para a observação
de sua superfície", segundo Ronaldo Mourão, no livro
Atlas Celeste. A última foi em junho de 2001. Ao telescópio
tem aparência de um disco alaranjado, que dependendo da capacidade
do instrumento é possível vê manchas brancas (as calotas
polares), e manchas escuras (rochas e areia grossa) e claras (areia fina
ou poeira) que possuem extensão variada.
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Marte
é o astro mais brilhante, de tom alaranjado, nesta foto do céu
a olho nu. (Crédito ScienceWeb) |
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Em 1666,
Gian D. Cassini calculou que a duração de rotação
do planeta era pouco maior que a nossa. Porém, foi com Giovanni
V. Schiaparelli em 1877 que Marte começou torna-se polêmica
nos meios científicos. Ele realizou uma série de observações
e traçou mapas que mostravam terras, mares e "canais".
Empolgado pela idéia de vida inteligente no nosso vizinho vermelho,
Percival Lowell dedicou sua vida ao estudo de Marte, gastando sua fortuna
na construção de um grande observatório, o Lowell
Observatory, no deserto do Arizona. Mesmo com o resultado dos estudos
de Vincenzo Cerulli, indicando que os "canais" representavam
uma interpretação equivocada de estruturas no limite da
visibilidade, a idéia de "homenzinhos verdes" se propagou
para o público com obras de ficção científica
como o clássico "Guerra dos Mundos" de H.G.Wells.
Apesar
de não haver vida macroscópica em Marte, ainda é
tema polêmico a existência no passado ou no presente de vida
microscópica no planeta vermelho.
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Marte
próximo as nebulosas M8 e M20 na constelação de Sagitário.
A bela foto foi obtida em 19/mai/2001 usando telescópio de 135 mm.
(Crédito Ken Webb) |
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Falta-nos
espaço para falar de outros (como Tycho Brahe, Emmanuel Liais e E.
M. Antoniadi) que de alguma forma colaboraram para nosso conhecimento do
planeta vermelho; portanto citaremos apenas mais um personagem na longa
história de Marte. "Mesmo se as conclusões de Lowell
sobre Marte... resultassem em nada, sua descrição do planeta
possui ao menos uma virtude: motivou uma geração dos oito
anos, eu inclusive, a considerar a exploração dos planetas
com uma possibilidade real", confessou o falecido Carl Sagan no best-seller
Cosmos, dedicando um capítulo inteiro a Marte. Deveras, foi o principal
responsável pelas sondas Mariner, Viking e Voyager e demonstrou entusiasmo
pelo sucesso das Vikings, ao escrever: "Em Chryse e Utopia, pela primeira
vez na história da humanidade, uma espaçonave tinha descido,
suave e seguramente, no planeta vermelho." |
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Marte
visto através de um telescópio de 250 mm em 05/jun/2001. (Crédito
Dario
Pires) |
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Imagem
histórica de Marte. É a primeira foto do solo marciano enviada
por rádio pela Viking 1 Lander em 20/jul/1976. À direita
está uma parte da sonda. (Crédito NASA/JPL)
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Gravura
digital que mostra uma vista de cima do Valles Marineris, usando-se os
dados obtidas pelo Viking 1 Orbiter. (Crédito Robert L. Hurt)
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Marte é
o planeta que mais recebeu sondas espaciais; até 2002, das mais
de 30 enviadas, 12 foram bem sucedidas. A ex-União Soviética
foi a primeira, em outubro de 1960 com a Marte 1960 A (ou Marsnik 1),
porém suas missões em geral não foram bem sucedidas.
Mesmo assim podemos citar a Marte 3 Lander (primeira sonda que pousou
em Marte em 1973, mas perdeu-se contato após 20 segundos), Marte
3 Orbiter (estudou a superfície e a temperatura), Fobos 2 (cujo
objetivo era pousar no satélite de Marte, mas apenas obteve fotos
do planeta em março de 1989).
O Estados
Unidos só tentou enviar sondas a Marte em 1964 usando a série
Mariner, sendo que a Mariner
4 aproximou-se do planeta em 1965 e foi a primeira enviar imagens.
No entanto, foi com a Mariner
9 , em novembro de 1971, que o programa americano para Marte começou
a realmente funcionar: cartografia do planeta, descoberta do maior sistema
de vales e a montanha mais alta, e centenas de fotos.
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Esta
foto em alta resolução da superfície de Marte foi obtida
pela Viking 2 Lander em seu local de pouso, Utopia Planitia, em 18/mai/1979.
Uma fina camada de água congelada cobre as rochas e o solo. (Crédito
JPL/NASA) |
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Além
disso, essa sonda preparou o caminho para o audacioso projeto Viking,
formada por duas sondas (Viking
1 e Viking
2) com dois módulos cada (o Orbiter, que orbitou o planeta,
e o Lander, que pousou na superfície). As Landers pousaram em locais
diferentes do hemisfério norte de Marte separados por 6.000 quilômetros,
realizando experiências biológicas para detectar vida no
planeta vermelho, cuja resposta não foi conclusiva; em conjunto
com as Orbiters, obtiveram milhares de fotos (inclusive imagens de 360º),
analisaram o clima (temperatura e vento) e a atmosfera, registraram o
primeiro tremor fora da Terra e descobriram água congelada nas
calotas polares. A última transmissão foi da Viking 2 Lander
em 11 de novembro de 1982.
Passaram
uma década até o fracasso do Mars Observer, em 1992, que
foi perdida na órbita de Marte.
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Primeira
foto colorida obtida pela Viking 1 Lander em 21/jul/1976 ao meio-dia marciano
no seu local de pouso, em Chryse. Os materiais avermelhados são limonite
(óxido de ferro hidratado) e o céu também é
avermelhado devido aos sedimentos suspensos na baixa atmosfera. (Crédito
JPL/NASA) |
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Sequência
de imagens separados por 2 horas feita pela Mars Global Surveyor de uma
tempestade em Marte em 30/jun/1999. As nuvens brancas consistem de gelo
de água e as nuvens alaranjados são poeira levantado do solo.
Tempestades como esta são comuns no planeta. (Crédito NASA/JPL/MSSS) |
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Em novembro
de 1996 foi enviada a primeira de várias sondas com o objetivo
de vôos tripulados: Mars
Global Surveyor (MGS). A missão que duraria dez meses foi prorrogado
até o presente momento porque as outras sondas (a Mars Climate
Orbiter em 1998 e a Mars Polar Lander em 1999) falharam. Sua principal
meta foi alcançada ao coletar dados sobre a morfologia e a topografia
do planeta; no entanto também tem medido a composição,
pressão e mudanças atmosféricas, bem como as tempestades
de areia e quantidade de água nos pólos. A MGS realizou
mais de 8.500 voltas ao redor do astro, tirou mais de 58.000 fotos e 490
milhões de medidas, com seu altímetro a laser. "Em
alguns casos, temos agora melhores mapas de Marte do que da Terra",
disse o principal cientista do projeto, Arden Albee, explicando que a
MGS ofereceu mais informacoes sobre Marte do que todas as outras sondas
precedentes juntas.
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Imagem
simulada de Marte em junho de 2001. O planeta estava em oposição
(dias 13 e 14) estava mais próximo da Terra (dia 21) e era o equinócio
(dia 21 começava a primavera no hemisfério sul e o outono
no hemisfério norte). Os dados foram obtidas da Mars Global Surveyor.
(Crédito NASA/JPL/MSSS) |
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Mas a mídia
e o público voltaram atenção de novo para Marte com
o sucesso da missão Mars
Pathfinder a partir de 4 de julho de 1997, formada por uma estação
meteorológica-climática e um veículo automatizado,
chamado de Sojourner. Em conjunto enviaram mais de 17.000 imagens da superfície
e do céu, analisaram 15 rochas e obtiveram dados sobre as condições
do tempo.
E por enquanto
a última sonda enviada com sucesso é a 2001
Mars Odyssey que está em órbita de Marte desde outubro
de 2001. A sonda fará uma análise mineralógica detalhada
da superfície por 3 anos, com objetivo principal de identificar
a quantidade de radiação e a presença de água.
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Imagem
em alta resolução da rocha chamada Yogi, obtida pela Mars
Pathfinder. O veículo Sojourner está examinando a rocha com
o espectômetro. Vê-se claramente "duas tonalidades"
na superfície desta rocha. A natureza desta diferença de cor
não é conhecida, entretanto, pode consistir em ventos de poeira
fundida e acumulada na superfície (a rocha está se inclinando
ao vento prevalecente) ou pode ser evidência de uma ruptura de um
pedregulho maior enquanto foi depositada numa antiga inundação
que escorreu desta área. (Crédito NASA/JPL) |
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Planisfério
de Marte indicando alguns locais (em branco) e sondas espaciais (em amarelo)
que pousaram no planeta. (Crédito Almir Guilherme)
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SONDA
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DATA DE ATERRISAGEM
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LOCALIZAÇÃO
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DISTÂNCIA M2 (km)
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DISTÂNCIA PF (km)
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DISTÂNCIA VL1 (km)
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DISTÂNCIA VL2 (km)
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Mars
2 (M2) |
19/05/1971
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45,00S
302,00W
|
------
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6.200
|
6.935
|
6.620
|
Mars Pathfinder
(PF) |
04/07/1997
|
19,33N
33,55W
|
6.200
|
-------
|
835
|
6.860
|
Viking Lander
1 (VL1) |
20/07/1976
|
22,54N
48,23W
|
6.935
|
835
|
--------
|
6.725
|
Viking Lander
2 (VL2) |
07/08/1976
|
44,00N
226,00W
|
6.620
|
6.860
|
6.725
|
-------
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Marte
é coberto por uma atmosfera rarefeita composta basicamente de dióxido
de carbono (95,32%) com traços de nitrogênio (2,70%), argônio
(1,60%) e oxigênio (0,13%). A pressão atmosférica é
de apenas 6 milibar, ou seja, equivalente a altitude de 30.000 metros acima
do nível do mar na Terra. Porém em certos locais a pressão
aumenta quando o dióxido de carbono evapora e diminui quando congela.
Com a chegada do verão num dos hemisférios, o dióxido
de carbono passa por um processo de sublimação e migra para
o pólo oposto. Se esse processo ocorrer muito rápido (especialmente
no hemisfério sul), libera enormes quantidades de gás na atmosfera,
formando ciclones que cobrem grandes regiões, em que a velocidade
do vento chega até aos 240 km/h! |
Enorme
tempestade na região norte de Marte obtida pela Mars Global Surveyor
em 29/ago/2000. As manchas brancas são gás carbônico
congelado na calota polar e o jato central (no centro dos vórtices)
tem 900 km de comprimento. (Crédito NASA/JPL/MSSS) |
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A variação brusca de temperatura também provoca
essas tempestades. Devido às estações do ano –
que são semelhantes às nossas, apesar de terem duração
maior e não constante – a temperatura varia desde os -140ºC
nas calotas polares durante o inverno a 26ºC nas regiões equatoriais
durante o verão; porém a temperatura média de -60º
C. No entanto mesmo durante um único dia marciano há grande
diferença de temperatura. Por exemplo, na região equatorial
temperatura é de 25º C no começo da tarde, -50º
C ao anoitecer e -70º C à meia-noite! Outra diferença
drástica é a variação conforme a altitude;
a sonda Mars Pathfinder revelou que se uma pessoa estivesse em pé
no mesmo local da sonda, sentiria uma diferença de 15º C entre
os pés e o tórax!
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Imagem obtida
pelo veículo Sojourner das rochas "Shark" (a mais escura)
e "Half Dome" (direita superior) em 14/out/1997. Revelam as
texturas e as estruturas não visíveis nas imagens da Mars
Pathfinder. (Crédito USGS/NASA)
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No entanto em
raras ocasiões estas tempestades podem encobrir de poeira todo
o planeta por meses, como ocorreu em 1975 e mais recentente em
2001. Phil Christensen, um dos cientistas da MGS, explica: "Esta
tempestade começou como uma pequena nuvem de poeira na bacia Hellas,
uma cratera de impacto no hemisfério Sul de Marte com cerca de
9 km de profundidade. Foi quando [em 27 de junho] a tempestade
explodiu. Deve ter atravessado algum ponto crítico e começou
realmente a crescer. As grandes tempestades podem durar semanas ou mesmo
meses…De fato, ainda não sabemos o que as faz parar."
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Esta
imagem da Viking 1 Orbiter mostra uma névoa ao amanhecer no Noctis
Labyrinthis, no começo do Valles Marineris. Esta névoa, que
é composta provavelmente de gelo de água, está confinada
principalmente nos canyons á baixo, mas pode estende-se até
o platô adjacente. A região mostrada é de cerca de 300
km. (Crédito NASA/USGS) |
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Vista artística da superfície de Marte durante uma tempestade
de poeira; a sonda é a Mars Pathfinder (Crédito James Gitlin/STSCi)
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Por
que o céu de Marte é avermelhado? É devido a poeira
(composta basicamente de óxido de ferro da superfície) suspensa
no planeta que pode absorver até 40% da luz solar; ademais o céu
também pode adquirir uma cor rosada, dependendo da quantidade de
poeira no ar. Como não existe uma reciclagem do dióxido de
carbono, Marte não consegue manter uma estufa, e portanto a superfície
do planeta é muito mais fria do que a Terra seria na mesma distância.
Segundo os biólogos, não é de admirar a falta de organismos
vivos em Marte, porque a atmosfera não impede a passagem dos letais
raios ultravioletas do Sol e a superfície é composta basicamente
de elementos oxidantes. |
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Mosaico
do por-do-sol obtida pela Mars Pathfinder em 29/jul/1997, em cor verdadeira
de como seriam visto aos olhos humanos. No entanto a cor do Sol deve ser
branco ou quase azulado. (Crédito NASA/JPL) |
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Há muitas nuvens em Marte, compostas principalmente de água
e dióxido de carbono, mas devido a baixa densidade atmosférica
elas parecem com os cirros terrestres. No entanto devido as circunstâncias
já citadas bem como o relevo, as nuvens podem adquirir um aspecto
de ciclone. Em torno dos vulcões mais altos, o vapor d'água
pode condensar formando nuvens a grandes altitudes; em contraste, no vales
é possível a formação de neblina ao amanhecer
e ao anoitecer. Até com telescópios são visíveis
nuvens de cristais de dióxido de carbono e água cobrindo grandes
regiões do planeta. Portanto a instabilidade meteorológica
de Marte é governada pela pressão, temperatura, velocidade
e direção dos ventos. |
Esta
imagem obtida pela Mars Pathfinder em cor real mostra o céu ocidental,
30 graus acima do horizonte às 05:13 em Marte. Os riscos brilhantes
são provavelmente nuvens de gelo que são formados durante
a noite. As nuvens também se movem, sendo que moveu do nordeste para
o sudoeste. (Crédito NASA/JPL) |
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Esta imagem foi
feita pela antena da Mars Pathfinder cerca de um minuto após o pôr
do sol em Marte. O Sol molda um fulgor cor-de-rosa sobre o céu se
escurecendo. Os cientistas descobriram que o céu permanece brilhante
por até duas horas após o por do sol, indicando que a poeira
marciana estende-se altamente na atmosfera. (Crédito NASA/JPL) |
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Marte tem quase a metade do diâmetro da Terra, medindo 6.780
quilômetros, no entanto sua área superficial é igual
ao de todos os continentes terrestres. Como Marte é um planeta
rochoso, a densidade média do planeta é 4,06 g/cm^3. Apesar
de ocupar um volume 1/6 da terrestre, a gravidade superficial é
de apenas 1/3 da terrestre.
É provável que o núcleo de Marte seja sólido,
visto que há ausência de um campo magnético global
e movimentos tectônicos na superfície. O núcleo deve
possui menos metais porque a densidade do planeta é baixa comparada
com os outros planetas rochosos. Mesmo assim há alguns locais protegidos
da radiação porque foram detectados vários picos
do campo magnético de Marte em várias regiões.
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Primeira
imagem colorida da superfície de Marte obtida pela Viking 2 Lander
em 03/09/1976, na região chamada de Utopia Planitia (Crédito
NASA/JPL) |
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Gráfico comparando as dimensões físicas de Marte com a Terra. Marte tem
dimensões fisícas bem menores que o nosso planeta. (Crédito
Ielcinis Louis)
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O planeta apresenta algumas formações geológicas
que são vistas até do espaço por causa das dimensões
físicas. Por exemplo: a região de Tharsis é um
imenso planalto com cerca de 8.000 quilômetros de diâmetro
e 10 quilômetros de altura, onde se encontra as 3 enormes montanhas
de origem vulcânica de Marte: Arsia Mons, Pavonis Mons e Ascreus
Mons. Próximo de Tharsis há Olympus Mons, a maior montanha
do Sistema Solar, com 24 quilômetros de altura, base de 700 quilômetros
e circundado por um despenhadeiro de 4 quilômetros!
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Mosaico
de imagem obtida em abr/1999 pela Mars Global Surveyor que mostra os 3 vulcões
na região de Tharsis (centro esquerdo) e o Olympus Mons (acima à
esquerda) cobertos na maior parte pelas nuvens brancas-azuladas de gelo
de água, bem como o sistema da canyons do Valles Marineris (abaixo
a direita). (Crédito NASA/JPL/MSSS) |
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Podemos também destacar o sistema de canyons chamado de Valles
Marineris com profundidade que varia dos 2 a 10 quilômetros, ou
seja, 7 vezes mais profundo que o Grand Canyon, nos EUA. Os canyons do
centro tem geralmente de 50 a 100 quilômetros de largura, mas em
certos locais pode chegar até 600 quilômetros. O Valles Marineris
começa logo abaixo da região da Tharsis até a bacia
de Margaritifer, se extendo por mais de 4.000 quilômetros de comprimento,
equivalente a distância rodoviária das cidades brasileiras
de Porto Alegre à Fortaleza! O histórico geológico
do Valles Marineris é complexo, formado por diversas regiões,
como Noctis Labyrinthus, Candor Chasma, Ophir Chasma e outros.
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Esta
imagem obtida pela Mars Odyssey em 08/abr/2002 mostra um planalto craterizado
na Terra Sirenum, no hemisfério sul de Marte. A área da foto
é de 55,1 por 21,4 km. (Crédito NASA/JPL/Arizona State University) |
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E só para citar mais uma grande formação geológica:
a Hellas Planitia, uma cratera de impacto no hemisfério sul de
Marte com 2.200 quilômetros de diâmetro e mais de 6 quilômetros
de profundidade. É a região mais profunda do planeta.
É claro que outras regiões interessantes como Utopia
Planitia, Noachis Terra e Chryse Utopia, apenas para citar alguns. Infelizmente
o espaço não permite descrever cada um deles.
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Mosaico
de Marte obtida pela Viking 1 Orbiter. O Valles Marineris está localizado
no cento da imagem, que se estende do planalto de Tharsis (a esquerda) e
seus vulcões (os pontos marrons) até a região de Margaritifer
(a direita). (Crédito NASA/NSSDC) |
A superfície
de Marte a primeira vista é parecida com Mercúrio ou a Lua,
crivada de crateras de diversos tamanhos. Porém a uma análise
mais detalhado percebe-se uma morfologia complexa: planícies, vales,
montanhas e calotas polares. Na realidade muitos locais lembram enormes
desertos da Terra com areia vermelha, numerosas rochas e pedras de todas
as formas e tamanho; ora em alguns locais há formam-se até
dunas!
O solo
é argiloso e rica em dióxido de silício (54%), em
óxido de ferro (18%) –
que dá o aspecto avermelhado para Marte –
e em enxofre. Comparadas com as rochas terrestres, as marcianas são
mais ricas em ferro, magnésio e cálcio, mas são mais
pobres em potássio, silício e alumínio.
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Foto
obtida em abr/1999 pela Mars Global Surveyor quando passava sobre o vulcão
Apollinaris Patera. A mancha branca são nuvens que formam-se ao entardecer
em Marte. Este antigo vulcão está situado perto do equador,
possuindo quase 5 km de altura e diâmetro de 80 quilômetros.
(Crédito NASA/JPL/MSSS) |
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Outro aspecto interessante é que as superfícies
entre os hemisférios são radicalmente diferentes. O hemisfério
norte é composto de planícies lisas com poucas crateras e
o solo é de origem vulcânica. Já o hemisfério
sul possui cinco vezes mais crateras, além de canyons e desfiladeiros,
indicando um solo mais antigo. Ademais há uma mudança de elevação
na ordem de quilômetros na região de limite, onde o hemisfério
norte é mais baixo que o hemisfério sul. |
Estes
são mapas globais em cor falsa da topografia de Marte obtida pelo
MOLA (altímetro a laser do Mars Global Surveyor). A escala (abaixo)
indica que as cores azuis são locais baixos e as cinzas são
locais altos. Por exemplo, na imagem à direita é vista a cratera
de impacto Hellas (em violeta), enquanto na imagem à esquerda se
destaca os vulcões de Tharsis (os três cumes brancos). Nota
também o contraste de cor-altitude entre os hemisfério norte
e sul. (Crédito MSSS/Equipe de David Smith/GSFC) |
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Entre os dois hemisférios, há a enorme região
de Tharsis, como já citado, dominado por grandes montanhas de origem
vulcânica com mais de 20 quilômetros de altura que formam
um alinhamento, culminando num sistema de canyons que chega á 7
quilômetros de profundidade chamado de Valles Marineris; Tharsis
e Valles Marineris ocupam metade da circunferência de Marte. Imagine
que viagem alucinante partindo do topo das montanhas em direção
as profundezas dos canyons!
As crateras de impacto em Marte mostram uma variação
em formas e em características, diferentes do que vemos na Lua.
Existem crateras pequenas simples com alguns quilômetros de diâmetro
- que são a maioria - até crateras grandes com centenas
de quilômetros; há também crateras com círculos
de ejeção e crateras em forma de panqueca.
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Foto
obtida em 20/abr/2000 pela Mars Global Surveyor. Como é inverno no
hemisfério do norte de Marte, as bordas da cratera Lomonosov (150
km) parecem brancas porque estão cobertas com a geada. Uma mancha
escura no centro da cratera é uma duna de areia. (Crédito
NASA/JPL/MSSS) |
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Estas
imagens obtida pelo Hubble mostram a diferença do tamanho da calota
polar Norte de Marte. A razão disso são as estações
do ano no planeta, conforme indicado nas fotos: out/1996 - próximo
da primavera no hemisfério Norte; jan/1997 - no meio da primavera;
mar/1997 - próximo do verão. (Crédito NASA e Equipe
do Hubble) |
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Como a Terra, Marte também possui calotas polares. Sabe-se
que existe água congelada nas calotas polares, sobretudo na Calota
Polar Norte, visto que a Calota Polar Sul é composta principalmente
de gelo seco, isto é, formado de dióxido de carbono.
As calotas expandem-se no inverno até a um 1/3 do equador marciano,
formando camadas de gelo de até 50 centímetros de espessura.
A temperatura média nesses locais é -132º C.
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Primeira
imagem tridimensional do pólo norte de Marte à base do MOLA
(altímetro a laser da Mars Global Surveyor). A resolução
espacial é de 1 km e a vertical é de 5 a 30 m. (Crédito
Goddard Space Flight Center/NASA/JPL) |
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VIAGEM
AO OLYMPUS MONS
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Mosaico
colorido do vulcão Olympus Mons obtida pela Viking 1 Orbiter em 22/jun/1978.
O complexo terreno é visível no alto da foto; o norte está
acima. (Crédito NASA/JPL) |
Imagem
de alta resolução (1 km por pixel) do Olympus Mons obtida
pelo Mars Global Surveyor em out/1997 a uma altura de 310 km. A caldera
do Olympus é um complexo de aproximadamente 7 depressões circulares
de 66x83 km. Olympus também está bem inclinado no seu flanco
(entre 2 e 5 graus). Esta imagem foi adquirida às 5:30 horário
local em Marte. (Crédito NASA/JPL/MSSS) |
Espetacular
imagem do Olympus Mons obtida pelo Mars Global Surveyor em 25/abr/1998 a
uma altura de 900 km. Como está há muito tempo extinto, este
vulcão consiste principalmente de basalto - a mesma rocha vulcânica
comum nos lugares como Havaí e Islândia. (Crédito MSSS/NASA) |
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Esta
imagem em 3D do OlympusMons foi criado usando o mosaico colorido do USGS
e modelo de elevação digital de Marte. A imagem final mostra
Olympus visto do nordeste, sendo informado sua largura, altura da base e
a largura da caldera. (Crédito Calvin J. Hamilton) |
É claro que não podemos esquecer das polêmicas
estruturas em forma de canais que lembram leitos secos de rios. Alguns
têm até 200 quilômetros de largura. Há dois
tipos de canais: os que se dividem em cursos menores e tortuosos, e os
que mantêm as mesmas dimensões e são mais profundos.
Apesar de muitos alegarem que foram formados por água no passado,
outros argumentam que foram de dióxido de carbono.
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Fotomontagem
de duas imagens obtidas pelo Hubble em datas diferentes (26/jun/2001 e 04/set/2001)
que mostram a dramática diferença da visão normal de
Marte (à esquerda) comparada com a tempestade global (à direita).
A tempestade que começou em jun/2001 no hemisfério sul, atinge
a velocidade de 100 km/h e aumentou a temperatura da atmosfera para 30°
C. (Crédito NASA e Equipe do Hubble) |
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Por exemplo, baseada nas mesmas imagens em que a NASA se baseou para
sugerir a existência de água líquida em Marte, as
fotos enviadas pela Mars Global Surveyor, cientistas da Universidade do
Arizona, apontam duas razões: a primeira é que a maioria
dos canais foram encontrados nas terras altas do Pólo Sul, onde
teria pouca chance de haver água em estado líquido; o segundo
é' que os canais se formaram a 100 metros abaixo do topo das montanhas,
altura exata para que a pressao exercida no local mantenha o dióxido
de carbono líquido estável. "O dióxido de carbono
da atmosfera se expande, esfria e se transforma em neve, que desce a montanha.
Se fosse a água a responsável pelos canais, os teriamos
em qualquer lugar", diz Donald Musselwhite.
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Cratera de Galle fotografada pela Mars Global Surveyor em mar/1999 próximo
ao Argyre Planitia. Também chamada de "Cara Feliz", tem
cerca de 215 km, e já tinha sido observado pela Viking 1 Orbiter.
(Crédito MSSS/NASA) |
Já outras formações
geológicas se destacam porque lembram formas de rostos, corações,
borboletas e até um cachorro-quente! |
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Imagem de alta
resolução dos montes chamados de Twin Peaks, ao sudoeste do
local de pouso do Mars Pathfinder. Eles tem cerca de 30 a 35 m de altura,
sendo que o monte da direita (chamada de Norte) está a cerca 860
m de distância da sonda, e o monte da esquerda (chamada de Sul) está
à 1 km. A rocha grande (na direita aos fundos) chamada de Hippo tem
cerca de 1 m e está distante cerca de 25 m. (Crédito Timothy
Parker/JPL) |
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Existem outras formações geológicas em Marte
que são polêmicas, sendo que o mais conhecido é o
chamado "Face de Marte". A foto obtida pela Viking 1 Orbiter
foi por muitos anos foi alvo de debate, apesar da comunicação
da NASA que dizia que "a ilusão dos olhos, nariz e boca"
era a apenas causada por sombras, devido ao ângulo de incidência
de luz solar no momento em que a fotografia foi tirada.
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Foto clássica
da "Face de Marte" obtida pela Viking 1 Orbiter em 25/jul/1976
a uma distância de 1.873 km. (Crédito NASA/JPL)
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(Acima î
) Imagem de alta resolução da "Face de Marte"
obtida pela Mars Global Surveyor em 8/abr/2001 a uma distância de
450 km. Percebe-se que é uma montanha de 1,6 km que sofreu erosão.
A área da imagem é de 3,6 km com resolução
de 2 m por pixel. (Crédito MSSS/NASA/JPL)
(<- Ao lado)
Outra figura na paisagem de Marte: um coração. Esse poço
tem cerca de 2,3 km no ponto mais largo e calcula-se que as paredes têm
2 km de altura. Foi fotografado pela Mars Global Surveyor em 28/jun/1999.
(Crédito MSSS/NASA)
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A excentricidade da órbita de Marte (0,094) é mais de
5 vezes a da Terra. Como conseqüência a distância do
Sol varia muito - dos 206 milhões de quilômetros no periélio
a 249 milhões de quilômetros no afélio - e provoca
uma grande variação de temperatura entre as estações
do ano. Aliás, as estações de Marte existem por que
o eixo de rotação, que é de 25,19º, é
parecida com a da Terra. Por causa da órbita excêntrica de
Marte, a distância da Terra também são bem diferentes,
que é no mínimo de 54,5 milhões de quilômetros
e no máximo de 401 milhões de quilômetros.
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Mosaico
de imagens digitalizadas em cor da região Mare Australe obtida pela
Viking 1 Orbiter. A parte central é dominada pela calota de gelo
permanente no Pólo Sul. Essa calota é muito menor que o do
Pólo Norte, e a região ao redor é mais craterizada
do que no hemisfério norte. (Crédito USGS/NASA) |
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Para completar a volta em torno do Sol, ou seja, o ano marciano equivale
1 ano, 10 meses e 17 dias terrestre. Desse modo cada estação
dura em média mais de 5 meses, em comparação com
os 3 meses das estações da Terra. Porém, Marte
tem algo em comum com a Terra: o dia dura 24 horas e 37 minutos.
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Imagem
da Mars Pathfinder em Marte feita pelo veículo Sojourner. O IMP (o
mastro de "dois olhos") está vendo o Sojourner, e outro
mastro (a direita) é de meteorologia. (Crédito NASA/JPL) |
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Panorama
artístico de um tributário do sistema de canyons chamado
de Valles Marineris. Os canyon individuais medem até 193 km de
largura e mais de 8 km de profundidade. Em comparação, o
Grand Canyon tem somente uma largura máxima de 27 km com uma profundidade
máxima de 2 km. (Crédito Walter Myers)
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Marte possui dois pequenos satélites descobertos em 1877, que
parecem mais com asteróides, devido a forma irregular. Chamados
de Fobos (o mais próximo e o maior) e Deimos (o mais distante e
o menor) possuem órbitas muito pequenas e estão inclinadas
cerca de 2º em relação ao equador do planeta.
Conforme percebemos quanto mais se sabe sobre Marte, aumenta as questões
polêmicas, especialmente com respeito à vida microscópica.
Com certeza novas descobertas do planeta vermelho confirmarão
ou desmentirão teorias hoje aceitas como verdades. De qualquer
modo, como escreveu Carl Sagan, talvez no futuro "um ambiente, será
feito por seres humanos cuja residência permanente e afiliação
planetária é Marte. Os marcianos seremos nós."
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Foto
a distância de Marte em crescente feita pela Viking 1 Orbiter mostrando
uma cratera na Calota Polar Sul, e nuvens próximas ao grande vulcão
marciano, o Olympus Mons. (Crédito NASA) |
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Como
a Terra, Marte é inclinado em seu eixo central e assim há
mudança de estações quando ele orbita o Sol. Um ano
marciano é aproximadamente 687 dias terrestres. Neste diagrama, o
Sol é representado por um círculo amarelo no centro, e a posição
"Equinócio: Primavera no Sul/Outono no Norte" é
de 17-18/jun/2000. (Crédito MSSS/Ielcinis Louis) |
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Esta
fotomontagem permite uma compreensão dos tamanhos relativos da Terra
e de Marte. A imagem da Terra foi obtida pela Galileo em 11/dez/1990 a uma
distância de 2,09 milhões de km e a de Marte foi obtida pela
Mars Global Surveyor em abr/1999. (Crédito NASA/JPL/MSSS) |
Esquema
da órbita de Marte, que está em média a 227,84 milhões
km do Sol, ou seja, 1,50 vezes a distância Terra-Sol. (Crédito SHELIOS) |
DADOS
NUMÉRICOS DE MARTE |
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS |
Massa (Terra
=1) |
0,11 |
Volume (Terra=1) |
0,15 |
Densidade
(g/cm³) |
4,06 |
Gravidade
(Terra=1) |
0,38 |
Temperatura
Média |
-60º C |
Temperatura
Máxima |
26º C |
Temperatura
Mínima |
-140º C |
Componentes
Principais da Atmosfera |
Dióxido de Carbono |
Satélites |
2 |
CARACTERÍSTICAS ORBITAIS |
Distância
Média do Sol (km) |
227.840.000 |
Distância
Máxima do Sol (km) |
249.230.000 |
Distância
Mínina do Sol (km) |
206.620.000 |
Diâmetro Médio
(km) |
6.780 |
Período de
Revolução (anos) |
1,88 |
Período de
Rotação |
24h 37min |
Inclinação
do Eixo (graus) |
25,20 |
Excentricidade
da Órbita |
0,094 |
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