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SOL

 

Sem esta fonte de energia não haveria formas de vida na superfície do terceiro planeta do Sistema Solar. Estaríamos envolto numa noite eterna e estrelada. Não é de surpreender que muitas culturas passadas cultuassem o Sol. Os gregos o chamavam de Hélio; os egípcios de Rá. Os romanos comemoravam o Sol Invictus, no solstício do inverno por volta de 25 de dezembro, que mais tarde foi adotada pela cristandade como o Natal. Sua influência se encontra até na forma de contarmos os tempos.

 

Sol visto por um telescópio amador.

 

Além de sua importância para a vida, os astrônomos fazem pesquisa porque o Sol é uma estrela típica e, portanto suas características são similares com muitas estrelas.A partir de 1959 começou a investigação por instrumentos espaciais, destacando-se a Skylab, um laboratório espacial que tirou mais 150.000 fotos; a Ulysses que transmitiu as primeiras observações dos pólos; e o SOHO, que está investigando a estrutura interna. No entanto na Terra há diversos instrumentos para observar o Sol, como em Ircustqui, Rússia, e em Sunspot, EUA.

A observação do Sol é claro exige certo cuidado, já que não pode ser visto sem um filtro solar. Mesmo sem auxílio de instrumento é possível ver as manchas solares, e sem dúvida, os eclipses. Com um telescópio percebe-se claramente os contornos da manchas, trânsitos de Mercúrio ou Vênus, embora estes últimos eventos sejam raros.

  Imagem ultravioleta do Sol. O material no canto esquerdo superior é um protuberância que atinge a temperatura de 80.000 C. Cortesia NASA/ESA.

Pode-se ver algumas manchas solares nesta foto em luz visível. Cortesia NASA/ESA

O Sol é uma estrela, ou seja, uma enorme esfera de gás incandescente de 1.392.000 km de diâmetro. Por ser o mais próximo de nós, pensamos que deve ser uma das maiores. Porém há estrelas bem maiores e mais luminosas. No entanto comparada com a maioria das estrelas o Sol é uma estrela média. porque existem outras menores e menos luminosas. Por exemplo, das 20 estrelas mais próximas do Sistema Solar, 13 estrelas não são vistas a olho nu. Deveras como escreveu Isaac Asimov, no livro Alpha Centauri: "Ambos os extremos são insuportáveis, e somos felizes do Sol ser como é, uma estrela média....a certa para nós, não somente por estarmos acostumadas a ela."

 

COMPARAÇÃO COM ALGUMAS ESTRELAS

Estrela

Diâmetro (Sol=1)

Luminosidade (Sol=1)

Classe Espectral

distância (anos-luz)

Sol 1,00 1,00000 G2 --
Alpha Centauri A 1,00 1,00000 G2 4,5
Próxima Centauri 0,25 0,00006 M5 4,5
Sirius 1,80 23,00000 A1 8,6
Arcturus 25,00 100,00000 K2 35,8
Achernar 8,00 640,00000 B5 127,1
Betelgeuse 800,00 14.000,00000 M2 520,0
Rigel 100,00 55.057,00000 B8 857,5

 

O Sol emite energia em todo espectro visível, mas o que se destaca é a cor amarela. Se pudéssemos viajar para a estrela mais próxima, veríamos com brilho e cor igual a Alfa Centauri. No centro do Sol encontra-se o núcleo, em que a extraordinária temperatura de 15.000.000ºC transforma hidrogênio em hélio por meio de fusão nuclear, convertendo matéria em energia ao ritmo de 3.600.000 de toneladas por segundo. A quantidade de energia que o Sol envia ao espaço é espantosa: 1m² de sua superfície emite mais de 62.000 kW de forma regular. Mas, sabia que menos da metade de um bilionésimo do calor e da luz que ele gera são interceptados pela Terra?

  Enorme protuberância eruptiva se estendendo por 446.000 km. O ponto azul na parte de cima é a Terra para comparação. Na parte inferior, em destaque, a protuberância em relação com o Sol. Cortesia NASA/ESA.

 

A superfície, chamada de fotosfera, emite uma temperatura próxima dos 6.000º C. Quando olhamos o Sol - devidamente protegido os olhos - estamos vendo esta camada externa. Na realidade, a fotosfera é o limite entre as densas regiões internas e as tênues camadas exteriores do Sol. Ao redor desta camada está a cromosfera, composta basicamente de hidrogênio gasoso e distribuída de modo irregular, mais quente que a fotosfera, tendo cerca de 10.000°C. Diversas formas são visíveis como as protuberâncias eruptivas e em forma de arco, gases incandescentes de mais de 100.000 km de comprimento médio; as fulgurações, emissões imprevistas de alta energia, que podem interferir nas comunicações na Terra; e as manchas solares, pequenas áreas mais escuras que o restante da superfície solar, que podem ser várias vezes o tamanho da Terra, e com temperatura média de 4.000ºC. De formato irregular, aparecem muitas vezes em grupos.

 

Fotomontagem destacando as camadas exteriores do Sol e algumas formas.

 

A camada mais externa, a coroa solar, varia de uma elipse a um circulo nos ciclos solares, alongada na linha do equador e achatada nos pólos. A coroa solar (como a cromosfera) não é visível porque emite pouca radiação luminosa - exceto nos eclipses solares totais, quando a fotosfera é ocultada. Sua extensão no espaço é de mais 17 milhões de km - quase 1/3 da distância do planeta mais próximo. Os cientistas estão a procura de um mecanismo que explique como é possível um gás quente (a coroa solar) atinge até 1.000.000ºC rodeando um gás mais frio, a fotosfera. No entanto sua influência vai além da órbita terrestre. Porém uma observação:esta temperatura é cinética, ou seja,uma medida do movimento molecular médio de uma partícula. O livro Vida e Morte do Sol, de John Rublowsky, explica: "Não podemos usar o conceito de temperatura, no sentido radiante, quando falamos da atmosfera solar. Se a temperatura da coroa fosse uma temperatura radiante....a atmosfera do Sol seria tão brilhante que não poderíamos ver a fotosfera. Com efeito se este fosse o caso, a atmosfera do Sol emitiria tanta radiação que Plutão, o planeta mais distante do Sol, seria vaporizado devido ao intenso calor. É bom para nós que a temperatura da atmosfera solar seja uma temperatura cinética, em vez de uma temperatura radiante."
Excelente vista dum eclipse total. A coroa aparece como um anel embranquiçado que rodeia o disco escuro da Lua. Tal como outras formas solares, a coroa solar também muda de silhueta a todo momento.

DO Sol também emite um fluxo contínuo de partículas energéticas (basicamente eletróns e protons) ao espaço em todas as direções, conhecido como vento solar. Próximo da Terra tem uma velocidade de 400 km/s. Entre outras coisas é responsável pelas caudas dos cometas e das auroras boreais na Terra. Acredita-se que se extenda para além do último planeta, Plutão, onde ela é equilibrada pela pressão da matéria interestelar.

As dimensões do Sol são extraordinários comparados com a Terra, e mesmo com Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Sua densidade é baixa (1/4 da terrestre) porque seus componentes principais, hidrogênio e hélio, são gases. Isto também provoca uma rotação diferencial. Enquanto nos pólos duram 34 dias, nos equador solar são cerca de 25 dias para o Sol completar uma volta em torno de si mesmo.

Outra explosão solar em forma de protuberância. A flecha indica a Terra. Cortesia ESA/NASA.

 

Quando ocorre o eclipse solar? Este fenomeno acontece quando a Lua fica entre a Terra e o Sol. Apesar da Lua está mais próximo, como o Sol é bem maior, em alguns locais é observado apenas um eclipse parcial, e em outros nem sequer acontece o eclipse. A imagem ao lador é do eclipse solar parcial em 29/abr/1995. É somente nos eclipses totais que é possível ver a cromosfera e a coroa solar.

 

<--Ao lado eclipse parcial solar em 29/abr/1995 no Brasil. Crédito Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC).

 

 

DADOS NUMÉRICOS DO SOL
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Massa (Terra =1)

332.946

Volume (Terra=1)

1.303.600

Densidade (água=1)

1,41

Gravidade (Terra=1)

27,90

Temperatura Superficial

6.000º C

Temperatura no Núcleo

15.000.000º C

Componentes Principais

Hidrogenio e Hélio

Planetas

9

CARACTERÍSTICAS ORBITAIS
Distância Média da Galáxia (anos-luz)

28.000

Diâmetro Médio (km)

1.392.000

Período de Revolução (anos)

200.000.000

Período de Rotação (dias)

25 (no equador)

34 (nos pólos)

Inclinação do Eixo

7,15º

 
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