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A Segunda Guerra Mundial

Aqui você encontrará três artigos sobre a Segunda Guerra Mundial:
A (Parte 1) inclui os tópicos Antecedentes à Guerra; A Estrada Para a Guerra; A Guerra na Europa e no Norte da África: A Supremacia do Eixo, 1939-42.
A (Parte 2) inclui os tópicos A Guerra no Pacífico e no Leste da Ásia: O Japão na Ofensiva, 1941-42; A Guerra na Europa e no Norte da África: Mudando a Maré, 1942-43; A Guerra no Pacífico e no Leste da Ásia: O Comêço da Recuperação Aliada, 1942-43; A Guerra na Europa: Os Aliados na Ofensiva, 1943-44.
A (Parte 3) cobre A Guerra na Europa: O Colapso Alemão, 1945; A Guerra no Pacífico e no Leste da Ásia: A Derrota do Japão, 1944-45; As Consequencias da Segunda Guerra Mundial; e O Brasil na Segunda Guerra Mundial.
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(Parte 1) - ANTECEDENTES À GUERRA; A ESTRADA PARA A GUERRA; A GUERRA NA EUROPA E NO NORTE DA ÁFRICA: A SUPREMACIA DO EIXO, 1939-42.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL começou como um conflito localizado na Europa oriental e se expandiu até que se fundiu com uma confrontação no Extremo Oriente para formar uma guerra global de imensas proporções. A guerra começou na Europa no dia 1 de Setembro de 1939, quando a Alemanha atacou a Polônia, e terminou no dia 2 de Setembro de 1945, com a rendição formal do Japão a bordo do couraçado norte-americano Missouri na Baía de Tóquio. Envolvendo a maioria das principais potencias mundiais como beligerantes, também incluiu muitos estados menores em ambos os lados e teve um grande impacto nas nações neutras. Os Aliados vitoriosos incluíram o Reino Unido e a Comunidade das Nações, a França, os Estados Unidos, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e a China. O lado perdedor incluiu a Alemanha, a Itália, e o Japão, como também nações menores. Os oponentes colidiram em duas áreas principais: na Europa, incluindo a costa do Norte da África e o Atlântico Norte; e na Ásia, incluindo o Pacífico Central e do Sudoeste, a China, a Birmânia, e o Japão. Os beligerantes lutaram em cima do assunto central da expansão do Eixo, que foi parado às custas de muitos milhões de vítimas militares e civis.

Antecedentes à Guerra
Depois dos horrores da Primeira Guerra Mundial, os anos 1920s pareciam predizer uma longa era de estabilidade internacional, constitucionalismo liberal, e prosperidade econômica, mas sérios problemas diplomáticos, políticos, e econômicos permaneceram não solucionados. A Grande Depressão dos anos 1930s trouxe estes problemas à frente e ajudou a criar um ambiente no qual o autoritarismo militarista floresceu.

Os anos 1920s. Os acordos internacionais alcançados durante os anos 1920s pareciam prenunciar a paz futura. A Conferência de Washington (1921-22) fixou a relação de navios importantes entre as potencias e declarou acesso aberto e igual para a China. O Pacto de Locarno (1925) e o Pacto de Kellogg-Briand (1928) apresentavam o prospecto da arbitragem como uma alternativa à forçar a Europa. Enquanto isso, a Liga das Nações, que tinha sido estabelecida em 1919, provia procedimentos projetados a isolar qualquer pretenso agressor e promovia o desarmamento. Os Estados Unidos não se uniram à Liga.

Apesar dos prenúncios para a paz, a Itália, a Alemanha, e o Japão eram nações insatisfeitas nas quais tendências perigosas para o nacionalismo belicoso ameaçavam o governo constitucional e a ordem mundial.

Na Itália, que tinha obtido pouco por seus esforços no lado vitorioso na Primeira Guerra Mundial, a desordem interna combinou com a frustração diplomática para destruir (1922) o frágil e rôto sistema parlamentar a favor do movimento Fascista de Benito Mussolini. Abrigando ambições territoriais, Mussolini estabeleceu um estado corporativo fundado no nacionalismo chauvinista.

As severas condições impostas na Alemanha ao término da Primeira Guerra Mundial pelo Tratado de Versalhes eram profundamente ressentidas naquela nação. A democrática República de Weimar, como um produto da derrota Alemã, se aborrecia com o ônus da associação ao tratado. Organizações violentamente nacionalistas e antidemocráticas de direita e até mesmo exércitos privados, como as tropas virulentamente anti-Semitas das SA de Adolf Hitler floresceram imediatamente depois da guerra.

Como a Itália, o Japão tinha estado no lado vencedor na Primeira Guerra Mundial. Muitos Japonêses também estavam insatisfeitos com o status internacional do seu país, acreditando que o Japão deveria ser o poder dominante no Leste da Ásia. Esta visão era particularmente comum entre os oficiais militares participando numa revivificação de nacionalismo incorporando o Xintoísmo, a adoração do imperador, e a glorificação das virtudes guerreiras. Embora o Japão tivesse um governo liberal e pró-ocidental durante os anos 1920s, os militares permaneciam influentes. Por 1927, oficiais militares nacionalistas começaram a aparecer em postos do gabinete e pressionar por uma política mais agressiva da China.

Depressão e Frustração. O otimismo prevaleceu durante a prosperidade dos anos 1920s, mas era uma prosperidade rachada por, entre outras coisas, a superoferta do crédito e o poder aquisitivo inadequado dos trabalhadores. Quando o bem-estar econômico deu lugar à depressão em 1929, o choque desacreditou o governo constitucional naquelas nações onde faltava uma tradição liberal forte e já maltratadas por frustrados nacionalistas. Os líderes reclamavam na Alemanha, Itália, e Japão que suas nações não tinham justo acesso à matérias-primas, mercados, e áreas de investimentos, todos os quais eram necessários para a sua saúde econômica. Eles argumentavam que suas nações eram as vítimas da guerra econômica com suas tarifas protetoras, moedas correntes controladas, e sufocante competição e que elas tinham sido deixadas para trás na corrida para a auto-suficiência econômica e uma balança comercial favorável. Eles deixavam claro que lutariam, se necessário, para um status econômico melhor.

Porque eles sentiam que a democracia tinha falhado, os povos daqueles países olhavam com crescente favor para elementos antidemocráticos que glorificavam a guerra como os meios da salvação nacional. Na Itália, os gritos de Mussolini que os Italianos precisavam de colônias e de glória faziam um côro responsivo. Na Alemanha, os Nacional Socialistas de Hitler ganharam o poder em 1933. Enquanto isso, militaristas Japoneses ganhavam uma influência preponderante no círculo interno de seu governo.

As Democracias na Véspera da Agressão. As principais potencias democráticas - os Estados Unidos, a Grã Bretanha, e a França não estavam preparadas para contender com os desafios à paz posados pelas nações insatisfeitas. Elas aceitavam a ordem internacional estabelecida pelo Tratado de Versalhes mas estavam pouco dispostas a defendê-la. Muitos nas democracias estavam desiludidos pela Primeira Guerra Mundial. As metas idealistas do presidente norte-americano Woodrow Wilson não tinham sido conquistadas, e parecia à alguns que a guerra tinha sido promovida por aproveitadores da guerra e a propaganda enganosa. O Tratado de Versalhes era amplamente considerado injusto para a Alemanha. Além disso, as enormes vítimas da Primeira Guerra Mundial tinham despertado o sentimento pacifista. Finalmente, enquanto a depressão esporeava as nações insatisfeitas para o expansionismo, ela virava as democracias para seus próprios problemas à medida que se preocupavam em reavivar suas economias. Esperando evitar outra guerra, os Estados Unidos adotaram leis de neutralidade, os Britânicos procuraram satisfazer os regimes ditatoriais, e os Francêses tentaram se assegurar atrás de uma rede de alianças e da fortaleza defensiva da Linha Maginot.

A Estrada Para a Guerra
O engrandecimento territorial pelo Japão na China, pela Itália Fascista na Etiópia, e pela Alemanha Nazista na Europa central e oriental trouxe o mundo à guerra. A Liga das Nações falhou em tomar a ação decisiva para restringir os armamentos ou parar a agressão. As potencias Ocidentais por muito tempo perseguiram políticas de neutralidade e de apaziguamento quando ficou claro que as nações expansionistas não descansariam contentes com seus ganhos.

A Crise da Manchuria, 1931. À Conferência de Washington (1921-22), o Japão tinha concordado em garantir a integridade territorial da China e reconhecer a Política da Porta Aberta que o comércio da China estava aberto à todas as nações. Apesar deste penhor, os nacionalistas extremistas do Japão olhavam para a província Chinesa da Manchuria, uma área enorme de grande riqueza potencial. No dia 18 de Setembro de 1931, soldados Japoneses estacionados no sul da Manchuria foram envolvidos num choque menor com tropas Chinesas. O Japão usou o incidente como uma desculpa para esparramar suas forças ao longo da Manchuria, subjugando a região em Janeiro de 1932 e estabelecendo o estado fantoche do Manchukuo. A Liga das Nações condenou o Japão em 1933 mas não impôs nenhuma sanção. O Japão se retirou da Liga.

Hitler Rearma a Alemanha. O chanceler Alemão Adolf Hitler abandonou os esforços de seus antecessores para aliviar as providências do Tratado de Versalhes por uma política de reconciliação com os vencedores da Primeira Guerra Mundial. Ao invés, ele unilateralmente rasgou o tratado. Hitler tirou a Alemanha da Liga em 1933 e começou um maciço programa para construir o exército, a marinha, e a força aérea Alemãos. Em Março de 1935 ele restabeleceu o serviço militar universal. As democracias não reagiram, e a Inglaterra concluiu até mesmo um acordo naval com a Alemanha em 1935 que permitiu maior força naval Alemã que aquela permitida pelo Tratado de Versalhes. Em 1936, Hitler enviou tropas para a desmilitarizada Renania.

A Conquista da Etiópia, 1935-36. A Itália tentou sem-sucesso conquistar a Etiópia em 1896. Mussolini, buscando fáceis vitórias no exterior para galvanizar seu país, tentou vingar a derrota enviando forças para a Etiópia da Eritrea Italiana no dia 3 de Outubro de 1935. Outro empurrão veio da Somalilandia Italiana. Lançando tropas mecanizadas contra Etíopes destreinados e pobremente armados, os Italianos completaram a conquista em 1936. Com a Eritrea e a Somalilandia Italiana, a Etiópia foi organizada como África Oriental Italiana. Embora a Liga das Nações impusese um embargo contra a Itália, ela falhou em incluir um artigo vital, o petróleo, desacreditando-se novamente assim.

A Guerra Civil Espanhola, 1936-39. Em Julho de 1936 começou a Guerra Civil Espanhola, um conflito entre o governo de coalizão republicano liberal-esquerdista da Espanha e os direitistas liderados pelo Gen. Francisco Franco. A guerra logo trouxe repercussões internacionais. Hitler e Mussolini enviaram aviões, tropas, e suprimentos para Franco, enquanto o ditador Soviético Joseph Stalin deu equipamento militar aos republicanos. Os Estados Unidos aderiram a uma política de rígida neutralidade, e a Inglaterra e a França, ansiosas por prevenir uma guerra geral, proibiram a remessa de material de guerra à república. Milhares de voluntários anti-Fascistas da Inglaterra e dos Estados Unidos foram para a Espanha, porém, para servir com os republicanos e foram organizados com a ajuda do Comintern Soviético.

A cooperação entre a Alemanha e a Itália na Espanha ajudou a cimentar o vago Eixo Roma-Berlim, um entendimento que eles tinham concluído em 1936. A vitória de Franco (1939) fortaleceu as posições de Hitler e Mussolini no Mediterrâneo. Em 1936 os Japonêses concluíram o Pacto Anti-Comintern com a Alemanha, e um ano mais tarde a Itália se uniu; este agrupamento prefigurou a estrutura de aliança posterior da guerra geral.

A Renovação da Agressão Japonesa, 1937. Um choque militar Chinês-Japonês (7 de Julho de 1937) à Ponte Marco Pólo perto de Beijing (Pequim) forneceu o pretexto para uma campanha aberta Japonesa da conquista na China. Por 1939, o Japão controlava o populoso leste da China.

Reagindo aos eventos na China, o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt falou em Outubro de 1937 da necessidade de "quarentena aos agressores". Uma forte resposta negativa para esta chamada indicou a larga extensão do sentimento isolacionista nos Estados Unidos. Foi somente em 1940 que o expansionismo Japonês começou à chamar a atenção do público Americano.

O Anschluss com a Áustria, 1938. Proclamando a unidade do povo Alemão, Hitler desde 1934 buscava o Anschluss ("união") entre a Alemanha e a sua Áustria nativa. Em Fevereiro de 1938 ele forçou o chanceler Austríaco Kurt von Schuschnigg, sob ameaça de invasão, a admitir Nazistas no gabinete dele. Em 12 de Março de 1938, Hitler invadiu a Áustria e a incorporou em seu Terceiro Reich.

A Tchecoslováquia e o Apaziguamento, 1938. Quase imediatamente posteriormente, o regime Nazista começou a agitar em nome dos Sudetos Alemães que viviam em bolsões do oeste da Tchecoslováquia clamando que eles eram uma minoria perseguida. O governo Tcheco fez numerosas concessões aos Alemães dos Sudetos, mas em Setembro de 1938, Hitler exigiu a imediata cessão dos Sudetos para a Alemanha. Em 29-30 de Setembro, a Inglaterra e a França (que eram aliadas da Tchecoslováquia) concordaram na Conferência de Munique em render a Hitler, que prometeu não fazer nenhuma demanda territorial adicional na Europa. A Tchecoslováquia foi excluída da participação em Munique. Como a Áustria, a Tchecoslováquia era democrática, e seu presidente, Eduard Benes, estava preparado para resistir a Hitler, mas as duas democracias ocidentais Européias insistiram na submissão.

O primeiro-ministro Britânico Neville Chamberlain saudou o pacto de Munique como trazendo "paz para nosso tempo". Em Março de 1939, porém, Hitler destruiu o que remanescera da Tchecoslováquia ocupando a Boêmia-Moravia e fazendo da Eslováquia um protetorado Alemão. Ele também tomou o Memel da Lituânia e começou a ameaçar o Corredor Polonês, uma estreita faixa de terra que separava a Prússia Oriental do resto da Alemanha. Enquanto isso, a Itália ocupava e anexava (Abril de 1939) a Albânia.

O Fim do Apaziguamento, 1939. As potencias Ocidentais não mais podiam evitar reconhecer que as promessas de Hitler eram inúteis e que as ambições territoriais dele não eram restritas às áreas de língua Alemã mas poderiam ser ilimitadas. Desesperadamente, a Inglaterra e a França começaram à preparar a resistência militar ao expansionismo Nazista. Na primavera de 1939 ambas garantiram a Polônia contra a agressão Alemã. Elas também buscaram iniciar negociações com a URSS, cujos primeiros esforços para formar uma coalizão anti-Eixo elas tinham repelido.

Stalin, porém, estava convencido que a Inglaterra e a França estavam conspirando para ajudar a lançar o pêso total da força Alemã contra a URSS. Então, apesar das suas ideologias agudamente antagônicas, ele buscou uma acomodação com Hitler. No dia 23 de Agosto de 1939, a Alemanha e a URSS assinaram o Pacto Nazi-Soviético de não-agressão por 10 anos. Um protocolo secreto provia para a divisão da Polônia e os Estados Bálticos entre os signatários.

Para um Hitler encantado o pacto significava que ele não teria que lutar uma guerra em duas frentes, porque Stalin estava lhe dando o caminho para se mover contra a Polônia. A Inglaterra e a França estariam sem aliados principais enquanto retardadamente se preparavam para defender daquele país beligerante.

A Guerra na Europa e no Norte da África: Supremacia do Eixo, 1939-42
Nos primeiros anos da guerra a Alemanha passou pela Europa ocidental e ameaçou cercar o Mediterrâneo através de ofensivas no Norte da África e a penetração nos Balkans. A Inglaterra, embora atordoada, não tinha sido subjugada. Os Alemães voltaram-se contra seus aliados Soviéticos pelo verão de 1941 e invadiram a URSS, mas as forças Soviéticas obstinadamente resistiram ao avanço Alemão. Tarde daquele ano os Estados Unidos entraram na guerra no lado Aliado, oferecendo esperança para as forças anti-Eixo.

Os Ataques Alemães e Soviéticos na Polônia. No dia 1 de Setembro de 1939, a máquina militar Alemã golpeou decisivamente à Polônia, no que foi conhecida como uma blitzkrieg (guerra relampago). Unidades de tanques de alta velocidade (panzer) impeliram pelas fronteiras, abrindo buracos nas linhas Polonesas. Dos céus bombardeiros da Luftwaffe (força aérea) destruíram a força aérea Polonesa, danificaram as linhas de comunicações, e preveniram os Poloneses de mover reforços, materiais, e munição para as linhas dianteiras. Então soldados Alemães a pé avançaram para assegurar o terreno conquistado. Enquanto isso, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha no dia 3 de Setembro.

No dia 17 de Setembro de 1939, tropas Soviéticas marcharam sobre a Polônia. O governo Polonês e o alto comando escaparam em exílio no dia seguinte. Os Soviéticos pararam numa linha correndo da Prússia Oriental até o Rio Bug. Hitler e Stalin então dividiram o país conquistado: a URSS ocupou a metade oriental, povoada por Ukranianos e Russos Brancos como também Poloneses; os Alemães tomaram a metade ocidental, que incluía Gdansk (Danzig) e o Corredor Polonês.

Em fins de Setembro e começo de Outubro, Stalin forçou os Estados Bálticos da Estonia, Letonia, e Lithuania a aceitarem guarnições de tropas Soviéticas dentro de suas fronteiras. No ano seguinte, eleições realizadas sob o patrocínio Soviético resultaram na incorporação das três nações na URSS como repúblicas constituintes.

A Guerra Russo-Finlandesa. A Finlândia, porém, resistiu às pressões Soviéticas, e em 28 de Novembro de 1939, a URSS denunciou seu pacto de não-agressão com aquele país. Dois dias depois as tropas do Exército Vermelho invadiram a Finlândia. Os Finlandeses puseram acima um surpreendentemente espírito e no princípio efetiva resistência nesta Guerra Russo-Finlandesa, ou Guerra do Inverno. Ao término de Fevereiro de 1940, porém, os Soviéticos moveram suas melhores tropas para a batalha, e os Finlandeses começaram a ceder caminho à força dos números. Em Março os invasores violaram a defensiva Linha Mannerheim, e a Finlândia foi forçada a renunciar à portos estratégicos, uma base naval, e aeroportos. Enquanto isso, em Dezembro de 1939 a Liga das Nações condenava a URSS por sua ação na Finlândia e a expulsava.

A Luta no Atlântico, 1939-40. Do começo da Segunda Guerra Mundial, como na Primeira Guerra Mundial, o controle dos mares iria ser um fator crítico em seu resultado. Imediatamente na declaração de guerra a Marinha Real Britânica tomou o controle dos mares e dentro de alguns semanas dirigiu os navios mercantes Alemães fora dos oceanos para portos neutros. Como na Primeira Guerra Mundial os Alemães responderam com uma metódica e destrutiva campanha submarina. A guerra mal estava a caminho quando um submarino Alemão afundou (3 de Setembro de 1939) o Athenia, um navio de linha regular Canadense rumo a Montreal. O afundamento resultou na perda de 112 vidas, incluindo aquelas de 28 Americanos. Durante os primeiros 2 meses da guerra foram afundados 67 navios mercantis Britânicos. No dia 14 de Outubro de 1939, um submarino Alemão penetrou as defesas de Scapa Flow, a base naval Britânica nas Ilhas Orkney, e afundou o couraçado Royal Oak; 833 vidas foram perdidas. Os Alemães também usaram bombardeiros de longo alcance e pirataria marítima.

Para enfrentar esta ameaça os Ingleses organizaram um sistema de escolta semelhante àquele usado nas primeiras fases da Primeira Guerra Mundial. Grandes grupos de navios mercantis foram protegidos por aeronaves nos primeiros estágios de suas viagens e então foram escoltados por destroiers pelo meio do Atlântico. O uso de novos dispositivos de detecção conhecidos como radar e ASDIC, ou sonar, facilitou a destruição das embarcações de superfície e submarinas Alemãs. Na guerra de superfície os Ingleses tiveram considerável sucesso desde o princípio. A destruição do couraçado Alemão Graf Spee ao largo de Montevideo, Uruguai, no dia 17 de Dezembro de 1939, foi um sopro significativo, pois o navio já tinha afundado 9 navios Aliados. A luta que depois veio a ser conhecida como a Batalha do Atlântico seria uma de longa duração. Somente em 1943 os Aliados puderam reivindicar ter contido o poder naval Atlantico da Alemanha.

Dinamarca e Noruega. Depois do veloz triunfo de Hitler na Polônia, um período conhecido como a Falsa Guerra seguiu-se na Europa ocidental. Hitler propôs uma conferência de paz, mas a proposta foi imediatamente rejeitada, e a calmaria de 6-mêses foi ocupada com planejamento estratégico. Hitler virou sua atenção para a península Escandinava, o controle da qual lhe daria bases aéreas para ataques posteriores na Inglaterra como também portos dos quais sua rapidamente crescente frota submarina poderia operar em águas do Atlântico. Além disso, o controle da Dinamarca e da Noruega asseguraria aos Alemães uma valiosa fonte de alimentos como peixes e produtos de leiteria, enquanto que privando os Ingleses destes produtos. Mais importante de tudo, as rotas Norueguesas dariam a Hitler acesso para o minério de ferro Sueco, crítico para o esforço de guerra da Alemanha.

Cedo na manhã de 9 de Abril de 1940, as tropas Alemãs varreram através da fronteira Dinamarquesa. Subjugados e incapazes de resistir efetivamente, os Dinamarqueses logo capitularam. Enquanto a Dinamarca estava sendo varrida uma força-tarefa Alemã deixou os portos do Báltico, navegou acima o Kattegat para o Skagerrak, e entrou no Fiorde de Oslo. Ao mesmo tempo, a Luftwaffe bombardeava o aeroporto de Oslo, enquanto o transporte aéreo deixava tropas e armas no solo. Um batalhão de paraquedistas, o primeiro a ser usado na guerra, capturou o aeródromo. Tropas Britânicas e Francesas vieram em ajuda da Noruega mas só tiveram sucesso em tomar Narvik (28 de Maio) depois de uma batalha de 1-mes. A conquista Alemã da Noruega foi completada quando os Aliados se retiraram no dia 9 de Junho de 1940.

Churchill Assume o Poder. Os reveses na Noruega causaram a queda do primeiro-ministro Britânico Neville Chamberlain, que foi substituído no dia 10 de Maio por Winston Churchill, um forte oponente do apaziguamento nos anos 1930s. Diante do Parlamento três dias depois o novo primeiro-ministro ofereceu aos Britanicos nada mais que "sangue, labuta, lágrimas, e suor" numa inexorável luta contra a Alemanha Nazista. Através desse e muitos subsequentes discursos inspirados, Churchill ajudou a reunir seu país nos dias mais escuros da Inglaterra contra o que ele acreditava ser uma ameaça mortal à civilização mundial.

Os Países Baixos. Próximos à agenda de Hitler estavam os Países Baixos, a Bélgica, e Luxemburgo. A posse dos Países Baixos não só daria à Alemanha Nazista vastos recursos industriais mas, mais importante, bases avançadas para agressões próximas na França e Inglaterra. Um ataque pelos Países Baixos também desviaria tropas Aliadas para a área, onde elas poderiam ser facilmente eliminadas. Com a Bélgica em suas mãos Hitler poderia flanquear a vangloriada Linha Maginot que corria paralela ao Rio Rheno e então norte para um ponto perto da fronteira Belga. Ele poderia então passar à França através da não-fortificada fronteira Belga.

No dia 10 de Maio de 1940, tropas Alemãs moveram-se pelos Países Baixos. Luxemburgo, sem forças defensivas, foi ocupado sem qualquer resistência. Ambos Holandeses e Belgas lutaram em reação. Recebendo o ímpeto das ofensivas iniciais, os Holandêses minaram pontes, bloquearam estradas, e inundaram amplas áreas. Sem aviões suficientes e tanques, eles confiavam nas forças expedicionárias Britânicas e Francesas por ajuda, mas de longe muito pouca ajuda veio e ela veio tarde. As forças mecanizadas Nazistas moveram-se com tal velocidade que os Holandêses foram subjugados em 5 dias. Seu governo, liderado pela Rainha Wilhelmina, fugiu para a Inglaterra.

Os Belgas duraram somente 2 semanas mais. As tropas Francesas e Britânicas se moveram mas não puderam parar a blitzkrieg Alemã. Os tanques Alemães moviam-se com grande velocidade à medida que pára-quedistas eram deixados no interior Holandês e as tropas da infantaria impeliam adiante. Para evitar a matança adicional o Rei Leopold III ordenou que suas tropas cessassem a resistência e depusessem suas armas em rendição incondicional no dia 28 de Maio de 1940.

Colapso da França. Durante o inverno de 1939-40 o exército Francês e o Wehrmacht Alemão enfrentaram um ao outro no que foi considerada satiricamente como a sitzkrieg, ou guerra de braços cruzados. O mundo esperava em antecipação um conflito maior entre duas forças poderosas. No dia 13 de Maio de 1940, uma cabeça de ponte foi estabelecida em Sedan, considerada o portal para a França, e então de repente, no dia 16 de Maio, um dia depois da capitulação Holandesa, a blitzkrieg Alemã foi liberada no norte da França. As forças mecanizadas Alemãs flanquearam a Linha Maginot, surpreenderam os Aliados atacando pela arborizada Ardenas em lugar da planície Belga, e dirigiram a Força Expedicionária Britânica (BEF) do Continente para Dunkirk (Dunkerque). No dia 5 de Junho os Alemães lançaram outra ofensiva ao sul do Somme. Eles entraram em Paris sem oposição em 14 de Junho e forçaram a França a assinar um armistício em Compiègne no dia 22 de Junho de 1940.

A queda da França foi uma extraordinária vitória para Hitler. O supostamente imbatível exército Francês tinha se derretido antes da arremetida de suas unidades móveis, com a convincente exibição do poder mecanizado. A Alemanha Nazista então ocupou a maioria da França e permitiu o estabelecimento de um governo amigável em Vichy, na França central no Rio Allier.

O Governo de Vichy era encabeçado pelo Marechal Henri Pétain, herói da Primeira Guerra Mundial, e Pierre Laval, um colaboracionista. Os descontentes patriotas Franceses se reuniram ao redor do Gen. Charles de Gaulle, que se auto-pronunciou o líder da França Livre.

Durante os primeiros meses da guerra Benito Mussolini manteve a neutralidade da Itália. Quando a França estava a ponto de cair ele decidiu se unir aos Nazistas. Declarando guerra aos Aliados no dia 10 de Junho de 1940, ele invadiu o sul da França no que o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt descreveu como uma "punhalada pelas costas".

A Retirada de Dunquerque. Durante a campanha Belga os Alemães se dirigiram rapidamente pelo sudeste da Bélgica e voltaram-se em direção a Abbeville na costa Francesa, isolando assim as tropas Aliadas. A Força Expedicionária Britânica (BEF) e seus camaradas Franceses pareciam estar perdidos. Enquanto algumas das tropas do Primeiro Exército Francês vendiam suas vidas numa feroz ação de retaguarda, dos portos Britânicos partia uma das armadas mais estranhas da história composta de destroiers, lanchas motorizadas, iates particulares, velhas balsas, navios a vapor, e até mesmo barcos de pesca, cêrca de 850 vasos ao todo. Enquanto alguns aviões da Real Força Aérea (RAF) proviam um guarda-chuva sobre o palco de operações para impedir os bombardeiros Alemães, a frota de vasos Britânicos se moveu para Dunquerque e procedeu à evacuação de cêrca de 338.000 tropas Britânicas, Francesas, e Belgas de 26 de Maio a 4 de Junho de 1940. Não somente era um desastre militar transformado numa vitória da propaganda, mas várias centenas de milhares de tropas experimentadas foram salvas para a futura ação contra o Eixo.

A Batalha da Inglaterra. Hitler, antecipando conquistas no leste mais adiante, esperava que a Inglaterra aceitasse o controle Alemão do Continente e buscasse a paz. Mas a Inglaterra evitou as propostas do chanceler de Julho de 1940, e, em Agosto, a Luftwaffe de Hermann Goering começou um ataque total do exterior em portos, aeródromos, e centros industriais Britanicos e, finalmente, em Londres. A meta era esmagar o moral Britânico e destroçar a RAF em preparação para a Operação Leão do Mar, uma invasão da Inglaterra.

A Batalha da Inglaterra foi a primeira grande batalha aérea da história. Por 57 noites Londres foi atacada por uma força média de 160 bombardeiros. A RAF superior em número, empregando o efetivo combatente Spitfire e ajudada pelo radar, destruiu 1.733 aeronaves enquanto que perdendo 915 aeronaves. O poder aéreo Alemão não pôde continuar sustentando tais grandes perdas, e em Outubro, a Operação Leão do Mar foi adiada indefinidamente.

Os Balkans. Seguindo-se a inesperada rápida vitória em cima da França, Hitler se voltou para o leste para os Balkans, uma área crítica para alimentos e suprimentos de petróleo. A penetração desta área o permitiria usar o transporte destes bens por terra à ajudar a Alemanha a resistir os efeitos do bloqueio Britânico de seus navios. Hitler moveu-se primeiro contra a Romênia; em Junho de 1940 os Soviéticos, que cobiçavam os significativos recursos petrolíferos da Romênia, tinham tomado a Bessarabia e a Bucovina no norte. Para resolver disputas territoriais entre as nações Balcânicas que poderiam dar aos Soviéticos uma oportunidade de intervenção adicional, Hitler em Agosto ordenou que a Romênia rendesse terra para a Bulgária e a Hungria, e em Setembro forçou o Rei Carol II da Romênia a abdicar. Em Novembro, Hitler trouxe a Romênia e a Hungria para a aliança do Eixo. Ao mesmo tempo, ele iniciou esforços para forçar a Bulgária e a Iugoslávia para a órbita do Eixo, e esta meta foi alcançada em 1941. Dos estados Balcânicos somente a Grécia permaneceu firmemente no lado dos Aliados.

Mussolini, que não tinha sido consultado na divisão da Romênia, decidiu aumentar sua influência dentro da aliança do Eixo subjugando unilateralmente a Grécia. No dia 28 de Outubro de 1940, ele começou a enviar 200.000 tropas para a Grécia de seu estado fantoche a Albânia, esperando uma veloz e esmagadora vitória. Porém, o ataque de Mussolini foi planejado pobremente e os Gregos, embora lhes faltassem equipamento mecanizado e tivessem uma força aérea obsoleta, repeliram os invasores e em meados de Novembro os expeliram e penetraram na Albânia.

Envergonhado pela situação de Mussolini e preocupado sobre as tropas e aeronaves Britanicas que tinham se movido à área para ajudar a Grécia, e descontente com a reversão da Bulgária e da Iugoslávia para posições neutralistas, Hitler se moveu sobre os Balkans. No dia 6 de Abril de 1941, ele enviou um ponta-de-lança da blitzkrieg para a Iugoslávia, onde o regime pró-Nazista do Príncipe Paul tinha há pouco sido derrubado. Os Alemães golpearam Belgrado e forçaram a rendição do país no dia 17 de Abril. Simultaneamente, ele moveu tropas à Grécia para esmagar a defensiva Linha Metaxas. As forças Britânicas se retiraram do continente Grego, e ao final do mês todo o continente da Grécia foi varrida pelas forças Alemãs.

A Nova Ordem. No dia 27 de Setembro de 1940, o Japão foi trazido de volta ao agrupamento Alemão-Italiano-Japonês do Pacto Anti-Comintern, quando as três nações assinaram uma aliança econômica e militar de 10-anos, o Pacto Tripartite, conhecido como o Eixo Berlim-Roma-Tóquio. Hitler considerou o Japão como um pára-choque contra os Estados Unidos como também uma distração para a URSS.

Por Maio de 1941 os Alemães e seus aliados dominavam quase todo o continente Europeu não-Soviético. A maioria do território estava ocupado pelas tropas Alemãs e sujeito à cruel autoridade das SS (Schutzstaffel) e da Gestapo. Com a Europa no seu aperto, os Nazistas procederam à explorar seus recursos para o benefício da Alemanha sem fazer caso das conseqüências para os povos conquistados. As riquezas econômicas foram saqueadas para uso Alemão, e as plantas industriais foram programadas para satisfazer as necessidades de guerra Alemãs. Milhões de Europeus orientais e ocidentais foram enviados para trabalhar nas fábricas de guerra da Alemanha no maior deslocamento forçoso de populações da história. Os dissidentes políticos e membros dos grupos considerados inferiores na escala racial Nazista, como Judeus, Eslavos, e Ciganos, foram internados em campos de concentração aos milhões. No final das contas, pelo menos 6 milhões foram exterminados sistematicamente.

Creta. Os Inglêses ainda detinham a estratégica ilha de Creta. Em 20 de Maio de 1941, numa poderosa exibição de táticas aéreas ofensivas, 3.500 pára-quedistas Alemães foram despejados na ilha. A maioria foi matada, mas uma segunda onda de 3.000 rapidamente capturaram defesas fundamentais e subjugaram as tropas Britânicas restantes, as últimas das quais foram evacuadas no dia 31 de Maio. Hitler agora tinha em sua posse uma ilha Mediterrânea estratégica para o despacho de reforços e materiais para suas tropas no deserto do Norte da África, que estavam postadas para um assalto na direção leste contra o Egito e o Canal de Suez.

O Oriente Próximo. No Oriente Próximo e no Oriente Médio os Aliados se defrontaram com o problema crucial de proteger suas linhas de ação. Em Abril de 1941, tropas Britânicas moveram-se sobre o Iraque para suprimir um golpe Nazi-inspirado e afiançar os valiosos campos de petróleo lá. Quando o Governo Francês de Vichy permitiu aos Alemães usar a Síria (um mandato Francês) como uma base, tropas Britânicas, junto com camaradas da França Livre, entraram na Síria vindo do Iraque em Junho e impuseram um armistício dando o controle da Inglaterra em cima da Síria e do Líbano. Em Agosto a Inglaterra e a URSS (até então um aliado Britânico) ocuparam o Irã e forçaram seu governante pró-Alemão, o Xá Reza Pahlavi, a abdicar no dia 16 de Setembro de 1941, em favor de seu filho Xá Muhammad Reza Pahlavi. O Xá Reza foi enviado para fora do país.

A Campanha Norte Africana, 1940-41. A entrada da Itália na guerra mudou o cenário inteiro da região Mediterrânea; previamente um teatro secundário de guerra, a área agora ficou tremendamente importante. Mussolini não tinha feito nenhum segredo do seu desejo de construir um enorme império Mediterrâneo às custas do império Britânico. Ele planejou mover um exército em direção ao norte vindo da Africa Oriental Italiana e enviar um segundo exército para o leste sobre o Egito vindo da Líbia. Ele esperava pegar os Britânicos numa armadilha Africana e os eliminar das costas do Mediterrâneo.

O primeiro passo de Mussolini foi varrer a Somalilandia Britânica, defendida somente por uma pequena guarnição, em Agosto de 1940. Mas o triunfo dele teve vida-curta, pois pelo verão seguinte os Britânicos não só tinham recapturado aquele território mas tinham expelido os Italianos de suas possessões Africanas do Leste, assim afiançando o Canal de Suez de um ataque do sul.

Enquanto isso, em Setembro de 1940, Mussolini moveu um segundo exército de tropas Italianas e Norte Africanas através da fronteira Líbia para se estabelecer aproximadamente à 100 km dentro do Egito. Os Britânicos responderam em Dezembro num ataque de surpresa que os levou a meio caminho através da Líbia no começo de Fevereiro de 1941. Uma vez mais Mussolini precisou da ajuda de Hitler. Em Março de 1941, o Afrika Korps da Alemanha, comandado pelo Gen. Erwin Rommel, chegava em Tripoli. Por meados de Abril, Rommel tinha reconquistado toda a Líbia menos Tobruk; suas façanhas lhe granjearam o apelido de "Raposa do Deserto".

Ao mesmo tempo, as esperanças de Mussolini de fazer o Mediterrâneo um lago Italiano estavam sendo abaladas. Os Britânicos mantiveram seu comando do Mediterrâneo destruindo uma grande parte da frota Francesa em Oran, Argélia (Julho de 1940), para assegurar que ela não cairia nas mãos do Eixo (ao contrário de outras frotas Francesas, ela tinha recusado se submeter à tomada pelos Britânicos depois da queda da França). Os Britânicos também danificaram a frota Italiana em Taranto, Itália (Novembro de 1940), e em Cabo Matapan, Grécia (Março de 1941).

O Atlântico, 1940-41. A derrota da França foi um grande alento para o poder naval Alemão pois os portos Franceses se tornaram bases para seus submarinos. A efetividade dos submarinos aumentou durante o outono de 1940 quando eles começaram a se mover em pacotes, em longas linhas de submarinos agindo em concerto para subjugar comboios inimigos. Além disso, os Alemães fizeram uso de bombardeiros de longo alcance. Como resultado as perdas das remessas Britânicas aumentaram dramaticamente durante a última metade de 1940.

Embora a introdução do pequeno mas útil navio de classe-corveta somasse para a proteção dos comboios, e os Estados Unidos ajudassem a sustentar o sistema de escolta concordando (Setembro de 1940) em trocar 50 destroiers fora de uso por 8 bases aéreas em possessões Britânicas, o número de submarinos estava aumentando, e as perdas Britânicas continuavam a aumentar nitidamente em 1941. Novos navios estavam sendo construídos na Inglaterra, mas a taxa de perdas excedia a taxa de produção. Pela primavera de 1941 o número de afundamentos alcançou um tal nível crítico que Churchill chamou os ataques marítimos de a Batalha do Atlântico. Os Britânicos ainda conseguiram manter as linhas de suprimentos abertas para os materiais desesperadamente necessitados vindo dos Estados Unidos.

No meio da destruição forjada no comércio da Inglaterra, o país ganhou uma vitória moral importante. No dia 24 de Maio de 1941, o couraçado Alemão Bismarck - o orgulho da marinha de Hitler, afundou o cruzador Britânico Hood ao largo da Groenlandia. Porém, no dia 27 de Maio, o Bismarck foi interceptado por uma força-tarefa Britânica quando voltava para casa e enviado para o fundo do mar.

A Invasão da URSS, 1941. Desde bem antes da guerra Hitler olhava para a conquista dos povos Eslavos da Europa Oriental e da URSS para fornecer o Lebensraum adicional, ou "espaço vital", que ele acreditava os povos Alemães necessitavam. Ele esperava estabelecer colônias Alemãs naquelas regiões, à serem servidas pelos desprezados Eslavos.

Para Hitler o Pacto Nazi-Soviete tinha sido meramente um arranjo provisório a ser abandonado eventualmente. Após a derrota da França o chanceler Alemão começou a planejar uma invasão da URSS. Para evitar de lutar uma guerra em duas-frentes Hitler tentou primeiramente fazer a paz com a Grã Bretanha. Depois que essa tentativa para clarear a frente ocidental falhou, ele lançou a batalha da Grã Bretanha mas outra vez falhou em colocar os Ingleses fora de ação.

Não obstante, as preparações de escalada-total para a invasão da URSS começaram em Dezembro de 1940, pois Hitler não acreditava que arriscava uma guerra em duas-frentes. Ele sentia que a Grã Bretanha, tendo sido expelida do continente, não mais posava por muito tempo uma ameaça militar ofensiva. Ele estava convencido que a maior ameaça vinha dos Sovietes, que (em Junho de 1940) tinham se movido incômodamente para perto dos campos de petróleo Romenos.

Programada originalmente para meados-Maio de 1941, a invasão da URSS, chamada Operação Barbarossa, foi atrasada até 22 de Junho pela campanha de Hitler nos Balkans. Lançando uma blitzkrieg com 121 divisões numa frente de 3.200-km do Mar Báltico ao Mar Negro, os Alemães empregaram um assalto em 3-pontas. No norte moveram-se sobre Leningrado (São Petersburgo) através dos Estados do Báltico. Moscou, o alvo do centro Alemão, foi abordada pelas forças movendo-se leste para Smolensk. No sul os invasores marcharam em direção da Ucrânia e Kiev, onde planejavam voltar-se sul para a Crimeia e cruzar o Rio Don ao Cáucaso e à Stalingrado (Volgogrado) no Rio Volga. Uma força menor de Romenos e de Alemães atacou no extremo sul.

Como justificação para o movimento Hitler acusou o Kremlin de traição, de ameaçar as fronteiras Alemãs, e de disseminar propaganda anti-Alemã e pró-Comunista. Ele alegou que a invasão era uma cruzada contra o Bolshevismo; além disso, entretanto, ele foi atraído pelo trigo, petróleo, e fontes de minerais que o permitiriam desafiar o bloqueio Britânico. Tão certo estava ele da vitória que nem mesmo se incomodou em equipar suas tropas para o inverno.

O ataque tomou os Sovietes inteiramente de surpresa, e os Alemães fizeram supreendente progresso. Nos primeiros 18 dias os atacantes avançaram 640 km, capturando 300.000 prisioneiros, 1.000 tanques, e 600 fuzis. Durante as primeiras 48 horas os Sovietes perderam mais que 2.000 aviões. As forças do norte tinham entrado na província de Leningrado por 10 de Julho e em 31 de Agosto estavam dentro de 16 km da cidade. No centro as tropas Alemãs tomaram Minsk em 30 de Junho e Smolensk, somente 320 km de Moscou, em meados-Julho. O progresso no sul foi retardado pela pesada resistência inesperada e pelo tempo chuvoso, mas os invasores capturaram Kiev no final de Setembro. Mais de 1 milhão de prisioneiros Soviéticos tinham sido feitos pelo final desse mês. Os Sovietes recuaram, adotando uma estratégia de defesa-em-profundidade, mas a vitória Alemã parecia iminente.

A invasão Alemã da URSS sinalizou uma mudança na estrutura da aliança. Apesar de sua aversão ao comunismo, Churchill prometeu a Stalin o auxílio econômico e técnico contra o Eixo. Em 13 de Julho de 1941, Moscou assinou um pacto de ajuda-mútua com Londres. As ofertas de ajuda também vieram de Washington. A Itália e os satélites do Eixo - Romania, Checoslováquia, e Hungria se aliaram com a Alemanha. A França de Vichy rompeu seus laços diplomaticos com Moscou. A Grã Bretanha agravou (em 1 de Agosto) suas relações com a Finlandia, a qual os Alemães tinham usado como uma base para sua invasão. A Suécia tinha concedido a permissão para que as tropas Alemãs cruzassem seu território mas anunciou sua determinação em remanescer neutra. Apesar da pressão da URSS e da Grã Bretanha, com quem tinha um aliança, a Turquia, também, proclamou sua neutralidade. O Japão, o qual tinha concluído um pacto mútuo de não-agressão com os Sovietes em Abril e era, além disso, um membro do Eixo, adotou uma política de espera vigilante.

O Crescente Envolvimento dos Estados Unidos. Do começo da guerra na Europa, a simpatia do público Americano era com a causa Aliada; a maioria dos Americanos sentia que um triunfo Nazista posava uma grave ameaça aos Estados Unidos. Como a uma vitória Alemã seguia-se outra vitória Alemã, o sentimento de isolacionismo, originalmente forte, começou a evaporar.

De 1935, os atos de neutralidade dos Estados Unidos tinham proibido a venda de suprimentos de guerra aos países beligerantes. Em Novembro de 1939 uma lei revisada de neutralidade autorizou a venda de suprimentos de guerra numa base dinheiro-e-carregar mas proibiu embarcações e nacionais de viajar em zonas de combate. Este ato era pretendido impedir o envolvimento direto dos Estados Unidos na guerra através do afundamento de embarcações Americanas, um problema que tinha esporeado o envolvimento da nação na Primeira Guerra Mundial. Do começo da guerra, entretanto, os Ingleses dominavam os mares; a lei dinheiro-e-carregar teve assim o efeito de favorecer a causa Britânica.

No ano seguinte, o Presidente Roosevelt e o Congresso começaram a preparar-se para a possível entrada dos Estados Unidos na guerra. Em Setembro de 1940 a primeira lei de esboço pacífica na história dos Estados Unidos proveu para o registro de 17 milhões de homens. O Ato de Registro Estrangeiro de 1940 foi visado coibir atividades subversivas. Em Março de 1941, o Congresso passou o Ato Emprestar-Alugar, dando poderes ao presidente à permitir o transporte de material de guerra vital às nações, primeiramente a Grã Bretanha, cuja defesa considerava ser necessária para a segurança dos Estados Unidos. Mais tarde desse ano a lei foi estendida para incluir a China e a URSS. Os Americanos também tomaram de medidas para defender o Hemisfério Ocidental patrulhando o Oceano Atlântico. As forças Americanas ocuparam a Groenlandia e a Islândia. Em Agosto e Setembro de 1941 o afundamento de navios possuídos pelos Estados Unidos conduziram a uma medida autorizando armar-se embarcações mercantes dos Estados Unidos e permiti-las carregar cargas aos portos beligerantes.

A Carta Atlantica. Em 14 de Agosto de 1941, o Presidente Roosevelt e o Primeiro Ministro Churchill realizaram uma conferência sobre uma embarcação de guerra fora da costa da Terra Nova. Os dois concordaram em apresentar planos para um mundo novo baseado no fim da tirania e do expansionismo territorial, o desarmamento dos agressores, e a plena cooperação de todas as nações para o bem-estar social e econômico de todos. A Carta Atlantica foi projetada como um contrapeso a uma possível nova ofensiva de paz de Hitler assim como uma indicação de objetivos pós-guerra. No mês seguinte, a URSS e outros 14 países anti-Eixo endossaram a Carta Atlantica.

Em 7 de Dezembro de 1941, os Japonêses atacaram a base naval Americana de Peal Harbor, no Havaí, provocando uma declaração de guerra dos Estados Unidos ao Japão no dia seguinte. Em 11 de Dezembro, a Alemanha e a Itália declaravam guerra aos Estados Unidos. A guerra Européia agora fundira-se com a guerra no Pacífico em um conflito global.

A Conferência de Arcadia. De 22 de Dezembro de 1941, a 14 de Janeiro de 1942, a primeira conferência Anglo-Americana após a entrada dos Estados Unidos na guerra foi realizada em Washington, D.C. O Presidente Roosevelt, o Primeiro Ministro Churchill, e seus staffs de conselheiros militares e civis concordaram solenemente à fazer a guerra contra o Eixo até a vitória. Nesta reunião, conhecida como a Conferência de Arcadia, eles também concordaram à dar a primeira prioridade ao teatro Europeu da guerra; à forjar um anel compressor em torno da Alemanha pelo ataque e bloqueio aéreos; para encenar uma eventual invasão do continente Europeu; e para aterrar suas forças na África do Norte. As duas potencias também decidiram formar um Estado-Maior Conjunto, pavimentando o caminho para a mais estreita colaboração militar entre dois estados soberanos na história.

Durante a conferência 26 países, incluindo os Estados Unidos, a Grã Bretanha, a URSS, e a China, assinaram uma Declaração das Nações Unidas. Os signatários endossaram a Carta Atlantica, concordaram em usar todos seus recursos militares e econômicos para derrotar o Eixo, e prometeram não fazer um armistício ou uma paz separada com seus inimigos comuns.

A África do Norte, 1941-42. Os reveses Italianos em Tripoli levaram Hitler a enviar reforços no inverno de 1941-42 para suas tropas na África do Norte. Uma ofensiva Britânica chamada Operation Crusader (Novembro de 1941 a Janeiro de 1942) empurrou Rommel para trás para EL Agheila na Líbia, onde ele tinha começado sua ofensiva Africana um ano mais cêdo.

Em 26 de Maio de 1942, Rommel começou uma movimentação da Líbia que o trouxe à El Alamein, aproximadamente 105 km ao oeste de Alexandria, no Egito. Graças pela maior parte à ajuda dos Estados Unidos, incluindo tanques e munição, os Ingleses puderam reconstruir seu Oitavo Exército sob o Gen. Bernard Law Montgomery. Começou então uma batalha de balanço entre Rommel e Montgomery para a frente e para trás através do deserto Líbio. No começo de Setembro de 1942 a confrontação veio a um climax no Cadeia de Alam Halfa na extremidade sul da linha Britânica em El Alamein. Era essencial para os Ingleses manter-se ali, porque El Alamein, na borda da impassável depressão de Qattara, era a única posição na frente Norte Africana que não poderia ser flanqueada. Coberta por campos minados, uma falta crítica de combustível e de tanques, e a superioridade aérea Britanica, o assalto frontal da Raposa do Deserto em Alam Halfa falhou, e ele retirou suas tropas esgotadas para a Tunísia. Montgomery começava agora uma maciça reconstrução de suas forças.

A Frente Russa, 1941-42. Pelo outono de 1941, depois do choque inicial da invasão Alemã, a resistência Soviética tinha-se endurecido. O desempenho das tropas Soviéticas melhorara quando o país mobilizou-se para dar às forças armadas seu apôio total. No ínterim o desempenho Alemão declinou, quando as linhas de suprimentos se alongavam e os soldados tornavam-se cansados da luta contínua. Stalin, abandonando a retórica Comunista, com sucesso despertava o sentimento nacionalista contra os virtuais conquistadores. Os Alemães eles mesmos ajudaram a agitar tais sentimentos por seu comportamento cruel às populações civis, e as unidades partisans começaram a se formar atrás das linhas dos invasores.

No norte os Alemães alcançaram Leningrado no começo de Setembro mas enfrentaram pesada resistência. Além disso, Hitler não recebeu a plena cooperação da Finlandia que tinha esperado. Ele decidiu-se a começar um cêrco de Leningrado, antes que ocupá-la e esgotar as forças de suas tropas com a custosa luta de rua. Na frente sul os invasores capturaram a maioria da Crimeia no outono. Com linhas de suprimentos mal prolongadas e enfrentando o tempo inclemente, eles não alcançaram nem Stalingrado nem o Cáucaso. Eles tomaram Rostov-em-Don, em 21 de Novembro. Os Sovietes, entretanto, em sua primeira contra-ofensiva bem sucedida, empurraram para trás o inimigo dentro de poucos dias seguintes.

Após a indecisão e discussões com seus generais, Hitler decidiu que era melhor concentrar-se numa ofensiva central contra Moscou. Seguindo-se mais atraso adicional os Alemães finalmente começaram a mover-se de Smolensk, mas foram flagelados por chuvas do outono e, no final de Novembro, por nevascas e por temperaturas subzero. No começo de Dezembro os Alemães entraram nos suburbios de Moscou. Em 6 de Dezembro, entretanto, o Gen. Georgy Zhukov começou uma contra-ofensiva Soviética que forçou para trás os surpreendidos e cansados Alemães. Ele manteve a pressão nos Alemães durante o inverno, empurrando-os para trás à 64 km de Moscou.

A ameaça Alemã, entretanto, não tinha sido de nenhuma maneira dissipada. Em 1942, Hitler decidiu montar uma ofensiva de verão na frente sul, acreditando que poderia forçar os Sovietes a se render privando-os de seus campos de petróleo no Cáucaso, e prover também a Alemanha com as fontes críticas do petróleo. Os Alemães marcharam para a frente em Junho. No começo de Julho eles tomaram Sevastopol, terminando sua conquista da Crimeia. Em Agosto eles moveram-se sobre o Cáucaso. Entrementes, o Sexto Exército, conduzido pelo Gen. Friedrich Paulus, marchava para Stalingrado, a qual os Alemães esperavam usar como um posto para defender a ocupação Alemã do Cáucaso.



(Parte 2) - A GUERRA NO PACÍFICO E NO LESTE DA ÁSIA: O JAPÃO NA OFENSIVA, 1941-42; A GUERRA NA EUROPA E NO NORTE DA ÁFRICA: MUDANDO A MARÉ, 1942-43; A GUERRA NO PACÍFICO E NO LESTE DA ÁSIA: O COMÊÇO DA RECUPERAÇÃO ALIADA, 1942-43; A GUERRA NA EUROPA: OS ALIADOS NA OFENSIVA, 1943-44.



A Guerra no Pacífico e no Leste da Asia: o Japão na Ofensiva, 1941-42
Quando as nações da Europa ocidental se tornaram envolvidas na Segunda Guerra Mundial, o Japão começou a expandir nas colônias do Sudeste Asiatico das potencias Europeias. Após os Estados Unidos retaliarem com sanções econômicas, o Japão planejou um ataque concertado na base naval Americana de Pearl Harbor, Havaí, e em outros alvos do Pacífico e da Asia. Por um momento o Japão foi o dominador do centro e oeste do Pacífico e do Leste da Asia.

A Expansão Japonesa e a Resposta dos Estados Unidos, 1940-41. A invasão pelo Japão (1931) da Manchuria e seu subsequente assalto de escalada-total (1937) contra a China trouxe expressões de desaprovação do governo dos Estados Unidos. Com a opinião pública fortemente isolacionista, entretanto, os Estados Unidos não agiram para parar o expansionismo Japonês. Somente com o irrompimento da Segunda Guerra Mundial na Europa e a escalada da agressão Japonesa a resposta dos Estados Unidos tornou-se forte.

Em 1940, a marcha da Alemanha Nazista na Europa ocidental abriu oportunidades para que o Japão consolidasse sua posição na China e penetrasse no Sudeste da Asia, desse modo avançando o objetivo Japonês de dominar uma "Maior Esfera de Co-Prosperidade da Ásia do Leste". Após a queda da França, o Governo de Vichy aceitou (Agosto 1940) as demandas Japonesas que a ajuda através da Indochina Francesa à resistência Chinesa fosse cortada fora e que ao Japão fosse permitido usar bases aéreas na Indochina. Em Setembro, as tropas Japonesas moveram-se no norte da Indochina, e o Japão juntou-se ao Eixo. Entrementes, com o Grã Bretanha lutando por sua vida e os Países Baixos sob a ocupação Nazista, o Japão convidou os Ingleses à fechar a Estrada de Burma limitando os suprimentos para a China e pressionando as Índias Ocidentais Holandesas para concessões econômicas e políticas. Em Julho de 1941, o Japão ocupou o sul da Indochina - óbvio prelúdio a uma expansão adicional no Sudeste da Asia, uma rica fonte de borracha, estanho, petróleo, quinina, madeira serrada, gêneros alimentícios, e outras matérias primas vitais.

O primeiro ministro Japonês Príncipe Konoe Fumimaro esperava que os Estados Unidos aceitassem as ações do Japão, mas em Setembro de 1940, o presidente Roosevelt impôs um embargo nas exportações da sucata de ferro e aço dos Estados Unidos ao Japão. Em Julho de 1941 ele congelou todos os bens Japoneses nos Estados Unidos. Esta ação virtualmente acabou com o comércio Estados Unidos-Japão, privando o Japão das vitais importações de petróleo.

Em 6 de Setembro de 1941, uma conferência imperial reuniu-se em Tokyo para considerar agravar as relações com os Estados Unidos. O Imperador Hirohito e o Primeiro Ministro Konoe favoreceram uma continuação das negociações em Washington, D.C. O ministro da guerra, Gen. Tojo Hideki, entretanto, acreditava que os Estados Unidos estavam determinados a estrangular o Japão, que a guerra era inevitável, e que seria preferível começar logo o conflito antes que mais tarde. As visões de Tojo tinham amplo apôio dentro das forças armadas Japonesas.

Ao insistir na guerra, à Konoe foram dadas 6 semanas para alcançar um estabelecimento com os Estados Unidos e devendo ele insistir num jogo de demandas mínimas: a cessação imediata das sanções econômicas, uma mão livre para o Japão na China, e direitos para o Japão na Indochina. Com nenhum progresso ocorrendo nas negociações, Konoe renunciou em 16 de Outubro e foi substituído por Tojo, cujo gabinete decidiu esperar somente até o fim de Novembro para um rompimento diplomático.

As conversações entre o secretário de estado Americano Cordell Hull e os emissarios Japoneses remanesceram paradas. Os criptógrafos dos Estados Unidos tinham quebrado o principal código diplomático do Japão, e as autoridades Americanas sabiam que a rejeição das demandas mínimas significaria a guerra. Mesmo assim, em 26 de Novembro, Hull formalmente reiterou a posição dos Estados Unidos. O Japão, disse ele, deve retirar-se da China e da Indochina, reconhecer o regime de Chiang Kai-shek na China, renunciar a expansão territorial, e aceitar a política da Porta Aberta de acesso comercial igual para a Asia. Uma conferência imperial em 1 de Dezembro colocou a máquina de guerra Japonesa em movimento.

Pearl Harbor. Os Estados Unidos esperavam que o primeiro ataque fosse nas Filipinas ou no Sudeste da Ásia. O Japão tinha feito planos para um devastador ataque aéreo contra a Frota do Pacífico dos Estados Unidos em Pearl Harbor, nas Ilhas Havaianas. No final de Novembro uma poderosa força tarefa Japonesa saiu das Ilhas Kurilas; em 2 de Dezembro ela recebeu uma mensagem codificada emitindo a ordem de ataque. A força Japonesa indetectada chegou ao largo das Ilhas Havaianas na manhã de 7 de Dezembro. Em duas ondas sucessivas mais de 350 bombardeiros Japoneses, aviões torpedo, e aviões de combate atacaram. Ao todo, 18 navios Americanos (incluindo 5 cruzadores) foram afundados ou desabilitados. Num só golpe, o poder naval dos Estados Unidos no Pacífico foi desarvorado. Felizmente para os Americanos, seus porta-aviões estavam em missões em outra parte. A Marinha Americana e o Corpo de Fuzileiros Navais perderam 2.117 homens, o Exército perdeu 218, e 68 civis foram matados. Mais de 1.200 foram feridos. Cêrca de 200 aeronaves foram destruídas, a maioria no chão. Os Japoneses perderam 29 aviões.

No dia seguinte, o Presidente Roosevelt disse numa sessão conjunta do Congresso que 7 de Dezembro era "uma data que viverá na infamia". O Congresso votou por declarar a guerra ao Japão. Em 11 de Dezembro, a Alemanha e a Itália declaravam guerra aos Estados Unidos.

As Conquistas Japonesas, 1941-42. O ataque à Pearl Harbor fôra um numa série de ataques Japoneses por todo o Extremo Oriente. Quase simultaneamente, as forças navais e aéreas Japonesas atacaram a Ilha Wake, Guam, a Malaya Britânica (agora Malaysia), Singapura, as Índias Orientais Holandesas (agora Indonésia), Burma (agora Myanmar), a Tailândia, e as Filipinas.

Guam, uma minúscula ilha EUA-mantida somente a 1.850 km sul de Tokyo e dentro de uma curta distância das Marianas com mandato-Japonês, era desfortificada. No alvorecer de 8 de Dezembro de 1941, uma escotilha de bombardeiros Japoneses atacou a ilha. Dois dias mais tarde uma força tarefa irrompeu em terra. Sem baterias antiaéreas ou costeiras, a pequena guarnição Americana se rendeu. Na Ilha Wake, uma outra possessão Americana, um pequeno destacamento marinho repeliu a primeira tentativa Japonesa de aterragem, em 11 de Dezembro de 1941, mas os Japoneses retornaram com força esmagadora e capturaram a ilha em 23 de Dezembro. As quedas de Guam e da Ilha Wake cortaram as comunicações dos Estados Unidos entre o Havaí e as Filipinas.

Como o poder Japonês expandido no Pacífico, a última força naval Aliada na área estava desarvorada. Após o desastre de Pearl Harbor, Washington esperava que a ajuda viesse da Marinha Real Britânica no sudoeste do Pacífico. O novo cruzador Príncipe de Gales e o cruzador Repulse estavam atracados em Singapura. Assim que ouviu das aterragens Japonesas na Malaya, o vice-almirante Tom Phillips pôs-se ao mar com seus dois importantes navios e uma força de escolta mas sem cobertura aérea. Localizados por aviões Japonêses em 9 de Dezembro de 1941, à cêrca de 80 km da costa da Malaya e somente à cêrca de 240 km de Singapura, os navios de guerra Britânicos foram afundados no dia seguinte.

Após tomarem a vulnerável colônia da coroa Britanica de Hong Kong em 25 de Dezembro de 1941, os Japoneses demonstraram sua habilidade na guerra da selva em sua campanha Malayana, a qual culminou na captura (15 de Fevereiro de 1942) de Singapura, chave às defesas Britânicas e Holandesas no Extremo Oriente. De Dezembro de 1941 a Fevereiro de 1942 os Japoneses sistematicamente empregaram o poder aéreo e forças terrestres para destruir posições Aliadas nas Indias Orientais Holandesas. Então os navios Japoneses pesadamente danificaram uma frota Aliada numa série de engajamentos no Mar de Java. Esta vitória deixou o caminho aberto para a conquista das ilhas Holandesas, as quais foram rendidas em Março de 1942.

Por agora a estratégia dos Japoneses estava clara. Enquanto destruindo o poder marítimo Aliado no Pacífico, eles simultaneamente ganhariam o acesso à Malaya, às Índias Orientais, e às outras áreas do Sudeste Asiático, todas as quais tinham suprimentos críticos de matérias primas.

Burma. Em Dezembro de 1941, as forças Japonesas penetraram no sul de Burma vindo da Tailândia e tomaram Victoria Point. Elas repeliram a pequena guarnição Britanica para a capital, Rangoon, mas em 7 de Março de 1942, os Ingleses evacuaram dali quando os Japoneses empurraram-nos para o norte; os Japoneses ocuparam a cidade em 8 de Março. Entrementes, os Chineses tentaram abrigar a posição Aliada em Burma enviando o Lt. Gen. Joseph W. Stilwell, dos Estados Unidos, recém-indicado chefe do staff de Chiang Kai-shek, que chegou em meados-Março. Comandando o Quinto e o Sexto exércitos Chineses em Burma, Stilwell cometeu o êrro de permanecer muito tempo no sul de Burma, onde ele foi cortado da Estrada de Burma pelos Japonêses em Abril. Após ter coberto o recuo Britânico na India, as forças de Stilwell tiveram que efetuar um árduo recuo de volta para a India e a China.

Também ajudando no esforço Burmes estava o Gen. Claire L. Chennault e seu grupo de pilotos voluntários, que estabeleceram o quartel-general a 240 km de Rangoon. De 19 de Dezembro de 1941, a 4 de Julho de 1942, os Tigres Voadores de Chennault destruíram 297 aviões Japoneses e mataram 500 inimigos.

Por meados-Maio quase toda a Burma estava sob o controle Japonês; os Ingleses tinham abandonado a maioria de seu equipamento pesado. Pior ainda, a Estrada de Burma - a única rota terrestre para despachar suprimentos à China - agora estava fechada. Em Agosto de 1942 os Japoneses estabeleceram um governo fantoche Burmês.

As Filipinas. A expulsão dos Americanos das Filipinas, uma base potencial para ataques ao Japão, era um objetivo Japonês essencial. O Gen. Douglas MacArthur, comandando 55.000 Filipinos e Americanos, tentava manter as ilhas. Controlando o mar e o ar, os Japoneses começaram a aterrar com força em Luzon, a principal ilha, em 22 de Dezembro de 1941. Em 27 de Dezembro, e continuando no dia seguinte, ondas sucessivas de aviões Japoneses golpearam em Manila. Em 2 de Janeiro de 1942, os Japoneses tomaram a cidade e a base naval de Cavite.

Incapaz de encarar o comando Japonês, MacArthur ordenou um recuo para a Península de Bataan, que oferecia prospectos de uma permanencia até que a ajuda pudesse chegar. Os Japoneses acharam o reduto de Bataan lento e custoso, mas o processo de atrito, junto com a desinteria e a malária, fizeram um severo estrago nas fileiras dos Filipinos e Americanos. Somente uma pequena gota de suprimentos alcançou os defensores de Bataan. Tarde em Fevereiro de 1942 a situação era tão séria que o Presidente Roosevelt ordenou que MacArthur escapasse e proseguisse à Austrália para assumir o comando supremo das forças Aliadas no sudoeste do Pacífico. "Eu retornarei", disse MacArthur na saída.

O Lt. Gen. Jonathan M. Wainwright, que fôra deixado atrás para comandar a força Filipino-Americana, tentou continuar no desesperançado reduto, mas em 9 de Abril de 1942, os defensores aceitaram a derrota. Logo depois, as 3.500 tropas restantes recuaram para se juntar aos defensores da ilha fortaleza de Corregidor. Ali eles se mantiveram até 6 de Maio de 1942.

O Esforço de Guerra dos Estados Unidos. Seguindo-se Pearl Harbor a economia dos Estados Unidos foi colocada imediatamente em pé de guerra, e sua produtividade industrial representou um papel crucial no conflito global. Todas as indústrias chaves foram postas num dia de 24 horas e numa semana de 7-dias. Dentro de um ano após Pearl Harbor, a produção de guerra dos Estados Unidos igualava aquela de todas as nações do Eixo juntas e pelo começo de 1943 estava bem à frente daquela das potencias do Eixo. Durante a guerra os Estados Unidos manufaturaram 296.000 aviões, 87.000 tanques, e 2,4 milhões de caminhões, bem como milhões de rifles e milhões de toneladas de cápsulas de artilharia. De 1 de Janeiro de 1942, a nação produziu 28 milhões de toneladas de embarques, permitindo aos aliados substituirem as embarcações perdidas ao inimigo.

A Guerra na Europa e no Norte da África: Mudando a Maré, 1942-43
Em 1942-43 a ofensiva Alemã na URSS terminava em Stalingrado, e os Aliados ganhavam a campanha Norte Africana, assegurando o Atlântico para seu transporte, e ganhando a batalha dos céus. Os dias da supremacia Alemã no teatro Europeu acabaram.

EL Alamein. No Egito, após ter derrotado Rommel em Alam Halfa no começo de Setembro de 1942, o Oitavo Exército Britânico remanescia na vizinhança de EL Alamein. Preparando-se para um embate com Rommel, Montgomery foi reforçado com homens e equipamento Americano, enquanto que a maioria dos embarques Alemães dirigindo-se para Benghazi na Líbia foram afundados por navios e aviões Britânicos. Embora os Alemães perdessem a batalha dos suprimentos, Hitler insistiu que Rommel se apressasse. Para confundir as tropas do Eixo, Montgomery começou uma vasta operação enganosa, quietamente construindo reservas de suprimentos nas linhas ao norte e encenando uma reconstrução enganosa ao sul. Entrementes, Rommel estava em licença doente na Alemanha.

Na noite de 23 de Outubro de 1942, Montgomery começou uma barragem de artilharia de 1.000 metralhadoras em 5-horas. Então duas colunas Britânicas moveram-se à frente para cortar uma profunda saliencia nas linhas Alemãs. Rommel retornou em 25 de Outubro e imediatamente contra-atacou. Suas tropas permaneceram firmemente por quase 2 semanas, mas após serem bombardeadas dia e noite, marteladas pelos novos tanques rápidos e pela artilharia, e ameaçadas pela infantaria avançando, elas finalmente tiveram que abandonar o campo de batalha e recuaram para a Tunísia.

A Invasão Aliada do Norte da África. Em 8 de Novembro de 1942, as forças Britânicas e Americanas aterraram com força no Marrocos e na Argélia Franceses. Cronometrada para coincidir com a ofensiva de Montgomery, a operação colocou-os numa posição para atacar o Africa Korps de Rommel do oeste. Era também uma concessão parcial a Stalin, que estava chamando para uma segunda frente na Europa para aliviar a pressão em suas tropas. A operação foi complicada por fatores políticos. Aos Ingleses foi dado um papel subordinado àquele do comandante Americano General Dwight D. Eisenhower, que liderou a aterragem da Operação Tocha, esperada ganhar o apôio dos oficiais de Vichy no Norte da África, que tinham estado irritados pela destruição Britânica dos navios de guerra Franceses em Oran em 1940. Além disso, Eisenhower deixou o General Francês Charles de Gaulle, considerado por Vichy como um traidor, fora da campanha. Depois de uma resistência simbólica os Franceses juntaram-se na luta contra o Eixo, conduzindo à ocupação Alemã da França de Vichy. O sucesso da Operação Tocha significou que os Alemães no Norte da África enfrentavam agora a pressão do leste e do oeste.

A Conferência de Casablanca. Para arranjar a união das duas operações Aliadas no Norte da África e para planejar a estratégia subseqüente, Roosevelt e Churchill encontraram-se na Conferência de Casablanca (Janeiro de 1943) na costa Marroquina. Stalin, que reivindicava ter prometido uma segunda frente Européia pela primavera de 1942, recusou-se a atender. Os conferencistas concordaram que uma invasão da Europa cruzando o Canal da Mancha ainda estava fora de questão em 1943. Ao invés, eles decidiram-se arranjar a união das duas operações Aliadas no Norte da África e acompanhar essa campanha com uma invasão da Sicília. Eles concordaram que, durante uma segunda frente, o bombardeio estratégico da indústria Alemã se intensificaria. Uma tentativa também foi feita de se estabelecer um acordo operacional entre o Gen. Henri Giraud, alto comissário Francês do Governo de Vichy, e de Gaulle, mas seu relacionamento permaneceu frio.

Na conclusão da conferência, Roosevelt anunciou que a política Aliada era impor "a rendição incondicional" na Alemanha. Este anúncio aparentemente representou um esforço para satisfazer a Stalin, que temia que a Grã Bretanha e os Estados Unidos procurariam um compromisso de paz. O ministro Alemão da propaganda Joseph Goebbels usou eficazmente esta decisão Aliada para exortar o povo Alemão à lutar até o fim. Os críticos mais tarde argumentaram que os Alemães poderiam ter se rendido mais cedo do que eles o fizeram se um termo menos duro tivesse sido usado.

A Vitória Aliada no Norte da África. Dentro de alguns dias após as aterragens da Operação Tocha, Eisenhower enviou suas forças Anglo-Americano-Francesas correndo para a Tunísia, onde Hitler tinha concentrado reforços e suprimentos. Eisenhower esperava tomar as cidades portuárias de Tunis e de Bizerte e pôr o Norte da África firmemente sob controle Aliado. Por um momento ele lutou uma ação detenedora até que pudesse obter reforços pesados e Montgomery se aproximasse do sul. Em meados-Fevereiro de 1943, Rommel de repente golpeou as linhas Americanas e dirigiu 80 km através das posições Americanas na Passagem de Kasserine. A movimentação do Eixo, entretanto, perdeu seu momentum dentro de alguns dias.

Em 20 de Março de 1943, Montgomery atacou Rommel na defensiva Linha Mareth, e em 4 de Abril, o Primeiro Exército de Eisenhower juntava-se ao Oitavo Exército de Montgomery perto de Gafsa. As forças Aliadas começaram a varrer as tropas do Eixo do oeste e do sul. Os Alemães foram gradualmente empurrados para o canto nordeste da Tunísia. Em 7 de Maio de 1943, Tunis e Bizerte caíam aos Aliados. Cinco dias mais tarde, mais do que 250.000 Alemães e Italianos se renderam.

Stalingrado. A amarga luta da URSS seguiu-se quando o Sexto Exército Alemão sob Paulus avançava em Stalingrado, a grande cidade industrial ao longo do Volga. Em 23 de Agosto de 1942, as tropas Alemãs alcançaram o Volga não distante acima de Stalingrado, e a Luftwaffe começou o pesado bombardeio da cidade com altos explosivos e incendiários. Houve 40.000 vítimas dentro de poucas horas em Stalingrado.

De Moscou veio a ordem de Stalin para manter Stalingrado; frescas reservas foram apressadas à cidade. Neste momento crítico Hitler fêz um erro estratégico: em vez de mover-se sobre a cidade, ele requisitou forças panzer, as quais poderiam ter tomado-a, para serem desviadas ao sul. Quando ele recolheu seus tanques duas semanas mais tarde, a porta para Stalingrado estava fechada.

Em meados-Setembro 1942, um grande número de tropas Alemãs entraram na cidade, e a luta tornou-se um combate rua-a-rua, quadra-a-quadra, casa-a-casa. Em Outubro os Alemães capturaram as partes sul e central da cidade e estavam impelindo nos setores industriais do norte. A luta corpo-a-corpo ocorreu nos celeiros, esgotos, e fábricas. A taxa de vítimas Soviética alcançou seu pico em meados-Outubro, e os defensores de Stalingrado pareciam perdidos.

O General Zhukov tinha recolhido reservas em torno da cidade, entretanto, e em 19 de Novembro o ataque que ele e os generais A. M. Vasilevsky e N. N. Voronov tinham planejado foi lançado. Pelo final de Novembro o próprio Sexto Exército Alemão foi travado na cidade destruída. Um irritado Hitler recusou permitir a Paulus recuar, apesar das últimas chamadas desesperadas.

Em Janeiro de 1943 os Russos abriram um destruidor bombardeio com 7.000 peças de artilharia e um devastador assalto aéreo. Paulus rendeu-se em 2 de Fevereiro, e dos destroços de Stalingrado emergiram 100.000 famintas tropas Alemãs. Quase 300.000 Alemães tinham sido matados na batalha de Stalingrado.

A Resistência na Europa. Enquanto a Alemanha sofria derrotas militares, ela também enfrentava crescentes dificuldades no interior da ocupada Europa. No início, a resistência à ocupação Alemã ocorreu numa escala modesta, em parte porque muitos acreditavam que os Nazistas eram invencíveis. Mas após a Batalha da Inglaterra e os retrocessos posteriores do Eixo, a atividade anti-Nazista nos países ocupados aumentou. Grupos organizados, ajudados pelos Britânicos e, mais tarde, pela inteligência Americana, matavam oficiais e soldados, destruíam trens, explodiam depósitos de munição, sabotavam fábricas, forneciam informação útil aos Aliados, e ajudavam a escapar prisioneiros de guerra e pilotos Aliados derrubados. Muitos que não eram ativos na resistência ajudavam a abrigar e proteger aqueles que eram. Tendo espalhado suas forças sobre uma grande área e tratado muitos dos povos conquistados com crueldade sem-precedentes, Hitler não podia esmagar a resistência apesar das medidas retaliatórias extremamente duras tomadas por seus administradores.

A Batalha do Atlântico, 1942-43. Cedo em 1942, Os submarinos Alemães estavam afundando mais embarcações Aliadas do que nunca. De Janeiro a Junho, eles destruíram 3 milhões de toneladas Americanas, muito desta ao longo da costa dos Estados Unidos. Logo, entretanto, a produtividade da economia de guerra dos Estados Unidos começou a neutralizar o esforço Alemão. Em Agosto de 1942 a taxa de construção de novos navios Aliados ao menos alcançara o nível de perdas Aliadas, e em Dezembro ela permanentemente o sobrepujou. Com mais aviões de longo-curso construídos, o apôio aéreo foi estendido a todas as regiões com exceção do meio-Atlantico. Lá, as escoltas começaram a fornecer cobertura aérea para os comboios em Março de 1943. Novos tipos de radar também facilitavam a deteção dos navios inimigos. Da primavera de 1943 os submarinos Alemães foram, finalmente, mantidos em cheque.

Os navios de superfície Alemães foram imobilizados pelo bloqueio Britânico, embora em Fevereiro de 1942 os cruzadores Gneisenau e Scharnhorst e o pesado cruzador Prinz Eugen o rompessem. Os Ingleses retaliaram em Março enviando commandos para destruir as comportas em Saint-Nazaire, um porto Francês na embocadura do Loire e o único porto Atlantico apropriado para o reparo dos maiores navios dos Alemães.

Bombardeio Estratégico Aliado. Ajudadas pela rápida produção de aviões nos Estados Unidos, as forças Aliadas começaram a fazer importantes incursões aéreas sobre a Alemanha em 1942. A Real Força Aérea (RAF) atacou as cidades do Vale do Ruhr, um importante centro da indústria pesada Alemã, em incursões mutiladoras. Em Maio de 1942 a primeira incursão da RAF de 1.000-bombas foi dirigida contra a cidade Renania de Colonia, destruindo muito da cidade. No verão de 1942 a Força Aérea do Exército Americano juntou-se às operações contra a Alemanha. As Fortalezas Voadoras B-17 e os Liberators B-24 Americanos concentravam-se no bombardeio de precisão da luz do dia de alvos industriais, enquanto que os Ingleses golpeavam à noite. A maioria das incursões eram ainda pequenas e de destruição limitada, entretanto. Embora a Luftwaffe Alemã representasse um papel principal nas primeiras campanhas da guerra, sua eficácia declinou precipitadamente após a Batalha da Inglaterra.

Foi somente após a Conferência de Casablanca de Janeiro de 1943, quando Churchill e Roosevelt decidiram colocar um esforço maior no bombardeio estratégico, que os Aliados começam a ganhar a superioridade aérea na Europa. A Ofensiva Combinada de Bombardeiro foi lançada, e o bombardeio tornou-se melhor organizado e mais intensivo. No verão de 1943, por exemplo, 3/4 de Hamburgo foram destruídos em incursões combinadas. O bombardeio 24-horas aumentou firmemente até que toda a Alemanha estivesse sujeita às maciças incursões aéreas. Como a eficácia das escoltas de combate Americanas aumentava, a Luftwaffe tornou-se mais e mais incapaz de se opôr aos ataques aéreos.

A Guerra no Pacífico e no Leste da Ásia: Começo da Recuperação Aliada, 1942-43
Entre 1942-43 os Aliados contrariaram os esforços Japoneses para se expandir mais longe ao sul e ao leste e começaram a sua campanha pulando-ilhas em direção do Japão.

A Incursão de Doolittle. Alguns semanas depois de Pearl Harbor, o Lt. Col. James H. Doolittle propôs um ataque aéreo em Tóquio. Embora os oficiais superiores dele fossem céticos, à Doolittle foi dado permissão para tentar essa aventura aparentemente precipitada. Com um grupo de voluntários entusiásticos, ele secretamente preparou-se para a missão especial.

Na manhã de 18 de Abril de 1942, Doolittle e sua força de 16 bombardeiros médios B-25 Norte Americanos partiram do porta-aviões Hornet e voaram para o território Japones. Voando a nível da copa das árvores, eles impeliram contra instalações militares e então se encaminharam para a China. A incursão de Doolittle teve todos os elementos de uma super-proeza, mas também teve efeitos importantes na moral Japonesa e Americana. O público Japonês, tendo sido assegurado que seu país era invulnerável a ataque, estava surpreso e chocado pela inesperada invasão. Os Americanos, considerando isto como a primeira retribuição para Pearl Harbor, estavam contentes.

A Batalha do Mar de Coral. Capazes temporariamente de vagar à vontade ao longo do Pacífico, os Japonêses se voltaram para as águas Australianas. Cedo em Maio de 1942 um avião de observação norte-americano avistou uma grande armada Japonesa no Mar de Coral, que separa a Austrália das Ilhas Salomão. Os navios Japoneses foram estacionados ali para afiançar o mando do Japão na Nova Guiné e nas Salomão e assim assegurar o corte das pistas de provisão norte-americanas para a Austrália.

A Batalha do Mar de Coral, nos dias 4-8 de Maio de 1942, foi o primeiro engajamento naval da história na qual navios de superfície não trocaram um só tiro. As forças dos porta-aviões foram emparelhadas uniformemente, mas os aviões Americanos forçaram os Japoneses a bater numa retirada precipitada. Mais de 25 navios Japoneses foram afundados ou desabilitados. O dano à seus pesados porta-aviões impediu as operações do Japão durante vários meses. A confrontação no Mar de Coral, a primeira derrota para os Japoneses no Pacífico Sul, contrariou a extensão do poder do Japão para o sul.

A Batalha de Midway. Os Japoneses rapidamente reuniram suas forças depois da derrota no Mar de Coral. Seu Estado-Maior Geral Naval, buscando estirar o perímetro exterior do Japão para o leste e destruir o que fôra deixado da Marinha norte-americana no Pacífico, decidiu golpear a ilha de Midway. Aproximadamente 1.800 km noroeste de Pearl Harbor, Midway era considerada como a sentinela para o Havaí. Os Japoneses esperavam fazer dela um posto avançado chave do seu novo perímetro. O Comando Naval organizou a maior operação naval em sua história, ajuntando uma força-tarefa de 200 navios e 600 aviões.

Contando com a surpresa total, os estrategistas Japoneses tinham certeza que esta enorme força era mais que suficiente para destruir o que permanecera da frota norte-americana no Pacífico. Porém, sua efetividade foi arruinada pela inteligência norte-americana, que constantemente quebrava os códigos e cifras Japoneses durante a guerra, dando aos Americanos advertência adiantada de todos os passos tomados pela força-tarefa.

Na tarde de 3 de Junho de 1942, um avião de patrulha avistou a força Japonesa aproximando-se de Midway. No dia seguinte 100 bombardeiros Japoneses partiram de seus porta-aviões e dirigiram-se para Midway. Na espera dos invasores estava uma forte força de aviões de combate torpedo Americanos. A aeronave norte-americana subiu do convés dos porta-aviões Hornet, Yorktown, e Enterprise e afundou 4 porta-aviões Japoneses. Intimidado pela perda de seus porta-aviões, o Alm. Yamamoto Isoroku retrocedeu sua grande armada. Os aviões norte-americanos perseguiram os navios em retirada, infligindo grande dano. Dentro de 4 dias as perdas Japonesas, além dos 4 porta-aviões, incluíam 2 cruzadores pesados e 3 destroiers fortemente danificados e 322 aviões (280 nos porta-aviões afundados). Os Americanos pagaram um preço pesado, também, perdendo o porta-aviões Yorktown, um destroier, e 147 aeronaves. Midway permanecia em mãos Americanas, e a frota Japonesa foi tão severamente danificada que o esforço de guerra do Japão mudou de um empurrão ofensivo para uma operação mantenedora.

A Estrada Ledo na Birmânia. Ao teatro China-Birmânia-Índia foi dado baixa prioridade pelo comando Aliado, quando os Japoneses, com persistência obstinada, empurraram os Ingleses de volta às fronteiras da Índia e da China e aos contrafortes do Himalaia. Nenhuma ofensiva principal foi empreendida na Birmânia até 1944. Com a Estrada da Birmânia fechada de Abril de 1942, porém, um meio alternativo de enviar suprimentos para Chiang Kai-shek era necessário. Um transporte aéreo espetacular de 5-horas para a China em cima da proibitiva barreira do Himalaia, a "Corcova", poderia entregar somente 3.200 toneladas de suprimentos por mês em Fevereiro de 1943. À sugestão de Stilwell, o trabalho começou em Dezembro de 1942 na afamada nova Estrada da Birmânia, ou Ledo Road, de Ledo na Índia para a velha Estrada da Birmânia além de Mytkyina. Milhares de Chinêses foram trabalhar na tarefa de 2-anos em esculpir uma nova estrada nas montanhas traiçoeiras.

Stilwell retomou lutando no norte da Birmânia em 1943, ajudado por dois grupos guerrilheiros, o Chindits Britânico, ou Wingate Raiders (sob Orde Wingate), e o Merrill Marauders Americano (sob Frank D. Merrill). Estas forças protegeram a Ledo Road e impediram os Japoneses de passar à Índia.

Os Aliados Tomam a Ofensiva: Guadalcanal. Depois de Midway os Japoneses voltaram-se sul para a Nova Guiné e as Ilhas Salomão como preliminares para um eventual assalto total sobre a Austrália. No começo de Julho eles começaram a construção de uma pista de vôo em Guadalcanal ao sul das Solomons numa tentativa de cortar a linha vital norte-americana para a Austrália.

No dia 7 de Agosto de 1942, uma poderosa força-tarefa norte-americana apareceu ao largo das Solomons. Depois de um pesado bombardeio, os Marines norte-americanos irromperam sobre a praia de Guadalcanal e suas ilhas satélites. Eles estabeleceram uma cabeça de ponte no dia seguinte e tomaram o aeródromo inacabado. A resistência Japonesa no ar, em terra, e no mar, lançada de uma base em Rabaul, logo foi intensificada. Para subjugar Guadalcanal, os Americanos sofreram 6 meses de um lutar vicioso em terra e 7 engajamentos no mar. Lá os Marines norte-americanos receberam seu primeiro teste de guerra na selva, o tipo especial de luta que iria ocorrer numa contagem de ilhas estratégicas quando os Americanos se aproximaram das ilhas caseiras Japonesas. Os Americanos ainda estavam aproximadamente a 4.800 km de Tóquio, mas eles tinham iniciado o tipo de combate e de estratégia pulando-ilhas que os levariam lá com sucesso.

A Queda das Solomons-Nova Guiné. A estratégia norte-americana voltou-se para a base naval e aérea Japonesa chave de Rabaul no extremo leste da Ilha de Nova Inglaterra, localizada logo ao leste da Nova Guiné. Rabaul era uma poderosa fortaleza, protegida por numerosas bases nas ilhas circunvizinhas. O comando norte-americano rejeitou um assalto direto em Rabaul como muito caro e decidiu ao invés neutralizá-la por ataque aéreo e então flanqueá-la. Esta meta seria realizada por uma ofensiva em duas-pontas sobre as Solomons e sobre a Nova Guiné. No lado das Solomons, os Americanos impeliriam em direção ao norte de uma ilha para outra. Na frente da Nova Guiné, tropas Americanas e Australianas sob o comando do General MacArthur fariam seu caminho para a costa oriental. Ambas as pontas-de-lança seriam cobertas por poderoso apoio aéreo.

O avanço nas Solomons começou em Guadalcanal no fim de Fevereiro de 1943. No dia 21 de Fevereiro, tropas de assalto Americanas ocuparam as Ilhas Russell, 96 km noroeste de Guadalcanal. Devolvendo o ataque, os Japoneses enviaram uma armada aérea das bases no norte das Solomons para sufocar a invasão da Ilha de Nova Geórgia. A confrontação aérea custou-lhes pesadamente. Choques simultâneos no mar resultaram em pesadas perdas Japonesas adicionais. Por meados-Agosto de 1943 os Americanos tinham a posse da Ilha Rendova, Munda (na Ilha de Nova Geórgia), e a ilha de Vella Lavella.

No lado oposto da malha, MacArthur moveu suas forças em direção ao norte para cima da Nova Guiné, planejando atravessar a Nova Inglaterra para isolar e flanquear Rabaul vindo do oeste. O progresso estêve lento nos pântanos litoraneos e no escarpado terreno montês, mas em Janeiro de 1943 os Americanos capturaram pontos estratégicos na península da Papua Nova-Guiné. Logo eles ameaçavam as posições Japonesas em Lae e Salamaua, em Papua perto do extremo ocidental da Nova Inglaterra.

A Batalha do Mar de Bismarck. Estrategistas Japoneses enviaram tropas para reforçar Lae e Salamaua, mas em 3-4 de Março de 1943, Liberators B-24 e Fortalezas Voadoras B-17 Americanos atacaram o transporte das tropas e suas escoltas navais, destruindo a maioria delas. Mais de 3.500 soldados e marinheiros Japoneses morreram. Os Aliados perderam somente 5 aeronaves. A Batalha do Mar de Bismarck golpeou um sopro crucial contra o poder Japonês no Sudoeste do Pacífico.

Rabaul Neutralizada. Uma força anfíbia norte-americana aterrou na Baía de Nassau no leste da Nova Guiné no dia 30 de Junho e pelo começo de Outubro tinha capturado Lae, Salamaua, e Finschhafen. Em Dezembro eles cruzaram o extremo sudoeste da Ilha da Nova Inglaterra. O avanço das Solomons alcançou Bougainville em Novembro, pondo os aviões Aliados dentro do fácil alcance de Rabaul, que ao final de 1943 foi eliminada como uma ameaça ofensiva. Mais de 100.000 tropas Japonesas veteranas foram deixadas abandonadas em Rabaul e na área circunvizinha. Em um pouco mais que um ano os Aliados tinham feito ganhos significativos no Pacífico Sudoeste e tinham alcançado a sua meta de cortar as tropas Japonesas sem esperança de resgate.

A Estratégia para o Avanço ao Japão. No verão de 1943 uma discordância surgiu entre os estrategistas Aliados sobre o método para abrir a rota para as ilhas caseiras Japonesas. O General MacArthur, comandante do Sudoeste do Pacífico, favorecia uma aproximação ao longo do eixo Nova Guiné-Filipinas. Mas o Alm. Chester Nimitz, comandante do Pacífico Central, acreditava ser melhor capturar as ilhas chaves do Pacífico Central para ganhar as estratégicas bases navais e aéreas que seriam usadas para cortar o Japão de seu império.

Os Chefes do Estado-Maior Conjunto deram prioridade ao projeto de Nimitz, mas elementos de ambos os planos seriam empregados. As forças de Nimitz pulariam pelas Ilhas Gilberts (agora Kiribati), as Ilhas Marshall, as Ilhas Carolinas, e as Ilhas Marianas. MacArthur capturaria o norte da Nova Guiné e as ilhas entre a Nova Guiné e Mindanao, a ilha mais ao sul das Filipinas.

Tarawa. A ofensiva do Pacífico Central, uma operação norte-americana, começou nas Ilhas Gilbert. Em Novembro, as forças-tarefa norte-americanas se moveram em Tarawa e nas Ilhas Makin. Makin foi invadida e limpada de tropas inimigas dentro de 4 dias. Em Tarawa, porém, cêrca de 5.000 experimentados combatentes da selva Japoneses estavam preparados para batalhar à morte. Em 20 de Novembro de 1943, um número igual de marines norte-americanos pousou. O apoio aéreo, não corretamente coordenado com a aterrissagem, não debilitou os defensores substancialmente. A luta foi feroz e as vítimas elevadas. Quando Tarawa foi tomada (23 de Novembro), somente 17 Japonêses e 129 trabalhadores Coreanos permaneciam para serem levados como prisioneiros fora da guarnição original.

A Guerra na Europa: os Aliados na Ofensiva, 1943-44
Por 1944, depois das invasões Aliadas da Sicília e da Itália, do avanço Soviético no leste, e do estabelecimento de uma segunda frente com o desembarque na Normandia, a Alemanha estava em plena retirada.

A Invasão da Sicília. Reunindo-se em Washington em meados-Maio de 1943 à conferência nome-código Trident, Roosevelt e Churchill confirmaram a invasão da Sicília, decidiram sobre uma invasão Canal-cruzada da França pelo começo de Maio-1944, e concordaram em aumentar o transporte aéreo de suprimentos para a China e prosseguir com os planos para retomar a Birmânia. Para implementar a primeira destas metas, a Operação Husky foi posta em ação sob o comando do representante de Eisenhower, o general Britanico Harold Alexander. Primeiro, a pequena ilha de Pantelleria, a base fortalecida da Itália a meio caminho entre a Tunísia e a Sicília, foi bombardeada em submissão de mar e ar. Um mês depois, nos dias 9-10 de Julho de 1943, forças Britânicas e Americanas pousaram na Sicília numa ação combinada.

Embora as tropas Alemãs e Italianas na Sicília tivessem esperado a invasão, a data e os pontos de aterrissagem precisos foram surpresas táticas completas. Os Italianos renderam-se em grandes números. Os Alemães, porém, começaram uma defesa viva, e por algum tempo o sucesso da invasão esteve em dúvida. Depois de dificuldades iniciais em Gela, o Sétimo Exército norte-americano arremessou pelo centro e o oeste da ilha e ocupou Palermo no dia 22 de Julho. O Oitavo Exército Britânico, reforçado por Canadenses, avançou lentamente na costa leste contra a forte resistência Alemã e ocupou Catania no dia 5 de Agosto. Ambos os exércitos se moveram sobre Messina, que foi ocupada no dia 17 de Agosto de 1943.

No dia 25 de Julho de 1943, Mussolini foi depôsto num desenvolvimento de surpresa, e o Marechal Pietro Badoglio assumiu o posto de chefe do governo. Os Italianos ao longo de todo o país exigiam a paz. Suspeitando (com boa razão) que os Italianos poderiam desertar, os Alemães tomaram todos os centros estratégicos do continente Italiano e esperaram uma invasão Aliada da península.

A Campanha Italiana. Somente após a invasão Siciliana a decisão Aliada foi golpear o continente Italiano. No dia 3 de Setembro de 1943, forças Britânicas e Americanas moveram-se pelo Estreito de Messina no dedo do pé da península Italiana. Uma semana depois, o Quinto Exército Americano, sob o Gen. Mark W. Clark, aterrou nas praias de Salerno (cêrca de 240 km sul de Roma); dentro de um mês a Itália sulista estava debaixo do controle dos Aliados. Nápoles caiu no dia 1 de Outubro de 1943. Agora, porém, a resistência Alemã endureceu, e a campanha Aliada atolou abaixo. Ao final do ano as forças Aliadas ainda estavam mais próximas de Nápoles que de Roma. Aproximadamente a 130 km sul de Roma os Alemães tinham montado uma forte linha defensiva, a Linha Gustav, ou Linha de Inverno.

Na Argélia, no dia da invasão (3 de Setembro), o regime de Badoglio secretamente assinou um armistício com as forças Anglo-Americanas. A capitulação Italiana foi anunciada no dia 8 de Setembro, e no dia 13 de Outubro o governo de Badoglio declarava guerra à Alemanha. Enquanto isso, porém, os Alemães tinham resgatado Mussolini da prisão, e ele foi instalado como chefe de um regime fantoche no norte da Itália.

A Frente Oriental. Enquanto isso, na frente oriental, os Alemães, depois da sua perda da Batalha de Stalingrado, não puderam montar uma ofensiva esmagadora. Àquele ponto (Fevereiro de 1943) os Alemães e seus aliados tinham perdido 850.000 mortos ou capturados desde o começo da invasão Soviética (no verão de 1941).

Depois de vários meses de retraimento o Gen. Erich von Manstein lançou um contra-ataque de verão desesperado contra os Soviéticos no sul. A situação tinha mudado ligeiramente a favor dos Alemães desde Stalingrado. Eles tinham encurtado suas linhas, enquanto as tropas Soviéticas estavam esticadas sobre uma frente volumosa com uma protuberância ao redor de Kursk. No dia 5 de Julho de 1943, os Alemães, usando seus novos tanques Tigre e Pantera, golpearam essa saliencia Soviética. Hitler empenhou mais de 1.000 aviões contra a enorme concentração de tropas do Exército Vermelho, peças de artilharia, e tanques. O encontro se desenvolveu numa das maiores e mais viciosas batalhas armadas jamais lutadas. Mais de 3.000 tanques foram engajados nos gramados. No dia 12 de Julho de 1943, os Soviéticos, favorecidos por uma aparentemente provisão infinita de tropas e tanques, se moveram em frescas divisões de tanques, e a vantagem finalmente balançou para os Russos. Manstein, tendo perdido 70.000 homens, metade de seus tanques, e mais de 1.000 aviões, foi forçado a retirar.

Os Alemães se retiraram em fortes linhas defensivas. Enquanto eles se retiravam, os Soviéticos lançaram uma nova ofensiva em direção ao norte para Orel, que eles capturaram no dia 4 de Agosto de 1943. Eles também capturaram Kharkov (Kharkiv; 23 de Agosto), Poltava (22 de Setembro), e Smolensk (25 de Setembro). Kiev foi liberada no começo de Novembro. As forças de Manstein estavam sendo severamente reduzidas pelo constante avanço Russo, mas Hitler ainda recusou permitir uma retirada maciça, deixando suas tropas agora-excedidas em número à máquina moedora militar Soviética.

O avanço Soviético parou temporariamente com o começo do inverno, mas uma vez que as estradas e vias fluviais estavam firmemente congeladas uma enorme contra-ofensiva Soviética começou ao longo da frente oriental inteira. Em meados-Janeiro de 1944 o cêrco de 890-dias de Leningrado foi aliviado depois que as tropas Soviéticas restabeleceram as comunicações terrestres com a cidade. Desde Setembro de 1941 a população de Leningrado tinha resistido à artilharia e bombardeio aéreo Alemão. Mais que 200.000 deles tinham sido matados no cêrco; meio milhão mais morreram resfriados, de fome, e esgotamento, embora durante algum tempo a cidade tivesse sido atenuadamente suprida através do congelado Lago Ladoga.

Quando o Exército Vermelho pressionou para o oeste, ele tomou Riga e Vilna no norte e estava cruzando na Prússia Oriental por meados-Julho. No centro os Alemães tinham se retirado de Minsk em Julho. No sul a Crimea inteira estava em mãos Soviéticas em Maio. Em meados-Julho de 1944 os Soviéticos estavam fundos na Polônia e ao final de Agosto tinham cruzado nos Balkans. Quando o Exército Vermelho chegou aos subúrbios de Varsóvia, a resistência na capital Polonesa conduziu uma revolta (Agosto-Outubro) contra os ocupantes Alemães numa tentativa malsucedida para ganhar o controle da cidade antes dos Soviéticos chegarem.

O Colapso da Itália. No começo de 1944 os exércitos Aliados na Itália tiveram a velocidade reduzida por causa do terreno difícil e a teimosa resistência Alemã. Em 22 de Janeiro de 1944, numa tentativa para pegar os Alemães num movimento de pinça, 50.000 tropas Americanas (e Brasileiras) pousaram em Anzio entre a Linha Gustav Alemã ao sul e Roma 53 km ao norte. Incapazes de avançar imediatamente, as tropas estabeleceram uma cabeça de ponte. Sob o Gen. Albert Kesselring, 8 divisões Alemãs moveram-se para formar um poderoso perímetro ao redor de Anzio. Depois de ataques repetidos, que incluíram a destruição do velho monastério em Monte Cassino, os Aliados conseguiram quebrar as linhas Alemãs. No dia 4 de Junho de 1944, Roma caiu aos Aliados. Nos meses seguintes, os Alemães se retiraram de uma linha defensiva a outra enquanto as tropas Aliadas empurravam cautelosa mas irresistivelmente norte para a Toscania. Somente no começo de 1945 as forças Aliadas alcançaram as colinas que contemplam o vale do Rio Po. Mussolini foi capturado por partisans anti-Fascistas perto do Lago Como no dia 28 de Abril de 1945. Ele e sua amante, Claretta Petacci, foram fuzilados, e seus corpos foram levados para Milão, a cidade onde o fascismo tinha primeiro se arraigado, e exibidos dependurados como porcos em praça pública.

A Conferência de Teerã. Durante 1943, enquanto a campanha na Itália estava a caminho, os líderes Aliados se encontraram em duas significativas conferências para planejar uma grande invasão na França e traçar outros aspectos da sua estratégia contra o Eixo. À primeira Conferência de Quebec, realizada em meados-Agosto, Roosevelt e Churchill confirmaram a decisão para estabelecer uma segunda frente na França e aprovaram planos específicos para um desembarque na Normandia - a tomar lugar no dia 1 de Maio de 1944.

À Conferência de Teerã, de 28 de Novembro a 1 de Dezembro de 1943, Stalin se reuniu com Churchill e Roosevelt pela primeira vez, e a data para a invasão, nome-código Operação Overlord (Suserana), foi confirmada. Stalin concordou em lançar um ataque simultâneo na frente oriental da Alemanha. Em Teerã, Stalin também foi assegurado que uma segunda invasão da França (do Mediterrâneo), conhecida como Operação Anvil (Bigorna), aconteceria. Ele reafirmou que os Soviéticos se uniriam na luta contra o Japão depois que a Alemanha fosse derrotada mas afirmou que a URSS queria Sakhalina, as Ilhas Kurilas, e um porto permanente no Pacífico no continente da Ásia. A restauração pós-guerra do Irã também foi discutida.

A Invasão da Normandia. Enquanto se preparavam para uma invasão na França Canal-cruzada, os Aliados Ocidentais construíram em solo Britanico uma das maiores e mais poderosas forças de invasão da história. Durante os 2 meses antes do desembarque, enquanto tropas, equipamento, e materiais vertiam na Inglaterra, as forças aéreas Aliadas bombardearam vias férreas, pontes, aeródromos, e fortificações na França e na Bélgica e continuaram seus ataques em centros industriais Alemães.

Adiada por demoras em juntar o equipamento de aterrissagem necessário e pelo tempo e as condições da maré, a Operação Overlord, com Eisenhower no comando, começou no dia 6 de Junho de 1944, posteriormente conhecido como Dia-D. Ao longo da noite precedente, pára-quedistas foram deixados atrás das defesas litoraneas Alemãs para cortar as comunicações e tomar postos de defesa chave. Centenas de navios de guerra e inumeráveis embarcações pequenas apoiaram a invasão.

Entre 6:30 e 7:30, ondas de tropas Aliadas moveram-se à praia entre Cherbourg e Le Havre na maior operação anfíbia da história, envolvendo aproximadamente 5.000 navios de todos os tipos. Cêrca de 11.000 aeronaves Aliadas operavam sobre a área da invasão. Mais de 150.000 tropas desembarcaram na Normandia no Dia-D. Porque todos os principais portos Franceses no norte estavam minados e fortificados, os Aliados improvisaram dois portos artificiais, com pontões, quebra-mares, e navios afundados. Um dos portos foi destruído por um severo vento forte Atlântico, mas o outro funcionou perfeitamente. Vinte oleodutos debaixo do Canal foram usados para trazer suprimentos críticos de gasolina para os tanques.

Os Alemães tinham antecipado uma invasão Aliada da Europa ocidental por esse tempo mas estavam surpresos por sua localização. O Gen. Gerd von Rundstedt, comandante das forças Alemãs no Oeste, tinha esperado que os Aliados tomariam a rota de água mais curta e desembarcariam em Pas Calais. Uma operação da inteligência Britânica chamada Ultra, tendo quebrado cifras Alemãs chave, souberam da má-compreensão dele. Para capitalizar na situação, os Aliados estacionaram um exército fantasma em Kent que reforçou a opinião enganada de Rundstedt. Também pode ter influenciado Hitler a decidir contra enviar divisões panzer de reserva à Normandia, uma decisão que grandemente facilitou o desembarque e o estabelecimento de cabeças de ponte.

Todavia os Alemães golpearam atrás vigorosamente. Por mais que um mês eles resistiram enquanto as forças Aliadas estavam sendo construídas nas praias abarrotadas. Os defensores estavam debaixo de um impedimento severo, porém, porque Hitler tinha sido forçado a enviar muitas das tropas dele da França para a frente oriental onde os Soviéticos estavam na ofensiva.

As Campanhas na França. Para apanhar os Alemães num movimento de pinça, os Aliados tinham decidido um segundo desembarque no sul da França. No dia 15 de Agosto de 1944, uma frota de navios de guerra Aliados apareceu fora da costa Mediterrânea Francesa entre Toulon e Cannes. Seguindo-se um pesado bombardeio eles descarregaram um exército de tropas Americanas e Francesas. Rapidamente tomando Marselha e Nice, os Aliados dirigiram-se em direção norte ao longo do Rio Rhône. As tropas Alemãs na França ocidental agora estavam ameaçadas com isolamento.

A enorme força Aliada que tinha-se fixado à praia na linha costeira da Normandia - mais que um milhão de homens dentro de 3 semanas do Dia-D - gradualmente estendeu sua largura mas não sua profundidade. Cherbourg foi capturada no dia 27 de Junho de 1944, dando aos Aliados um importante porto para o fluxo de homens e materiais. No dia 25 de Julho, tropas Aliadas irromperam pelas linhas Alemãs entre Caen e Saint Lô e então abanaram fora em campo aberto. Os Alemães contra-atacaram em Avranches mas foram contidos pelas tropas dos Estados Unidos. O fortemente blindado Terceiro Exército dos Estados Unidos, conduzido pelo Lt. Gen. George S. Patton, virou o flanco esquerdo Alemão em Avranches, rompeu pela Bretanha, e então moveu-se nordeste para o Rio Sena, para flanquear Paris ao sul.

Para evitar perda esperada de vidas, Eisenhower pretendia evitar Paris. Os combatentes da resistência Francesa dentro da cidade e as tropas Francesas no exército de libertação, porém, pediram por uma rápida e limpa captura da sua capital. No dia 19 de Agosto, Eisenhower mudou sua mente ao receber comunicado de uma insurreição em Paris. Ele enviou a Segunda Divisão Blindada da França Livre, apoiada pelas tropas dos Estados Unidos, sobre a cidade. Paris caiu aos Aliados no dia 25 de Agosto sem grande dano porque o comandante Alemão, Gen. Dietrich von Choltitz, desobedeceu as ordens de Hitler para "lutar até o último homem" e arrasar a cidade.

A Ofensiva Ocidental Para a Alemanha. Enquanto os chefes Aliados planejavam a estratégia final para o assalto à Alemanha, uma discordância surgiu entre eles. Montgomery urgia um "grande empurrão" de toda a armada Aliada concentrada pela Bélgica ao Ruhr, mas Eisenhower, embora concordasse em dar prioridade inicial em tal direção, decidiu que o plano mais cedo do avanço simultâneo por todos os exércitos separados deveria ser retomado depois disso. No começo de Setembro os Ingleses libertaram Bruxelas, e as tropas Americanas cruzaram a fronteira Alemã em Eupen. No dia 21 de Outubro, o Primeiro Exército dos Estados Unidos tomou Aachen - a primeira cidade dentro das fronteiras Alemãs pré-guerra a cair aos Aliados. Enquanto isso, as forças da invasão da Normandia e da França sulista se uniam perto de Dijon. Os Aliados agora tinham uma frente contínua da Bélgica até a neutra Suíça.

A resistência Alemã endureceu, porém, nos últimos meses de 1944. No final de Setembro uma divisão aérea Britânica foi derrubada atrás das linhas Alemãs através do Reno perto de Arnhem nos Países Baixos. A operação incorreu em pesadas vítimas: das 10.000 tropas pousadas, mais que 1.000 foram matados e pelo menos 6.400 foram feitos prisioneiros. A ofensiva Aliada estacou para uma parada temporária.

No dia 16 de Dezembro de 1944, o General von Rundstedt lançou uma contra-ofensiva, conhecida como a Batalha de Bulge (Bojo), que pegou os Aliados de surpresa. Com 250.000 homens e uma maciça força panzer, ele atingiu o centro das linhas Aliadas na área de Ardenas escassamente mantida. Em 8 dias os Alemães cortaram profundamente em território Aliado-mantido. Eisenhower ordenou a Patton e seu Terceiro Exército para dirigir-se norte em direção à luta. Com tempo claro a força aérea Aliada, que tinha estado baseada no começo do contra-ataque, agora batia duro nos Alemães. No começo de Janeiro de 1945 a arremetida Alemã foi contida. A última grande ofensiva Alemã no Ocidente tinha fracassado em acabar com o ataque Aliado no coração da Alemanha.

A Guerra Aérea. Depois das sucedidas aterragens na Normandia, o Comando do Bombardeiro Combinado Aliado virou sua total atenção uma vez mais para os objetivos dentro da Alemanha. Ao final de 1944 ele tinha restringido seriamente a produção de petróleo Alemã. A Luftwaffe, com recursos e pilotos diminuídos, tentou golpear de volta. No final de Dezembro, 800 aeronaves Alemãs atacaram aeródromos Aliado-mantidos no norte da Europa, derrubando cêrca de 100 aeronaves. Os Aliados, porém, foram capazes de substituir suas perdas imediatamente; os Alemães estavam esgotando suas últimas reservas.

Muitos Alemães continuaram esperando que Hitler desvelaria no momento apropriado alguma arma secreta de poder arrasador que viraria a maré da batalha a favor da Alemanha. Em 1944 duas mortais Vergeltungswaffen ("armas da vingança") estavam prontas para uso contra os Aliados. Em 13 de Junho de 1944, só 7 dias depois do Dia-D, Hitler ordenou a liberação da primeira bomba voadora V-1, ou "bomba zumbido", das bases ao longo da costa Francesa no setor de Pas de Calais. Elas foram apontadas para Londres num esforço para aterrorizar a população civil. As bombas robô sibilaram pelo Canal Inglês a 645 km/h num curso predeterminado. Os pilotos da RAF se tornaram peritos em derrubá-las. No total, cêrca da metade das V-1s enviadas para Londres do norte da França e da Bélgica alcançaram a cidade; as bombas mataram quase 6.000 Londrinos, feriram 40.000 outros, e destruíram mais de 75.000 casas.

O mais pesado e mais mortal foguete supersônico V-2 foi colocado em ação no dia 8 de Setembro de 1944. De bases nos Países Baixos o V-2 precipitou-se para Londres a 5.600 km/h. Com sua ogiva de combate de 1-tonelada, o V-2 se enterrou no chão e explodiu violentamente. Das mais que 1.000 V-2s chovidas na Inglaterra, cêrca de 500 atingiram Londres; elas causaram quase 10.000 vítimas. Embora as "armas da vingança" fossem mortais e causassem muita perda de vida e danos materiais, elas vieram muito tarde para influenciar o curso da guerra.



(Parte 3) - A GUERRA NA EUROPA: O COLAPSO ALEMÃO, 1945; A GUERRA NO PACÍFICO E NO LESTE DA ÁSIA: A DERROTA DO JAPÃO, 1944-45; CONSEQUENCIAS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL; O BRASIL NA GUERRA.



A Guerra na Europa: o Colapso Alemão, 1945
Durante os primeiros quatro meses de 1945 uma armadilha em duas-frentes cercou a Alemanha, forçando sua rendição no começo de Maio. Enquanto isso, os líderes Aliados se reuniram para lidar com o teatro no Extremo Oriente, contender com os problemas relativos aos estados liberados da Europa oriental, e estabelecer as condições debaixo das quais a Alemanha pós-guerra seria ocupada.

O Avanço Soviético para o Oder. Com os Alemães no meio da sua contra-ofensiva ocidental, os Soviéticos, em 12 de Janeiro de 1945, iniciaram um tremendo assalto às linhas Alemãs no leste. Dentro de 5 dias eles tomaram o que permaneceu de Varsóvia e 2 dias depois capturaram Cracóvia. No norte, tropas Soviéticas varreram pela Prússia Oriental e tomaram Gdansk (Danzig). Em Fevereiro os Soviéticos cortaram a crucial região carvão-produtora da Silesia Superior e cruzaram o Rio Oder perto de Breslau (Wrocaw).

Quando os Soviéticos se moveram pela Polônia eles descobriram o notório campo de extermínio de Auschwitz, onde tantos quanto 2 milhões de Judeus, Ciganos, Poloneses, Russos, e membros de outros grupos que os líderes Nazistas julgavam como "indesejáveis" tinham morrido nos fornos crematórios.

A Conferência de Yalta. De 4 a 11 de Fevereiro de 1945, Roosevelt, Churchill, e Stalin se encontraram à Conferência de Yalta realizada na Crimea. Na Europa oriental, então sendo ocupada pelos Soviéticos, Stalin prometeu estabelecer governos provisórios que incluiriam todos os elementos democráticos e realizar eleições livres o mais cedo possível. A URSS, foi acordado, receberia a Polônia oriental, com a Polônia a ser compensada às expensas da Alemanha. A Alemanha seria dividida em quatro zonas de ocupação, a serem administradas pelos três principais Aliados e a França.

Em troca de sua declaração de guerra contra o Japão dentro de 3 meses da rendição da Alemanha, a URSS iria receber a metade sul da Ilha Sakhalina, as Ilhas Kurilas, e direitos especiais nos portos da Manchuria de Dalian (Ta-lien) e Porto Arthur (Lüshun). Depois criticadas como excessivamente generosas para os Soviéticos, estas concessões foram feitas numa época quando o conflito do Extremo Oriente era esperado continuar durante muitos meses depois da derrota da Alemanha.

A Batalha para a Alemanha. Em Fevereiro de 1945, os rápidos tanques de Patton clarearam a margem ocidental inteira do Rheno. Os Americanos capturaram intacta uma ponte chave em Remagen perto de Colônia no dia 7 de Março. As tropas Aliadas começaram a verter em cima disto com força e estavam cruzando o Rheno em outros pontos. Com Montgomery postado no norte e Patton no sul, os Aliados estavam agora numa posição para se dirigir sobre a Alemanha e seguir em frente para Berlim.

Eisenhower, porém, intencionando perseguir o inimigo e não atento à significação política de Berlim, decidiu ir para Leipzig e então concentrar seu poder no "suposto" reduto nacional ao sul, onde ele esperava que Hitler fizesse um último posto. Assim, embora as forças norte-americanas chegassem ao Rio Elba no dia 12 de Abril de 1945, e estivessem só acerca de 96 km de Berlim, Eisenhower informou Stalin que ele estava deixando a cidade aos Soviéticos. O bombardeio sistemático pela artilharia Soviética e o poder aéreo Aliado operando da Inglaterra reduziram a capital Alemã a ruínas. A Luftwaffe, com seu corpo de pilotos esvaziado, seus aeródromos destruídos, e seu suprimento de combustível inexistente, não pôde proteger a cidade.

Como parte do esforço Anglo-Americano para romper as comunicações Alemãs e apoiar a ofensiva Soviética do leste, maciças incursões de bombardeio foram levadas a cabo contra outras cidades Alemãs em Fevereiro de 1945. As incursões em Dresden (13-15 de Fevereiro) foram especialmente destrutivas, e elas foram criticadas então e mais tarde por aqueles que contestavam o bombardeio indiscriminado dos centros populacionais.

No dia 16 de Abril de 1945, Zhukov lançou seu ataque final em Berlim. Ao final do mês os Soviéticos tinham penetrado no centro da cidade. Os soldados e civis Alemães, temerosos da vingança esperada dos Soviéticos, apressaram-se à render aos Americanos e Ingleses na convicção que receberiam tratamento melhor dos Aliados Ocidentais. No dia 25 de Abril de 1945, tropas Soviéticas que agora cercavam Berlim, encontraram os Americanos em Torgau sobre o Elba.

A Rendição Alemã. Enquanto os Soviéticos estavam fazendo a incursão final em Berlim, as tropas Aliadas libertavam um campo de concentração depois do outro. Em Abril eles alcançaram Buchenwald como também Bergen-Belsen - onde eles acharam 40.000 ocupantes quase mortos e 10.000 cadáveres e Dachau, um dos piores centros de exterminação. Um choque de horror pasmo traspassou o mundo inteiro à extensão da "Solução Final" de Hitler, sem precedentes na história inteira da civilização.

Hitler se suicidou em seu bunker de Berlim no dia 30 de Abril. No dia 7 de Maio de 1945, representantes das forças armadas da Alemanha capitularam aos Aliados no quartel-general de Eisenhower em Reims. A rendição incondicional formal veio no dia seguinte em Berlim. O Terceiro Reich de Hitler tinha vindo ao fim.

A Conferência de Potsdam. A última conferência de guerra Aliada aconteceu em Potsdam, Alemanha, de 17 de Julho a 2 de Agosto de 1945. Atendendo estavam Churchill, substituído por Clement Attlee durante a conferência; Harry S. Truman, sucessor para Roosevelt, que tinha morrido em Abril; e Stalin. Eles confirmaram o plano de Yalta para a divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação e chegaram a acordo nos planos para a des-Nazificação, desmilitarização, e democratização da Alemanha. Os Nazistas e partidários dos Nazistas culpados de crimes de guerra ou atrocidades seriam julgados. Os conferencistas também pediram a rendição incondicional do Japão. Truman informou Stalin que os Estados Unidos tinham testado uma bomba atômica que poderia ser usada contra o Japão.

Diferenças entre os Aliados também apareceram em Potsdam. A Inglaterra e os Estados Unidos recusaram aceitar o governo provisório pró-Soviético na Polônia porque não consideraram que ele havia sido democraticamente eleito. Eles pediram por eleições livres na Romênia, Bulgária, e Hungria, ao passo que Stalin demandou que os Aliados Ocidentais reconhecessem os regimes fantoches estabelecidos pelos Soviéticos naquelas nações. Discordâncias também surgiram em cima das reparações Alemãs e outros assuntos.

A Guerra no Pacífico e no Leste da Ásia: Derrota do Japão, 1944-45
Entre 1944 e 1945 os Aliados completaram a campanha do Pacífico Central, tomaram as Filipinas, bombardearam o Japão, e penetraram as ilhas caseiras Japonesas. Pelo verão de 1945, a vitória Aliada era só uma questão de tempo; ela foi acelerada quando os Estados Unidos aperfeiçoaram a bomba atômica e deixaram cair dois dos dispositivos no Japão.

As Marshalls e as Carolinas. Noroeste das Gilberts, através da linha vital Japonesa para Tóquio, reside o maior arquipélago das Ilhas Marshall. Evitando outras ilhas naquele grupo, as forças-tarefas norte-americanas dirigiram-se para Kwajalein, o maior atol do mundo. O bombardeio preliminar foi extremamente efetivo. No dia 1 de Fevereiro de 1944, os primeiros de 40.000 Americanos pousaram em Kwajalein; dentro de uma semana o atol tinha sido tomado. Mais de 8.000 Japoneses foram matados na operação. Várias semanas depois outra força anfíbia capturou a base aérea inimiga no atol de Enewetak (Eniwetok).

Oeste de Kwajalein estava o Gibraltar Japonês - a base naval de Truk nas Ilhas Carolinas. Durante algum tempo os Japoneses tinham estado enviando reforços e materiais de Truk para Nova Inglaterra, Nova Guiné, e as Solomons, e Truk posava uma ameaça à campanha nas Marshalls. No dia 17 de Fevereiro de 1944, uma armada aérea partiu dos porta-aviões norte-americanos e fez um ataque devastador na base naval Japonesa. Cerca de 250 aviões inimigos e 200.000 toneladas de embarcações mercantes Japonesas foram destruídos, e a própria Truk foi feita inútil. As vitórias Americanas nas Marshalls e nas Carolinas significaram que o perímetro exterior do novo império Japonês tinha sido perfurado.

Birmânia. Em Agosto de 1943 o almirante Britânico Lord Mountbatten tornou-se chefe do novo comando do Sudeste da Ásia e começou a planejar uma campanha para retomar a Birmânia. Uma guinada da Índia na Birmânia sulista começou auspiciosamente em Novembro de 1943 mas foi detida cedo em 1944. Em Março de 1944 os Japoneses na Birmânia iniciaram uma ofensiva na Índia para separar as forças Britânicas que estavam se juntando lá contra eles. Os Ingleses, providos pela RAF, resistiram a um longo cêrco em Imphal, finalmente rompendo-o em Julho. Enquanto isso, a construção da Estrada Lêdo continuava. A posse de Myitkyina, o terminal mais ao norte da estrada, era essencial. Stilwell começou a se mover sul à cidade no começo de 1944. Apoiado por apoio aéreo superior ao do seu inimigo, ele repeliu uma ofensiva Japonesa ao norte e em Agosto capturou Myitkyina. A estrada (aproximadamente 750 km de extensão) foi completada em 7 de Janeiro de 1945.

Saipan e a Batalha do Mar Filipino. As táticas ilha-pulando dos Americanos pelo Pacífico Central prosseguiram com um ataque nas Marianas ao norte. Lá os objetivos norte-americanos eram Guam e Saipan. Depois de uma trituração por mar e ar, Saipan foi invadida por 20.000 Marines norte-americanos no dia 15 de Junho de 1944. Ao todo, os Americanos pousaram 125.000 tropas, comparadas com os 32.000 Japonêses na ilha. Em 18 de Junho as forças Japonesas estavam fendidas pela metade.

As notícias do desastre em Saipan moveram os estrategistas em Tóquio à ordenar a destruição da frota norte-americana apoiando a agressão de Saipan. No dia 19 de Junho de 1944, uma força-tarefa Japonesa moveu-se para engajar os navios norte-americanos entre as Filipinas e as Marianas. O resultado foi a Batalha do Mar Filipino, o maior engajamento de porta-aviões da guerra. Submarinos norte-americanos afundaram duas chatas Japonesas, aeronaves torpedo responderam para outro porta-aviões, e aviões norte-americanos destruíram mais de 350 aeronaves Japonesas no que ficou conhecido como "o Grande Tiro de Perú das Marianas".

A Libertação das Filipinas. Em seguida, o comando naval Americano queria que as forças do Pacífico Central do Almirante Nimitz se movessem noroeste em direção ao Japão. Porém, o Presidente Roosevelt decidiu em Julho que elas deveriam virar sudoeste e unir-se com MacArthur, que estava se aproximando das Filipinas, para um assalto total naquelas ilhas. MacArthur até então tinha tomado quase tudo da Nova Guiné, e em Setembro ele tomou Morotai nas Moluccas. Depois que a campanha do Pacífico Central terminou com a queda de Saipan e Guam no começo de Agosto, a frota de Nimitz moveu-se para capturar as Ilhas Palau fora das Filipinas sulistas.

Na Batalha do Golfo de Leyte, lutada em 23-25 de Outubro de 1944, a frota Japonesa não destruiu os desembarques dos soldados Americanos na ilha de Leyte. Ao final de Outubro, as forças Japonesas tinham sido expelidas do sul e do nordeste de Leyte. Durante 2 meses, porém, elas lutaram implacavelmente no resto da ilha. A luta por Leyte recapitulou numa escala gigantesca os sangrentos choques nas ilhas do Pacífico. Depois de meados-Dezembro, a resistência organizada finalmente terminou.

No começo de Janeiro de 1945 o Sexto Exército dos Estados Unidos foi movido através de embarques pelo Estreito de Surigao e nos mares Mindanao e Sulu. Depois de 3 dias de bombardeio por mar e ar os Americanos assolaram à praia de Lingayen, Luzon, no dia 9 de Janeiro. Novamente os defensores Japoneses resistiram ferozmente, mas foram forçados a se retirar para as montanhas no norte e leste. O passo do avanço norte-americano continuou quando aterrissagens adicionais foram feitas a oeste e ao sul de Luzon. Todas as colunas norte-americanas convergiam agora para Manila. No dia 4 de Março a batalha por Luzon terminava com a libertação final de Manila pelas forças Americanas. Enquanto isso, pára-quedistas norte-americanos pousaram em Corregedor e tomaram a fortaleza. No dia 5 de Julho, MacArthur anunciava que a campanha pela libertação das Filipinas estava terminada. Não só o Exército Imperial Japonês tinha perdido mais que 400.000 de suas melhores tropas na campanha, mas com a queda das Filipinas, as linhas de provisão do Japão estavam cortadas.

Vitória na Birmânia. Em Dezembro de 1944 o 14º Exército Britânico, conduzido pelo Gen. William Joseph Slim, passou da Índia à Birmânia. Um corpo do exército impeliu sul pela Birmânia ocidental, e outro foi ao norte, tomando Kalewa no Rio Chidwin. Os Ingleses então encontraram com forças Chinesas Americano-conduzidas e abriram a Estrada da Birmânia original em Janeiro de 1945. Mandalay foi capturada em Março, e Rangoon caiu no dia 3 de Maio. Os Japonêses se retiraram para a fronteira Tailandesa.

China. No primeiro semestre de 1944 os Japonêses na China ganharam o controle da estrada de ferro restante que corre sul de Hangzhou (Hangchow) para Guangzhou (Cantão) e tomaram aeródromos no sudeste da China dos quais pilotos voluntários Americanos tinham atacado os Japonêses. Pelo final do ano eles tinham cortado a China pela metade, dominando uma rota terrestre da Coréia à Malaya. A defesa da China foi complicada por sérias diferenças entre o General Stilwell e o Generalíssimo Chiang Kai-shek, que conduziram à revocação de Stilwell.

Os Nacionalistas Chineses, treinados e conduzidos por conselheiros Americanos, finalmente montaram uma ofensiva na primavera e no verão de 1945. Por essa época os Japoneses no continente estavam tão debilitados que eles tinham começado a renunciar à sua detenção na China. Os Aliados lentamente capturaram uma série de aeródromos importantes. Enquanto o poder Japonês minguava, os Nacionalistas Chineses e os Comunistas Chineses envolveram-se numa demorada luta política e militar.

O Japão perto da Derrota. No começo de 1945, o Japão estava à beira do colapso. Cêrca de 1,5 milhões de tropas Japonesas permaneciam nas ilhas caseiras, com outros 3 milhões no Pacífico ou na China e na Manchuria; a frota aérea Japonesa, porém, tinha sido severamente espancada. A marinha tinha perdido 11 couraçados, 19 porta-aviões, 34 cruzadores, quase 150 submarinos, e muitas outras naves de combate. A frota mercantil tinha sido drasticamente reduzida.

Com uma derrota naval e aérea depois da outra, as linhas de suprimentos estendidas para distâncias impossíveis, e as matérias-primas cortadas, o Japão não podia se manter por mais tempo. Num novo desenvolvimento, aviões Americanos operando das Marianas começaram em Novembro de 1944 o bombardeio estratégico de aeródromos Japoneses, objetivos industriais, e instalações navais. O bombardeio se intensificou em 1945 quando os Aliados capturaram as bases aéreas nas ilhas caseiras.

Iwo Jima e Okinawa. Uma minúscula ilha de cinza vulcânica, Iwo Jima, era um dos locais mais estratégicos no Pacífico Ocidental. Só a 1.200 km de Tóquio, seria para os Americanos uma inestimável base de reabastecimento ou de campo de emergência para bombardeiros pesados indo ou voltando do Japão. Os Japonêses transformaram Iwo Jima numa fortaleza defendida por 23.000 soldados escolhidos. Por 74 dias consecutivos os Aliados bombardearam a ilha antes que 30.000 Marines norte-americanos fossem à praia no dia 19 de Fevereiro de 1945. Depois de algum do lutar mais sangrento da guerra, eles alcançaram o cume do Monte Suribachi no dia 23 de Fevereiro e tinham assegurado a ilha em meados-Março. Os Japonêses perderam 21.000 mortos; somente 200 foram levados prisioneiros.

O próximo objetivo era Okinawa, a principal ilha do sulista Arquipélago de Ryuku; os estrategistas Aliados estavam atraídos por seus aeródromos dentro de 560 km das cidades Japonesas. Na maior operação anfíbia do teatro do Pacífico, as primeiras das 172.000 tropas do Décimo Exército dos Estados Unidos começaram a se mover à praia em 1 de Abril. Dentro de três semanas eles detinham 4/5 da ilha, mas a resistência Japonesa organizada continuou até 21 de Junho. Os Japonêses perderam 100.000; muitos cometeram suicídio para evitar a captura. As vítimas norte-americanas incluíram 12.000 mortos ou perdidos. A porta para o Japão estava agora aberta.

Kamikazes. No código Japonês de guerra, a derrota era inconcebível e vergonhosa. No entanto, o Japão enfrentava a iminente subjugação. Desesperadamente buscando mudar a sorte da batalha, o Japão começou a empregar o suicídio como uma arma oficial. Jovens pilotos foram solicitados a se unirem ao Corpo de Kamikazes, cujos membros deveriam colidir seus aviões bomba-carregados com os navios Aliados. Os voluntários eram abundantes.

Os pilotos kamikazes começaram a operar no Golfo de Leyte em Outubro de 1944. Em Okinawa eles fizeram 1.500 ataques individuais. Ao todo, eles afundaram 34 naves, nenhuma maior que um destróier, e danificaram outras 358. Apesar da fúria de seus assaltos, eles não afetaram o resultado da guerra.

Hiroshima e Nagasaki. Ao final de Julho de 1945 quase a metade de Tóquio tinha sido destruída, e contagens de cidades Japonesas tinham sido niveladas pelo bombardeio estratégico. Preparações estavam sendo feitas para uma invasão Aliada. No dia 16 de Julho, porém, o trabalho do Projeto Manhattan norte-americano veio a gozo quando uma bomba atômica foi testada com sucesso em Alamogordo, Novo México. O Presidente Truman decidiu a favor de usar a arma para terminar a guerra rapidamente a menos que o Japão se rendesse. De Potsdam no dia 26 de Julho, Truman, Churchill, e Chiang Kai-shek emitiram um ultimato exigindo a rendição incondicional do Japão. Ele não mencionou a bomba. O Japão decidiu continuar a guerra.

No dia 6 de Agosto de 1945, uma bomba atômica com uma força explosiva maior que 20.000 toneladas de TNT foi derrubada por um bombardeiro B-29 nomeado Enola Gay na cidade Japonesa de Hiroshima, que tinha uma população de cerca de 300.000. Pelo menos 78.000 pessoas foram matadas completamente, 10.000 nunca foram achadas, e mais que 70.000 estavam feridas. Quase 2/3 da cidade foram destruídos. No dia 9 de Agosto, o dia depois que a URSS declarou guerra ao Japão, uma bomba atômica foi derrubada em Nagasaki (pelo bombardeiro B-29 Bock's Car), que tinha uma população de 250.000. Cêrca de 40.000 pessoas foram matadas, e grosso modo o mesmo número estavam feridas.

A Rendição. No dia 10 de Agosto, o Japão pediu pela paz com a condição de que a posição do imperador como governante soberano fosse mantida. No dia seguinte os Aliados declararam que o status futuro do imperador devia ser determinado pelos Japoneses. Em nome do imperador, uma conferência imperial no dia 14 de Agosto aceitou as condições Aliadas. No dia seguinte, as forças norte-americanas foram ordenadas cessar fogo. No dia 2 de Setembro de 1945, os representantes Japoneses assinaram o documento formal de rendição na coberta do couraçado norte-americano Missouri, ancorado na Baía de Tóquio.

Consequencias da Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial arruinou o velho sistema de estado Europeu, que já tinha sofrido um pesado sopro na Primeira Guerra Mundial. A França perdeu seu papel como a potencia principal no continente Europeu, e a Inglaterra já não pôde cumprir seu papel tradicional de manter um equilíbrio de forças. A área do decisivo poder global trocou de seu velho lugar Europeu ocidental. Os Estados Unidos e a URSS emergiram como as duas potencias de topo globais. Qualquer espírito de acordo que tinha existido durante a guerra logo empalideceu quando as duas nações perseguiram seus objetivos separados e às vezes conflitivos. A produção industrial norte-americana, respondendo à liberação da demanda retida, dobrou nos 5 anos depois de 1945. A URSS, que tinha sofrido as perdas mais pesadas que todas as outras nações Aliadas combinadas, iniciou uma série de planos de 5-anos para promover a recuperação econômica. A desconfiança e suspeita mútuas dos objetivos de um ou outro sistemas econômicos e políticos foram acentuadas entre as duas potencias. O receio do expansionismo Soviético e discordâncias em cima da determinação da Europa oriental conduziram à guerra fria e à novos tipos de tensões internacionais.

As Vítimas e as Despesas. Em perda de vidas, a Segunda Guerra Mundial foi a guerra mais cara da história. Nenhuma figura adequada existe, e as estimativas só podem ser grosso modo aproximadas. Provavelmente entre 15 e 20 milhões de pessoal militar foi matado em ação. Entre as potencias do Eixo, a Alemanha sofreu aproximadamente 3,5 milhões de mortos na batalha, o Japão 1,5 milhões, e a Itália 200.000. Entre os Aliados a URSS teve as vítimas de batalha mais pesadas, tantos quanto 7,5 milhões de mortos. A China perdeu 2,2 milhões de combatentes desde Julho de 1937. Os Ingleses perderam mais de 300.000 mortos, os Estados Unidos 292.000, e a França 210.000.

Os mortos civis numeraram aproximadamente 25 milhões. A URSS perdeu mais que 10 milhões, a China pelo menos 6 milhões, a França 400.000, o Reino Unido 65.000, e os Estados Unidos 6.000. No lado do Eixo, a Alemanha sofreu a perda de 500.000 civis, o Japão 600.000, e a Itália 145.000. Além disso, cêrca de 6 milhões de Judeus, principalmente da Europa oriental, foram postos à morte pelos Nazistas.

As despesas para materiais de guerra e armamentos somaram $1.154 trilhões de dólares pelo menos. Os Estados Unidos sozinhos gastaram cêrca de $300 bilhões de dólares em seu esforço de guerra, a Alemanha cêrca de $231 bilhões de dólares. Acrescentados a estes enormes custos incursos pelos governos estavam os tremendos danos materiais feitos às propriedades de todos os tipos, qualquer estimativa dos quais seria fútil.

Os Julgamentos dos Crimes de Guerra. Os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, e a URSS, agindo por um Tribunal Militar Internacional, cooperaram em administrar um tribunal internacional do partido Nazista e dos líderes militares Alemães por crimes contra a humanidade e a paz mundial durante a Segunda Guerra Mundial. Os Julgamentos de Nuremberg, conduzidos de Novembro de 1945 a Outubro de 1946 no local das reuniões do partido Nazista, resultaram na condenação de 12 homens à morte, inclusive Hermann Goering. Três receberam prisão perpétua, 4 outros receberam sentenças de prisão, e 3 foram absolvidos. Além disso, as quatro potencias ocupantes conduziram julgamentos de menos líderes do tempo da guerra Alemães em suas respectivas zonas de ocupação.

Os Estados Unidos realizaram julgamentos semelhantes para líderes do tempo da guerra Japoneses de Junho de 1946 a Novembro de 1948. Penas de morte foram dadas para 7 líderes militares, incluindo o ex-primeiro ministro Tojo Hideki. Dezesseis receberam prisões perpétuas, e 2 outros receberam mandados de prisão. Os Estados Unidos estabeleceram tribunais regionais para processar outros líderes do tempo da guerra Japoneses.

As Nações Unidas. Durante a guerra as cinco principais potencias Aliadas, inclusive a China, concordaram em estabelecer uma nova organização de pacificação internacional para substituir a ineficaz Liga das Nações. À Conferência de Dumbarton Oaks de 1944, uma carta tentativa foi esboçada, embora o acordo não fosse alcançado na demanda da URSS para um poder de veto mais amplo para cada das 5 nações no Conselho de Segurança da organização. Numa conferência em São Francisco de Abril a Junho de 1945, atendida pelos delegados de 50 nações, o acordo foi atingido na extensão do poder de veto, e as Nações Unidas foram estabelecidas.

A Alemanha pós-guerra. Embora os Aliados cooperassem em realizar os julgamentos de crimes de guerra e em estabelecer as Nações Unidas, um sério racha se desenvolveu durante os anos pós-guerra entre a URSS e os outros principais Aliados em cima da criação anterior de regimes fantoches na Europa oriental e em cima de outros assuntos. A divisão foi refletida no fracasso dos Aliados em formular um tratado de paz com a Alemanha ou estabelecer uma administração central efetiva para as 4 zonas de ocupação na qual a Alemanha e sua capital, Berlim, foram divididas. Ao invés, em 1949 as potencias Ocidentais consolidaram seus setores na República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental), uma democracia constitucional; os Soviéticos estabeleceram a Comunista-operada República Democrática Alemã em sua zona oriental.

A Determinação Austríaca. Como a Alemanha, a Áustria e sua capital, Viena, foram divididas em quatro zonas. Como com a Alemanha, o antagonismo da guerra-fria impediu a formulação de um tratado de paz. Em 1955 um tratado foi forjado por fora; a URSS extorquiu pesadas reparações em retorno, embora o preâmbulo tratasse a Áustria como uma nação libertada e não uma derrotada. A Áustria recebeu a independência, e a ocupação das 4-potencias foi terminada.

A Itália e as Potencias do Eixo Europeu Menores. Em 1946 os quatro Aliados forjaram por fora tratados de paz com a Itália, Romênia, Bulgária, Hungria, e Finlândia. Todos os tratados foram assinados e se tornaram efetivos em 1947. A Itália perdeu todas as suas posses Africanas e seus privilégios na China e teve que ceder território Europeu para a França, Grécia, e Albânia. As outras potencias do Eixo, menos a Bulgária, também perderam território. Todas as 5 nações foram exigidas pagar reparações.

O Japão pós-guerra. A ocupação do Japão foi simplificada pelo fato que os Estados Unidos eram o único poder ocupante. Uma administração encabeçada pelo Gen. Douglas MacArthur promoveu o governo democrático através de uma constituição de 1946 que negou ao imperador seu anterior status divino e o fêz um monarca constitucional. Foram feitas tentativas para descentralizar o poder econômico pela reforma agrária e a dissolução das grandes corporações industriais e bancárias.

Acordo em um tratado de paz foi atrasado por causa das demandas feitas pela URSS, embora a declaração de última hora de guerra daquela nação contra o Japão não tivesse tido nenhum impacto no conflito. Em 1951 um tratado de paz com o Japão assinado por 50 nações e conduzido pelos Estados Unidos mas excluindo o bloco político Soviético, exigiu do Japão abandonar as reivindicações à China e renunciar ao uso da força para resolver disputas internacionais. Ele não impôs reparações e não reconheceu a ocupação Soviética das Ilhas Kurilas ou da Sakhalina sulista. Quando o tratado entrou em vigor no ano seguinte, o Japão recuperou a plena soberania.



O Brasil na Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial transformara-se numa guerra total. Dispostos à interceptar remessas de alimentos e matérias-primas para a Inglaterra e os Estados Unidos, os Nazistas, sem nenhuma declaração formal de guerra, empreenderam uma campanha submarina no Atlântico, na qual atacaram, de 15 à 17 de Agosto de 1942, cinco navios Brasileiros (Baependi, Itajiba, Araraquara, Aníbal Benévolo e Araras). Este ataque obrigou o Governo Brasileiro de Getulio Vargas à abandonar a neutralidade que vinha mantendo. Durante a Segunda Reunião de Consulta dos Chanceleres Americanos, realizada no Rio de Janeiro, em Janeiro de 1942, fôra anunciado o rompimento das relações diplomáticas e comerciais do Brasil com o Eixo - a Alemanha, a Itália e o Japão. No dia 22 de Agosto de 1942 o Presidente Getúlio Vargas reuniu o ministério para a declaração de guerra à Alemanha e à Itália. Foi iniciada a mobilização geral e foram tomadas providências para o aumento da produção agrícola e da indústria extrativa de matérias primas estratégicas.

A contribuição militar inicial não se limitou ao fornecimento das bases aéreas e navais do Nordeste, que possibilitaram a invasão da África do Norte. A Marinha Brasileira fez a cobertura das rotas mercantes do Atlântico Sul, protegendo os navios que levavam materiais estratégicos. Em meados de 1944, sob o comando do General Mascarenhas de Morais, partiu para a Itália a Força Expedicionária Brasileira (FEB). O Primeiro Grupo da FEB, sob o comando do General Zenóbio da Costa, desembarcou em Nápoles, em 16 de Julho de 1944, onde foi incorporado ao 5º Exército dos Estados Unidos. Dirigiu-se para o norte, onde se desenvolveria a ofensiva Aliada entre os rios Arno e Pó. Os expedicionários lutaram ao lado das forças Aliadas nas batalhas de Camaiore, Monte Castelo, Castelnuovo, Montese e Fornovo. Durante o conflito a Marinha Brasileira acompanhou, prestando cobertura, mais de 3 mil navios mercantes.

As cinzas dos 457 oficiais e praças mortos no conflito, entre eles 8 pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) foram transladadas do cemitério de Pistóia, na Itália, para o Brasil, em 5 de Outubro de 1960, e hoje repousam no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro, merecendo eles o respeito de toda a nação. Esperamos que como seus compatriotas, nós Brasileiros sejamos merecedores do que fizeram por nós.

Por Março de 1945, as tropas Aliadas tinham cruzado o Rheno e estavam marchando sobre a Alemanha. Quando as tropas Russas entraram em Berlim vindo do leste, Adolf Hitler cometeu suicídio. No dia 7 de Maio de 1945, o alto comando Alemão rendia-se incondicionalmente. A era Nazista - o Terceiro Reich que Hitler predissera durar 1.000 anos, durara somente 12 anos. Curiosamente, dois dos principais objetivos de Hitler - a unidade Alemã e o fim do Comunismo, somente recentemente se tornaram realidade, décadas após a sua morte. A ironia, naturalmente, é que nenhum desses acontecimentos leva qualquer semelhança com os seus planos, e eles na realidade refutaram tudo em seu lugar. A unificação da Alemanha e o colapso dos regimes Comunistas na Europa e na extinta União Soviética são ambos a evidencia do vigor economico e moral das forças que derrotaram Hitler. A democracia liberal e a liberdade de expressão são os objetivos dos movimentos de hoje.



ASSEMBLÉIA DA ONU REVOCA HITLER E STALIN EM CERIMÔNIA DA VITÓRIA
Terça-feira, 10 de Maio de 2005

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - As Nações Unidas comemoraram as vítimas e os vencedores da Segunda Guerra Mundial na Segunda-feira, com os oradores pagando tributo aos sacrifícios Aliados mas também recordando as ações do ditador Soviético Josef Stalin na Europa oriental. A sessão foi iniciada pela Rússia, que também organizou cerimônias maiores em Moscou para comemorar o 60º aniversário da vitória Aliada na Europa e a subseqüente fundação das Nações Unidas. O órgão internacional foi formado com uma missão para "poupar as futuras gerações do flagelo da guerra". "Eu desejo pagar tributo a todos os soldados da Rússia, Ucrânia, Belarus e outras nações que lutaram nas fileiras do Exército Vermelho", disse o Ministro do Exterior da Polônia Adam Daniel Rotfeld, que então recitou os nomes dos campos de concentração Nazistas, muitos deles na Polônia. Mas, ele disse, os "crimes do Stalinismo também são horrorosos". Ele recordou o pacto de 1939 com o líder Nazista Adolf Hitler que dividiu a Polônia, e as ordens de Stalin em 1940 para massacrar vários milhares de oficiais e intelectuais Poloneses na Floresta de Katyn. Rotfeld também criticou o Acordo de Munique de 1938, assinado pela Alemanha, Inglaterra, França e Itália, que pavimentou o caminho para a partição da Tchecoslováquia e a ocupação Alemã. Ele o chamou um tratado "projetado à canalizar a agressão Alemã para o leste". Depois da queda do Terceiro Reich, disse Rotfeld, "Os primeiros dias de alegria ao recuperar da liberdade deram lugar a 45 anos da subjugação daqueles estados ao domínio da União Soviética de Stalin".
As nações do Báltico, duas das quais irritaram a Rússia boicotando as cerimônias de Moscou, foram rápidas em fazer a mesma observação. Gediminas Serksnys, o embaixador da Lituânia na ONU, falando em nome da Letonia e da Estônia, disse, "O fim da Segunda Guerra Mundial marcou o fim de uma ideologia totalitária, o fascismo. Todavia uma outra, o Comunismo totalitário, ampliou sua dominação". Mas o embaixador da Russia na ONU, Andrei Denisov, disse que a guerra foi "a maior tragédia para as nações da Europa e para o mundo, independente de que lado os países estavam". Denisov tinha começado os eventos da ONU no Sábado na Assembléia Geral, onde Yuri Temirkanov conduziu a Orquesta Filarmonica de St. Petersburg na Sinfonia No. 7 de Shostakovich, composta durante o cêrco Alemão de Leningrado em 1941. Convidados especiais eram dúzias dentre os condecorados sobreviventes veteranos do Exército Vermelho que moram nos Estados Unidos. O Embaixador Alemão na ONU Günter Pleuger disse, "a compensação foi um elemento definindo a identidade Alemã". "Nós aceitamos a plena responsabilidade moral e nós pedimos perdão pelo sofrimento que foi infligido a outros povos pelos Alemães, em nome da Alemanha", Pleuger disse. "Embora foram grandes nossos esforços para ajudar as vítimas nos últimos 60 anos, nós estamos atentos da impossibilidade de compensar pela enormidade deste sofrimento", ele disse. O Embaixador Israelense Dan Gillerman disse que Israel, como as Nações Unidas, nasceu de fora da tragédia da guerra "com a determinação de nunca esquecer e de nunca permitir que os eventos da guerra ocorram novamente". Notando que 20.000 veteranos de Segunda Guerra Mundial moravam em Israel, junto com sobreviventes do Holocausto, ele os chamou de "testemunhas vivas àquele terrível tempo na história". Gillerman pagou tributo aos milhões de mortos civis e militares Russos, e para os soldados Aliados que libertaram os campos de concentração Nazistas.



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AUTOR: INTERNET NATIONS
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