"tornando visível o carisma inaciano"
boletim informativo "on line" do
Núcleo de Antigos-Alunos do Colégio Santo Inácio
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tel.(21)3184-6200 / fax (21)2266-5367
"âncora": Prof.Vicente Paim

jun-jul/2009 - n.° 69
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31 de julho
Dia de Santo Inácio
O Caminho do Peregrino
O Caminho de Inácio
Quem é esse Homem

P.Raul Paiva SJ
A Vocação Universal do Jesuíta
carta do Padre Geral
P.Adolfo Nicolás SJ
reencontros
Centro Esportivo Santo Inácio

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31
JULHO
DIA DE SANTO INÁCIO

Missa Solene
às 19h na Igreja do CSI

A Companhia de Jesus está num processo de reafirmação e revigoramento de sua identidade.
P.Adolfo Nicolás SJ, Superior Geral da Companhia de Jesus, enviou uma mensagem a cada religioso, padres e irmãos, sobre a vocação universal do jesuíta, destacando a dimensão constitutiva do carisma inaciano.
E por que a apresentar aqui?
Porque os antigos e antigas-alunas também testemunharam e agregaram em si mesmos este carisma.
O “tempo do Colégio” permitiu que os antigos e antigas-alunas incorporassem em suas personalidades a visão de Inácio da vida, das relações interpessoais e, mais importante ainda, da referência e deferência a Deus.
A carta, breve e direta, fundamenta uma consciência renovada da vocação universal dos jesuítas na releitura das origens e da história da Companhia de Jesus. Retorna a consciência do caráter global de muitos problemas atuais, a implicação da Companhia em um número cada vez maior de redes e projetos supranacionais e interprovinciais e a necessidade de fortalecer a colaboração com tantas pessoas de boa vontade e bom coração, com excelente formação, capacitação e recursos para um planejamento conjunto e trabalho em redes internacionais.
Abaixo, trechos da carta, transcritos, traduzidos livremente, adaptados e com inclusões de comentários, muitos feitos pelo P.Ernesto Cavassa SJ, peruano, atual presidente da Conferência dos Provinciais Jesuítas da América-Latina (CPAL).

A Vocação Universal do Jesuíta
'Nossa Casa é o Mundo'

Uma consciência renovada da universalidade da vocação jesuíta
Durante a Congregação Geral 35, o sentido universal da vocação jesuíta emergiu como um elemento fundamental da identidade jesuíta. (...)
A visão da vocação universal de “ir a qualquer parte do mundo onde haja esperança para a maior glória de Deus” era central para Santo Inácio e seus companheiros. Sua preocupação fundamental era colaborar com o plano de salvação de Deus para todo o mundo. Esta perspectiva está presente em todas as considerações de Inácio, desde os Exercícios Espirituais até as últimas páginas das Constituições da Companhia de Jesus. Ecos da missão universal, tal como aparece no final dos Evangelhos de Marcos e Mateus e na Primeira Carta aos Coríntios (1Cor 15, 24-28) estão presentes nas meditações do Rei Temporal e das Duas Bandeiras. As referências bíblicas que aparecem em outras partes dos Exercícios e das Constituições mostram claramente a intensa atenção de Inácio à historia da Salvação e ao imenso desejo de Deus por salvar toda a humanidade.Sua perspectiva é totalmente cristológica, pneumatológica e trinitária. Podemos imaginar Inácio ficar totalmente enlevado ao contemplar Jesus absolutamente receptivo e disponível à vontade do Pai para a salvação de todo o mundo. Hoje, do mesmo modo, seguimos a Inácio ao ressaltar de novo “esta disponibilidade para a missão universal da Igreja, o que marca a Companhia de uma maneira particular, dá sentido ao voto especial de obediência ao Papa e faz dos jesuítas um único corpo apostólico dedicado a servir, na Igreja, aos homens e mulheres em qualquer lugar” (CG35, d. 2 § 16).
Desde o tempo de Inácio esta visão da vocação universal dos jesuítas adotou formas diferentes na Índia, Ásia Oriental, África e nas diferentes partes da Europa e das Américas. A historia deste serviço universal da Companhia está registrada em livros que estão em bibliotecas. E, depois do período da supressão, a Companhia restaurada sob a liderança do P. Roothan se lançou com não menor entusiasmo à mesma missão universal, que agora é parte da própria experiência pessoal de cada jesuíta.
É muito encorajador encontrar-se hoje com jesuítas que vivem esta disponibilidade universal e que confirmam uma e outra vez sua abertura para serem enviados aos quatro pontos cardeais. Alguns o fazem apesar de sua avançada idade e sua vacilante saúde. Para mim, tem resultado estimulante, comovedor e emocionante escutar de um jesuíta o seguinte: “Confesso que receber esta missão para um lugar desconhecido me assusta, mas a aceito com muito gosto porque toca em algo muito profundo de minha identidade como jesuíta”. Podem todos tomar esta afirmação como o melhor resumo desta carta.
A Congregação Geral 35 reafirmou com força a vocação universal dos jesuítas.
Ao reunir-se a Companhia, na Congregação Geral 35 para meditar sobre missão hoje dos jesuítas, formulou alguns decretos que respondem ao Convite do Santo Padre, à Identidade, à Missão, à Obediência, ao Governo e à Colaboração. Em tudo isso podemos reconhecer um profundo sentido de viver uma vocação universal que vincula o carisma inaciano descrito nas Constituições com os desafios que afrontam hoje o mundo.
Muitos dos principais problemas que nos preocupam, que afetam ao apostolado jesuíta e desafiam o discernimento apostólico, têm uma dimensão universal. A Companhia de Jesus está envolvida num número cada vez maior de projetos de caráter supraprovincial, supranacional e supracontinental. Temos estado e estamos envolvidos em dar resposta, como corpo, a problemas de alcance universal como migração e refugiados, justiça e estabelecimento de redes de trabalho social, ecologia ou desenvolvimento sustentável.
Ao mesmo tempo, somos plenamente conscientes de que muitos dos campos de trabalho nos quais os jesuítas gostariam de servir nos superam. A pobreza, a globalização, a paz, o desemprego, a educação e os que mencionei mais acima são temas que exigem uma colaboração fervorosa com muitas outras pessoas. Por sua vez, nos alegra sermos capazes de trabalhar com tantas pessoas de boa vontade e bom coração, com excelente formação, capacitação e recursos para um planejamento conjunto e trabalho em redes internacionais. É uma bênção cooperar com estes homens e mulheres pelo bem de toda a humanidade. E esta colaboração salienta a necessidade de uma dimensão universal em tudo o que fazemos.
A universalidade da missão e o modo de governo dos jesuítas.
A Congregação Geral declarou a necessidade de reestruturar a Companhia em todos os seus níveis (Províncias, Conferências e Governo Central) para que possa responder melhor aos novos e mais universais desafios. Esta resposta requer hoje em dia uma agilidade e uma flexibilidade grandes, de uma só vez que se mantém e estimula o nível de excelência e a administração responsável em qualquer atividade local. Exige, ademais, uma maior disposição para compartilhar recursos entre Províncias e Conferências.
(...) [Está sendo iniciado um processo interessante que nos vai levar, em breve, a um novo mapa da Companhia na América Latina e no mundo. Argentina e Uruguai caminham para a criação de uma nova província em 2010; sete unidades diferentes no Caribe acabam de anunciar o “projeto Caribe”, que as deve levar a uma missão comum na área; as províncias do Brasil unem planos apostólicos e se encaminham a um plano comum. Em outras áreas: as atuais cinco províncias espanholas se reunirão em uma única província que abranja todo o estado espanhol em 2016. E nos USA, as atuais dez províncias se converterão gradualmente em cinco.]
Consequências para a formação jesuíta.
(...) Um bom princípio e critério da formação jesuíta tem sido sempre o de oferecer a todos uma intensa educação geral. Desejamos ter homens bem formados que possam entender a realidade com profundidade de coração e amplitude de mente. Ao mesmo tempo devemos animar a todo jesuíta a ser excepcionalmente bom “em alguma coisa”. Os campos de especialização podem ser muito variados: ciência, teologia, questões sociais, pastoral, acompanhamento, arte… Se somos excelentes “em alguma coisa”, o mundo necessitará de nós e de nossa especialidade. Em certas partes do nosso mundo se desenvolvem políticas de regulação e limitação crescente de possibilidades para quem vem “de fora”. Inclusive, nessas circunstâncias, ter alguma capacidade especial pode abrir muitas portas para novas oportunidades apostólicas. Neste sentido, a preparação de jovens para o apostolado intelectual lhes fará estar melhor preparados para atender às mais amplas necessidades da Companhia, da Igreja e, inclusive, do mundo “secular”.
Desejo finalizar esta carta lembrando o momento em que Inácio decidiu enviar Francisco Xavier à Índia. Não estava nos planos de Inácio enviar Xavier, que era seu Secretário. Supõem-se que fora Nicolás de Bobadilla quem partisse, mas este ficou enfermo. Inácio pediu a Xavier que ocupasse seu posto. Francisco, em total disponibilidade, respondeu com simplicidade, “Aqui estou. Envia-me”. Ele partiu pouco depois. Estou convencido de que esta breve historia de nossos primeiros Padres toca o coração de todo jesuíta e suscita algo que todos temos interiorizado como parte de nossa vocação. Peçamos que como viviam nossos Primeiros Padres com tanta energia, generosidade e consolação espiritual, continue movendo-nos e enchendo-nos da Graça que o Senhor lhes concedeu com tanta abundância.



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