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HISTÓRIA DE SOROCABA

Resumo

Em 1599, Don Francisco de Souza, governador-geral do Brasil (entre 1591 a 1602), ainda acreditando na existência de ouro, esteve na região e levantou o pelourinho - símbolo do poder real na Nova Vila de Nossa Senhora da Ponte de Mont Serrat. Como se confirmasse a existência do metal, o governador retornou à corte.

Em 1654, o capitão Baltazar Fernandes mudou-se para a região com a família e escravaria e fundou um povoado, ao qual deu o nome de Sorocaba que na linguagem Tupi-Guarani significa “Terra Rasgada”.

Como incentivo para o povoamento da região, doou grande gleba de terras aos beneditinos de Parnaíba, com a condição de que estes construíssem um convento e uma escola, que funcionaria como centro gerador de cultura.

Na época, o comércio de índios era a principal fonte de renda, que a partir do século XVII foi substituída por outra atividade ligada ao comércio; as feiras de muares. A primeira tropa passou por suas ruas no ano de 1733, conduzida pelo Coronel gaúcho Cristóvão Pereira de Abreu, um dos fundadores do Rio Grande do Sul. Sem saber, Pereira de Abreu estrava fazendo história e inaugurando um ciclo, o do Tropeirismo.

Sorocaba com o passar dos anos, devido a sua posição estratégica, tornou-se marco obrigatório para os Tropeiros, eixo econômico entre o Norte, o Nordeste e o Sul. A cidade, com o fluxo de tropeiros, ganhou uma Feira de Muares, onde brasileiros de todos os Estados reuniam-se para comprar e vender animais.

O grande fluxo de pessoas e de dinheiro proporcionou desenvolvimento do comércio e da indústria caseira, baseado na confecção de facas, facões, redes, doces e objetos de couro para montaria.

Novos ciclos de desenvolvimento marcaram a história de Sorocaba, incrementando a partir de 1875, com a inauguração da Estrada de Ferro Sorocabana. Indústrias têxteis de origem inglesa instalaram-se na cidade e tornaram-na conhecida como a Manchester Paulista.

Foi pelos trilhos da velha Sorocabana que chegou o progresso e logo o pequeno vilarejo desdobrou seu espaço, multiplicou sua população, passou a cidade, chegou a município e acabou investida na condição de Comarca.

O declínio da indústria têxtil fez com que a cidade buscasse novos caminhos e, a partir da década de 70, diversificou o seu parque industrial, hoje com aproximadamente 1.500 empresas, entre elas algumas principais do país.

A história de Sorocaba está presente em edifícios seculares, verdadeiras relíquias da arquitetura, como o Mosteiro de São Bento, com suas paredes de taipa; a Igreja Catedral, a Casa da Marquesa de Santos (Museu Histórico Sorocabano) , o Casarão de Brigadeiro Tobias , Estação de Ferro Sorocabana, entre outros.

Fonte: PMS.

 

Os 350 milhões de anos de Sorocaba

Adolfo Frioli

A História de Sorocaba parece que é recente, por causa da nossa forma de viver o presente, ou quando muito, o futuro imediato. Mas, se a nossa preocupação passar para o campo científico, vamos perceber que algo aconteceu antes de nossos tempos. O passado longínquo de quase 350 milhões de anos - período da formação geológica da bacia do rio e do relevo da região de Sorocaba - apesar de todo o progresso, ainda interfere em nosso modo de viver, principalmente com nossa ajuda em mudar constantemente o meio geográfico em que vivemos: a falta de conhecimento do significado das origens dos nomes dos bairros mais antigos, que chegaram-nos a partir dos indígena e com as alterações do tempo, como é o caso do próprio nome da cidade, que veio do rio e que por sua vez procede do fenômeno da erosão do solo, provocada pela água das chuvas. A isso, os tupis que habitavam nossas matas, chamavam de ybysorog, que passou a vossoroca e, finalmente a Sorocaba.

A tradução é clara - terra rasgada ou simplesmente, buraco. Daí a necessidade em se conhecer um pouco da primeira língua aqui falada, mas aonde? Na escola? Não, mas na História de Sorocaba, porque quando os primeiros portugueses que chegaram à nossa região, ainda não falavam o português de hoje, mas sim uma mistura de latim com as línguas ibéricas e assim, ficou mais fácil falar a língua indígena, até mais ou menos em 1720.

A paragem cresceu entre a ponte sobre o rio, a casa-grande do fundador Baltasar Fernandes e de sua capela no alto da colina, dedicada a sua padroeira - Nossa Senhora da Ponte - conforme o primeiro documento escrito, em que aparece a palavra Sorocaba, que foi no testamento e inventário de Isabel de Proença, a segunda esposa do fundador em 28 de novembro de 1654.

A paragem passou a Vila em 3 de março de 1661, mas os primeiros sorocabanos, continuaram bandeirantes, como seus pais e avôs - percorreram a pé os sertões brasileiros, esticaram as fronteiras a oeste, ampliando nossas fronteiras e fundaram povoações, como Cuiabá em 1719, hoje Capital do Estado de Mato Grosso. Mas, a Vila só foi crescer e aparecer no segundo ciclo econômico - o do tropeirismo (1733 a 1897), quando por aqui passaram milhares de muares procedentes dos pampas gaúchos em direção das Minas Gerais. Mudou-se o sistema de transporte e em cada pouso, nasceu uma cidade e a região Sul integrou-se ao Brasil de hoje.

As feiras de muares atraíram muitos negócios e o comércio logo transformou-se em indústrias, a princípio artesanais, mais tarde, para orgulho dos sorocabanos, com as chaminés fumegantes e as locomotivas da Sorocabana, trouxeram os imigrantes italianos, espanhóis e de outras nacionalidades. Em 5 de fevereiro de 1842, a Vila passou à Cidade de Sorocaba, nome que encontramos apenas nos ônibus urbanos. A região foi diminuindo até chegar nos limites de hoje, deixando sete filhas: Itapeva, Itapetininga, Apiaí, Araçoiaba da Serra, Piedade, Salto de Pirapora e Votorantim e mais de duas centenas de outros municípios.

As chaminés apagaram, foram substituídas por altas caixas d’água, nas novas indústrias metalúrgicas. Até 1952, a data de comemoração para a fundação de Sorocaba mudou bastante. Sabia-se o ano 1654, mas não se conhecia ainda aquele testamento e portanto não se sabia o dia e o mês com exatidão. Surgiu uma idéia, que foi oficializada - nada melhor do que a nova data litúrgica para a comemoração do dia da padroeira - 15 de agosto. Da idéia, passou-se a lei que convencionou como data da fundação de Sorocaba o dia 15 de agosto de 1654.

Em 1954 comemoramos os 300 anos e nestes 50 anos, o comércio ampliou-se de pequenos armazéns, a supermercados, hoje, hipermercados de âmbito regional. Praticamente como o crescimento da cidade, até a própria vida mudou. A preocupação com o crescimento, sempre foi uma constante, mas agora o espaço ficou menor e para ser ocupado, deve ser repensado muito bem.

A “história é a mestra da vida” afirmou o pensador romano Cícero, nos bons tempos de Roma, e é justamente à essa ciência que devemos nos apegar cada vez mais, porque sem ela, não haverá presente, muito menos futuro. Foi assim que participei com muito entusiasmo do projeto da Fundação Ubaldino do Amaral, do jornal Cruzeiro do Sul e de sua maravilhosa equipe de funcionários, que trabalharam durante seis meses, para trazer semanalmente, aos leitores do jornal e sorocabanos interessados em conhecer o seu passado, durante 20 domingos, aos sorocabanos em geral, toda essa epopéia dos quase 350 milhões de anos.

Adolfo Frioli, fotógrafo, historiador e museólogo.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul.

 

Prefeitos

  1. Cap. José Vaz Guimarães
    Janeiro de 1895 a Janeiro de 1896
  2. Augusto da Silveira Franco
    Janeiro de 1896 a Janeiro de 1899
  3. Cap. José Dias de Arruda
    Janeiro de 1899 a Janeiro de 1901
  4. Cel. Francisco Loureiro
    Janeiro de 1901 a Janeiro de 1902
  5. João Ribeiro de Carvalho Braga
    Janeiro de 1902 a Abril de 1902
  6. Cel. José de Barros
    Abril de 1902 a Janeiro de 1908
  7. Cap. João Climaco de Camargo Pires
    Janeiro de 1908 a Janeiro de 1911
  8. Dr. Alvaro Soares
    Janeiro de 1911 a Março de 1913
  9. Cap. Joaquim Eugenio Monteiro de Barros
    Março de 1913 a Janeiro de 1914
  10. Cap. Augusto César do Nascimento Filho
    Janeiro de 1914 a Janeiro de 1921
  11. Cap. Joaquim Eugenio Monteiro de Barros
    Janeiro de 1921 a Janeiro de 1923
  12. Cap. João Climaco de Camargo Pires
    Janeiro de 1923 a Janeiro de 1926
  13. Dr. Luiz Pereira de Campos Vergueiro
    Janeiro de 1926 a Janeiro de 1927
  14. Prof. Jorge Moisés Betti
    Janeiro de 1927 a Janeiro de 1929
  15. Dr. João Machado de Araujo
    Janeiro de 1929 a Outubro de 1930
  16. Otacilio Malheiros
    Outubro de 1930 a Julho de 1932
  17. Dr. Ernesto de Campos
    Julho de 1932 a Janeiro de Outubro
  18. Dr. David Alves Athaide
    Outubro de 1932 a Janeiro de 1933
  19. Dr. João da Costa Marques
    Fevereiro de 1933 a Julho de 1933
  20. Ten. Cel. Ary Cruz
    Julho de 1933 a Setembro de 1933
  21. Dr. Eugenio Salerno
    Setembro de 1933 a Agosto de 1935
  22. Dr. Francisco de Paula Camargo
    Outubro de 1935 a Maio de 1936
  23. Porfirio Loureiro
    Maio de 1936 a Julho de 1936
  24. Alcino de Oliveira Rosa
    Julho de 1936 a Julho de 1938
  25. Cap. Augusto César do Nascimento Filho
    Julho de 1938 a Julho de 1943
  26. Dr. José Fernal
    Julho de 1943 a Outubro de 1945
  27. Dr. Mário Schimidt Ingles de Souza
    Outubro de 1945 a Janeiro de 1946
  28. Doracy Amaral
    Janeiro de 1946 a Abril de 1946
  29. João Wagner Wey
    Abril de 1946 a Março de 1947
  30. Doracy Amaral
    Março de 1946 a Abril de 1947
  31. Nelson da Costa Marques
    Abril de 1947 a unho de 1947
  32. Jorge Frederico Schrepel
    Junho de 1947 a Dezembro de 1947
  33. Dr. Gualberto Moreira
    Janeiro de 1948 a Dezembro de 1950
  34. Arminio de Vasconcelhos Leite
    Janeiro de 1951 a Dezembro de 1951
  35. Emerenciano Prestes de Barros
    Janeiro de 1952 a Dezembro de 1954
  36. Dr. Gualberto Moreira
    Janeiro de 1955 a Janeiro de 1959
  37. José Lozano
    Janeiro de 1959 a Janeiro de 1960
  38. Dr. Artidoro Mascarenhas
    Janeiro de 1960 a Dezembro de 1963
  39. Emerenciano Prestes de Barros
    Agosto de 1962 a Setembro de 1962
  40. Benedito Camargo Santos
    Setembro de 1962 a Outubro de 1962
  41. Dr. Armando Pannunzio
    Janeiro de 1964 a Janeiro de 1969
  42. Dr. José Crespo Gonzales
    Fevereiro de 1969 a Janeiro de 1973
  43. Dr. Armando Pannunzio
    Fevereiro de 1973 a Janeiro de 1977
  44. Dr. José Theodoro Mendes
    Fevereiro de 1977 a Maio de 1982
  45. Dr. Claudio Grosso
    Maio de 1982 a Fevereiro de 1983
  46. Dr. Flavio Nelson da Costa Chaves
    Fevereiro de 1983 a Fevereiro de 1987
  47. Eng. Luiz Francisco da Silva
    Agosto de 1984 a Setembro de 1984
  48. Paulo Francisco Mendes
    Fevereiro de 1987 a Dezembro de 1988
  49. Antonio Carlos Pannunzio
    Janeiro de 1989 a Dezembro de 1992
  50. Ikuo Kadiama
    Fevereiro de 1992 a Março de 1992
  51. Paulo Francisco Mendes
    Janeiro de 1993 a Dezembro de 1996
  52. Renato Fauvel Amary
    Janeiro de 1997 a Dezembro de 2004

Fonte: PMS.

 


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