Cai
o crepúsculo,
Quase
anoitece
Continuo
ainda a frente ao mar,
Sentindo
esta brisa fria e leve
Tingir
o negrume de minha pele
De rosa...
Rosa
choque, num contraste louco.
Paulatinamente,
Acendo
um cigarro
E observo
a fumaça esmair-se
No sem
fim.
Trago...
Olho
o mar...
Olho
o céu...
A imensidão...
Volto
os olhos para o copo a minha frente,
Sorvo
mais um trago do que bebo.
Sinto-me
tensa,
Quisera
poder estar com meus amigos
Que
estão em "changrilar".
Eles
são felizes
Sintom-me
imensuravelmente só.
Volto
os olhos para as ondas
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Que
agora diminuem o furor
Sinto
ânsias de me afogar.
No quê?
No copo...no
mar...no cigarro...
Mo amor
que agora me queima as entranhas...
No desejo
latente
Sexo
arde.
Vejo
o mar
Sinto
ânsias de me afogar...
Morrer...
Tédio...
Solidão...
O mar
chora com pena de mim
E grita:
Coragem,
siga em frente!
Paro
e penso,
Compro
um amendoim
Penso
besteira...sorrio...
O desejo
arde meu corpo...
O mar
me acalma...
Acendo
outro cigarro e,
A despeito
de tudo...continuo...
Existo!
Sobrevivo!
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