De
repente eu me vi só
Nesta
multidão cansada,
Suada,
No cotidiano
da vida,
Nesta
luta sofrida
De família,
Trabalho,
Sobrevivência,
Mercado.
De
repente
eu passei mal
E suei
frio.
Estava
sozinha
Vazio!
E fui
atropelada pelo ruge-ruge
Das
pessoas na rua,
Alheios,
Atentas
ao comércio,
Buraco,
Progresso!
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Tropecei
em alguém.
Pedi
desculpas,
Mas
ao virar o rosto,
Não
era aquele, já era outro.
Sei
lá!
Fiquei
tonta e parei,
Fui
empurrada e continuei,
Caminhei.
Meus
pés reclamando
Meus
saltos altos incomodando.
Que
agonia!
Fiquei
muda de espanto.
Meu
rosto triste banhou-se em pranto
E ninguém
viu minhas lágrimas,
E...
eu sem falar
Fiquei
sozinha
Sem
destino!
Sem
amigo!
Em conflitos!...
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