Jornada – Aang:
A série Avatar é dividida em “Livros”, sendo cada um desses uma temporada da série seguindo aquela ordem elementar – Água , Terra, Fogo e Ar. Até agora ja foram concluídos os dois primeiros “Livros” em duas jornadas, que se seguem paralelamente: a de Aaang e a do Príncipe Zuko.
Aang, claro, é o protagonista da história, e todos os demais acontecimentos se ligam a ele, fio-condutor da história. Por isso, ao longode sua passagem pelos mais diferentes lugares , mudanças aontecem a ele e aos que estão em volta. Ele é classificado pelos seus criadores como um sopro de ar fresco, tendo dois lados: o heróico e o inocente.
A autora Victoria Lynn schmidt define em seu livro  “45 Master Characters” dois arquétipos, feminino e masculino, de jornadas. Um arquétipo é uma imagem simbólica que guardamos e exprimimos em exemplos nos mitos e nas artes. Portanto, não há gênero numa jornada ou na outra, mas uma definição baseada em imagens ancestrais – o masculino baseado no épico de Gilgamesh, e o feminino, no mito do Ishtar, ambos da mitologia Suméria.
Na jornada Masculina, que é a que Aang representa, o herói conquista ao longo do caminho aliados e ferramentas que irão ajudar em sua tarefa. Contempla a derrota, e vê dois caminhos á frente : crescer e ser vitorioso ou renegar sua missão e se derrotar. No caminho da vitória, ele questiona a tirania e seu próprio papel no mundo.
Falando assim dá para se lembrar de Frodo, o protagonista de O senhor dos Anéis. Ele começa em seu mundo perfeito, descobre ter uma missão maior que si mesmo e a aceita. No caminho, no caminho vai criando aliados e inimigos, quando chega o clímax, a hora de se posicionar rumo à sua vitória pessoal ou à derrota – e ambas interferirão no destino do mundo. Todos devem se lembrar que ele titubeia, mas se sai vitorioso, e no fim cresce tanto internamente que não cabe mais no seu antigo mundo perfeito.
Claro que não é tão maniqueista assim. Mas como foi dito, esses arquétipos permeiam histórias desde sempre. De todos os tipos, de Hércules e Máquina Mortífera. Portanto, podemos ter uma idéia do que nos aguarda (ou sermos deliciosamente surpreendidos!).

Por:Paulo Lescaut
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