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Menina...
*Este poema, fiz para uma pessoa muito querida;
  Preservo seu nome no título.
Por onde ela passa,
A rua se enche de graça;
Por onde caminha,
Abrem espaço até as pequenas pedrinhas.

A grama crescida
Deita-se toda oferecida.

Até as crianças que brincam na praça
Param de fazer tanta arruaça.

Ela caminha triunfante:
Suave, com charme, elegante.

Parece uma cinderela
Desfilando em plena passarela.

O velho assanhado,
Arrisca um olhar meio de lado
E até o padre de batina
Tropeça, ao olhar aquela menina.

Ela segue em frente,
Levando os olhos de toda gente.

Ao cruzar uma rua movimentada,
O guarda apitou
Para que todos fizessem parada.

Ouviram-se muitos assovios e "psiu!"..."psiu!";
Sequer olhou, seguiu...

Quando o sol se pôs forte no céu,
Uma nuvem se dobrou sobre ela
Como se fosse um enorme véu.

Num instante a chuva caiu
E só sobre ela o sol leve se abriu.
Caminhou até que ninguém mais pudesse ver;
O sol se foi com ela
E veio o escurecer...

Essa menina é você!
Jogos de Amor
O caminho do amor
Não é uma estrada reta e asfaltada;
Antes disso, com muitas curvas
E esburacada.

O amor não é uma corrida que iniciou,
Onde tudo termina
No mesmo lugar que começou.

Antes de tudo,
O amor é independente,
Pois não se submete
A vontade da gente.

É um sentimento
Que não podemos controlar
E quem o faz, na verdade,
Nunca soube o que é amar.

Amar é caminhar rumo ao desconhecido.
É chegar sem nunca ter começado
E voltar sem nunca ter ido.
O amor é um sentimento
Que se transforma
A cada momento.

Não é uma viagem marcada
Que tem hora de saída
E hora de chegada,

Não é uma partida de futebol
Em que tudo acaba
Com o apito final.

O amor pode ser uma viagem,
Mas sem paradas
No meio da estrada.

O amor não é ciência exata,
Onde zero mais zero
É igual a nada.

Assim como em um avião,
Não se pode descer do amor
Antes de se chegar no chão.
Quem joga com o amor,
Deixa uma coisa esquecida:
Que assim como no futebol,
Há dois lados numa mesma partida!
Tudo e nada
O que gosto em você não é a sua beleza,
Dom de Deus, com toda certeza;
Nem o seu modo de andar,
Se poucas vezes a vi caminhar;
Tampouco o balançar de suas cadeiras;
Flashes de imaginação,
Minha pura besteira.

O que mais gosto em você não é a sua boca molhada,
Por mim poucas vezes beijada;
Nem o seu olhar cativante,
Que tive apenas por instantes.

O que gosto em você não é a sua língua dançante,
Que senti  num desses beijos provocantes.

O que mais gosto em você não são os seus olhos cor de mel,
Brilho de estrela jamais vista no céu;
Nem da lágrima que deles desceu,
Pois suspeito que isso nunca aconteceu;
Tampouco o seu cabelo desarrumado,
Se jamais acordei ao seu lado.

O que quero de você não é a sua sexualidade.
Pois jamais experimentei de verdade.
Não quero seu "vulcão" sexual,
Pois dele nunca vi nemhum sinal.

O que mais quero de você não é o aperto do seu abraço,
Pois isso eu mesmo faço;
Nem os seus movimentos sobre o meu corpo deitado;
Sonho pedido, nunca realizado.

O que admiro em você não é o seu modo alegre de viver,
Pois isso nunca pude perceber;
Nem a sua capacidade de dizer "não",
Produto da ausência de amor no seu coração.

O que mais admiro em você não é o seu jeito de dizer "amor",
Pois dessa palavra nunca tive o sabor.

O que adoro em você não é a sua capacidade de amar,
Pois isso você nunca pôde provar.

O que mais adoro em você não é a sua proclamada sinceridade,
Poucas vezes sentida de verdade;
Nem sua clara indecisão,
Fruto do desconhecimento do próprio coração;
Tampouco a sua teimosia
Que faz do amor, mera fantasia.

O que me intriga em você é essa total contradição,
Que faz da felicidade, contramão.

O que amo em você é esse seu dom de poder despertar
A minha capacidade de amar
Que consegue fazer renascer,
Esse dom divino de tudo isso poder escrever.

O que sinto falta em você é uma coisa um pouco engraçada:

É tudo e nada!
Um amor que iniciou porque Deus se "descuidou"
Quando Deus criou a rosa,
O fez com muito carinho,
Mas por quê a mais linda das flores
Precisa ter tantos espinhos?

Tão bonita,
Tão perfeita,
Tão delicada
Que por ninguém poderia ser tocada.

Com certeza,
Deus deu espinhos à rosa
Para sua própria defesa.

Creio que Deus cometeu uma "distração",
Pois nem  todos os perigos vêm pelo chão.

Assim, estava a rosa no seu jardim,
Balançando com o vento,
Quando algo aconteceu naquele exato momento:

O perigo não vinha pelo chão,
Mas voava rápido
E pairava no ar
Como a nossa imaginação...

Era um beija-flor
E da rosa se aproximou.

Contra ele a rosa não tinha defesa,
Pois a conquistou direto pela sua cabeça.

Nenhum espinho o atingia
E podia ter a rosa
Do jeito que queria.

Tão lindo e colorido como a rosa,
Parecia uma união perfeita,
E toda defesa da rosa,
Naquele momento foi desfeita.

O beija-flor a rosa tocou
E a beijou...

Vendo isto, Deus se "assustou",
Ma achou tão lindo e tão perfeito
Que finalmente abençoou.

A rosa tentou dele esquecer,
Mas contra o Amor e a Benção de Deus,
Nada pôde fazer...

Eu sou o beija-flor
E a rosa o meu amor!
Desculpe, foi engano!
Quando o celular tocou, pensei:
É ela, bem sei!

Por pouco não acreditei estar enganado,
Pois pelas palavras que dizia,
Mais parecia,
Um sargento de cavalaria
Dando bronca num soldado.

E assim, com voz de mascar chicletes,
Perguntou-me porque eu a havia deixado
Falando sozinha na net.

Não ouví nenhum sentimento de carinho
E mesmo falando com ela,
Fiquei ainda mais sozinho.

De amor não escutei nenhuma palavra,
Só mais broncas,
Enquanto o tempo passava...

Ao final da comunicação,
Não chegamos a nenhuma conclusão,
Pois enquanto eu dizia sim,
Ela respondia "não".

Creio que a ligação caiu de repente
De tanto medo que teve da gente!

Assim, fiquei ali parado, pensando desolado:
Que tipo de homem é este que dorme ao seu lado,
Que transforma uma linda mulher em sargento
E eu em soldado?

Desculpe, foi engano!
Ser Criança
A maior de todas as esperanças
É quando nasce uma criança.

É o milagre da vida que acontece
E toda tristeza alí desaparece.

Ser criança é conhecer a verdadeira felicidade,
É viver na mais pura ingenuidade.

Ser criança é ter esperança,
É viver cada momento,
Sem mágoas, sem rancores,
Ou qualquer ressentimento.

É brincar de marido e mulher,
Sem exigir um beijo sequer.

É brincar de amarelinha,
De pique esconde
E cirandinha.

É dormir logo para ver o dia chegar.
É sonhar e nada ter com que se preocupar.

Ser criança é brigar com o amiguinho
E no minuto seguinte lhe fazer um carinho.

É rir, se divertir e até fazer caretas.
Quero voltar a ser criança!
_Mamãe, cadê minha chupeta?
Ainda Mando Flores
Tenho a idade da sua imaginação
E a beleza que tens no coração.
Posso ser quem você quiser:
O Romeu da Julieta
Ou outra pessoa qualquer.

Quero apenas sentir o seu sorriso
E nele fazer o meu abrigo.
Posso ser a utopia do sonho que você queria
Ou apenas um pedaço da sua fantasia.

Esqueça, da vida, todos os dissabores,      Pois saiba que eu
Ainda Mando Flores.
Brinquedo Partido
Era dia de domingo,
De alegria total,
No parque as crianças corriam,
Pulavam,
Como em dia de carnaval.

Ela sentou-se com os filhos
No carrossel flutuante,
Seus olhos brilhavam,
Feito dois preciosos diamantes.

Passava por mim,
Vezes repetidas,
Descobri naqueles olhos
A mulher que sempre sonhei para toda a minha vida.

Quando o carrossel parou,
Ficou bem ao meu lado...
Confesso, fiquei nervoso,
Trêmulo,
Descontrolado...

Ela desceu com passos macios,
Olhou em minha direção
E veio direto no meu caminho...

Chegou de mansinho,
Sorrateira,
Chamou-me de amigo
E sem nem mesmo perceber,
De mim tudo contei...

Lembrou o seu passado
E suas aventuras...
Eu ouvi.

Contou-me suas mágoas,
Seus medos e tristezas...
Eu chorei.

Falou dos seus filhos,
Das coisas de criança,
Da boneca de pano,
Das brincadeiras de roda...
Eu sorri.

Ensaiou sua música preferida,
Seus encantos,
Falou da sua vida...
Eu amei.

Seus desejos eram os meus,
Sua vida, a minha...
Eu sonhei.

Assim como chegou,
Partiu de mansinho,
Como se eu fosse um brinquedo,
Encontrado e largado a beira do caminho...
Eu morri.

Ali, naquele parque,
Senti-me como um carrossel:
Que roda, flutua,
Leva mais alto,
Sem uso para mais nada;
Apenas como diversão,
Com tempo e hora marcada...

Percebi que ela sentiu por mim,
Não foi nenhuma força estranha,
Apenas um sopro de interesse,
Ou uma "paixonete" momentânea!
Flecha Atirada
Diz um ditado chinês,
Que quatro coisas não podem ser mudadas:
O tempo passado,
A chance perdida,
A palavra proferida
E a flecha lançada.

O tempo passado,
Pode, ao menos, ser lembrado;
A chance perdida,
Pode acontecer de novo em nossas vidas;
A palavra proferida,
Com o tempo, pode até ser esquecida.

Já com a flecha lançada,
Não podes fazer mais nada;
Pois enquanto lias estes versos,
Aproveitei-me da sua distração
E apontei para o seu coração.

Se te feri de alguma forma,
Desculpe-me pelo mau jeito;
É que quando atiro uma flecha,
O meu alvo é sempre o peito!
Eclipse do Amor
No céu reinava a lua,
Cheia, brilhante, perfeita;
Contudo, insatisfeita.

Procurava seu par,
Mas só encontrava,
Seu próprio reflexo no mar.

Certo dia se descuidou
E da sua hora de dormir, então passou;
Foi quando algo súbito aconteceu:
Uma imensa luz no horizonte apareceu.

Jamais havia visto algo igual,
Pois alternava, a luz da noite e do dia, com o sol.

Naquele momento,
Este encontro aconteceu
E a luz da lua,
O sol escureceu.

O mar ficou estarrecido,
Pois jamais havia,
O sol e a lua,
Ao mesmo tempo refletido.

Contudo, manteve-se sereno,
Entendeu a grandeza,
Daquele momento supremo.

Quando o sol no céu se colocou,
Lado a lado com a lua então ficou.

Foram olhares penetrantes
E um brilhava dentro do outro,
A cada instante.

E como em um eclipse total,
A lua se atirou nos braços do sol.

O inevitável então aconteceu:
O sol, na lua, um beijo deu.

Foi assim que esse romance começou
E a lua, pelo sol, se apaixonou.

Já eram dois no reflexo do mar
E naquele momento decidiram,
Nunca mais, um do outro se separar.

Por isso, se os dois juntos
No céu você perceber,
Procure os olhos desviar,
Pois se encontram,
Não apenas para iluminar.

Creio que você já percebeu,
Que você é a lua
E o sol sou eu!
Se
Se eu desejasse te procurar,
Seria entre as estrelas,
Onde o brilho do seu olhar,
É mais fácil de encontrar.

Se eu fosse um pingo da chuva,
Cairia entre seus seios
E rolaria levemente,
Acariciando seu corpo inteiro...

Se eu fosse a brisa do vento,
Beijaria seu rosto,
A cada momento.

Se eu fosse tempestade,
Não sentirias medo,
Pois te revelaria,
Todos os meus segredos.

Se eu fosse sua jóia,
Seria o cordão
E ficaria junto ao seu peito,
Ouvindo as batidas do seu coração.

Se eu fosse a sua roupa preferida,
Ficaria colado no seu corpo,
Todos os dias da minha vida.

Se eu fosse o amor,
Faria-te desejos
E cobriria teu corpo,
Completo com meus beijos;
E, se todos os seus sonhos fossem pra mim,
Prolongaria as noites, sem fim...

Se eu fosse cansaço,
Seria a sua transpiração;
Pingaria em gotas na sua boca
E cairia direto no seu coração.

Se você fosse tristeza,
Eu seria a sua alegria
E te faria a mais linda das poesias.

E se eu pudesse escolher morrer,
Decidiria te deixar viver,
Pois você é mais que metade em mim...
Coisa Rara
Coisa rara,
É algo difícil de se encontrar,
É aquilo que não existe em qualquer lugar.

É o que quase acabou,
E pouco dela restou.

Uma coisa rara,
Não se encontra espalhado pelo chão,
Não está disponível,
Ao alcance da nossa mão.

É algo diferente,
Objeto de desejo de muita gente.

Coisa rara,
Não é uma só coisa qualquer;
Pode ser o ouro,
O diamante,
Um homem ou uma mulher.

É tão diferente que,
Muitas vezes, não a reconhecemos,
Mesmo estando ao lado da gente.

Uma coisa rara não é algo fácil de perceber,
Pois a raridade, na verdade,
Está nos olhos de quem vê.

Pode estar ao nosso lado
E não nos chama a atenção,
Pois, as vezes, a coisa rara,
Só é vista com o coração.
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