George W. Bush saiu do governo com a pior impopularidade registrada na história representando uma vergonha para seu povo. Seu maior fracasso foi não ter capturado Osama Bin Laden conseguiu de maneira genial diblar a maior potência econômica e militar do planeta. Ora como bom atacante sabe a melhor maneira de fazer o gol.
No começo do ano de 2009, a imprensa capitalista dizia que houve uma guerra em Gaza, não houve uma guerra e sim um massacre. "Guerra é quando existe enfrentamento de dois estados, dois exércitos, enquanto o povo palestino não dispõe nem de seu Estado nem de exército". Lula acertou em cheio ao afirmar: "de um lado estão os palestinos, com palito de fósforo, e do outro, os israelenses, com um arsenal dos mais poderosos do mundo, inclusive atômico".
Você já ouviu falar do neoliberalismo? Esta é uma palavra que aparece com muita
freqüência nos jornais e nas revistas, nas conversas. Os primeiros países a adotar
este sistema foram os EUA, governados por Reagan (presidente de 1980 a 1988) e por
George Bush pai (1988-1992) e a Inglaterra, governado pelos primeiros-ministros
ingleses Margaret Thatcher (de 1979 a 1990) e John Major (1990-1997).
No Brasil,
o maior percussor dessa ideologia neoliberal foi Fernando Henrique Vende ou
famoso FHC que governou (de 1994 a 2002). A idéia básica do neoliberalismo é diminuir
a participação do Estado na economia e conceder liberdade de manobra para os
investidores capitalistas. As principais medidas e idéias adotadas
pelos neoliberais são:
Privatização da economia:
As empresas estatais são vendidas para empresas privadas.
A justificativa apresentada para o povo é da seguinte forma:
"No total, as empresas têm mais recursos para investir do que governos. Além disso, os
governos administram mal. As empresas privadas são mais modernas, mais eficientes, mais lucrativas
e produzem com melhor qualidade". Quando foi vendida antiga telesp para uma multinacional espanhola telefônica, o governador do Estado de São Paulo do PSDB teve a cara de pau de dizer que fez aquilo para melhorar os serviços públicos na realidade nada disso aconteceu hoje a telefônica é campeã de reclamações no procon(órgão de defesa ao consumidor).
Antinacionalismo:
A ajuda do governo às empresas nacionais é considerada prejudicial à economia
do país
porque "protege uma empresa ineficiente e impede que o capital
estrangeiro, que traz progresso, possa se
instalar".
Corte nos gastos públicos:
Os governos gastam dinheiro demais.
Quando as dívidas se acumulam, os governos
aumentam impostos e emitem papel-moeda, provocando a inflação e sufocando a economia. Além disso, os
neoliberais consideram que existem direitos sociais exagerados, que só servem para
onerar o Estado. Portanto, o governo deve gastar menos com saúde, educação e assim por diante.
Liberação do mercado:
é a "desregulamentação da economia", ou seja, são eliminadas todas as leis que atrapalham
os investimentos e o comércio. Por exemplo, as taxas alfandegárias são diminuídas para que fique fácil importar. Os
investidores do mercado financeiro têm plena liberdade para fazer seu capital entrar e sair do país a hora que bem
entenderam. A globalização é bem-vinda.
Flexibilização do mercado de trabalho:
Para que a economia seja dinâmica, é preciso que os empresários
tenham mais facilidade para contratar e demitir os empregados. Isso significa as
leis trabalhistas "protegem demais os trabalhadores e premiam os ineficientes".
No congresso encontra tramitando um projeto para tira
13° salário , férias, licença maternidade e outros benefícios dos trabalhadores.
Os sindicatos que não são controlado pelos patrões teria
a função de impedir que isso aconteça. Na visão neoliberal essa é então uma das
poucas funções do Estado: combater os sindicatos que esteja do lado dos trabalhadores.
Menos impostos:
Os banqueiros e empresários devem pagar menos impostos. O motivo é que "são os ricos
que investem na economia. Se eles pagarem menos impostos terão mais capital disponível para investir
e gerar empregos. Além disso, lucrarão mais e os lucros são o grande propulsor da economia moderna".
Privatização dos serviços públicos:
o ideal é que o governo privatize a medicina e a educação. Assim, as
pessoas que queiram médico devem pagar por um plano de saúde. As escolas e universidades devem ser todas
particulares. A previdência social passa a ser negócio entregue a bancos particulares: as pessoas pagam
mensalmente e, quando tiveram idade avançada, terão direito à aposentadoria.
O sistema prisional seria
totalmente privatizado ou seja, o governo pagaria para que uma empresa particular
administrasse as prisões. A justificativa apresentada para o povo é a seguinte:
"Empresas privadas administram melhores serviços. Os consumidores podem escolher".
No século passado a maioria dos países do mundo adotou essas medidas. Qual foi o resultado? A economia
voltou a crescer, as novas tecnologias foram incorporadas à produção, os lucros subiram. Mas também
aconteceram muitos efeitos negativos.
O neoliberalismo não conseguiu evitar a onda de crises econômicas que atormentaram o Japão, os Tigres
Asiáticos (Coréia do Sul, Hong Kong, Formosa, Cingapura, países de Terceiro Mundo que desenvolveram a
indústria graças ao grande investimento estrangeiro), a Rússia e a América Latina em 1998 e 1999. Mesmo
nos países mais desenvolvidos, houve concentração de renda: os ricos ficaram mais ricos, os pobres, mais
pobres. As novas tecnologias (robôs, computadores), o crescimento do setor terciário e a diminuição do
número de empregos nas indústrias cada vez mais automatizadas ampliaram o desemprego. O desemprego, o
corte nos gastos sociais, a abolição das leis trabalhistas e a concentração de renda aumentaram incrivelmente o
número de miseráveis nos países capitalistas mais ricos do mundo. Hoje, as calçadas e os becos de subúrbios de
Nova York, Londres, Los Angeles e Paris são tomados por centenas de milhares de homeless (os sem-casa que dormem
nas ruas). Em Paris, qualquer visitante pode verificar o crescimento de favelas.
Essa é uma pergunta para o século XXI: como foi possível que o capitalismo tivesse criado tantas riquezas e, ao
mesmo tempo, não tenha conseguido distribuí-las de modo a acabar com a miséria? Como é possível que, com tanta
riqueza no mundo, pessoas ainda passem fome? Onde estaria a raiz do problema? O capitalismo é incapaz de produzir
justiça social? O neoliberalismo teria produzido a nova miséria?
Opinar?
O ato heróico do jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi, que arremessou seus sapatos
na direção do ex-presidente americano George W. Bush e por pouco não acertou o "alvo", rendeu
solidariedade do mundo todo. Pelo fato de sido preso sob acusação de ataca um chefe
de Estado estrangeiro.
No ato da sapatada ele pensou nas crianças abandonadas e milhares de viúvas gerada
pela guerra sendo assim responsabilizou George W. Bush na qual
chamou de genocida, assassino e criminoso.
O que é muito contraditório nisso tudo foi no momento da detenção do
jornalista, seguranças do local retiraram da sala de imprensa usando
uma força desproporcional. Na prisão conta que teria perdido um dente, teve
queimaduras de cigarro nas orelhas e ainda teria diversos hematomas espalhados pelo
corpo ou seja, sofreu torturas. Foi na terra de Bush que desenvolveram as melhores
técnicas de fazer torturas e inclusive ensinaram muito bem para os militares brasileiros na época da ditadura.
Este é o jeito de fazer democracia que resume em uma frase:"american way of life". A tamanha
surra que o jornalista levou na cadeia expressa com toda a clareza o que é ocupaçãO
dos EUA: uma operação de roubo ao petróleo, torturas, assassinatos e violação sem fim
contra o povo iraquiano.
No tribunal iraquiano, o jornalista alegou que exerceu o seu direito de liberdade de expressão "Quis apenas
protestar contra a ocupação ao jogar os sapatos em Bush". Seu advogado pedirá anulação do processo e a libertação
do mesmo. Ele conta com apoio da imensa maioria de toda população que pede pela sua libertação. O apoio que ele tem
diante do povo acontece porque não houve crime, mas legítima defesa, pois os EUA
invadiram e ocupam o Iraque de forma ilegal. Em face disso, toda a resistência
torna-se legítima. Até o arremesso de sapatos contra o chefe do Estado agressor.
Quando Bush iniciou aventura bélica no Iraque
não esperava encontra pela frente a resistência popular do povo iraquiano que
luta de uma forma sensacional pela sua dignidade, liberdade e honra. Sendo que a
maioria não luta para impor o regime de Saddam Hussein, mas pelo sagrado território
iraquiano que pertence a eles e não poderia ser sangrentamente invadido como foi
pelos americanos.
A resistência iraquiana utiliza habilmente todas as armas das quais dispõe. Utiliza a tática de guerra de guerrilhas, fustigando o inimigo e se abastecendo de armas e munições do oponente. A guerrilha ataca postos estratégicos. Os alvos preferidos da resistência são redes de oleodutos - para evitar a pilhagem do petróleo iraquiano -, estradas, postos militares e todos locais de concentração das forças invasoras.
Criando assim, um clima instabilidade permanente. A maior máquina de guerra do mundo
não conseguem impor estabilidade na região mesmo usando toda sua capacidade
tecnológica, usando aviões modernos e armas sofisticadas. Parece uma repetição da
guerra do vietnã.
Para piora a situação o balanço é desfavorável para os invasores, morreram 4.000
militares e cerca de 30.000 estão mutilados e incapacitados psiquicamente. No total
foram gastos 1 trilhões dólares, segundo um estudo publicado pelo jornal The
Washington Post, muito superior ao gasto nas guerras do Vietnã e da Coréia, custeado
pelo contribuinte.
Em contrapartida morreram 1 milhão de pessoas. Na verdade, os EUA promovem no Iraque um dos maiores genocídios do nosso tempo. Nesta condições muitos por mês, abandonam tudo que lhes restam e juntam-se aos mais de 4 milhões de refugiados que a guerra gerou.
Diante do fracasso na guerra contra o Iraque resta dizer que o povo era mais feliz
com Saddam. Desta forma o ex-presidente ianque também
pode ser considerado terrorista. Aliás
os dois terroristas Bin Laden e Bush só se diferenciam porque sendo os dois
lamentavelmente destruidores o primeiro destruiu duas torres e o segundo um país
inteiro. Termino este artigo chamado Bush de "terrorista".
Revolucionar?
A primeira crise política séria do governo Czar ocorreu na guerra russo-japonesa. O governo Czar buscando popularidade esperando restaurar o prestígio da monarquia e reunificar o povo em torno do trono declarou guerra ao Japão. Esperava uma vitória fácil sobre a “raça inferior dos amarelos”. Quebrou a cara. Os nipônicos deram uma surra nos russos. O resultado foi a primeira derrota, na história moderna, de uma potência ocidental para um país oriental.
A guerra gerou carestia, fome e caos. Numa manhã fria em São Petersburgo antiga capital do império, 200 mil pessoas se reuniram. Tratava-se de uma manifestação pacífica. Famílias inteiras participavam das passeatas, muitas delas carregando objetos sacros e retratos do czar. A multidão entoava cânticos religiosos e, sobretudo, “Deus salve o Czar”. Em seu desespero, a população ainda acreditava que o Czar ignorava suas condições de vida, pois os nobres e funcionários que o cercavam escondiam a real situação do caos.
A manifestação era liderada por um padre da Igreja Ortodoxa Russa. Ele trazia um documento que tinha uma série de queixas e reivindições dos trabalhadores: “Majestade. Nós, trabalhadores e habitantes de São Petersburgo, nossas mulheres, nossos filhos e nossos parentes velhos e desamparados, vimos a vossa presença, majestade, buscar verdade, justiça e proteção. Fomos transformados em pedintes, somos oprimidos, estamos a beira da morte.....Paramos o trabalho e dissemos aos nossos patrões que não recomeçaremos enquanto não aceitarem nossas reivindicações. Não pedimos muito: a redução da jornada de trabalho para oito horas, o estabelecimento de um salário mínimo de um rublo por dia....etc...A guerra levou o país a ruína...Estas coisas, majestade, trouxeram-nos diante de vosso palácio. Estamos procurando a nossa última salvação. Não recusai ajuda a gente...Destruí o muro que se levanta entre vós e vosso povo...”
Assim que lesse esse documento, ele se livraria dos maus assessores e tomaria providência. Pelos menos é o que o povo achava.
Acontece que o Czar não tinha menor intenção de revomer o "muro" que o separava. Quando viu aquela multidão se aproximando, não quis nem saber do que se tratava. Não admitia a insolência de gente ralé! Mandou a tropa imperial de elite, se posicionar diante do palácio do governo. Duas fileiras de soldados apontaram fuzis; homens de pé e outros ajoelhados. O povo continuou caminhando e cantando. Quando se atingiu a distância adequada, oficial deu a ordem de disparo. Abriram fogo sobre a multidão. O sangue vermelho coloriu a neve branca. Veio então a carga da cavalaria rasgando o ventre de mulheres grávidas ou perfurando os olhinhos das crianças. Patadas sobre o povo. Em poucos minutos, aquela ação deixava um saldo de milhares de mortos e feridos. Do seu gabinete CZAR ficou dando risada e assim o tirano mantinham no poder.
Este episódio ficou conhecido como “domingo sangrento”.
Uma onda de indignação varreu a Rússia.
Em todo o país houve levantes. Operários fizeram greve e foram para ruas protestar. Na marinha de guerra, os marujos expulsaram os comandantes e assumiram o controle dos navios, colocando-os a serviço da revolução. Criou-se o conselho de soviete dos trabalhadores. Movimento anti-Czar ganhou força foi um “ensaio” para futura revolução de 1917. Viva o proletariado insurreto!
Obs:O termo czar é uma corruptela do termo latino coesar, “imperador”.
A revolução russa de 1917 ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial. O imenso e arcaico império russo não suportou o peso de uma guerra moderna. Despreparada, numa guerra que introduziu armas novas como aviação e os tanques, em 1916 o saldo era de três milhões de mortos e cinco milhões de feridos. Houve deserções em massa. Nas frentes de batalha, os soldados se amotinavam frequentemente, desobedecendo às ordens dos seus superiores.
O exército russo
era constituído pela sua grande maioria por soldados de origem camponesa. O alistamento de camponeses
para a guerra provocava escassez de mão de obra nos campos, gerando crise na
agricultura e fome generalizada. Nas cidades as famílias, faziam filas intermináveis
para comprar um único pão. Enquanto isso o ódio contra o governo e a guerra crescia em toda
a Russia.
Em São Petersburgo, capital do império foi palco de um grande
acontecimento histórico.
O povo gritava nas ruas: pão, paz e liberdade!
Pão para os operários (fim do racionamento), terra para os camponeses, paz para o povo russo que não queria prosseguir na guerra.
Czar chamou as
tropas imperiais para dissolver a manifestação.Tudo parecia para encaminha-se para um típico confronto assim como aconteceu no domingo sangrento. A polícia, tradicionalmente severa e defensora da ordem, nada
fez para reprimir o movimento com qual concordavam.Agora, seu comprimisso era com o povo. Assim, o
Czar do gabinete imperial perdeu controle da situação sem legitimidade para continuar no cargo
fugiu.
Então, o povo russo invadiu palácio do governo, a bandeira do império foi substituída
pela bandeira vermelha. Era o fim daquele regime tão nefasto. Instaurou um governo
provisório controlado pela burguesia liberal (uma espécie de Fernando Henrique do PSDB).
Atenção: Em 1917 houve duas revoluções na Rússia. A primeira foi em fevereiro e a
segunda, essa sim socialista, foi em outubro de acordo com o calendário juliano
adotado naquela época.
Soviete é uma palavra russa que quer dizer, mais ou menos, "assembléia", "reunião", "conselho". Basicamente, tratava-se de uma reunião de pessoas do povo para decidir alguma questão importante.
Por exemplo, imagine uma fábrica capitalista. Quem manda nela, quem decide tudo? O proprietário, o patrão. Repare que as ordens dele são cumpridas porque existe uma organização hierárquica que lhe dá sustentação: patrões, diretores, administradores, engenheiros e até mais humilde peão. Agora vamos supor que existisse um soviete nessa fábrica. O patrão dava uma ordem:" trabalhem mais duas horas por dia suas bestas". O soviete se reunia, ou seja, havia uma reunião entre os trabalhadores. Cada um deles manifestava suas idéias e depois havia uma votação. Podia ser que o soviete se recusasse a atender a ordem do patrão explorador.
Havia sovietes nas fábricas, nos bairros, nos quartéis, bases navais e nas aldeias camponesas.Por meio dos sovietes, os trabalhadores passaram a decidir sua vida sem ter de obedecer ao governo, ao patrão ou aos comandantes militares.Era a possibilidade de os homens se autogovernarem sem submeter a qualquer tipo de tirania pela primeira vez na história os mais humildes podiam dizem francamente: "Eu sou o construtor de meu próprio destino". Eles tinha descoberto a maior democracia do mundo: aquela em que os homens podem, por si próprio, sem se submeter a nenhuma autoridade superior, governar a si mesmos.
O governo foi obrigado a reconhecer a autoridade dos sovietes, devido à sua representatividade junto aos trabalhadores amotinados e seu controle sobre o funcionamento dos serviços essenciais. Em poucas palavras era um poder paralelo. Havia uma contradição insustentável. Quem mandava: o governo ou sovietes? Um dos dois lados deveria prevalecer. Lenin percebeu a tamanha força dos sovietes. Por isso, propôs que os bolcheviques convencessem os sovietes da necessidade de derrubarem o governo provisório e iniciarem a construção do socialismo. Um socialismo que deveria se basear na democracia direta dos sovietes. Portanto, um Estado Soviético.
O povo queria paz,pão e terra.Mas o governo provisório nada fazia para satisfazer as necessidades sociais e econômicas da população. O racionamento de comida permaneceu, enquanto a burguesia se fartava em banquetes e festas. Os nobres latifundiários continuaram explorando os camponeses até última gota de sangue. A paz também não vinha, porque o exército russo continuava atolado na primeira guerra mundial.
O principal partido de esquerda bolchevique fazia oposição, seu dirigente máximo Lenin exige do governo provisório a saída da guerra porque ela foi provocada por grupos financeiros internacionais, que lutavam entre si para partilha o mundo, em nada beneficiava a classe trabalhadora dos países envolvidos, as armas deveriam voltar-se não irmão contra irmão, mas contra os governos burgueses responsáveis pelas tantas matanças e caos.
Em abril de 1917, milhares de trabalhadores agitando bandeiras vermelhas saudaram Lenin como um grande salvador da pátria; soldados e operários ergueram-no a um carro blindado,que serviu de palanque, discursando disse: "Não precisamos de nenhuma república parlamentar. Não precisamos de nenhuma democracia burguesa. Não precisamos de nenhum governo além do soviete conselho dos trabalhadores e finalizou com célebres palavras:" Todo o poder aos sovietes".
A palavra de ordem de Lenin "todo poder aos sovietes" transformou-se na senha da revolução: Em julho de 1917, enormes massas de operários e soldados saíram às ruas da capital, reivindicando a passagem de todo o poder aos sovietes. Quase se transformou numa insurreição. Os bolcheviques foram contra porque o movimento ainda precisava acumular forças. Tentaram levar a passeata para o lado pacífico. Mas não conseguiram evitar que as forças da repressão metralhassem a multidão: as ruas de Petrogrado ficaram cobertas de sangue, as cadeias foram entulhadas de bolcheviques. O governo provisório começava a utilizar os mesmos métodos do Czar!
No dia 25 de agosto de 1917, o general Kornilov (ex-oficial do antigo regime) avançou com as tropas sobre a capital para dar um golpe de Estado. O governo provisório para manter a ordem aceitou ajuda dos bolcheviques. O partido de Lenin funcionou muito bem como uma milícia popular e assim derrotaram a chance da monarquia voltar ao poder.
A partir daí os bolcheviques ampliaram seu poder popular. Leon Trotsky foi eleito presidente do soviete de Petrogrado e outro destacado camarada Bukhárin foi eleito presidente do soviete de Moscou.Lenin aproveita o momento favorável para aprova no partido o plano pela:INSURREIÇÃO ARMADA PARA TOMAR O PODER.
Nas assembléias os trabalhadores através dos sovietes manifestou o seu apoio ao plano.
A guarda vermelha, uma mílicia popular, foi criada para ser o braço armado dos bolcheviques.
O resto seria fácil.
Através de uma bem organizada estratégia, a guarda vermelha tomou toda a capital em menos de 24 horas. Em 25 de outubro somente o pálacio do governo resistia. O governo provisório percebendo a sua derrota fugiu disfarçado de mulher para os EUA. Os ex-ministros burgueses foram presos por pessoas comuns do povo. O movimento, dirigido por Lenin, contou com a participação de Leon Trotsky e Josef Stalin. Desse jeito triunfou a primeira revolução proletária do século XX.
O novo governo presidido por Lenin, assumiu o poder no dia 7 de novembro de 1917 e adotou a doutrina marxista resumo em três lemas:"Produção para o uso, não para o lucro", "quem não trabalha não come" e ""nenhum homem tem direito de viver explorando o trabalho de outro homem".
Foi assinado um decreto que eliminou os latifúndios. Imediatamente todas as terras foram distribuídas para os camponeses. Toda a terra converte-se em patrimônio de todo o povo.
Cancelou as dívidas contraídas pelo czarismo e do governo provisório. Com este ato livrou o país da exploração dos banqueiros internacionais.
Para fazer justiça social adotou a economia planificada anti-mercado.
Finalmente selou acordo de paz chamado de brest-litóvski. É óbvio que a burguesia não poderia assistir a tudo aquilo de braços cruzados. Era preciso impedir que o fogo revolucionário se alastrasse pela Europa. Assim acontece a guerra civil.
Os países capitalistas ficaram apavorados com a revolução socialista na Rússia. E se ela espalhase pela europa? Trataram então de formar exércitos e invadiram a Rússia soviética com o objetivo de derrubar os bolcheviques. Ao todo, 14 países atacaram, incluindo forças militares dos EUA, Inglaterra, França e Japão.
Claro que muitos russos não aceitavam os bolcheviques. Principalmente os latifundiários, os burgueses e a nobreza, mas também muita gente da classe média. As tropas distantes das grandes cidades, que não estavam influenciadas pelo movimento revolucionário, também se mantinham obedientes às antigas autoridades. Formaram o exército branco, que tentou derrubar os bolcheviques e restaurar a ordem burguesa. Assim começou uma sangrenta guerral civil entre os vermelhos (bolcheviques) e os brancos (contra-revolucionários).
Nas cidades ocupadas pelos brancos, os bolcheviques eram sumariamente executados, enquanto as propriedades eram devolvidas aos antigos donos. Apesar da adversidade o povo russo não se rendeu. A contra revolução seria derrotada. Como foi possível a vitória? Pra começar, o camponês russo sabia que a derrota dos bolcheviques significaria devolver as terras para os nobres. Por isso ele lutava tão valorosamente. Os soldados dos países invasores nem sabiam direito o motivo da guerra. Estavam exaustos, cansados e desmotivados. Afinal o mundo tinha acabado de sair da primeira guerra, ninguém queria se meter em outra batalha. O exército branco se viu sozinho. Estava em minoria e acabou batido pelo exército vermelho.
Então, o ocidente capitalista relsoveu isolar a Rússia soviética do resto do mundo. A idéia era não ajudá-la em nada, não importar nada dela, não exportar, não emprestar dinheiro, não fornecer tecnologia. Sufocar o país e irritar o povo até que ele não aguentasse mais e derrubasse os bolcheviques.
A situação estava realmente complicada. Pobre, arrasada pela primeira guerra, destruída pela guerra civil, a Rússia viveu uma das mais terríveis epidemias de fome do século XX. Não havia comida porque as plantações tinham sido destruídas pelos combates. Chegou a haver casos de canibalismo: os cadáveres eram devorados por pessoas famintas e desesperadas. Foi daí que surgiu a lenda de que os comunistas comem criancinhas.
Uma das principais diferenças entre o capitalismo e o socialismo é que no capitalismo a economia é subordinada ao mercado e no socialismo a economia é planificada e racional. Por exemplo, o que é mais importante para o bem estar social, que o país fabrique sapatos ou secadores de cabelos? O que é mais importante para um país? Se o país é pobre, com muitas crianças esfarrapadas, parece mais interessante que, primeiro os pezinhos estejam protegidos, não é mesmo?
Na economia capitalista que é completamente irracional quem decide o que vai ser produzido são os empresários. Afinal, a base do capitalismo é a propriedade privada, e os proprietários das fábricas, terras e empresas são empresários capitalista$. O principal objetivo deles é o lucro. Eles investem capital no setor que der mais lucros. Dessa forma, se fabricar secadores de cabelos der mais lucros, ele irá investir em secadores de cabelo.
Na economia planificada socialista não existem interesses privados, pois não há propriedade privada, o objetivo não seria o lucro do empresário, mas o bem-estar social da população. Se a população decidir que sapatos são mais importantes do que secadores de cabelos, sapatos serão fabricados e pronto. Assim, o próprio povo decidiria o que deve ser produzido, já que no socialismo a propriedade das empresas é coletiva, ou seja, pertence a todo o povo trabalhador.
Em resumo, no capitalismo o patrão pergunta: o que dá mais lucro? No socialismo o povo pergunta: o que é melhor pra nós?
Lenin não pode viver o bastante para ver o sucesso da URSS em 1922 quando saía do cinema levou um tiro de um terrorista. A partir daí a sua saúde foi piorando e ficou quase paralisado faleceu em 1924. Antes de morrer ditou seu testamento político dizia que estava muito preocupado com o futuro da democracia na URSS. Tinha medo da vaidade de Trotsky e da brutalidade de Stálin.
Com a morte de Lenin a maior parte da população esperavam que Trótsky fosse o seu sucessor no comando do Estado Socialista, mas infelizmente não foi bem isso que aconteceu. A liderança do Partido Comunista passou a ser disputada palmo a palmo por Stálin e Trótsky. Houve um confronto de idéias. Trotsky achava que o socialismo nunca seria vitorioso se ficasse confinado na atrasada URSS. Ele defendia o avanço do exército vermelho sobre a Europa, para apoiar os movimentos revolucionários. Era a idéia da revolução permanente. Stalin acreditava fazer o exército vermelho avançasse seria um suicídio porque funcionaria como pretexto para que a URSS fosse novamente invadida, assim como aconteceu na guerra civil (1818-1921). A URSS era um país enorme, cheio de recursos naturais e uma grande população, e que por isso daria certo construir o socialismo dentro dela. Mais tarde, quando houvesse chance, ficaria mais viável ajudar a difundir o socialismo pelo mundo. Era idéia do socialismo num só país. É possível que ambos estivessem errados e certos ao mesmo tempo. O Estado soviético naquele tempo era atrasado demais, mas a revolução européia tratava-se de um sonho distante. Paradoxos da história não é mesmo?
O fato é que Stalin era o secretário geral do partido comunista. Por causa disso, acumulou muitos poderes e prestígio junto aos burocratas. Quando Lenin passou uma temporada no exílio o seu sucessor natural era o Stalin. Na cúpula do partido ficou decidido que Stalin seria o sucessor natural apesar de Trotsky ter ganhado uma grande popularidade ao comandar a guarda vermelha na revolução de 1917 e ao defender a revolução durante a guerra civil (1918 - 1921) organizando o exército vermelho. Ao entra neste confronto pela sucessão Trotsky saiu perdendo e foi obrigado abandonar a URSS.
No exílio Trotsky continuava socialista, embora criticasse a URSS, que teria se tornado um Estado operário burocraticamente deformado, ou seja, a estrutura da URSS seria superior a dos países capitalistas porque já não existia mais burguesia, mas necessitava de uma revolução democrática do proletariado para derrubar a burocracia que parasitava o Estado. Caso contrário, o capitalismo poderia retornar a URSS pelas mãos da própria burocracia.
"Uma revolução não pode ser feita por encomenda ou acordo. A revolução crescem onde dezenas de milhões de pessoas chegam à conclusão de que não se pode continuar a viver assim"
"Luta contra os opressores e exploradores, eliminação da possibilidade de oprimir e de explorar: esta é a nossa palavra de ordem"
"O proletariado não pode atingir a liberdade completa sem conquistar a plena liberdade para a mulher"
"Onde quer que um comunista fale, deve pensar nas massas, deve falar para elas"
"Sem teoria revolucionária não há movimentos revolucionários"
"A liberdade de imprensa consiste na faculdade, para os ricos, de perverter, mistificar e iludir. Sistematicamente, com milhões de exemplares de seus jornais, as massas exploradas e oprimidas. Os capitalistas chamam "liberdade" a dos ricos de enriquecer e a dos trabalhadores para morrer de fome"
"O que não se pode fazer hoje, pode-se fazer amanhã; o que não foi feito amanhã, poderá ser feito depois de amanhã; mas, na história mundial, amanhã ou depois de amanhã ou depois de amanhã significam, pelo menos, vários anos"
"No fim das contas, as questões da vida social são resolvidas, como se sabe, pela luta das classes sob sua forma mais viva, mais áspera, isto é, sob a forma de guerra civil."
"É preciso sonhar mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles"
Para entendermos o que acontece com Cuba hoje temos sempre que recordar como foram as relações do país com EUA
durante mais de meio século. Certo?
Cuba só se tornou “independente” da colonização espanhola em 1898, porém, caiu nas mãos dos Estados Unidos. O
imperialismo norte americano impuseram seu domínio neo-colonial quase tudo pertencia aos gringos: as minas, os
hotéis, os cassinos, as usinas de açucar, as plantações de fumo e as poucas fábricas. Coitados dos cubanos não
podia ser orgulha de nada.
Os norte-americanos vinham aos montes como proprietários, turistas ou militares. Debochavam do povo cubano, ficavam
bêbados, faziam arruasa e a polícia corrupta os liberava porque tinha dólares para subornar. Os cubanos no seu próprio
país eram proibido de ir às praias, pois os gringos não queriam se misturar com os negros e mulatos.
O governo cubano era totalmente submisso e capacho dos EUA. Quando havia rebeliões populares contra as injustiças, os
marines (Fuzileiros Navais dos Ianques) desembarcavam na ilha para restabelecer a ordem. Porém as coisas estavam
mudando. Em 26 de julho de 1953, um grupo de jovens revolucionários tentou atacar o quartel de Moncada para
iniciar uma revolta popular contra o governo de Fulgêncio Batista. Deu tudo errado, e eles foram presos e outros
não tiveram a mesma sorte. O comandante do plano era um ex-líder estudantil, o jovem advogado chamado Fidel Castro.
Posteriormente Fidel explicou os objetivos daquele ataque contra o quartel.
Disse:"Não foi nossa intenção lutar contra os soldados dos regimento, mas apoderaramo-nos de surpresa do controle e das armas, chamar o povo, reunir depois os militares e incitá-los a abondonar o odioso governo de Fulgêncio Batista e abraçar a nossa causa, defender os grandes interesses da nação e não os mesquinhos interesses de um pequeno grupo de espoliadores; Virar as armas e atirar contra os inimigos do povo e não contra o povo".
No julgamento Fidel fez sua própria defesa passou de acusado a acusador. Acusou Fulgêncio Batista de entrega a riqueza
do país ao capital estrangeiro e de ser conivente com a miséria do povo. Finalizou com as célebres palavras: "A história
me absolverá".
Condenado à prisão e depois banido de Cuba, Fidel foi para o México, onde reuniu um grupo de revolucionários. Conseguiram
um local, na periferia da Cidade do México, para desenvolver seu treinamento militar. Por lá encontrou um cubano exilado
chamado Alberto Bayo, velho oficial especialista em guerrilhas que serviu o exército espanhol, seria pessoa certa para
que ensinasse tudo sobre guerrilhas.
Bayo, num livro que escreveu sobre essa experiência. Mi Aporte a la Revolución Cubana, conta que quando aquele rapaz
o procurou foi difícil de acreditar em seus planos.Não parecia uma brincadeira de criança? O que ele me pedia era meu
comprometimento para ensinar táticas de guerrilha a seus futuros soldados,Fidel dizia que havia conseguido o dinheiro
necessário para alimentá-los, vesti-los e equipa-los, e para comprar navios para levá-los até Cuba. Que história é
essa, eu pensei, esse camarada queria mover montanhas com uma mão, mas o que me custava agrada-lo? Sim, eu disse. Sim
comandante Fidel Castro, prometo ensinar esses revolucionários.
Aprenderam a fabricar bombas e coquetéis-molotov; aprenderam ainda todo tipo de ensinamento
necessário à guerra de guerrilha. Escalavam montanhas, faziam marchas de dezesseis horas
seguidas, dormiam na floresta, treinavam emboscadas. Foi nessa época que o Fidel
conheceu médico argentino Che Guevara desde modo junto com irmão Raúl Castro e
Camilo Cienfuegos protagonizaram uma marcha revolucionária.
Em novembro de 1956, eles embarcaram no iate. Na praia, em Cuba, eram aguardado por ondas
violentas, típica de uma tempestade no Caribe, e pelo comitê de recepção de Fulgêncio
Batista, cuja aviação os bombardeou. Era quase impossível escapar com vida. Assim a United
Press, agência de notícias norte-americana, feliz da vida, anunciava a morte dos
revolucionários. Acontece que doze deles escaparam. Como doze apóstolos, cansados e
famintos, esconderam-se nas montanhas e florestas da Sierra Maestra.
A guerrilha dos barbudos teve início.
O grande triunfo da guerrilha foi ter obtido apoio dos camponeses sem terras que levavam
uma vida de miserável, os Guajiros. Na época foi publicado um manifesto dizendo o motivo
do apoio a guerrilha leia a seguir:“Sucessivos governos cubanos pouco haviam feito por eles...Sabiam que
havia um modo melhor de viver e agora enfim isso lhes estava sendo prometido não por
políticos...Mas por homens jovens, que demonstravam sua sinceridade vivendo entre eles
e suportando privações tão grandes quanto as suas próprias. Os camponeses acreditavam nos guerrilheiros e uniam-se eles.”
O povo cubano mais humilde, entusiasmado, foi se juntando a guerrilha. Fulgêncio Batista recebeu ajuda econômica e
militar dos EUA. Reprimiu com violência o povo cubano que estava do lado da guerrilha. Aldeias incendiadas, meninas
sendo estupradas na frente dos pais - para que dessem informações sobre os guerrilheiros.
Mais de 20 mil pessoas foram assassinadas pelo governo. Tudo em vão.Em janeiro de 1959, a guerrilha entrou vitoriosa em
Havana triunfou a revolução e o povo chegou ao poder, se armou e defendeu o país, então o cidadão comum deste país podia
dizer:"O Estado sou eu".
As leis revolucionárias e as medidas de justiça social conquistaram a população. Contribuíram para aprofundar a consciência
do povo cubano para desenvolver uma política socialista. E assim Fidel Castro seria sempre o governante de fato, como
primeiro ministro e comandante chefe da nação.
Abaixo o bloqueio a Cuba! Viva Cuba Socialista, seu povo heróico, seu Partido Comunista, seu dirigente máximo e Comandante em Chefe Fidel Castro Ruz! Socialismo ou Morte! Até a Vitória, Sempre!
Cuba tornou-se o primeiro e único país socialista da América. No que deu isso? Bem ou mal a revolução cubana no campo social conseguiu êxito impressionante jamais alcançado por nenhum país capitalista latino-americano. Exemplos: o analfabetismo foi eliminado, as terras foram distribuídas aos camponeses, acabou com o latifúndio e as favelas, não há crianças abandonadas ou fumando crack como a gente ver geralmente nas ruas de São Paulo, sistema de saúde pública é acessível para toda população carente e a educação também. No esporte Cuba foi o quinto lugar geral em medalhas na olimpíada de Barcelona realizado na Espanha em 1992 superando grande potências capitalistas. No último Pan-Americano que aconteceu no Rio de Janeiro, Cuba superou todos países irmãos das Américas só perdendo para os EUA no quadro de medalhas. Só um povo saúdavel e educado consegue tal proeza. Deixo claro que não é nenhuma maravilha viver em Cuba por causa do bloqueio econômico criminoso imposto
pelos ianques. Sob alegação de que o regime cubano interferia nos assuntos internos de outros países, "exportando a revolução."
A insatisfação existe, isso é inegável. Mas de 10% da população está exilada nos EUA. Muitos cubanos acreditam que, se Cuba abondanasse o socialismo, os EUA ajudaria com bilhões dólares (como fizeram na Alemanha e Japão) só para provar que o capitalismo é o melhor sistema. Cuba livre essa mistura de charuto e coca-cola, não seria apenas o delírio de um bêbado?
"O que os imperialista não podem nos perdoar é que estejamos aqui; é a dignidade,
a inteireza o valor, a firmeza ideológica, o espírito de sacrifício, o espiríto revolucionário do
povo cubano. É isso o que não podem nos perdoar é que estejamos aqui sob seu nariz e que estejamos
aqui sob seu nariz e que tenhamos feito uma revolução debaixo do nariz dos Estados Unidos"
"Em vez de nos agredirem como nos agridem, por que é que não fazem simplesmente uma pergunta:
Como é possível que Cuba em trinta anos tenha feito o que a América-Latina não fez em 200 anos?"
Exemplo educação e saúde.
"Toda revolução tem sonhos e esperanças de grandes realizações é possível que não chegue a realizar
todas, devido à porcetagem de utopia que contém uma idéia revolucionária."
"As próximas gerações bem poderão dizer que fomos incapazes de tirar todo o proveito possível de uma economia
socialista. Na verdade, ainda temos muito que aprender. Mas verão que nosso sistema foi mais humano, sem qualquer discussão.
O outro promove ódio entre as classes."
"Os revolucionários tem toda a liberdade de expressão que quiserem. Os contra revolucionários não tem nenhuma.
A regra é essa"
"Enquanto o coração bater, o cérebro pensar e eu puder mover um dedo, seguirei como soldado da revolução"
"É preferível um trabalhador morrer pelo fogo, em combate, a morrer em casa, pela fome"
"Um revolucionário pode perder tudo: a família, a liberdade, até a vida. Menos a moral"
O ex-craque da seleção Argentina Diego Maradona visitou
Fidel e mostrou a tatuagem que fez na perna para homenageia o el comandante.
Disse: o presidente cubano é "o melhor entre todos os que falam e decidem coisas no mundo, os demais estão a quilômetros de
distância e nenhum deles tem feito tanto por seu povo como ele".
Na época Fidel
estava em exercício da presidência e retribuiu o carinho dizendo
"na Argentina há muitos Che Guevara" e expressou que "Maradona é um Che Guevara do
esporte".
Em 1911, nacionalistas chineses, liderados por Sun Yan-sen, chefiaram uma revolta que derrubou o imperador e proclamou a república. Este homem que hoje é tido como herói nacional, fundou o Kuomintang (KMT), partido nacionalista que propunha criar um Estado moderno e queria reformar o país. Nesse sentido o partido comunista chinês ( PCC ) aliou-se ao KMT.
Após a morte Sun Yat-sen em 1925, o KMT passou a ser chefiado por um morcego capitalista chamado Chiang Kai-shek. Era um sujeito muito ambicioso, traiçoeiro e sem-escrúpulo. A pedido dos EUA, decretou a ilegalidade do PCC e reprimiu com violência as organizações vermelhas.
A partir daí começava a guerra civil entre o PCC e o KMT.
Houve muito derramamento de sangue e os guerrilheiros comunistas foram virtualmente
expulsos das cidades, entrincheirando-se no campo, onde tinham o apoio dos trabalhadores
pobres e camponeses. Em Jiangxi, no sul, organizaram exército de libertação do povo para
combater o inimigo e afirmaram governar 50 milhões de pessoas. Visando acabar com a
mini-sociedade comunista, o governo KMT mandou cerca aquela região. A fuga dos comunistas foi uma verdadeira epopéia. Foi a longa marcha comandada pelo Mao Tse-tung de seis mil quilômetros, atravessando rios, pântanos, desertos, montanhas, florestas em mais de 200 combates travados. Finalmente, os sobreviventes chegaram a uma região distante, a noroeste da China, praticamente inacessível ao inimigo. Obs: Na história, a única marcha guerrilheira que superou a longa marcha foi a Coluna Prestes no Brasil.
Diante da fragilidade chinesa, o Japão invadiu pela primeira vez a grande muralha a China histórica. O exército invasor tinha um plano imperialista de colonizar, saquear e escravizar o povo chinês.
Para combater os invasores japoneses, o PCC e o KMT estabeleceram uma trégua.
Entretanto, enquanto o desorganizado KMT pouco fazia para combater o invasor, o PCC ganhava prestígio popular com sua eficiência. Os comunistas eram disciplinados, bem treinados e tinham objetivos claros. Em pouco tempo na China ser patriota era sinônimo de ser comunista. Muitas pessoas que sequer sabiam o que era o socialismo, a URSS ou Stalin aderiram ao PCC porque viram nos comunistas a única força capaz de derrotar os invasores japoneses.
O exército invasor japonês agiram com selvageria, matando e destruindo o que viam pelo caminho. Nos campos de concentração, chegaram a fazer experiências médicas com cobaias humanas, tal como os nazistas na Alemanha! Os latifundiários chineses, com medo de terem os bens confiscados, colaboravam com os invasores e exploravam mais ainda os camponeses. Diferente mesmo era o exército de libertação. Em cada região libertada por ele, os camponeses eram tratados como irmãos. Os revolucionários confiscavam as terras e distribuíam-nas para os trabalhadores. Montavam escolas e hospitais. E, na época da colheita, ajudavam a pegar o arroz. Afinal, era um exército de camponeses, de trabalhadores, do povo chinês. Quando o exército de libertação seguia adiante, levava junto milhares de novos integrantes voluntários.
O Japão não esperava tamanha resistência foram expulso em 1945, o pau voltou a quebrar entre o PCC e o KMT. Mas agora a esmagadora maioria da população estava com os comunistas. Nem ajuda dos EUA pôde conter o avanço revolucionário. Então a turma do KMT raspou os cofres e fugiu para a ilha de Formosa (Taiwan), onde criou um novo Estado, protegido pelos ianques. No ano de 1949, Mao Tse-tung e seu exército entrava vitorioso em Pequim. Os comunistas acabavam de tomar o poder no país mais populoso da Terra. Em frente a um oceano de seres humanos, Mao discursou emocionado, lembrando os sofrimentos que os países imperialistas e as classes dominantes chinesas tinham provocado no povo chinês. Desafiadoramente, Mao anunciou:"Operários e camponeses, liderados pelo partido comunista, tomaram o poder.A partir de hoje, ninguém mais humilhará a China."
O grande estrategista militar Mao Tse-tung quebrou a teoria de Marx que acreditava no proletariado industrial seria a vanguarda da revolução socialista. Naquela época a China era essencialmente um país camponês.
Então, o mestre Mao elaborou uma estratégia que rompia com as idéias ortodoxas de esquerda: propunha uma revolução proletária a partir da luta camponesa, na qual a cidade seria cercada pelo campo.
Esta idéia influenciou muitos líderes guerrilheiros no Terceiro Mundo, inclusive o PC do B brasileiro nos anos 1970.
"A revolução não segue uma linha reta. Ela marcha por onde pode, recua diante de forças
superiores, avança quando tem espaço, ataca quando o inimigo recua ou blefa. Por isso,
acima de tudo, é necessário ter muita paciência"
"Lutar, falhar, lutar novamente, falhar novamente, lutar outra vez... até a vitória.
Essa é a lógica dos vermelhos"
"Os comunistas devem ser um exemplo no estudo, em todos os momentos
devem ser alunos e mestres das massas populares"
"É preciso fazer saber a cada camarada que todas as palavras, todos os atos de um comunista devem ter, por primeiro critério, a concordância com interesses supremos do povo e o apoio das grandes massas"
"A verdadeira rota que orienta o mundo é aquela da mudança radical"
"Exército e povo devem formar um todo, a fim de que este veja naquele o seu exército. Este exército será invencível"
"Os fuzis dos comunistas russos criaram o socialismo. A experiência da luta de classes operária e as massas trabalhadoras não podem vencer as classes armadas da burguesia e dos grandes latifundiários senão pela força dos fuzis. Nesse sentido, podemos dizer que não é possível transformar o mundo, senão com fuzil"
"Um professor vale por cem guerrilheiros."
"Nada é difícil no mundo para quem quer se consagrar a fazer o bem"
"A pobreza impulsiona a mudança, a ação, a revolução"
"Ousar lutar, ousar vencer".
Uma onda de indignação e revolta tomou conta do povo.
Tudo começou na noite de 1 de junho de 2001, o príncipe herdeiro Dipendra, aparentemente embriagado e drogado, matou no palácio real o rei Birenda, a rainha Aishwarya e outros membros de sua família, antes de se suicidar. Segundo investigações, ele matou a família por recusa em aceitar o casamento dele com a namorada. Para o trono não fica vazio foi imposto irmão caçula do rei assassinado chamado Gynanendra outro tirano.
Acretide se quiser acho que lá no Nepal é o único país no mundo que ainda vive num regime político absolutista monárquico.
Para combater essa vergonha toda surgiu uma guerrilha insperada em Mao Tse-tung que atua desde de 1996 na qual luta de forma sensacional pela justiça social e democracia que conta com um expressivo apoio popular.
O exército francês invadiu o Vietnã a fim de colonizar o povo vietnamita, mas não conseguiu devido a forte
resistência realizada por um grupo de guerrilheiros "os vietcongues". Então, a França resolveu
se retirar do país.
Com a saída da França em Genebra na Suiça foi feito um acordo que o Vietnã ficaria provisoriamente dividido em duas zonas: o sul ficou sendo governado por um bando de capitalistas, mercenários e corruptos. Sustentando pelos Estados Unidos e o norte ficou sendo governado pelo socialista Ho Chi Minh que tinha uma grande aceitação popular.
O acordo também previa eleições gerais e a total reunifição do país, mas acontece que os Estados Unidos, se ver como dono do mundo, sabiam que se houvesse eleições livres o socialista Ho Chi Minh teria uma vitória com mais de 90% dos votos e temiam o efeito socialismo ou seja que os comunistas tomassem o poder nós países vizinhos, um depois de outro, até alcançar a Índia.
Por isso invadiram o Vietnã e cancelaram as eleições. Em nome da democracia, os americanos assassinavam a democracia, queriam garantir que os comunistas não tomariam o poder naquela parte do mundo. Esse era o objetivo da intervenção.
Mas quem lhes deu o direito de ditar como deve ser o regime político no país dos outros?
Em nome da liberdade, membros das forças armadas dos EUA cometeram as maiores atrocidades. Jogaram mais bombas do que em toda segunda guerra mundial e chegaram a enviar um milhão e meio de soldados para a frente de batalha! Seus caças supersônicos varriam aldeias inteiras com bombas incendiárias (as terríveis napalms), e os computadores do Pentágano (onde está o comando militar dos eua) calculavam a forma perfeita e eficiente de massacrar seres humanos. A própria imprensa norte-americana denunciava os crimes hediondos praticados por seus
compatriotas militares: crianças fuziladas, torturas e mulheres vietnamitas sendo covardamente estupradas.
Apesar de tudo, o incrível aconteceu.
A guerrilha comunista comandada pelo general Giap (ex-professor de história do ensino fundamental) foi responsável por manter o fogo revolucionário acesso e assim surpreendeu o mundo ao vencer inúmeros combates. Os guerrilheiros vietcongues eram muito mais corajosos e eficientes. Sabiam por que estavam lutando, conheciam seu terreno. O soldado americano estava ali forçado pelo seu governo, abobalhado diante da resistência heróica daquele povo. Queria mesmo era fumar um pouco de maconha e sair vivo daquele inferno. Nem todos saíram. Mais de 50 mil norte-americanos tombaram mortos e 300 mil
ficaram gravemente feridos ou mutilados.
Milhões de americanos apoiaram a guerra. Acreditavam que era causa da liberdade que estava em jogo. Não entendiam quando centenas de milhares de pessoas cercavam a Casa Branca (onde mora e trabalha o presidente dos eua)exigindo o fim do conflito. Mas houve muita gente que mudou de idéia quando recebeu a notícia de que o filho militar tinha retornado aos EUA embalado num saco plástico.
Para os EUA, situação era grave, pois mesmo usando toda sua capacidade tecnológica, usando aviões modernos e armas
sofisticadas definitivamente nunca foi capaz de eliminar os GUERRILHEIROS VIETCONGUES.
As derrotas militares e as pressões da opinião pública forçaram o governo americano a rever a sua posição. Ordenou que os soldados americanos se retirassem da guerra o maior de todos imperialismos tinha sido derrotado pela CORAGEM, BRAVURA e DETERMINAÇÃO dos guerrilheiros vietcongues.
Por fim, os combatentes revolucionários contando com um expressivo apoio popular expulsou os invasores. Então, o Vietnã foi novamente unificado e independente, formando em 2 de julho de 1976 a República Socialista do Vietnã.
Ho Chi Minh chamado carinhosamente
de "tio Ho" pelo povo vietnamenta
liderou o processo revolucionário
para libertar o seu país do
domínio estrangeiro.
Em Hollywood foram produzidos inúmeros filmes sobre a guerra do Vietnã.
Toda essa mega produção feita para esconder da população mundial os crimes de guerra cometido
pelo exército norte-americano. Um dos aspectos mais utilizados nos roteiros desses filmes é exaltação de heroísmo
e coragem por parte dos soldados norte-americanos que são pintados como grandes "salvadores da humanidade". O povo
vietnamita estaria sob a ameaça “maligna” do comunismo, sendo dominado pelos guerrilheiros vietcongues, acabaram
virado todos eles grandes vilões.
O famoso filme “Rambo 2 – A Missão” ( Rambo – First Blood Part II – 1985). Contava a história de John Rambo, um
veterano da guerra do Vietnã que recebeu a missão suicida de resgatar soldados norte-americanos feitos de prisioneiros
por guerrilheiros vietcongues. Então, super herói Rambo, literalmente sozinho, mata um exército inteiro de vietcongues,
salva todos os prisioneiros com apenas uma faca, uma bazuca e uma metralhadora e não sai com nenhum arranhão
(rs, parece até piada). O filme, embalado pelo clima de aventura, o público é levado a torcer por Rambo como
se ele estivesse em uma jornada vingativa legítima, pois os guerrilheiros vietcongues seriam os responsáveis por
terem provocado a guerra. Sendo que na verdade foram os EUA que causou tudo aquilo só porque não queria um
governo revolucionário no Vietnã.
São raros os filmes que faz críticas sobre a guerra do vietnã. Filme que se destaca é “Nascido em 4 de Julho”
(Born on the Forth of July -1989), um filme que se concentra principalmente no drama real do soldado Ron Kovic
que por influência da família conservadora e religiosa se alista voluntariamente para a guerra do Vietnã e ao
voltar tetraplégico. No EUA se torna um ativista contra a guerra. Apesar do foco centrado no drama do soldado
e o tom patriótico do filme, toca mesmo que de maneira superficial, como a falsa propaganda dos EUA de participação
na guerra para acabar com o comunismo no mundo e deixa evidente o assassinato em massa de inocentes, mulheres e
crianças vietnamitas.
Em julho de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no Vietnã e viu bem de perto uma figura lendária chamada Vo Nguyen Giap. No final do encontro Lula deu uma entrevista para a imprensa e disse: "Estar diante de um ser superior, fiquei muito emocionado, li muito sobre ele. Encontrar aquele homem minúsculo, com 98 anos e saber que por detrás daquela aparência tem um homem que derrotou o grande poder militar francês e o grande poder militar americano é , no mínimo, estar diante de uma figura superior. O que vocês fizeram aqui foi muito mais que vencer uma guerra, foi uma lição de vida. A vitória de vocês foi a vitória do oprimido, e nós nos sentimos co-participantes e muito orgulhosos do significado dessa vitória".
E o Brasil na segunda guerra? O que é que nós fizemos?
Bem, na época a gente era governado pelo Getúlio Vargas
simpatizava com regimes fascistas. Alguns de seus generais
admiravam Hitler. No começo da década de 1940, o comércio
do Brasil com a Alemanha nazista estava ficando tão importante
quanto o comércio com os EUA.
Os americanos ficaram preocupados. Não queriam o Brasil aliado
do eixo. O presidente norte-americano Roosevelt enviou embaixadores
para conversar com Getúlio. A mensagem de Washington era uma mistura
de agrado com ameaça: ofereceram ajuda para construir a usina de aço
em Volta Redonda, mas falaram com dureza:"Ok, my boys, nós queremos o
Brasil distante do eixo."
Getúlio sabia que não era possível desafiar o gigante americano e rompeu
relações diplomáticas com a Alemanha. Naqueles tempos, a Alemanha já tinha
declarado guerra total. Qualquer navio que abastecesse os aliados corria o
risco de ser bombardeado. Foi assim que os submarinos alemães vieram até a
costa do Brasil afundar nossos navios.
Quando correu a notícia de que os nossos navios mercantes tinham sido afundados,
uma onda de protestos varreu o país. As pessoas foram às ruas em passeata exigir
que o Brasil entrasse na guerra. Preste atenção a isso: os EUA realmente pressionaram
para que o Brasil entrasse na guerra, mas a vontade de nosso próprio povo foi decisiva
para forçar o governo a partir para briga contra o nazi-fascismo.
Foi assim que o Brasil declarou guerra ao eixo e enviou milhares de soldados para lutar
na Itália. Nossa participação foi modesta, os brasileiros não tinham armas modernas nem
eram muitos e estavam subordinados ao comando dos generais americanos.De qualquer modo,
os nossos pracinhas (soldados brasileiros) deram grandes demonstrações de inteligência
e de destemor no campo de batalha.
Merecidamente foram considerados heróis, principalmente
os negros, os nordestinos, os pobres, convocados em massa para a tropa. No geral, os filhos
de burguesia foram poupados dos riscos do campo de batalha.
FMI(Fundo Monetário Internacional) é uma espécie de superbanco das grandes potências
capitalistas do mundo, chefiado pelo EUA. Criado em 1945, o fundo pode emprestar dólares aos
país pobres latino-americanos em dificuldades econômicas, mas faz uma porção de exigências,exemplos:
Congelamento de salários dos trabalhadores, privatizações, juros exorbitantes
e assim por diante. Corte
nos gastos públicos resulta em menos dinheiro para saúde, educação e previdência social.
Maiores
facilidades para as multinacionais. Afinal o FMI é comandado pelos países ricos que
comandam essas multinacionais, etc.
Todo governo latino-americano diz que é preciso fazer todo esse esforço para diminuir
a inflação. Uma coisa certa: aumenta a pobreza do nosso povo. A dívida externa
brasileira deixa a gente escravizado mais do que eramos no tempo da colonização.
Um livro essencial chamado "50 perguntas 50 respostas - sobre a dívida" serve para
entender quem se beneficia da dívida externa. Como, os EUA e seus aliados
opressores, exploram as nações mais pobres. Escrita no formato de perguntas e
respostas, a obra dos professores Damien Millet e Éric Toussaint analisa os
mecanismos utilizados para exercer um domínio que se constitui como "uma nova
forma de colonização", praticada por intermédio do FMI, Banco Mundial e Clube
de Paris. Para os autores, a luta pela anulação da dívida entre os países pobres
no caso o Brasil equivale atualmente luta travada contra a escravatura no século XIX.
Sobre os autores:
Éric Toussaint, é historiador e cientista político, presidente do Comitê francês para
a anulação da dívida do Terceiro Mundo (CADTM), membro do conselho internacional do
Fórum Social Mundial. Damien Milliet, é professor
de matemática, secretário-geral do CADTM e membro do Attac.
No dia 7 de setembro a gente comemora a independência do Brasil.
Isso significa o fim da exploração, opressão e colonização dos portugueses.
Hoje em dia a nossa querida pátria entrou em outro tipo de colonização.
Não posso comemora algo que não existe. A independência do Brasil continua sendo
pagar em dia para grandes banqueiros internacionais.É preciso fazer uma auditoria
nessa dívida externa.
O Brasil vive outro tipo de colonização das multinacionais. Basta fazer um passeio
pelas ruas das grandes cidades revela com facilidade a forte dominação das
multinacionais no Brasil. Marcas como Blockbuster, McDonald's, Nike, Coca-Cola,
Carrefour, Texaco e Wall-Mart, são algumas mostras dessa enxurrada estrangeira. O
capital estangeiro compram as empresas nacionais, como fizeram com as telefonias
estatais e recentemente a AMBEV (maior produtora de cervejas no país, controlando os
principais setores da economia nacional. Ditam as leis, como fizeram com a Lei de
Responsabilidade Fiscal e a autorização para os transgênicos.
A globalização junto com o neoliberalismo facilitou o ingresso do capital estrangeiro
no país as negociatas das privatizações das estatais (como a do setor de energia e de
telecomunições) e as aquisições pelo capital estrangeiro de empresas nacionais.
O jornal Valor Econômico divulgou que em 2005, as remessas de lucros e dividendos
para fora do país foram de US$ 12,6 bilhões Esse valor é mais alto desde que o Banco
Central começou a analisar esses dados, em 1947. Remessa de lucros é dinheiro que as
multinacionais mandam para fora sem nenhuma taxação. Esse capital, gerado pelo suor
dos trabalhadores do país não revertido em nenhum investimento no Brasil. Crime de
lesa-pátria.
Isso acontece por causa de presidentes entreguistas. Lula quando foi eleito em 2003
a primeira coisa que fez foi nomear Henrique Meirelles ex-tucano para ser presidente
do Banco Central. Ele praticamente entregou a chave do cofre nacional nas mãos dos
gringos. Henrique Meirelles para
quem não sabe, trata-se de um criminoso do colarinho branco, espoliador e
corrupto. Valeu Lula por nomear uma pessoa que representa os interesses de lá de fora
por um cargo tão importante.
Acretido o dia da independência só vai chega no dia que o povo brasileiro luta pelo
cancelamento da dívida externa que sufoca a economia, permitiria realizar
investimentos na reforma agrária, na educação, na saúde e assim por diante.
A expropriação das multinacionais, que detêm a parte fundamental da economia
nacional, é necessário para que o país tome nas suas mãos o controle de partes
fundamentais da economia brasileira.
Se a acreditamos que somos independentes somos idiotas e mal informados.
http://geocities.yahoo.com.br/marxista09/ |