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ATIVIDADES
1. Investigação teórica através de bibliografia pesquisada sobre o assunto. Inicialmente, completaremos a bibliografia e reuniremos o máximo dentre os textos selecionados. Uma vez que a maioria é em língua estrangeira, isto exigirá um trabalho de pesquisa nas bibliotecas das sociedades médicas e de psicanálise e de contato com bibliotecas em outros países. Ao mesmo tempo, poderemos ir investigando a parte da bibliografia que já está em mãos a fim de capacitar-nos para a formulação de novas questões, bem como para o aprofundamento de diversos problemas sob a forma de redação e publicação de artigos especializados e participação em encontros científicos. Inicialmente, será feita uma investigação histórica sobre a as Ciência Cognitivas, a Neurociência e a Psicanálise, visando mapear seus modelos. Depois, algumas questões mais centrais serão destacadas e investigadas separadamente. Citamos algumas dentre elas:
a) o problema tradicional da relação entre corpo e psiquismo, com destaque para o conceito atual de ‘emergência’ e retomando o conceito freudiano de ‘pulsão’ — particularmente no que concerne à clínica, há espaço para uma discussão sobre as afecções ditas psicossomáticas. b) a questão da consciência, da unidade do eu e do psiquismo — o que implica retomar e relançar o conceito freudiano de ‘inconsciente’ como sistema de memória e, a partir daí, investigar seriamente a noção provocante de ‘ inconsciente cognitivo’ (Piaget). c) a noção de intencionalidade — verificar a pertinência e a relevância de tal noção para o campo psicanalítico, cognitivista e neurocientífico. d) o conceito de localização cerebral e as discussões sobre as relações locais e globais entre cérebro e psiquismo, bem como sobre a possibilidade de articular estrutura cerebral e função psíquica — aqui convém retomar discussões acerca de fronteiras epistemológicas que já circundavam a constituição do campo psicanalítico e que jamais foram solucionadas definitivamente, atualizando as fronteiras da teoria freudiana particularmente com as Neurociências. e) as relações entre inato e adquirido, onto e filogênese, com atenção especial para o conceito de epigênese — trata-se de propor uma dissolução das oposições, ou melhor, uma conjugação total entre estes fatores através de um conceito proposto pela biologia e em pelo uso pelas ciências do cérebro. Neste ponto, também cabe perguntar sobre o papel eventual da teoria darwinista da evolução numa teoria do funcionamento psíquico. f) a questão crucial do desejo e do inconsciente para um modelo cognitivista — a pergunta é sobre a (im)possibilidade de incluir tais noções nas metáforas do psiquismo forjadas pelas ciências cognitivas: como excluir o desejo do modelo? Como dar conta do que faz furo na razão? São questões que cabe, por excelência, à Psicanálise sublinhar. g) o surgimento de uma formação subjetiva própria ao século XXI — a pergunta é inicialmente sobre os contornos assumidos por esta subjetividade e, num segundo momento, sobre os males que daí derivam. h) O materialismo freudiano e a constituição de um novo campo, qual seja, a neuro-psicanálise.
2. Coordenação de grupo de pesquisa com alunos de graduação, cujos objetivos são: 1. o aprofundamento e desenvolvimento deste projeto de pesquisa 2. a formação de novos pesquisadores críticos, abertos e criativos 3. o estímulo à pesquisa experimental como fonte importante de dados também para a Psicanálise.
O trabalho com esta equipe consistirá incialmente em leitura orientada de textos selecionados, apresentação e discussão de temas relevantes, bem como na orientação da produção individual de material sobre algum tema conexo escolhido segundo os interesses do aluno. O objetivo é que cada aluno aprenda a fazer pesquisa acadêmica e esboce seu projeto pessoal de pesquisa.
3. Publicação na rede mundial de computadores de material sobre pesquisa cujo tema principal é o ‘CORPO’, especificado na interface entre psicanálise e neurociências. A construção desta página será feita com os alunos.
4. Apoio teórico, técnico e operacional para a implementação de linha de pesquisa sobre Neurociência e Clínica operando sua interseção com as linhas de Teoria e Clínica Psicanalítica e de Linguagem e Construção da Subjetividade.
5. Participação em grupo de pesquisa de pós-graduação, em conjunto com os profs. J. Landeira-Fernandez e Flávia Sollero, sobre Neurociências e Clínica. |
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Departamento de Psicologia · PUC-Rio
Pós-graduação em Psicologia Clínica