NÃO “SUBA PARA CIMA” NEM “DESÇA PARA BAIXO”
Por: Jaime Nunes Mendes

Há, na gramática, uma figura de linguagem conhecida por pleonasmo, que consiste no emprego de formas redundantes ou desnecessárias. Quando empregado por ignorância, de forma viciosa, o pleonasmo recebe o qualificativo de vulgar. Por exemplo: biografia da vida de uma pessoa, chorar lágrimas, conclusão final, conviver junto com, decapitar a cabeça, descer para baixo, dar de graça, elo de ligação, encarar de frente, expulsar para fora, ganhar grátis, hemorragia de sangue, monopólio exclusivo, orar uma oração, países do mundo, pequeno detalhe, repetir novamente, seu amigo dele, subir para cima, surpresa inesperada, verdade verdadeira, voar pelo ares, voltar para trás etc.
No entanto, quando usado de forma consciente, para realçar uma idéia ou enfatizar uma expressão, é figura de estilo. Na Bíblia encontramos vários exemplos de pleonasmos estilísticos. Vejamos alguns: “Beije-me ele com os beijos da sua boca” (Ec. 1:2a). / “E ardeu contra Jacó, como labareda de fogo que tudo consome em redor” (Lm. 2:3b). / “E sacrificou Jacó um sacrifício na montanha” (Gn. 31:54a). / “E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora” (Jo. 11:43).



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