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Memória Rohden
Um novo sol em nossas vidas
         No Natal de 1980, nos reunimos como todos os anos na sede da Alvorada. Celebramos uma singela homenagem, numa meditação silenciosa, dirigida pelo professor Huberto Rohden. Houve uma preleção inicial.Em seguida aqueles momentos de quietude em busca da sintonia e ligação com a  alma do Universo. O tempo parecia parar nesses preciosos minutos enquanto cessavam também nossos pensamentos inquietantes. Mal percebemos quando o Professor se levantou,desfazendo sua  postura, para dizer as palavras de encerramento.
         Já aproximava da meia noite quando Rohden terminou sua oração final e pausadamente fez aquela inesperada revelação: “No próximo Natal não estarei presente em corpo físico.”
         Voltando da meditação os presentes nada comentaram, fazendo questão de ignorar o que ouviram. Nem era oportuno falar sobre a questão naquelas horas de confraternização, onde a alegria do Natal predominava.
         Ao retornar a meu lar, eu, que tive o privilégio de encontrar na vida Huberto Rohden, imaginava, como seria me privar daquela presença. Aquele ancião de maravilhosos cabelos brancos, rosto sereno e  encantadores olhos azuis preenchia os meus dias. Aonde eu iria encontrar outro personagem tão notável para dar continuidade àqueles encontros de elevados estudos de filosofia e religião? Por outro lado eu deveria me acostumar com a idéia  de que o término da jornada de Rohden não tardaria. Ele estava preste a completar 87 primaveras. Uma vida toda dedicada ao bom combate. Possuidor de uma mente brilhante, usava-a para esclarecer os ensinamentos do maior dos Mestres.Nesta existência, tudo é passageiro, pensava eu, e aquele convívio também passaria um dia.
         Uma consolação me animava ao me lembrar do que ouvira em suas aulas e lera em seus livros. Existem outros corpos: físico, astral, etéreo, luminoso ou outro veículo qualquer de que uma alma necessite. O espírito de  Rohden nunca deixaria de estar presente em nós. Uma alma tão integrada no seu Cristo interno, jamais se extinguiria com a morte do corpo.
         Quando 10 meses depois, numa outra meia noite, a alma de Rohden deixou seu corpo físico, serenamente trocou de roupagem e expandiu mais sua consciência. Transbordou a sua vida em exuberante plenitude e entrou em contato com todas as formas  de vida do mundo de Deus.
         Entendo que se manifesta em tudo: nas pedras e metais, nas plantas e insetos, nos animais e nas aves, no fulgor do relâmpago e nas fosforescências do pirilampo. Está presente nos ruídos da labuta diária e no silêncio das noites estreladas. Basta sintonizar com sua luz.
         Huberto Rohden é como o sol que ele tanto mencionou em seus poemas. Enche de luz as vidas,até mesmo daqueles que nunca souberam dele, mas que sinceramente buscam respostas para suas angústias.Aqueles que se reúnem em nome do Cristo podem experimentar a presença da alma de Huberto Rohden que já se unira a Deus em plena existência.
         Voltemos nosso olhar para este grandioso astro que passou pela terra deixando rastros luminosos.  Tenho certeza que seus raios penetram nossas almas, orientando nossos passos.
Convido a todos os companheiros de jornada a ajudar-me  reavivar a memória Rohden.
Íris Helena Gomes
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