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TEXTOS DA ADOLESCÊNCIA:
Salário Mínimo
São quatro horas!
João levanta na ponta do pé,
Vai na cozinha,
Não tem café.

O trem não vem,
João espera,
Já preocupado,
Não desespera.

Enfim chegou
E segue em frente,
Em todo vagão,
Há muita gente.

João se aperta,
Nem pode mexer;
Se lhe pisam os calos,
Nada pode dizer.

É muito fraco,
Sub-nutrido,
Nariz pontudo,
Rosto comprido.

O trem chegou,
Chegou atrasado,
O patão lhe ofende,
Pobre coitado!

Trabalha duro o dia inteiro
E na hora do almoço,
Não tem dinheiro.

Terminou o dia,
O trem demora,
Chega em casa,
Fora de hora.

A mulher cansada,
Já está deitada,
João se deita,
Sem ver  mais nada.

São quatro horas...
Nome sem Homem
Sabia sorrir,
Sabia chorar,
Sabia mentir,
Sabia cantar.

Amava a paz,
Já foi a guerra,
Conquistou o espaço,
Viveu na terra.

Já foi herói
E foi traidor,
Já foi amado
E também já amou.

Sabia perder,
Sabia ganhar,
Sabia de tudo,
Proveito tirar.

Conheceu a alegria,
Conheceu a tristeza,
Viveu na luxúria
E também na pobreza.

Conheceu a coragem,
Conheceu o medo,
Sabia de tudo
E guardava segredo.

Com os olhos vendados,
Podia ver,
Não foi a escola,
E sabia escrever.

Já perdoou
E foi perdoado,
Já condenou
E foi condenado.

Sabia de tudo,
Que já se viu,
Só não morreu,
Porque NUNCA existiu!
Beijo Combinado
O mais puro dos desejos,
Realiza-se num simples beijo.

É assim com os namorados,
Foi assim com a "Bela Adormecida",
E foi assim que aconteceu na minha vida!

Primeiro vieram os olhares
E com os olhos,
A beijei em todos os lugares.

Depois peguei a sua mão
E a levei junto ao meu coração.

Não sei se de propósito,
Ou por minha pura sorte,
Naquele dia, ela vestia,
Um generoso decote.

Do seu rosto me aproximei
E o canto da sua boca beijei.

Foi um beijo combinado,
Mesmo assim, apaixonado.

Um  momento proibido,
Que mexeu com todos os nossos sentidos.

Assim ficamos,
Até que, finalmente acordamos.

Foi um simples beijo,
Mas foi melhor do  que todos os outros desejos!
Morte e Vida Repetida
Depois de cada anoitecer,
Sempre vem o amanhecer;
Assim é o ciclo da vida:
Vai e volta, repetida.

Só um coisa é diferente:
O amor que nasce,
No peito da gente.

Um grande amor pode estar em qualquer lugar,
Mas nem sempre conseguimos encontrar.

Certo dia eu pensei:
Onde está a mulher que amo,
Mas que nunca encontrei?

Foi aí que o impossível aconteceu:
Esta mulher, na minha vida, apareceu.

E quando meu coração estava prestes a explodir,
Ela então disse:
-"Amigo, tenho que ir".

Foi para nunca mais voltar,
Deixou comigo,
Só o desejo de amar.

Por isso,
Naquele dia eu nascia
E no mesmo dia eu morria!
Cabocla Menina
A tarde caia no milharal
E a cabocla menina,
Varria o quintal.

La longe, bem longe,
Soava o canto da siriema,
Que, com força pequena,
Se perdia no ar.

O vento rasteiro,
Que tocava a campina,
Beijava o corpo,
Daquela menina.

Suas pernas macias,
Seu rosto moreno,
Faziam de poesia, seu corpo, veneno.

Veneno divino,
Veneno tão doce,
Que seduzia quem quer que fosse.

E alí imóvel,
Perdida em sonhos de fada,
A cabocla menina,
Não via mais nada.

Por alguns instantes assim ficou,
Até que um ruido na mata a despertou:

Já era noite,
A mata cantava,
E a cabocla menina,,
A casa fechava.

Seu corpo desnudo,
Na cama rolava,
Sua coxa macia,
A outra tocava.

Ali, sob a luz da vela,
Parecia ser, no mundo, a mais bela.

Seus lábios vermelhos,
Seu suspiro ofegante,
Procuravam, no travesseiro, um amante.

Mas o amante era frio,
E não respondia,
Alheio ao corpo,
Que ela oferecia.

Só mesmo o vento,
Que pela fenda entrava,
tocava suas pernas
E todo seu corpo violava.