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Falar
sobre qualquer aspecto da carreira de um talento único como
Marky compreende dificuldades desafiadoras, pelo simples
fato de que falar sobre tal assunto é como ter que contar a
própria história da cena no Brasil. Poderíamos começar
por uma perspectiva histórica, o que nos levaria até há
quase nove anos atrás, até a Penha, mais especificamente
em uma casa chamada Show Business, que mais tarde viria a se
tornar (em grande parte graças a ele) a lendária Sound
Factory, onde iniciou sua carreira como DJ profissional
tocando o que havia de mais inovador, o cutting edge da
Dance Music de então: o hardcore, ancestral direto do que
hoje conhecemos como D&B.
Após
uma estadia de mais ou menos 3 anos nesta que veio a
tornar-se uma das mais hypadas casas da Zona Leste, Marky
começou a ganhar destaque entre os DJ´s nacionais como
sendo uma das maiores promessas do panorama local (o que,
muitos prêmios depois, veio a se concretizar). Mudou-se
para a colossal, não menos lendária e, infelizmente
finada, Toco, onde o prestígio e tamanho da casa
possibilitaram a projeção de seu nome em uma magnitude
digna de seu talento.
Após isso, aquele que começava a despontar como uma
simples promessa já consolidava seu status como um dos
melhores DJ´s do país, rodando o circuito das melhores
casas e levando seu som a todos os cantos da metrópole.
Aqui sim começa a aparecer aquela figura, agora seminal,
que levou o D&B mundial ao Brasil e o D&B brasileiro
ao mundo.
Não necessidade de remetermos aqui a todas as dificuldades
por ele e por todos os amantes do D&B enfrentadas ao
longo do percurso acima descrito, na trajetória daqueles
obscuros anos em que as mentes refratárias escravas do
modelo convencional de música eletrônica renegaram a
autenticidade e originalidade
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| DJ
Marky |
de
um movimento que já há muito tempo sabia-se que era a única
salvação da cultura club, privando a este e a todos
aqueles aficionados que o apoiavam do acesso ao espaço
que lhes era merecido dentro daquele panorama.
Marky,
e com ele todo o universo formado pela música e seus
apreciadores, acabaram por superar essas circunstâncias,
demonstrando não só àqueles que tentaram nos atirar no
fundo do poço do esquecimento (não no underground, que
é onde nos sentimos em casa e de onde tiramos nossa força),
e provando que o público, no final das contas, sabe o que
é melhor, não para seus ouvidos, mas para sua mente.
O
D&B renasceu ainda mais forte e veio a aparecer para
os clubbers do mainstream, cuja mente já não conseguia
ter o mesmo discernimento após os excessos de psicotrópicos
e minimalismo rítmico, através da figura de um DJ como
ele, como sua única chance de sobrevivência. Após tudo
isto esclarecido, chegamos a algumas conclusões
importantes. Ao invés de nos perguntarmos quem é Marky
ou de onde ele veio, seria melhor se nos perguntássemos o
que ele significa para a cena. A resposta mais apropriada
seria: ele é muito mais do que podemos imaginar. O que só
pode significar mais uma coisa: o melhor ainda está por
vir, para ele e para todos nós.
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Dj
tracy Web Designer ( Eltonight Page ).
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