E agora? Caminhar e descobrir. Para não ter dúvidas.
Eu continuei. Meu  amigo Falcão Peregrino
Ponto de equilíbrio entre todos os povos. Quem não ouviu foi porque não quis
Onde está a dificuldade de serem humanos? Um ensinamento de Mestre
Era hora de desenvolver os ensinamentos Caminhar sobre as flores
Meus guardiões estavam certos ...reconhecê-la, linda, forte e luminosa....
Vamos em frente!!! Para quem acompanhou
Quem tem coragem de lutar pela vida, lute. Só se me tirarem a voz.
Após manifestar essa decisão, eu  precisaria materializá-la... Estaria correta essa decisão?
Conscientização Crianças Espirituais?
Trocar minhas convicções? Esse é o mundo em que estamos vivendo
Continuar porque? Migalhas de atenção
Deuses? Seguir meu destino
Estar junto de ti Não sabemos nada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
        

Música: Povo do Tempo

 Autoria: Patrick Wichrowski

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quarta-feira,  04 de abril de 2007

 

E agora?

Não cheguei ao fim da minha busca.  Existem muitos trechos ainda. Meu horizonte é infinito,  como é o horizonte mesmo.  Não o traçado pelos conceitos incompletos dos humanos, mas o horizonte cósmico.

Se você chegou até aqui, obrigada por não ter preconceitos e por ter me acompanhado nesses trechos de minha jornada.

Se você achou que os relatos são tolices, quem sabe se  com toda essa sua humildade e sabedoria, não pode  me ajudar então?

Quando eu me vi cheia de perguntas e as respostas cristalizadas que eu recebia não me satisfaziam, decidi eu mesma abrir meu próprio caminho. Nada de fantástico. Tomamos decisões em todos os instantes de nossas vidas. Quando encarnados,  as tomamos desde o momento de acordar (inclusive se vamos acordar mesmo ou  dormir mais um pouquinho) até o momento de dormir.

Decisões são tomadas por todos nós. Cabe a cada um de nós saber o que as impulsiona. E promovermos as modificações que concluirmos necessárias e mais construtivas,  se quisermos vivermos melhor, mais felizes do que  aparentemente felizes; mais equilibrados e menos alienados; mais felizes e menos entorpecidos; mais inteligentes e menos intelectuais.

Cada um de nós faz da sua vida o que decidir. Entretanto, nunca também devemos nos esquecer que cada atitude nossa retorna para nós mesmos.  Origem e Destino. Lembra-se? Pois é. O Alpha e o Ômega = o Princípio e o Fim. Portanto,  devemos ser mais responsáveis com nossas vidas e com todas as vidas ao nosso redor, se quisermos mudar a forma de caminhar da humanidade. As emoções que tem origem em nós, tem o mesmo destino: nós. Ou seja, tudo o que sentimos e exteriorizamos através de palavras ou atitudes retorna para nós. Atentemos para isso.

Lembremos que o macrocosmos é criado a partir do microcosmos. Então, se almejamos que a humanidade mude a sua forma de caminhar, que ela retome o caminho mais justo e solidário, lembremos que a humanidade é cada um de nós. Então, modifiquemos a nós mesmos e comecemos, nós mesmos, a retomarmos o caminho da justiça e da solidariedade.

Se não vamos ganhar espaço na mídia, melhor. Porque os que ganham são sempre retirados, porque fazendo isso eles se tornam um entrave aos planos de quem pretende continuar o entorpecimento.

Se não vamos ganhar espaço na mídia;  se mudarmos a nós mesmos e retomarmos o caminho da justiça e da solidariedade não nos trará  nome e renome,  pelo menos fizemos nossa parte. E  fazer a nossa parte  é muito mais importante que qualquer vaidade que venhamos a sentir. Fazendo a nossa parte na busca da justiça e solidariedade, pelo menos vivemos bem, com uma qualidade de vida interna bem melhor.

Meus relatos são para explicar a origem do site conexão com as estrelas.

Ali então as respostas que eu busquei  no decorrer de minha vida. Por elas eu renunciei a muita coisa que, agora percebo, me faziam mal, me aprisionavam a alma e a sufocavam.

 Ali estão os esclarecimentos  que eu pedi no caminhar de cada trecho de meu caminho.

Ali estão os fragmentos da verdade que eu consegui recolher enquanto caminhava e os buscava.

Ali estão minhas experiências enquanto Consciência.

Para chegar naqueles relatos precisei de passar pelos trechos  sobre os quais eu comentei, superficialmente, na Fase I e Fase II,entre outros que não foram relatados. Um dia, serão.

Valeu a pena ter trilhado os trechos mais difíceis enquanto eu via familiares e amigos  caminhando tranquilamente sem passarem pelos percalços que eu passava? Sem dúvida nenhuma.

Valeu a pena ter me molhado em tantas tempestades? Em ter quase morrido de sede nos desertos que atravessei? Em ter quase congelado nos montes gelados e congelados que precisei ultrapassar?  Sem dúvida nenhuma.

Valeu a pena eu jogar todo o lixo interno fora e deixar somente o que me é útil? Com certeza.

Valeu a pena em ter cruzado no caminho com mais lobos e serpentes do que com  pardais e sabiás?  Sim. Para tudo há sempre um ensinamento.

Valeu a pena porque eu encontrei o que buscava: os fragmentos da verdade que eu precisava para me  religar  a minha Consciência, e por extensão, à Energia Suprema.

E agora? O que fazer com toda a informação obtida? Foi, é e será compartilhada com aquele que desejar. Da mesma forma com que foi compartilhada no decorrer da caminhada até agora. Quem estiver pronto para recebê-las, vai recebê-las, compreendê-las e continuar a sua própria busca. Quem não quiser recebê-las ou quem não quiser compreendê-las, com certeza, vai cortar relações comigo (se for algum caminhante conhecido meu).

Entretanto, de minha parte todos serão respeitados em suas vontades.

A exclusão não me fere mais. A intriga e a maledicência não me magoam mais. Pelo menos não me fazem perder o equilíbrio nem meus propósitos de paz. Eu aprendi a viver. Quem não aprendeu ainda ficará nas mesmices do cotidiano e das emoções inferiores, cada vez mais preso a elas, sofrendo e chorando a cada acontecimento do dia-a-dia, corroendo-se em suas frustrações por não conseguir mudar de cidade, de emprego, ou de arrumar um marido ou uma esposa, ou por não ter conseguido trocar de carro no ano presente.

Se a exclusão desse mundo medíocre que falei agora acima aconteceu, acontece e ainda acontecerá, devo então agradecer a quem me exclui. Está sendo caridoso por demais comigo ao me colocar para fora desses contatos que não engrandecem o espírito em nada.

Não se espante.  Eu escrevi, diversas vezes, que comigo falsa humildade não funciona.  Nem vou dizer que "rezarei" por um ou outro por conta do que falei acima. De que adianta pedir a Deus que ajude a alguém se esse alguém está fechado para Deus e aberto aos sentimentos inferiores que obsediam seu espírito destruindo seu mundo interno?

De que adianta "rezar" e pedir a Deus que ajude alguém a encontrar o equilíbrio se esse alguém não o quer? Ou se alguém se imagina muito melhor que eu, mais "iluminado" e mais entendido? Então, que cada um reze por si e peça a Deus quando desejar, o que desejar, e se desejar, é claro.

Eu aprendi a respeitar, e mesmo que minhas atitudes pareçam  indiferença ou algo similar, segundo alguns conceitos de alguns caminhantes,  não me preocupo com o que pensam de mim. Se me preocupasse não teria dado o primeiro passo na minha busca. Eu não estaria aqui.

 Eu aprendi a esvaziar meu mundo interno de todo o lixo e colocar nele flores e perfumes. Aprendi a colocar nele o amor da Energia Suprema e deixar esse amor se expandir e ir ocupando todo o espaço que eu ia esvaziando. Vigilância sempre  para não deixar nascer mais nada espinhoso em meu mundo interno, e também para o caso de ser jogado por outrem, que eu perceba e retire imediatamente antes que fixe raízes (nesse quando, quando fixa raízes, fica mais difícil, então porque deixar?)

Eu encontrei o que buscava para o meu mundo interno viver em equilíbrio.

Sigo em frente, na minha caminhada, porque sei que  há muito chão ainda para eu percorrer. Há muita experiência para eu vivenciar. Muitos ensinamentos me esperando.

E você? Como está?

 

 

 

 

 

Domingo, 08 de abril de 2007

 

Eu continuei.

 

Quanto  mais  vamos caminhando e fazendo novas descobertas,  mais dificuldades para nos expressarmos num mundo sem expressão como esse em que vivemos atualmente.

Muitas vezes, pensei que não devia descobrir mais nada. Deixar a mentira encoberta é muito mais confortável. Perco menos amigos e não há tantos  percalços no caminho.

Muitas vezes, pensei em desistir. Entretanto, sabia que não conseguiria. Onde eu estava não me era possível mais voltar. Não me era possível apagar tudo como se fosse nada. Não era nada. Era tudo o que eu buscava. Como apagar?

Questionei muito porque os caminhantes daquele trecho da minha vida não tentavam descobrir as verdades também? Porque somente eu?  Eu era e sou uma pessoa comum. Tenho minhas dificuldades no cotidiano tal como qualquer outra pessoa. Porque eu?

Meus guardiões se calavam nesse momento, respeitando minhas perguntas  Não tenho conflitos internos ou externos. Não os aceito na minha vida e não permito que eles me afastem de meus ideais espirituais. Mas  as perguntas existiam ainda nesse trecho do caminho. Se não houverem perguntas, não haverão respostas para o buscador da verdade.

Nessa  época eu já os via (os guardiões) com os olhos físicos.

Foi um trecho de muitos questionamentos. E por isso mesmo, muitas decisões e muitas descobertas vieram em consequência. Bom para mim, eu sei.

Mas eu olhava o mundo de forma diferente. Olhava as pessoas de forma diferente. Eu já olhava tudo de forma totalmente diferenciada da forma que eu olhava antes. Eu sabia que o mundo não é isso, nem que o céu que vemos é o limite. 

Considero esse trecho do meu caminho muito importante, porque ali eu ouvi  algo muito importante, que se tornou como base para minha vida, em alguns assuntos.

Era uma época em que a exclusão começava a acontecer. Sutilmente. Mas já começava. Eu sabia que seria assim, mas não concebia a idéia de porque pessoas que pensam diferente, que sentem a vida de forma diferente uma das outras não podem ser amigas leais, não podem caminhar juntas se apoiando. Não entendia o preconceito que deixa tudo em estado de putrefação.  Não o conhecia. E precisaria conhecê-lo.  Identificá-lo e reconhecê-lo no futuro seria excelente para mim.

Nessa época eu estava ainda sendo forjada no aço do amor da Energia Suprema e precisaria passar por fogos e gelos para identificar um e outro e não me enganar quanto  ao fato do fogo, muitas vezes provocar sensações geladas, e o gelo, muitas vezes, provocar sensações de quentura. Eu precisava aprender. E mais que isso, eu quis aprender. Eu me propus a aprender, aqui, encarnada, tudo o que era necessário. Eu sabia que o aconteceria com o Planeta e com as humanidades não seria (não será) fácil e eu precisaria me manter de pé caso quisesse ficar aqui.

Por isso, meus guardiões silenciavam quando eu gritava silenciosamente minha dor e quando eu me transformava, praticamente,  num ponto de interrogação só. Eram tantas as perguntas. Era muita dor de saudade do meu mundo. Eu me lembrava. E quanto mais me lembrava, mais saudade eu sentia. Ainda bem que eles me compreendiam e me davam todo o amor que eu sempre precisei para continuar, em meus momentos solitários, não  de solidão.

Assim como os guardiões de qualquer pessoa dá a essa pessoa, se ela permitir.

Muitas vezes precisei caminhar sozinha por motivos que fui saber no futuro.  Mas não sentia solidão. Não encarnada. Eu já sabia reconhecer as situações e sabia que tudo são fases dentro de fases dentro de fases. E que é melhor sozinha do que mal acompanhada.

Nos meus questionamentos eu ouvia as estrelas, que, silenciosamente, me davam as mãos e leais amigas, me davam força para continuar. Minhas irmãs. Muitas delas, minhas irmãs bem próximas. Estavam torcendo por mim. Eu não podia desistir.

Mesmo excluída, de forma sutil, de muitos convívios familiares ou em círculos de amizades, eu sabia que amigo é aquele que fica, não aquele que vai embora. E meus amigos eram meus guardiões e as estrelas. Sempre ficaram.

Nessa época, em que ainda questionava muito as situações, os motivos delas, a origem, o destino dessa situações, um guardião me explicou, sucintamente, mais ou menos assim:

"- Minha irmã, muitas vezes as rupturas de amizades são em benefício  ou de uma parte, ou de ambas. Uma parte ou ambas precisam aprender alguma coisa,  e então precisam caminhar sozinhas para que aprendam a carregar o seu próprio fardo".

Então, eu entendi muito mais do que pretendia e antevi situações futuras em que isso se repetiria diversas vezes. Como acontece agora.

Entretanto,  nessa época do relato eu ainda procurava entender muita coisa que não entendia.

Foi quando o mesmo guardião me deu a honra de ouvi-lo dizer "afinal, o que você queria? Sombra e água fresca como todos querem? Tua caminhada nem começou ainda. Se para uns é fácil a vida,  não pense que para você não será também.  Mas se para uns é fácil a vida, para você ela será fácil e feliz. De uma forma que você não pode perceber agora. Se você chora agora, de tristeza, eu te compreendo. Mas eu te verei chorar  novamente, e será de alegria. Não porque terá mudado muita coisa na sua vida exterior, mas porque terá encontrado a fonte da felicidade no seu mundo interior. E então, vamos?" (E me ofereceu a mão dele, num gesto de solidariedade  incrivelmente divino).

Nessa época em aprendi que não devemos chorar por quem se vai de nossa vida.  Nem cobrar de quem se vai ou se afasta.  Quanto menos prisões  para o nosso espírito é melhor.

Então, aos que se foram, boa sorte a todos!

Continuei caminhando.  Mais um passo.  E outro. E fui me preparando, internamente, para a situação caótica na qual se apresenta a vida atualmente.  Preparando-me para viver nela mas não envolver com ela. E isso me trouxe muitos dissabores, se é que posso chamá-los assim.

Entender a realidade que cerca meu mundo exterior fez com que muitos caminhantes daquele trecho me chamassem de pessimista e sem esperança.

Mas eu  não sou nem pessismista nem sem esperança. Eu só acho que boi se chama boi,  cavalo se chama cavalo, batata se chama batata e cadeira, se chama cadeira. Não adianta querer inventar nomes  para disfarçar.

A situação é  caótica. Não  para o planeta. Pelo contrário. Caótica para uma humanidade hipócrita que segue sua vida de forma cada vez mais degradante. Situação caótica para as pessoas que não sentem segurança na fé que dizem ter em Deus e estremecem sob a ação de um furacão lá longe, ou sente sua firmeza ir por terra diante dos noticiários sobre um terremoto.

Continuei minha caminhada no meu mundo interno. Procurando cada vez mais me religar a minha Consciência, e por extensão, à Energia Suprema.  Procurando estreitar mais os laços de amizade e respeito com meus guardiões.

Preciso deles para me manter aqui. Eles também precisam que eu me mantenha aqui.

Ainda que sozinha, com eles, não estarei nunca sozinha. Ainda que muitos projetos não puderam ser concluídos, e nem começados porque cada caminhante está olhando apenas para o seu cotidiano presente, se esquecendo de que foi preparado para um futuro nada calmo e que deveria somar forças envidando esforços de se sustentar e auxiliar na sustentação de espíritos afins que fossem chegando nos trechos do caminho.

Eu continuei. Olho para a estrada que se descortina a minha frente. Não tenho medo. É meu destino.

 

 

 

 

 

Sábado, 14 de abril de 2007

 

Ponto de equilíbrio entre todos os povos

 

Eu continuei. Olho para a estrada que se descortina a minha frente. Não tenho medo. É meu destino.

Não caminho por caminhar, sem objetivos, andando de um lado da vida para outro, a esmo, sem direção. Quanto mais eu caminho, mais firme meus passos se tornam. Isso não quer dizer menos obstáculos não. Muitas vezes, os obstáculos são tantos que eu me sento numa pedra, olho para o infinito e pergunto "o que estou fazendo aqui?"  E, algumas vezes, para relaxar, um dos guardiões me dizem algo em tom de brincadeira, tratando-me com um carinho que se todos nós, encarnados pudéssemos vencer as barreiras e nos tratarmos assim, o mundo não estaria como está.

Lembro-me de uma situação dessas, em que eu estava sentada numa pedra, olhando para as estrelas, e me questionei "o que eu vim fazer aqui? Para que eu vim?" "Para viver desse jeito num mundo tresloucado em que todos se atropelam e só assim se sentem realizados?"  E uma saudade de meu mundo, um mundo muito melhor do que esse, me envolve e sinto as estrelas, minhas irmãs, me confortando o Espírito e dizendo que é por pouco tempo. Tal como criança, deixo meu espírito se apoiar no guardião que está perto, sentado como eu numa pedra bem próxima,  e ele me diz "você não veio para tomar um cafezinho? Então, tome o cafezinho, a hora de ir embora não demora muito".

Meu espírito se fortalece com a brincadeira carinhosa e retoma seu caminho na sua busca e no seu reencontro. É preciso que faça isso para que retorne com a certeza de ter feito tudo o que podia pelos irmãos menores.

Trabalhos a serem executados. Tarefas a serem cumpridas. Cada um as tem dentro de si. Vivenciá-las ou fugir delas depende do que cada um pretende para si, enquanto espírito.

As informações dos mundos extra-físicos continuarem chegando a minha mente física, e muitas vezes,  levavam meses para serem verbalizadas,  transformadas em palavras, pois que sempre vieram em códigos matemáticos e muitos símbolos. 

Quanto mais informação meu espírito acionada e decodificava, mais minha vida física entrava nos eixos, mesmo que ao redor o caos já estivesse instalado. 

Muitas das preocupações cotidianas que a maioria de nós cultiva, eu já não as tinha mais. Já havia me desprendido delas pois me faziam mal, me faziam sufocar. E quanto mais eu caminhava e mais informações eu recebia, mais minha mente física e espiritual, aliadas,  assumiam o equilíbrio das emoções. Mas os obstáculos sempre existiram, em maior ou menor grau.

Para superá-los contei com a ajuda de meus guardiões e de meus amigos caminhantes do mesmo trecho da longa estrada.  Com isso, aprendi muito com todos eles.  Muito mais do que eles mesmo possam imaginar.

A experiência de vida aqui nesse planeta é muito rica. Ela tem faces incontáveis e quando vamos experienciando algumas delas como a solidariedade entre os irmãos, fica impresso em  nosso corpo astral essa lembrança pela eternidade.

E algum dia, em qualquer  das muitas moradas da Energia Suprema, se e quando nos encontramos,  o reconhecimento é imediato.

Se todos os irmãos da Terra  quisessem viver felizes e  terem tudo de bom, só precisariam ser solidários uns com os outros. Essa atitude traz um bem estar interno incomensurável. E no mundo externo também há o retorno.

Não faltariam mãos para secar alguma lágrima. Não faltariam mãos para levantar aquele que tropeçou. Não faltariam braços para amparar aquele que está fraco. Não faltariam ombros para apoiar alguma cabeça cansada.

Mas o que vemos é o contrário. Sobram mãos para provocarem lágrimas, para derrubarem,  para empurrarem mais para baixo,. E ainda querem ser felizes! E ainda clamam por justiça quando vivem  a injustiça em cada momento fazendo o preconceito, o egoísmo, a omissão  e a crueldade governantes de cada ação do cotidiano, e ainda reivindicam da Energia Suprema uma vida abundante.

Por mais que digam conhecer a  reação do universo ao redor e no infinito,  que devolve para cada um o que cada um  enviou para ele, em forma de sentimentos, pensamentos, palavras ou atitudes.... por mais que  recitem ensinamentos memorizados sobre isso, pouco fazem em suas vidas para que a solidariedade seja a condutora de suas vidas.

Não estou falando aqui apenas da solidariedade em compartilhar um cobertor que não esteja sendo usado, ou uma peça de roupa que esteja mofando no guarda-roupa entre tantas sem uso. Estou falando da solidariedade de sentimentos. Solidariedade com qualquer irmão, em qualquer época de sua vida. Solidariedade na felicidade dele. Na realização profissional. Familiar. Emocional.

Sentir-se feliz porque o irmão é feliz.  Não ter ciúme dele, não ter inveja da felicidade que ele sente. Não criar intrigas levantando falsos testemunhos colocando em descrédito os motivos da felicidade do irmão.

Falo da solidariedade. Não de uma cópia mal feita dela. Não de uma sombra criada da verdadeira solidariedade, e que todos assumiram como sendo a própria.

Falo da solidariedade. Pura e simplesmente. Não há outro sentimento que se iguale a ela. Quem a tem, quem a despertou em si mesmo sabe o que é o amor. Sabe amar e desejar para o próximo tudo o que há de mais belo, puro e real.

Quem desperta a solidariedade universal em si mesmo sabe fazer aos outros o que gostaria que os outros lhes fizessem.

E assim, o ponto de equilíbrio seria encontrado. A paz alcançada. Em cada coração de todos os povos.

 

 

 

 

 

 

Domingo, 15 de abril de 2007

 

Onde está a dificuldade em serem humanos?

 

E assim, o ponto de equilíbrio seria encontrado. A paz alcançada. Em cada coração de todos os povos.

Todos desejam a paz, ou simulam esse desejo em palavras, mas fazem uma constante guerra e transformam suas vidas num campo de batalha.

Será tão difícil viver um dia de paz? Será tão difícil  para os habitantes do planeta se levantarem em suas manhãs e se dirigirem mentalmente à Energia Suprema e louvá-la como Suprema que é e assim, com essa unicidade, conduzir o seu dia familiar ou profissional na mais perfeita harmonia?

E daí que outras pessoas tem atitudes irritantes? Só por isso vamos deixar que nos roubem a tranquilidade que conseguimos?

Só porque existem os irmãos que vivem de forma desorganizada vamos também viver assim e desorganizar o que com tanto esforço conseguimos colocar em ordem?

E daí que o mundo está violento? Dentro de mim está tudo em paz, então que eu viva em paz nesse mundo violento. Onde está a dificuldade?

Onde está a dificuldade de cada um ser o melhor que pode ser? Não ser o melhor para dominar o outro, mas para ser harmonioso e assim, poder colaborar com aquele que também quer ser e precisa de uma ajuda inicial.

Onde está a dificuldade em tirar o lixo da inveja do coração e plantar uma rosinha no lugar? A dificuldade em tirar o lixo,  pode ser um sinal de afinidade com ele.

A natureza nos ensina sobre isso. Cada animal vive no ambiente que lhe é seu habitat natural.

Mas e os humanos? Precisam viver no meio do lixo moral e espiritual? Gostam disso? Afinizam-se com isso?

Ou talvez não sejam humanos? Talvez sejam pré-humanos e como tais se comportam?

Gosta de sentir ciúme letal porque alguém é feliz? Gosta de sentir uma inveja alucinante porque alguém vive em harmonia? Gosta de sentir aquela "coisa corrosiva" a cada notícia boa que recebe de alguém e fica ruminando a própria incapacidade de buscar os próprios objetivos?

Porque os humanos sentem prazer na tristeza? Porque sentem-se realizados quando alguém tenta um projeto de vida e, por vários motivos, não o alcança naquele momento? Porque sente uma alegria imensa quando vêem isso acontecer?

Porque tem prazer em se regozijar com relação aos infortúnios de alguém? Porque se ri prazeirosamente ao saber de um caso de adultério  em um casal de conhecidos?

Porque os humanos sentem prazer em ser cruéis? E  ainda falam de paz.

Querem a paz fazendo a guerra a cada segundo de omissão da vida com a própria vida?

Humanos, humanos... se se colocassem nos seus lugares muitos dissabores seriam evitados com relação ao destino do planeta.

Se tivessem tido responsabilidade e vivido as vidas aqui nesse planeta de forma harmoniosa, as humanidades seriam poupadas de muitos acontecimentos. Entretanto, não foi assim que se conduziram. E agora choram porque sabem que terão o destino que fizeram por merecer em tantas vidas desregradas e degradantes.

Choram agora porque sabem que não terão apoio e que a conta da destruição do planeta será paga por cada um que ajudou a destruir.

A humanidade chora.

 Meus irmãos choram. Sofrem. Vivem em conflitos. Em guerras. Com fome e frio. Mas não se esforçam em parar de chorar, eliminar os conflitos, saciar a fome e se aquecer.

Cultuam os sofrimentos como se não existisse outra forma de viver.

Acariciam os sofrimentos quando poderiam acariciar o espírito e deixá-lo aprender o que veio aprender.

Alisam as vaidades da vida física e maltratam o espírito não lhe dando nada, ou dando-lhe tão pouco que ele está anêmico.

Buscam todas as oportunidades de satisfação das necessidades da vida física (inclusive as "necessidades desnecessárias") e não dão oportunidade ao espírito nem de respirar.

E se arrastam pela vida carregando trapos e pedras, quando poderiam flutuar entre flores e perfumes.

Querem a paz? Então que a conquistem dentro de si mesmos, e a expandam ao seu redor.

Porque é difícil parar de destruir a própria vida e dos irmãos?

 Onde está a dificuldade em parar  de destruir as esperanças dos irmãos? 

Onde está a dificuldade em serem humanos?

 

 

 

 

 

 

Domingo, 15 de abril de 2007

 

Caminhar e descobrir. Para não ter dúvidas.

 

Essas perguntas me vinham à mente, vez ou outra. E algumas vezes, confesso que parei de caminhar,  sentei-me à sombra de  uma árvore, e me peguei a pensar,  pensar e pensar sobre isso.

Não concebia a idéia de uma maioria se chamar de irmãos, e se matarem entre si. Não concebia (menos ainda) a  idéia de usarem o nome de "Deus" para vitimar mais e mais irmãos no engano,  luxúria e miséria.

Então, através de um caminhante que passava por aquele trecho (digo passava porque ele apenas transitou,  ele não buscava nada)  perguntou-me  se não era mais fácil para mim se eu me agregasse a alguma crença religiosa para obter minhas respostas.

Não.  Eu não me agregaria a nenhuma crença religiosa. Não poderia conceber meu espírito preso novamente numa gaiola ainda que aparentemente confortável. Meu espírito já sabia voar e definharia se fosse aprisionado.

Levantei-me e fui em busca de esclarecer mais essa questão pessoal. Peguei um trecho do caminho  para compreender os ensinamentos tornados públicos e descobri que cada crença religiosa tem um deus próprio, criado a sua imagem e semelhança.

Percebi então que  para essas crenças, era válido comercializar o nome da Energia Suprema ou  os dons espirituais que alguns tinham ou diziam ter. Vender. Vender.  Vender.  Ganhar. Ganhar. Ganhar.

Continuei minhas busca, embora espantada com  quem tem ou diz que tem os dons e  vendê-los, ao invés de compartilhá-los, a quem deles necessita. Mais uma situação que eu armazenei para aguardar o esclarecimento, que não demorou dessa vez.

Fui vendo quantos ilusionistas existem e que abusam da boa fé de alguns irmãos.  Os ensinamentos são sedutores por demais, principalmente para quem está carente de alguma solução em sua vida.  E agora eu compreendo porque tantos se deixam enganar ainda  alimentando o progresso financeiro dessas crenças como se elas fossem um império econômico.

Meus guardiões, incansáveis amigos, me levavam para os locais que eles decidiam necessários para que eu conhecesse o lado negro que infestou os ambientes, de uma forma em geral, no Planeta Terra. Eu caminhei muito durante um bom tempo fazendo esse estudo, através da observação em corpo sutil.

Estive nos mais variados templos religiosos de todo o Planeta, para aprender sobre eles. A situação está bem mais contaminada de egocentrismo  do que  se imagina.

Eu vi o que se pode imaginar e  o que não se pode imaginar. É decepcionante ver o que um "irmão"  faz com o outro por causa de dinheiro, posses materiais e poder.

Então comecei a ter uma vaga idéia dos motivos de tudo isso acontecendo. Comecei a ter uma vaga idéia do que estava destinado à humanidade. E ela, tolinha, pensando que  reina soberana aqui,  nesse planeta.

E eu continuei minha busca. Da verdade. Mesmo que para isso precisasse andar no meio da mentira, para que eu reconhecesse um fragmento que fosse da verdade quando o encontrasse.  Já comentei que meus guardiões não me davam moleza. Não me dão ainda.

Como eu poderia caminhar depois sozinha se não aprendesse? Como eu poderia caminhar sobre pedras, por exemplo, se só caminhasse calçada ou sobre tapetes? Eu precisava aprender a caminhar em qualquer caminho  para não hesitar no futuro. Para não ter dúvidas.

Então, segui em frente. Sem medo de ser feliz. Sabendo que anjos da guarda existem, estejam em espírito ou em corpo, vivendo conosco, sendo amigos, nos oferecendo o ombro para apoiarmos a cabeça quando nos sentirmos  em desalento, por exemplo. Dão-nos as mãos para nos ajudar naqueles momentos em que nos sentimos cansados. Contam-nos um caso engraçado naqueles momentos em que algo triste nos ronda a mente.

Anjos da guarda existem.  Estão ai. Aqui. Ali. Em qualquer lugar.

 

 

 

 

 

Quinta-feira, 20  de abril de 2007

 

                                  0        Meu amigo Falcão Peregrino

 

Faço um parênteses aqui, nas minhas lembranças, para saudar um caminhante que desde que nos encontramos num trecho da jornada, há muitos anos, estivemos juntos em todos os momentos.

Nunca esmoreceu nos caminhos mais árduos, nunca reclamou quando tinha sede. Nem quando era quase carregado pelos vendavais que surgiram. Não desanimou quando o deserto se apresentou diante dele. Nem quando precisou atravessar a floresta densa, sem trilhas e cheia de animais predadores. Não entrou na auto-comiseração quando se feriu para subir mais um  pedacinho da montanha.

Sempre estivemos juntos desde o início de nossa busca, que começou, de certa forma, sem um saber que o outro também era um buscador.

Atravessamos desertos de sentimentos de outros caminhantes. Nadamos em rios caudalosos de águas contaminadas pela calúnia.  Repintamos o quadro de nossa vida tantas vezes quantas jogaram lama nele (no quadro). Choramos muitas vezes um pela dor do outro sem nos desesperarmos nem derramarmos uma lágrima.

Falcão. Vou chamá-lo assim:Falcão.

 Muitos pássaros constroem seus ninhos perto do seu para que você os proteja.

Grande amigo. Falcão peregrino que leva mensagens de fé e esperança a todos que encontra em seus vôos pelos céus azuis desse lindo planeta.

Os pássaros que  estão prestando atenção poderão aprender muito contigo. Você mostra como se salva o ninho.  A sua história conta.

Meu amigo de caminhada, meu irmão amado. Juntos, do jeito que pudermos, vamos superar tudo!

 Você não está sozinho e sabe disso.

Voa, Falcão Peregrino. Mais que os 300 km de vôo picado que você está acostumado.

 

 

 

 

 

 

 

                                                               Imagem: Falcão Peregrino

             Retirado de  ferrus.blogs.sapo.pt/arquivo/10066258.jpg

 

Quinta-feira, 26 de abril de 2007

 

Quem não ouviu foi porque não quis ouvir

 

Em um trecho de minha caminhada eu descobri sobre a multiplicidade  de oportunidades que o espírito tem para ir se acertando e se tornar luz, tal como a Energia Suprema.

Então entendi porque o Planeta Terra estava ficando com superpopulação. Cada ser que aqui chega começa a encarnar tantas vezes quantas forem necessárias até que ele comece a se transformar em luz. Nos últimos séculos tem chegados centenas e centenas, pelo que se vê ao analisar o censo oficial e os não-oficiais.

Continuei a viver a minha vida procurando me melhorar sempre que possível, sem estresses, pelo menos,  evitando-os o máximo possível colocando em prática as orientações recebidas nos trechos anteriores,  quando eu comecei a buscar e meus guardiões  foram me sugerindo como viver melhor aqui nesse mundo caótico e  governado por  desgorvernados, tendo líderes fanáticos sempre em alguma coisa, e uma população covarde, omissa e passiva.

Como conviver com isso tudo se minhas lembranças me traziam de volta vidas em recantos onde a dignidade de cada um é respeitado e que a Carta Universal dos Direitos Humanos editada no Planeta Terra é apenas uma pincelada dos direitos de qualquer ser humano em  outros mundos onde o respeito existe no dia-a-dia de cada um e não apenas em belos discursos? Ou atualmente, em belos emails cheios de imagens e músicas e  quem os envia não respeita nem o destinatário?

Como conviver com a mesquinharia que  envolve a maioria da população se  as lembranças de vidas ou experiências em mundos solidários me faziam constantemente ver a diferença de mundos  e personalidades de cada um?

Como conviver num mundo sem vontade e sem coragem de rumar para a ordem, o progresso, a abundância, a felicidade,  a diversão,  de forma saudável e construtiva se dias de outras vidas felizes eram uma constante nessa minha vida  mas apenas em lembranças, e u no meio delas e esse cotidiano massacrante que vivemos nesse Planeta?

Era difícil demais  ter e reter tantas lembranças na memória convivendo com esse caos.

Era difícil demais me lembrar de meus irmãos  de outros mundos,  de outras moradas  onde   não há poluição no ar, na terra, no ar e na água. Os pássaros, os animais, enfim, vivem docilmente em contato conosco não nos oferecendo perigos de vida como os daqui. Os irmãos vivem suas próprias vidas, trabalhando e promovendo, nos tempos vagos, a sua religação com a luz que é, acionando sempre a Energia Suprema dentro de si e se transformando mais e mais em seres  honestos, dignos, respeitosos, ternos e solidários. Não como os daqui que praticamente consideram qualquer um  como um inimigo em potencial e o que puder fazer para prejudicá-lo, fazem sem qualquer  resquício de compaixão e justiça.

Quanta saudade de meus irmãos dos outros mundos!

Vez ou outra, em algum trecho de minha caminhada solitária,  encontro irmãos de mundos similares, mas não se lembram de suas vidas e nem se dão conta do que estão fazendo aqui, vivendo a vida de forma física apenas sem levar em conta o espiritual. Também encontrei  muitos que pretendem se lembrar, mas isso exige esforço. É preciso ir tirando as crostas de ilusões impregnadas no perispírito. Não é da noite pro dia, não é  num piscar de olhos.

Por essa época eu ainda me iludia pensando que o ser humano era humano e amigo. Eu ainda me iludia pensando que meus irmãos que vivem no Planeta Terra poderiam se desprender das convenções equivocadas criadas para aprisionar o espírito e poderiam avançar um pouco resgatando valores divinos  e deixando de lado os costumes de viverem de uma forma mais responsável  consigo mesmo e com o  o que seu espírito veio fazer.

Quanto mais eu ia lapidando meus corpos astrais buscando sempre me manter nos princípios que todos os mestres, inclusive o da Galiléia trouxe, mais eu ia me lembrando de minhas vidas e mais fragmentos da verdade eu ia juntando e costurando na minha colcha que eu me propus a fazer para mim.

Compartilhava alguma coisa, na superficialidade mesmo, com caminhantes que iam comigo naquele trecho, mas percebia que não havia uma recepção compreensiva. Nem tolerante. Nem amigável. Alguns me hostilizavam sutilmente ou  em minha ausência, e nisso tudo,  vi confirmados meus pensamentos anteriores de que muitos  seres humanos não são humanos. Eles pensam que são. Fingem que são, acreditam nisso e querem que todos acreditem. Mas tem sentimentos e atitudes desumanas, pré-humanas.

Aos poucos fui percebendo algo: no início de minhas buscas,  todo trecho que eu pegava  tinha sempre muitos caminhantes  e trilhávamos aquele trecho nos fazendo companhia. De um certo tempo em diante,  percebi que a cada trecho que pegava,  ali, nele, tinha poucos caminhantes.

Era hora de desenvolver os ensinamentos  a fim de me preparar para uma vida  espiritual solitária. Eu sabia que  pegaria trechos em que estaria apenas com meus guardiões. Em que olharia para os lados e não veria irmãos caminhando por ali. Quando chegasse esse momento, eu pretendia estar preparada.

Estou fazendo o  meu possível para realizar essa situação. Sei que chegará o momento em que o mundo desabará sobre as cabeças de todos, o chão se abrirá sob os pés de todos,  e quem  não ouviu foi porque não quis ouvir.

 

 

 

 

 

Domingo, 29 de abril de 2007.

Um ensinamento de Mestre

 

Penso no meu irmão Falcão nesse momento. Enquanto me lembro de muitos trechos que caminhei, e fui vencendo as adversidades uma por uma, sem atropelar nenhuma delas e depois ter que me deparar com elas novamente, pois é assim que acontece. Se não nos fortalecemos e ultrapassamos um obstáculo,  mais na frente, ele nos surge novamente, pois ele é uma lição que precisamos aprender, e sempre estará diante de nós, em algum trecho de nossa caminhada, até aprendermos com ele e superá-lo.....

... Enquanto as lembranças me vem claramente como se tudo estivesse acontecendo nesse exato momento,  continuo pensando em Falcão,  irmão a quem eu amo muito, e que passa, nesse momento, por uma fase em que terá que vencer uma adversidade. Terá que ultrapassar um obstáculo muito grande.

Pelas minhas andanças nesse mundo e nos outros, esse obstáculo é um dos piores que qualquer ser humano espera ter em sua vida.

E esse irmão é um jovem, desabrochando para a vida espiritual e física, com 25 anos.

Até o momento, ele está convivendo com a situação de uma forma como vi poucos conviverem. Sei que no climax da situação, ele também vai vencer. E as consequências, que sempre ficam, ele também as superará.

Estive do e ao lado dele sempre, e ele sempre esteve do e ao meu lado, sempre também. Nas horas alegres e nas horas tristes. Ele nunca se omitiu enquanto ser humano em momento algum, ainda que passasse por trechos cheios de pedras pontiagudas ou atravessasse rios com águas profundas e turbulentas.  Nem assim ele se afastou e se escondeu debaixo da cama esperando tudo passar. Nem assim ele deixava de aparecer no meu dia, no meu cotidiano  e me perguntar " tudo bem com você?".

Eu o tenho como exemplo de conduta. Um jovem. Um jovem experiente que sabe ser um espírito encarnado e não foge à luta.

Falei dele numa mensagem acima. Coloquei um codinome para preservar sua identidade.

Eu o admiro pelo que ele é, enquanto humano e enquanto espírito.

Vi muitos caminhantes nos mais variados trechos de meus caminhos, desanimando diante de um imprevisto, e se for o caso de eu comparar, não era nada diante do que Falcão está vivendo esses últimos dias.

Onde estão nossos amigos em comum para lhe dar força, ainda que não saibam do que acontece, mas onde estão nossos irmãos que falam que são amigos mas que nunca aparecem nem para dar notícias suas nem para querer as dos amigos?

Cada um cuidando da própria vida, com certeza. E é assim que tem que ser mesmo. Mas será que cuidar da própria vida significa também deixar de lado amigos e sem sequer se preocupar em aparecer em algum momento e perguntar "tudo bem com você? Como você está?"

Cada um cuidando da própria vida é o melhor que se pode fazer, e nisso eu concordo. Mas sem deixar de ser amigo. Não precisa optar entre "cuidar da própria vida"  e "ter amigos". São duas condições que  não se atropelam.

...............................  sem palavras agora  ..................................

...só de pensar em quanta ajuda a união promove, quando ela existe....

..... só de pensar em quanta ajuda não é dada porque a união não se faz presente...

...sem palavras nesse momento...

... calo meus pensamentos e minhas mãos, calo meu teclado, calo minha mente física ...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu desejo que um dia os caminhantes desse trecho atual que estou trilhando se lembrem da lição que Falcão está dando, e que tenham o discernimento, que tenham amadurecido e que assimilem, um pouco que seja, do grande ensinamento que esse irmão está registrando com sua vida, sua dor e suas lágrimas.

Eu desejo que um dia os caminhantes que o conheceram percebam o quão  omissos foram  não dando reconhecimento à amizade tão alardeada mas que não passou de uma cópia mal feita da amizade propriamente dita.

Uma excelente oportunidade de aprimorar mais o próprio espírito cada um dos caminhantes..... mas onde está cada um??Eu estou aqui. E pode acreditar, aprendendo muito com esse irmão.

Eu desejo que meu irmão Falcão saia firme e forte de tudo o que está, nesse momento,  sendo o seu cotidiano e que vitorioso, voando mais alto que o próprio falcão, e que ele saiba o porquê do direito de voar tão alto.

Eu desejo que os ensinamentos que esse irmão, tão jovem, está deixando e perpetuará com sua história de vida no futuro,  sirvam para mostrar a quem quiser, que a solidariedade existe no coração daquele que deseja ser solidário, independente dos problemas da vida cotidiana, temporária, efêmera, fraca e frágil, que  faz estremecer qualquer amizade que possa ser desenvolvida e que promove rupturas sem condições de serem concertadas.

Eu desejo que quem pensa que está enxergando, perceba o quão cego se encontra. E que quem pensa que está ouvindo, perceba o quão surdo se encontra também.

Eu desejo, simplesmente, um dia, poder vir aqui e recontar essa história,  dizendo o nome de batismo do Falcão para que assim, se registre que eu avisei, mais uma vez, a todos que quiseram, para que cuidassem de seu espírito  em direção à Luz da Energia Suprema. E também para que não existam dúvidas sobre a veracidade do que comento aqui agora.

Um dia desses, pedirei autorização ao Falcão e farei um post scriptum (.ps) nessa mesma mensagem.

Por agora, meu foco é ele e a ele darei minha atenção, mais que antes, até, se for possível. E por ele farei o que estiver ao meu alcance, ainda que seja apenas estar presente com meu amor, solidariedade e brincadeiras, para que ele supere cada minuto que parece um século nesse seu momento crucial.

Falcão, mais uma vez, registro aqui: Você vai superar. Você vai sair dessa e voando mais alto do que voa agora. Acredite em você, no seu potencial enquanto ser humano, enquanto ser espiritual. Acredite no potencial da Divina Providência. Entregue-se à Luz da Energia Suprema e se deixe embalar, se deixe ninar por essa energia fantástica que ela é e descanse, se revitalizando, se fortalecendo mais e mais para os momentos decisivos dos próximos dias.

Estou contigo. Sabe disso.  Posso fazer pouco ou quase nada, mas estou contigo. Sempre e Sempre.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Terça-feira, 02 de maio de 2007

 

Era hora de desenvolver os ensinamentos

 

Continuando o post antes de eu falar de Falcão....

Era hora de desenvolver os ensinamentos  a fim de me preparar para uma vida  espiritual solitária. Eu sabia que  pegaria trechos em que estaria apenas com meus guardiões. Em que olharia para os lados e não veria irmãos caminhando por ali. Quando chegasse esse momento, eu pretendia estar preparada.

Em alguns momentos eu desejei que isso fosse com relação às vidas futuras. Mas, por mais que eu quisesse me escusar dessa realidade, não podia. Ela estava e está inserida em meus corpos astrais e renegá-la, ainda que seja apenas esse pequeno fragmento, é renegar a mim mesma e a quem eu tenho como exemplo: A Energia Suprema. Deus.

Por mais difícil que fosse caminhar naquele trecho que ora eu estava, independente que qual tenha sido, eu tinha (e tenho) objetivos a serem alcançados, e desanimar de nada me ajudaria.

Era difícil justamente por isso. Porque eu não levava a vida na flauta. Eu estava aprendendo a tocar a flauta para poder tocar e cantar a minha vida.

Por muitas vezes desejei não saber de nada que não fosse fazer um prato culinário ou um bordado em algum tecido, mas existem as pessoas que vem para cozinhar, outras para bordar, outras para lavar, e assim uma infinidade de motivos que trouxeram cada um aqui, nesse momento encarnado.

Assumi-los ou não é opção de cada um. Nem no lado espiritual há santos e pecadores. Há quem opta pelo caminho da justiça  e quem opta por viver à margem dela. E quanto mais vamos percebendo e assimilando as situações nesse sentido vamos tendo  condições mais firmes na escolha do que queremos para nosso espírito.

Por algumas vezes desejei não caminhar por caminhos tão difíceis e estreitos. Desejei caminhar por caminhos sempre floridos e sempre em festas, mas eu sabia que esses não eram meus caminhos, pelo menos, por enquanto. Eu precisaria caminhar pelas pedras para aprender a  caminhar sobre as flores sem feri-las. Caminhar sobre as flores com suavidade mas com firmeza.

 

 

 

 

 

 

Quarta-feira, 09 de maio de 2007

 

Caminhar sobre as flores com suavidade mas com firmeza.

 

Como é bom caminhar sentindo o perfume de flores. O vento nos cabelos,  refrescando o ar que respiramos, trazendo novas esperanças mais ali na frente, talvez no próximo passo.

Como é bom sentir o sol nos aquecendo a alma naqueles dias frios em  que nosso espírito clama por alguém semelhante.

Eu precisei sentir o frio para entender o calor. E precisei caminhar sob o sol escaldante para entender o frio.  Ambos se completam, embora distintos. Um é a ausência do outro.

Assim como o bem e o mal. O bem é a supremacia da paz em cada um. O mal é a ausência da paz em cada um.

A seleção entre os irmãos acontece de modo bem visível e pequenos ou grandes grupos se formam, por afinidades de lazer, cultural, educacional, social, profissional.

Quando eu estava caminhando um determinado trecho, tempos atrás, estávamos eu e meus guardiões, juntos, procurando alternativas para que eu me desapegasse de tantos sentimentos que não libertam o espirito. Eu precisaria desse desapego no futuro. Muito mais do que eu poderia imaginar naquele momento.

Sentimentos de posse disfarçados de amor e amizade. Eu precisaria desenvolver o amor e a amizade, tirando todos os sentimentos que envolvem a posse sobre esses dois sentimentos e tirando

 toda a posse sobre quem quer que caminhe comigo.

Amor e posse não combinam.

Amizade e posse não se dão bem.

E eu não quero a posse. Eu quero o amor. Que é uma forma de amizade. Eu precisaria trabalhar esses sentimentos dentro de mim para que se sobressaíssem e tornassem  o sentimento de posse o menor possível, bem fraco, quase inexistente.

Nesse trecho de minha caminhada, fui descobrindo como fazer isso. Confesso que até o momento atual ainda muitos não me compreendem quando falo sobre isso.

Há uma confusão  muito grande sobre a posse, o amor, a amizade. A posse escraviza. Torna o ser subserviente à situação. O amor liberta o ser e lhe dá asas.

Quando meus guardiões se afastaram para que eu descobrisse o que precisaria descobrir, sozinha, sem interferências, eu me vi num mundo desconhecido para mim, posto que jamais conceberia a idéia de que por eu não mais estar na condição de subserviente,  pessoas que seriam amigas começaram a se afastar pois não compreendiam que eu estava procurando despertar a amizade, o amor, e não a escravidão. Essa não precisava ser despertada porque já existia. O que eu fazia era torná-la o menor possível, para que assim, eu vivesse o amor, a amizade sem o peso da posse.

Conseguir a aprender a ser amiga sem pretender ter a posse daquele/daquela amigo/amiga.  Já conseguia ser amiga sem esperar que houvesse a reciprocidade.

Já conseguia ser amiga, solidária sem esperar retorno e sem me presumir dona daquela amizade. Eu e ela (amizade) éramos (somos) independentes, e uma não sufocava mais a outra.

Ótimo para mim ter descoberto isso com meus próprios dias, com minhas próprias experiências de meses e meses em que meus guardiões apenas observavam a firmeza que meus passos iam adquirindo, ao mesmo tempo que mais leves que antes.

Mais um ensinamento que muito foi útil no passado e continua sendo no meu presente atual.

Meus guardiões...meus amores... meus amigos ... meus lindos irmãos de tantas vidas vividas juntos,  sempre uns leais aos outros...

Meus guardiões estavam certos (como se eu tivesse alguma dúvida disso...rs.rs): eu precisaria caminhar sobre as pedras e buracos para poder saber caminhar sobre as flores.

 

 

 

 

 

Quinta-feira, 10 de maio de 2007

 

Meus guardiões estavam certos

 

Para descobrir a amizade, o amor, eu precisaria me desfazer daquele sentimento que aprendemos a ter desde que nascemos: o da posse, o da propriedade irrestrita. Não temos a propriedade sobre as pessoas, e isso é preciso aprender. Quem não aprende sofre a vida inteira porque sempre se sentirá lesado numa amizade ou em qualquer outro relacionamento. Sempre se sentirá traído.

A amizade não faz caridade, não dá esmolas, não faz pose para manter a aparência. A amizade é solidariedade. Ela divide sem medo de ficar sem nada. Ela compartilha sem ambição de  receber retorno multiplicado.

A amizade pode se manifestar ainda que se caminhe com dificuldades. Ainda que a pessoa  tenha alguma limitação física que a impeça de enxergar, falar, ouvir ou se movimentar,  ainda que esteja doente, ainda que não tenha dinheiro, ainda assim pode ser amigo de alguém.

Se não tem os olhos para ver,  ou se está doente,  ainda assim  tem algo bom dentro de si que poderá compartilhar com outra pessoa. Ninguém é vazio que não tenha nada a dar. E ninguém é vazio que só tenha a receber.

Um amigo pode estar sem condições de auxiliar o outro de alguma forma concreta e tangível, mas se ele for amigo mesmo, só isso já é uma ajuda que dificilmente poderá ser medida.

Entretanto, atualmente ser amigo deixou de ser amigo para ser interesse. Interesse no alto astral do outro, na coragem do outro, na felicidade do outro, na posição social do outro. Interesse em ficar por perto do outro porque lhe é lucrativo de alguma forma.

E a amizade entra onde nessa situação caótica na qual se transformaram as relações inter-pessoais?

Sair dessa condição e desvendar os véus que mostram a verdade além da  mentira é se amar e se respeitar. Um buscador que não desanima ao se ver sem amigos,  apesar de rodeados de conhecidos sabe o valor da amizade.

Conhecidos fazem  caridade. Amigos são  solidariedade.

Por mais dificuldades que a pessoa passe em momentos de sua vida, ela não precisa ser egoísta e só pensar em si mesmo. Ela pode ser amiga. Ela pode se movimentar e estar presente no dia-a-dia de outras pessoas. Se a pessoa for amiga, ela não medirá esforços em ser amiga de fato, aconteça o que acontecer.

Amizade = amor entre irmãos. Que falta você faz na Esfera Azul!

Por essa época em que eu caminhava nessa busca, percebi o quão difícil serão, para todos, os dias futuros (hoje, já bem próximos).  Somente a mútua-ajuda desprendida mesmo de qualquer egoísmo dará sustentação ao equilíbrio necessário para que meus irmãos não sucumbam aos ventos e tempestades que virão. E virão sempre de surpresa, quando e onde não se espera.

Sem a amizade fortalecendo as relações, como meus irmãos pensam sobreviver ao caos que já se intensifica a olhos vistos?

Não será possível dar um jeitinho brasileiro.  Por essa época eu ainda procurava dizer a todos que lapidação do espírito e a retomada da vida espiritual num corpo físico ainda seria um caminho adequado para quem deseja se fortalecer na Energia Suprema.

Nesse trecho de minha caminhada, eu o comecei com vários caminhantes, e quando cheguei em sua reta final, poucos chegaram também. Muito poucos. Os outros caminhantes pegaram outros caminhos.

E assim fui eu... aprendendo a viver. Porque eu preciso. Eu quero a verdade acima de tudo. E para acioná-la, preciso aprender a viver para reconhecê-la, linda, forte e luminosa.

 

 

 

 

 

                   Sexta-feira, 11 de maio de 2007

 

  .... reconhecê-la, linda, forte e luminosa....

 

Interrompendo o relato, mas ao mesmo tempo dando continuidade,  realmente a Verdade quando surge é linda, forte e luminosa. Falcão saiu vencedor dos combates que surgiram em seus dias  últimos passados.  Um buscador que encontrou tantos fragmentos da verdade quanto caminhou, e agora, nesses combates, se cobriu com ela e seguiu os dias de uma forma segura e valente. Como era o esperado.

Falcão....  quanto ensinamento!! ... quanta força!.... quantas experiências num acontecimento!.... quanta coragem!..... vê, meu irmão, que quem busca a verdade, com o coração puro e manso, a encontra sempre?

E eu aqui, meu irmão. Registrando nesse simples relato de minha, participações magníficas como a sua.

Muita coisa ainda para contar. Muitos comentários ainda a serem feitos sobre um trecho ou outro.  Vamos em frente!! A vida pede passagem, não é? Então, vamos lá.

 

 

 

 

 

Vamos em frente!!

 

Certa vez, peguei um trecho que iriam complementar informações que eu havia recebido sobre vida fora do Planeta ou comunicação com os seres que chamamos de espíritos.

Meus guardiões somente me sinalizaram a direção, e lá fui eu. Entrei por esse trecho com calma, sem precipitações, entretanto, com coragem. E como muita força de vontade, porque os motivos para eu desanimar "choviam" em meu cotidiano. Anda chovem. Se eu percebo isso na minha vida, não quer dizer que aconteça somente nela. Acontece na de todos. E quem os percebe e os joga fora, conseguirá seguir adiante. Aquele que não os joga fora, que os aceita em sua vida,  andará mais devagar, ou até vai parar mesmo a caminhada e o espírito vai começar a ficar anêmico, sem forças, até se abater e se entregar.

Muitas vezes é mais fácil nos entregarmos ao desânimo do que continuar caminhando entre pedras, espinhos.  Quando temos os pés feridos de tanto caminhar por terreno hostil; quando temos os joelhos enegrecidos  tanto pelas quedas quanto por muitas vezes precisarmos poupar os pés; quando temos as mãos sangrando por tantos espinhos desviados, sim, muitas vezes é mais fácil nos entregarmos ao desânimo.

E muitos se entregam. Não encontram objetivos para continuarem.  Não se permitem vencer aquele trecho.

Muitas vezes eu também quis desistir e me entregar ao mundo com suas vicissitudes e prazeres simplesmente do corpo, e só pensar em roupas, viagens diversões e namoros. Seria mais fácil, afinal, é o lugar-comum. É o que se considera normal.

Mas quem disse que eu sou normal, olhando sob essa ótica? Quem disse que eu me contento com isso? Se assim o fosse, não teria promovido mudanças em minha vida em momento algum, e hoje seria a mesma de outrora, só que mais decepcionada, com depressão, angústias e conflitos.

Entre sangrar por tentar caminhar ou por não tentar, eu optei pela primeira. Caminhar. Sempre na linha do horizonte. Caminhar infinitamente para estar diante da Energia Suprema. Caminhar porque parar não quer dizer  sempre estabilidade.

Por mais que tenhamos aprendido, haverá sempre algo para aprendermos. E esse desafio é o que nos sustenta a esperança para seguirmos a certeza.

O chão pode nos faltar, mas as asas estão prontas para alçarem vôos muito maiores do que pensamos.

E assim vamos em frente, caminhando com os passos de acordo com nossa conveniência e nossa busca. Firmes e seguros. Certos de seu destino infinito.

 

 

 

 

 

 

Para quem acompanhou....

 

Quem leu meus relatos atuais com relação ao amigo que dei o nome de Falcão, deverá se lembrar que eu  comentei sobre vir aqui e relatar um pouco mais detalhadamente, com a permissão dele.

Um breve resumo: meu amigo Falcão recebeu um diagnóstico médico de um câncer. Submeteu-se à cirurgia, e agora está se restabelecendo. Não ficaram sequelas. Nada de metástase, portanto, nada de sessões de radioterapia ou quimioterapia. Apenas um acompanhamento nos próximos 5 anos, como é o indicado nesses casos.

Entretanto, o que ressalto aqui é a forma com que ele se conduziu desde a suspeita de algo, exames, cirurgia, e resultados finais pós cirurgia.

Em momento alguém se deixou abater ou se refugiou do convívio social. Em momento algum disse "oh, como sofro" ou " porque eu?,  sou tão bonzinho" ou "isso é carma, tenho que sofrer" ou "é castigo de Deus", ou "eu mereço!" etc etc etc

Em momento algum deixou abater nele o entusiasmo pela vida, a esperança do futuro e a certeza da superação, do melhor jeito que lhe fosse possível.

Comportava-se com todos os amigos que não sabiam desse momento dele da mesma forma com que o fazia com os amigos que sabiam.Ou seja, não fingia a força que demonstrava. Ele a tinha. Ele a tem.

Muitos ensinamentos nesse período ficaram impregnados na vida de todos. Dos que acompanharam de perto esses momentos, e dos que não tomaram conhecimento na hora em que aconteciam esses fatos, mas que ficarão sabendo, a posteriori, então vão se lembrar de muita coisa e a partir dai, talvez assimilem o que esses momentos do Falcão trouxeram para todos nós.

Que tenhamos humildade em nos colocarmos em nosso lugar, mas que tenhamos coragem de não nos escondermos diante do que nos acontece no dia-a-dia.

Lembro-me agora que um amigo escreveu numa mensagem, em um grupo de reflexões no qual participávamos: "chegará o tempo em que professores vão se descobrir alunos" e eu completei, na mesma época que recebi a mensagem "e muitos alunos vão se descobrir professores".

É isso. Por agora, é isso.

 

 

 

 

 

Segunda-feira, 14 de maio de 2007

 

Quem tem coragem de lutar pela vida, lute.

 

O chão pode nos faltar, mas as asas estão prontas para alçarem vôos muito maiores do que pensamos.

Os conceitos podem estremecer sob meus olhos, mas a unicidade com a Energia Suprema permanecerá infinitamente em meu ser.

Quem tiver coragem de amar,  ame.

Quem tiver coragem de ser humano, se humanize.

Quem tiver coragem de lutar pela vida, lute.

Quem tiver coragem de transcender e ser luz, seja.

Não há mais espaço para indecisões. Qualquer um de nós está tomando decisões em todos os segundos. Fazendo escolhas a cada momento de cada dia de cada vida.

O amor preenche os dias daquele que faz isso acontecer. Que não espera que caia dos céus ou seja tirado de uma cartola num passe de mágica num espetáculo circense.

A coragem preenche os dias daquele que sente cada vez mais a alienação fazendo  morada em muitos espíritos.

Quando eu estava nesse trecho da minha jornada, eu pensei "já caminhei tanto, será que não posso parar não?", então um de meus guardiões, o que estava comigo naquele trecho perguntou de forma sucinta e clara "e o restante do caminho, você quer que quem faça por você? É isso que você quer para você: parar sem motivo que justifique?Vai se satisfazer com a gota de água se você pode chegar até a fonte cristalina?"

Minhas características pessoais me fazem falar com meus irmãos tal como meus guardiões falam comigo. Não há como mudarmos e nos violentarmos a nós mesmos para agradarmos a quem amamos. Se amamos, devemos aceitar enquanto nos for possível. Quando não for mais, tentemos um equilíbrio na relação para que a situação cresça e os espíritos que se relacionam vão se conhecendo mais e mais. Não adianta querer esperar uma felicidade plena se ela não for trabalhada dentro de cada um, se ela não for conquistada por cada um e pelos dois.

Então, diante do que meu amigo espiritual me disse, me impulsionei no mesmo momento, em espírito e continuei minha busca e meus encontros com alguns fragmentos da verdade que eu buscava e ainda busco hoje.

Foi  quando eu comecei a me desprender de mim mesma e me locomover pelos mundos astrais. Nunca sozinha. Sempre com meus guardiões. Para conhecer, através de (re)lembranças das raças que vieram morar aqui.

Eu não perguntei o porquê. Não teria resposta naquele momento.  E assim  fui desenvolvendo a condição de me desligar do meu corpo de forma consciente. Eu precisaria aprender isso, não para ficar fazendo turismos astrais e voltar cheia de vaidade, trazendo notícias de lá em livros ou mensagens. Não sou menina de recados. Quem desejar, faça o mesmo que fiz:aprenda com seus mentores.  Quem desejar buscar saberá ser orientado perfeitamente para que não se iluda no caminho. É o pedir com o espírito para realizações do espírito. Porque pedir com a mente para realizações da mente física é o que todos fazem. Pedir saúde, casamento, felicidade no casamento,  promoção profissional, casa nova, etc etc  pedir isso é fácil. Pedir para o espírito, pedir ajuda para  ele se lapidar, se tratar, se curar, isso é mais raro, até mesmo porque muitos até pedem mas não querem a ajuda, pois isso os afasta das mesmices pedidas para o cotidiano físico encarnado.

A aproximação com a Energia Suprema se dá com o trabalho de cada ser. Nunca será transferindo para terceiros o que cada um, individualmente, precisa fazer por si. Então, quem deseja ser uma semelhança da Energia Suprema, precisa fazer acontecer a leveza do ser que é para que a luz em cada um rebrilhe e cada vez mais alcance a luminosidade que, por si só, estará, cada vez mais, próxima de quem eu chamo de Energia Suprema, mas muitos chamam de Deus.

Quem tiver coragem de amar,  ame.

Quem tiver coragem de ser humano, se humanize.

Quem tiver coragem de lutar pela vida, lute.

Quem tiver coragem de transcender e ser luz, seja.