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Leituras de Física

MOTO-PERPÉTUO


Será possível construir uma máquina que funcione indefinidamente, apenas com uma certa quantidade de energia inicial a ela fornecida?
O moto-perpétuo seria uma máquina que iniciado seu movimento, continuaria a girar eternamente, e com velocidade cada vez maior, o que possibilitaria obtermos dela energia.
Seja um sistema que efetua uma transformação. Isto quer dizer que algumas ou todas as grandezas relativas a ele estão variando. Se, no entanto, o sistema sofrer uma segunda transformação que o faça retornar ao estado inicial, pode-se falar de uma transformação resultante das duas e considerar o processo cíclico. De fato, mesmo que esse processo fosse repetido indefinidamente, sempre se reproduziriam as condições iniciais. Então, a variação total de energia interna seria nula. Isto quer dizer que a variação de energia da primeira parte do ciclo é compensada exatamente por uma variação oposta, na segunda parte do ciclo.


(O ímã cinza atrai a bola de ferro que volta pelo buraco)

Incontáveis foram os que tentaram construir uma máquina desse tipo, capaz de realizar um ciclo de tal ordem que a energia necessária para fazer o sistema retornar às condições iniciais, na segunda parte do ciclo, fosse menor que a energia que se havia despendido na primeira parte do ciclo.
Essa seria uma "máquina mágica", pois "criaria" energia a partir do nada. Mas foi somente com a formulação do primeiro princípio da termodinâmica que ficou estabelecida a impossibilidade de tal mecanismo.
Nos dias de hoje é fácil ao homem de ciência aceitá-lo. Ele aparece como uma aplicação da lei da conservação de energia aos sistemas termodinâmicos. No século XIX, contudo, esse mesmo princípio parecia mais um dogma religioso do que uma verdade científica.
E isto porque certos fenômenos naturais não se enquadravam nele. Mais ainda, pareciam desobedecê-lo. Por exemplo, não se conhecia a razão pela qual o Sol pode fornecer energia com um ritmo certamente impossível de ser sustentado pelo simples armazenamento de calor produzido por uma desconhecida reação em tempos remotos. Consequentemente, admitia-se que "uma razão desconhecida tornava impossível reproduzir este fenômeno na Terra".
As pessoas que já tentaram construir uma máquina de moto-perpétuo dizem que os cientistas já se enganaram muitas vezes e que podem estar errados novamente. Isto é verdade, mas a convicção que os cientistas têm de que a energia não pode ser criada , provém da análise de um grande número de fatos e experiências; essa confiança é tão forte que os cientistas pouca atenção dedicam ais engenhos de moto-perpétuo. Os departamentos de patentes de muitos países se recusam a dar patentes de máquinas de moto-perpétuo.

Um pêndulo continuaria a oscilar eternamente se não houvesse atrito se opondo a seu movimento, mas não constituiria uma máquina de moto-perpétuo. Para isso, ele teria que produzir mais trabalho do que recebe em cada oscilação.

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