HEADHUNTER
Console |
Dreamcast |
Produção |
Amuze |
Gênero |
Ação |
Origem |
Reino Unido |
Acessórios |
Cartão VMU |
Jogadores |
1 |
Antes de iniciar a análise desse jogo, vou contar uma história ocorrida em maio do ano
passado durante a realização da feira E/3.
A Sega disponibilizou em seu estante um enigmático cartaz onde se via um cara de barba
serrada, óculos, segurando uma pistola, com a informação: HEADHUNTER.
Ao procurar informações para ficar por dentro do assunto, os caras da Sega
apresentaram um breve realise sobre a produção, com promessa que Headhunter seria o
"Metal Gear" da Sega, com previsão de lançamento no mercado americano, em
dezembro/2001.
Passados quase 7 meses da realização da feira, e a quase 2 meses da promessa do
lançamento no mercado americano. Podemos afirmar que:
1º A Sega of América alegando problemas financeiros cancelou o lançamento do jogo
nos EUA. Se hoje Headhunter está rodando em seu Dreamcast, e pelo simples fato da Sega of
Europe ter apostado alto nessa produção e lançado no mercado europeu.
2º Headhunter é ótimo, ou melhor, excelente, mas daí compara-lo com Metal Gear é
"dose pra mamute". Com muita boa vontade pode-se até falar que a concepção do
roteiro lembre um pouco, ou a necessidade de atuações furtivas também de uma vaga
lembrança. Mais como diz o outro " Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra
coisa".
3º A idéia que o pessoal da Sega of América passou aos interessados em coletar
informações sobre a nova produção era que o personagem principal teria o perfil de um
herói do cinema americano, mais ou menos no estilo truculento de Clint Eastwood ou do
vingador Charles Bronson, mas novamente, para variar, a turma da Sega deu bola fora!
Da mesma forma que o personagem principal não tem nada há ver com os atores citados,
se parece em todos os sentidos com o canastrão Chuck Norris , Headhunter está mais para
Syphon Filter do que para o clássico Metal Gear da Konami.
Após esse breve e obrigatório esclarecimento, vamos ao jogo onde vou relatar a
opinião da equipe Mar Games sobre essa nova e excelente produção feita sob medida para
o Dreamcast, sem perder tempo com comparações absurdas!
A softhouse Amuze, após quase dois anos de intenso trabalho e utilizar uma legião de
programadores, lança no mercado europeu o game Headhunter, produção que coloca o
jogador em um cenário futurístico onde a sociedade está corrompida e acuada pelo crime
organizado. Sua missão é varrer do mapa essa turma do mal tendo é obvio que combate-los
da forma que eles mais entendem, agindo com astucia e extrema violência!
O roteiro do jogo mostra que os fatos são vividos em um futuro distante num estado ao
sul da Califórnia. Devido a total impotência do governo para combater o alto grau de
criminalidade, é fundado a ACN(Anti-Crime Network), agencia que tem como missão combater
a onda de violência que impera na sociedade.
São recrutados os Headhunter, ou em nossa língua nativa fica: caçador de cabeça, ou
seja, assassinos profissionais que trabalham do lado da lei. Mas a ACN não trabalha
única é exclusivamente pelo bem da humanidade.
Devido ao fato da falta de órgãos humanos para serem utilizados em transplantes, os
delinqüentes abatidos pelos agentes da ACN, são literalmente fatiados, sendo seus
órgãos comercializados clandestinamente para integrantes da alta sociedade.
O negócio que a ACN explora corria perfeitamente bem, até que misteriosamente
Christopher Stern, fundador da agencia é brutalmente assassinado. Para completar o
mistério, Jack Wade, personagem principal do jogo e braço direito do Sr. Stern, perde a
memória não tendo lembranças do que pode ter ocorrido com o chefe.
Essa é a concepção básica do roteiro do jogo, mas durante as ações ocorrem
reviravoltas na história que muda completamente o conceito do jogador sobre quem é o
bandido ou mocinho da trama. Somente para aguçar sua curiosidade; Você não tem idéia
do real assassino do Sr. Stern!
No inicio das ações, Jack Wade após fugir de uma base, vai de encontro a personagem
Ângela Stern, filha do executivo morto. Ela pede ajuda para que Jack lhe ajude a
desvendar o assassinato do pai. Apesar de não se lembrar de nada, talvez pelo simples
instinto de matador, o clone de Chuck Norris , aceita de prima a missão.
Após essa fato, o jogo corre solto, tendo o jogador que combater inimigos a base de
fogo pesado e resolver enigmas comumente utilizados em diversas produções estilo
adventure, ou seja, o jogador tem de coletar itens espalhados nos cenários e utiliza-los
nos locais corretos para liberar portas, ligar equipamentos ou até mesmo ganhar armas
mais potentes.
Além disso, durante as ações o jogador tem obrigatoriamente que participar de alguns
minigames de teste virtual denominados pela sigla LEILA(Law Enforcement Intelligence and
License Approval), que nada mais é que uma fase treino que lhe ensinará diversas ações
que devem ser utilizadas durante o jogo. Durante as fases do LEILA, o jogador aprende como
agir nas ações que é necessário liquidar oponentes furtivamente sem ser notado pelos
demais inimigos. Movimentos para atirar e se proteger dos inimigos, ou até mesmo, pilotar
uma motocicleta da hora.
Para avançar para outros cenários na cidade, ganhar novos armamentos ou ter acesso a
novos segredos é necessário entender e passar com êxito nos minigames LEILA.
Para se deslocar de um ponto para outro na cidade o jogador tem uma moto como meio de
transporte. Apesar dessa máquina impressionar e a idéia ser extremamente original, os
programadores da Amuze poderiam ter caprichado um pouquinho mais no quesito
dirigibilidade, que deixa muito a desejar!
A maior parte das ações o jogador comanda o personagem Jack Wade, mas em missões
especificas quem entra em ação é Ângela Stern que de frágil não tem nada, a garota
é uma autentica headhunter!
O jogador além de ter que combater centenas de inimigos a base de muita artilharia,
quebrar o pescoço de outros, pilotar uma super moto, resolver inúmeros enigmas e passar
pelo teste de aptidão nos minigames LEILA, não poderia faltar a tradicional luta contra
o chefe de fase. Aliás
. Esse é um dos grandes desafios que você deverá enfrentar
nessa produção.
Headhunter é uma grande oportunidade para os usuários do Dreamcast deixar de
resmungar pela pouca quantidade de lançamentos para o console e adquirir rapidinho essa
autentica obra prima gamistica. Imperdível!
AVALIAÇÃO |
SOM |
A produção de
áudio está no jeito! Os sons das ações efetuadas no jogo são convincentes. A trilha
musical é variada e composta por temas de bom nível. 8,0 |
GRÁFICOS |
O sistema gráfico
concebido em um gigantesco mundo 3D transborda em qualidades. A construção dos
cenários, objetos e personagens beiram a perfeição.
9,0 |
JOGABILIDADE |
No inicio das
ações o jogador pode até achar que controlar o personagem é difícil. Dá até para
entender esse sentimento devido ao fato do personagem ter dezenas de movimentos, e acertar
todas seqüências de movimentos leva um tempinho. Além disso, é obrigatório aprender a
movimentação de câmeras. Uma coisa que não dá para pegar as manhas porque é muito
ruim mesmo e o controle da moto, ainda bem que os percursos que devem ser seguidos são
curtos. 8,0 |
DESAFIO |
O grau de
dificuldade do jogo é crescente. No inicio são poucos inimigos que devem ser detonados e
os enigmas são simples, mas conforme o jogador vai avançando nas ações e conhecendo os
segredos da ACN, o bicho pega! Somente a galera que curti transpor intensos desafios vai
chegar ao final do jogo e conhecer a verdadeira e surpreendente história dos personagens
principais da trama.
9,0 |
MÉDIA |
8,5 |
|