Navisfera de Wilson Navisfera de Wilson
Um mundo estranho. Esse antigo...dispositivo? da figura acima, ao qual lhe atribuem outras funções, na verdade é um invento recente intitulado "ESFERAS IMAGINÁRIAS" mas que, por razões de identificação, renomeado "Navisfera de Wilson" numa associação ao nome de seu inventor ou , face a simplicidade do aparato, descobridor
. Estima que pode ter existido há mais de 1.000 anos. Nesse contexto, a Navisfera de Wilson recentemente descoberta, tem ou teria por missão explorar as funções do sistema trigonométrico de projeção angular, aplicando-o no referido instrumento, provavelmente usado em agrimensura no antigo Egito. Construído com quatro (anéis) armilas articuladas, conforme a figura em anexo, se o mesmo foi usado por agrimensores no Egito sua idade remontaria mais de 3.000 anos. Nota: o instrumento não foi desenterrado de um campo arqueológico e sim elaborado para ser feito com uso de tecnologias e materiais conhecido naquela época. Como se percebe, a “Navisfera de Wilson” construído com quatro armilas (anéis) articuláveis entre si pode ser um pantógrafo esférico mas que graças aos três eixos ortogonais adquire os movimentos de um giroscópio, articulações essas que permitem coordenar outro complexo sistema de transferência de ângulos na superfície de uma esfera abstrata e nesse caso, aplicando-o em astronomia na resolução de problemas que envolvem a trigonometria.
Aplicação.
Um dos usos da “Navisfera de Wilson” é ser usada como um simulador de eventos astronômicos, podendo substituir as tábuas de navegação HO249 ou a Radler de Aquino.
“Navisfera de Wilson” , como simulador, é construída com anéis (armilas) articulados em eixos transversalmente dispostos de modo possuir os movimentos de um giroscópio e como suas articulações riscam por igual a superfície de uma esfera imaginária, essa propriedade é aproveitada, por exemplo, para simular o azimute e altura acima do horizonte que a luz de uma estrela, constante num almanaque náutico, deverá ser avistada em determinado instante, permitindo assim corrigir a posição estimada do observador com relação as estrelas no céu.
“Navisfera de Wilson” , a qual se refere o nome do presente invento, tem por finalidade atender, por exemplo, as funções de uma calculadora eletrônica, na resolução de problemas trigonométricos.
“Navisfera de Wilson ” é montada num jogo de 4 armilas graduadas , todas iguais e opostamente articuladas formando um sistema de compassos esféricos e articuláveis como um pantógrafo tridimensional.
Enfim, a “ Navisfera de Wilson” , é como se fosse um planetário em suas mãos, que permite a qualquer navegador simular, a posição relativa aos corpos celestes.
Modelos anteriores ou parecidos. Conforme dito, “Navisfera de Wilson” foi elaborada para atender, fora da meridional, todas as simulações requeridas na astrometria de posição e dessa forma evitar equações e outros cálculos ligados a matemática, dessa forma compensar a loxodrômia.
A “Navisfera de Wilson” é um instrumento muito semelhante a Esfera Armilar .
Convenção da Terra Plana A Esfera Armilar foi durante muito tempo um modelo mais conhecido, conta a história que foi desenvolvida ao longo dos séculos A.C. em defesa de algumas teorias envolvendo a criação do mundo e sistemas geocêntricos e por outra, servir de registro como num almanaque sobre o curso do sol nos 365 dias do ano em relação as estrelas fixas.
Sem ser uma alegoria ligada a esse passado remoto, “Navisfera de Wilson”, por necessitar ser feita com materiais muito frágeis, se um dia existiu tal qual o modelo ora proposto, devido a sua fragilidade, a erosão e ao desgaste prematuro não permitiu que chegasse a constar no inventário histórico mundial, razão pela qual estou redescobrindo-a ou melhor, reinventando-a com uso de novas tecnologias. A minha intenção é testar os limites da precisão instrumental em objetos processados artesanalmente para fins de orientação e assim desvendar o que os antigos sabiam.
Embora a primeira vista muito obsoleta, quando visto mais atentamente, percebe-se que seu funcionamento pode envolver a base dos sistemas cartesianos de Renne Descartes e também, em semelhança, alguns aspectos das funções da álgebra, sugerindo até que os idealizadores desses tratados estavam mais inteirados as funções dessa calculadora trigonométrica do que a própria matemática.
Ainda por semelhança de “funções” temos uma replica em museu do globo celeste da dinastia king - Celestial Globe, Qing Dynasty (1644-1911 CE) que é uma projeção das estrelas nas coordenadas terrestres e também, a esfera de Doutor Francisco Miranda da Costa Lobo, um engenho desenvolvido em Portugal em 1910 antes das tábuas de posição Radler Aquino ou as de navegação HO249, são os similares mais próximos, contudo mesmo assim tornavam-se impraticável seus usos devido ao volume e o peso excessivo dos instrumentos, já que a esfera de do Doutor Costa Lobo se tratava de um bloco de madeira esférico com 57 cm. de diâmetro e pesando cerca de 30 quilos. Isso, sem estimar o peso da esfera da Dinastia Qing essa feita totalmente em bronze. Contudo como o principal objetivo delas, era estabelecer, as coordenadas espaciais de um astro (Fig.10 item16) sem esperar o momento de sua passagem meridiana e diretamente numa terra redonda
Doutor Francisco Miranda da Costa Lobo , sinto que seriam ainda muito útil hoje se fossem menores e mais abstratas. Nesse sentido“Navisfera de Wilson” por ser um instrumento de cálculos programável , que igualmente atende todas as simulações astronômicas (em qualquer latitude) como se fosse num planetário em suas mãos, possui ainda a vantagem de ser fechada e acondicionada numa valise para uso em embarcações sem correr o risco de ser danificada ou danificar a embarcação, embora mais primitiva, tudo indica que a atual re-montagem de “Navisfera de Wilson”, talvez criada 1000 AC, se torne um exemplar tecnologicamente mais avançado que os modelos ora citados.
Por recomendação do Doutor Miranda bastariam dois astrônomos para operar a sua esfera.
“Navisfera de Wilson” pode ser usada também como se fosse um eficiente teodolito, bastando para isso uns pequenos ajustes para fixá-la numa base. (ver loxodrômia esférica)
O método e o nome.Assim como todos os meridianos convergem nos pólos, da mesma forma todos os rumos são anéis e círculos máximos que se cruzam no lugar geométrico ocupado por um navegante e de forma semelhante, ocorre com as quatro armilas articuladas da “Navisfera de Wilson” .
Como altura de um raio de luz de uma estrela incidente no cruzamento de dois círculos máximos pode ser avistada por esses dois observadores e indicar os lugares geométricos ocupados por eles nos referidos círculos máximos (rumo e meridiano), da mesma forma os eixos de dois pares de armilas articuladas, que se cruzam, podem simular a mesma situação.
“Navisfera de Wilson” , para programar um circulo máximo, não precisa medir os astros é só usar as coordenadas do destino, no lugar de uma estrela.
Outra função da "Navisfera de Wilson" é aferir os pólos magnéticos em função da região em que se esta navegando. Desde quando começou a medir, há á mais de 500 anos, existe uma grande inconstância no magnetismo terrestre tanto associada ao tempo como a região e isso faz com que ora seja descontado alguns graus da agulha para leste e em outra para oeste e da mesma forma ocorre em outras coordenadas.
Nota-se em alguns períodos, de tempo, que o desvio da agulha é progressivo geralmente essa informação consta nas cartas náuticas.