Camadas Ionosféricas

Camada E

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A camada ionosférica E é chamada também de Kennelly-Heaviside, é uma região de gás ionizado que ocorre aproximadamente nas altitudes entre 80 e 100-140 km (Alguns autores utilizam 90-120 km). Reflete ondas de rádio abaixo de 10 MHz. Afeta a propagação a partir do amanhecer. No decorrer do dia o vento solar comprime-a para baixo, limitando assim a distância das ondas refletidas. Sua existência foi predita em 1902 por Arthur Edwin Kennelly e pelo físico britânico Oliver Heaviside separadamente. Em 1924, Edward V. Appleton. confirmou a sua existência. Em 1899, Nikola Tesla, emitiu RF em  ELF (Extremely Low Frequencies) para a Ionosfera  (Grotz, 1997)  nas suas experiências de Colorado Springs. Tesla através de cálculos matemáticos, se baseando nas suas experiências, descobriu a freqüência ressonância da camada E num valor de 15% do valor experimental aceito atualmente. (Corum, 1986) Nos anos cinqüenta, foi confirmada que a freqüência ressonância da camada E é 6.8 Hz.

A camada de E fica entre a camada D (abaixo) e a Camada F (acima). Sua ionização ocorre por radiação solar devido aos raios-X suaves (1-10 nm) e ultravioleta distante (UV) do oxigênio molecular (O2). Esta camada pode refletir radiofreqüência abaixo de 10 MHz. Tem um efeito negativo em freqüências acima de 10 MHz devido absorção parcial naquele comprimento de onda. A estrutura vertical da camada de E é principalmente determinada pelos efeitos de ionização e recombinação que competem entre si. À noite a camada de E começa a desaparecer porque a fonte primária de sua ionização já não está presente. Isto resulta num aumento da altura onde a camada maximiza, porque a recombinação é mais rápida nas camadas mais baixas. Sua concentração eletrônica gira em torno de 100.000 el/cm3. A densidade iônica aumenta ao nascer do Sol, subindo gradativamente, atingindo o pico em torno do Sol a pino (Meio dia), tendo após um comportamento linear no decorrer do dia e desaparecendo ao anoitecer. Nas altitudes compreendidas entre 90 a 120 Km ocorrem variações na densidade eletrônica, quando isso ocorre, gera uma sub-camada (E esporádica) cuja espessura é de poucos quilômetros.



Bibliografia:

Corum, J. F., and Corum, K. L., "A Physical Interpretation of the Colorado Springs Data". Proceedings of the Second International Tesla Symposium. Colorado Springs, Colorado, 1986.

Grotz, Toby, "The True Meaing of Wireless Transmission of power". Tesla : A Journal of Modern Science, 1997.

Leo F. McNamara. (1994) ISBN 0-89464-804-7 Radio Amateurs Guide to the Ionosphere.


Embaixo: Ionograma

http://www.oocities.org/br/atmosfera_ionosfera/Distribuicao_eletronica_da_ionosfera_py5aal.jpg