Nasceu a estrela
No dia em que nasceste, em algum lugar, uma planta
floriu,
o sol brilhou ainda mais forte, e enquanto o vento
se movia,
plácido, por sobre as águas ebúrneas e espumantes do
oceano,
sussurrando o teu nome, despertei
com um beijo suave, meigo
tal qual sopro esfuziante entre gotas de luz
perfumadas.
Sempre que sentires o cheiro da
chuva
alvissareira, ouvires o canto
afetuoso
dos pássaros em festa, vires, ao sol,
regalando-se, uma borboleta de
inexcedível
beleza; saibas que alguém pensa em ti
desejando-te muita paz e felicidade.
Quando perceberes o aroma sutil,
delicioso, âmbar, da terra molhada,
o calor do sol em teu rosto sublime,
o canto mavioso do pardal solitário;
saibas que és parte da excelsa,
que representa o mais puro e belo,
razão do mérito da conquista justa,
de uma vitória merecida e
alcançada.
Não importa quão frio o vento,
escuro o dia ou lúgubre a noite;
pois nessa ocasião ondulam no ar
diáfano e fluente, algo que se
assemelha
ao ocaso dos deuses, suavidades
idílicas,
acordes de avenas, liras, bandolins
mágicos,
ocarinas que acompanham cânticos
celestiais.
Nessa ocasião sentirás que tens luz
própria,
calor dentro de um coração repleto de
amor
para saber distinguir o bem do mal,
compreender a mensagem que ora escrevo,
entender que és útil, querida e
necessária
para o refulgir de quem precisa de
silêncio e prece.
A sobeja alegria que sentirás não se poderá comparar
ao
mais sublime dos sonhos porque estarei sempre ao teu
lado,
velando pelo teu sono, enaltecendo o esplendor de tua
paz.