Boletim Mensal * Ano VI * Novembro de 2007 * N.º 56

           

Valioso Turismo Histórico

que não se mostra ao Mundo.

 

 

                Exmo. Senhor Secretário de Turismo do Estado de Pernambuco, já reparou a beleza Histórica, que seria mostrar aos turistas que nos visitam, aqui bem pertinho da capital, o circuito Ruínas da Feitoria de Santa Cruz, Sitio dos Marcos, Igarassu, Itapissuma, Vila Velha e Fortaleza de Santa Cruz, na Ilha de Itamaracá e os seculares engenhos de açúcar daquela Ilha?

                Quanta propaganda não seria feita por todo o mundo depois que turistas, das mais diversas nacionalidades contassem aos amigos e vizinhos que tinham visitado as fundações do primeiro Forte/Feitoria construído em pedra, no Brasil, na barra mais profunda do canal de Santa Cruz, em 1516, por Cristóvão Jaques?

                O Sítio dos Marcos, onde foi colocado por Duarte Coelho, em 1535, o marco que delimitava as capitanias de Pernambuco e Itamaracá?  (o que lá pode ser visto é uma replica do original que se encontra no Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco).

                As valiosas construções históricas de Igarassu, Igreja dos Santos Cosme e Damião, inaugurada a 27 de Setembro de 1535, a mais antiga de todo o Brasil, Capela de Nossa Senhora do Livramento, anterior a 1774, Convento de Santo António, 1588, Convento do Sagrado Coração de Jesus e Capela de Nossa Senhora da Conceição, 1758, Igreja de São Sebastião, finais do século XVI, e Igreja do Sagrado Coração de Jesus, 1735?

                Em Itapissuma a Igreja de São Gonçalo de Amarante, onde desde o século XVII se faz a Buscada de São Gonçalo?

                A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Velha de Itamaracá, cuja primitiva capela em taipa, construída no mesmo local onde hoje se encontra esta secular Igreja, data de 1526 e era a capela da Feitoria de Santa Cruz?

                E a Fortaleza de Santa Cruz, em Itamaracá, construída pelos luso brasileiros e autorizada a sua construção, por ordem regia de D. Pedro II, o seu Brasão Real ainda lá está encimando o portão de entrada, entre 1686 e 1688?

                E o que resta da Casa Grande e Capela do Engenho Mongope, 1600, em Igarassu, e o Amparo, 1747, em Itamaracá?

                Não estaremos perdendo tempo ocultando o que temos de belo e valioso patrimônio histórico que deveríamos mostrar ao Mundo?

                E, Sr. Secretário, se minhas pobres palavras não bastarem, faça-me um pequeno favor, leia a beleza do texto que o maior e mais honesto historiador Pernambucano, José António Gonsalves de Mello, escreve da pagina 115 a 125 do seu livro (edição póstuma), “Da Inquisição ao Império”, organização e apresentação Denis Antonio de Mendonça Bernardes, Editora Universitária, UFPE, Recife, 2004.