Boletim Mensal * Ano VII * Fevereiro de 2009 * Nº 67

           

 

“A ESPUMA DO TEMPO”,

Adriano Moreira, Edições Almedina. SA, Coimbra 2008

Por amabilidade de um Amigo tive a possibilidade de ler este livro. Para todos aqueles que nasceram depois de 1928 e freqüentaram a escola nos anos 36 a 45 ficarão surpreendidos por descobrirem que muitas coisas que sucediam e nós não entendíamos o porquê de tais fatos o autor nos mostra o que sucedia dos subterrâneos do poder. Vale a pena ler e aprender.
Abaixo transcrevemos parte do que ele começou a construir, a união de todas as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

“Num mundo que converge para a unidade de tal modo que não ha regiões, nem povos, nem Governos, nem culturas, que possam mutuamente ignorar-se, este patrimônio lusíada, espalha­do ao redor da Terra, poderá ser uma força moral que contribua valiosamente para a resolução do maior problema do nosso tempo, qual e simplesmente de aprendermos a viver juntos sendo diferentes.
Diferentes na etnia, na cultura, na nacionalidade, na religião, nas tradições, na sensibilidade, mas todos os membros do gênero humano que povoa a Terra. Que o nosso patrimônio lusíada possa dar um contributo valioso em tal sentido resulta muito simplesmente da experiência secular de fazer convergir para a unidade grupos humanos diferenciados que de outro modo seriam inviáveis no mundo de hoje.
Se fosse possível que os portugueses, descendentes de portu­gueses ou filiados na cultura portuguesa, que povoam os EUA, soubessem e se inquietassem com os· que povoam a França, e estes com os de Malaca, e estes com os do Canadá, e estes com os da África do Sul, e estes com os do Japão, e todos uns com os outros, e todos com os que vivem em territ6rio sujeito a soberania lusíada, ou portuguesa ou brasileira, teríamos ao redor do mundo uma força moral não-agressiva, convergente, praticante da regra da igualdade do gênero humano, cheia de amorosidade, cristamente ecumênica, podendo ser extremamente eficaz pela observância da regra de que não são as nossas palavras mas as nossas obras que rezam."


... É este pensamento que anima o movimento para a unidade das comunidades de cultura portuguesa espalhadas pelo mundo.,