Boletim Mensal * Ano VI * Março de 2008 * Número 68

           

 

(Continuação da página 01)


            Essa resolução originou a revolução constitucional de 1820 no Porto e o regresso a Portugal do rei D. João VI.

            Antes de partir, o Rei nomeou seu filho D. Pedro e um grupo de 4 senadores da Câmara do Rio de Janeiro como seus conselheiros e com plenos poderes de resolver todos os problemas do Brasil.

            Em 5 de Junho de 1821, quando a nau que transportava a família real de regresso à Pátria,chegou a Lisboa, só deixaram D. João VI desembarcar depois de ter assinado a carta constitucional que fazia o Brasil voltar à condição de colônia e sujeita aos caprichos das cortes do reino. A Rainha, D. Carlota Joaquina, recusou assinar tal documento e ficou em prisão domiciliar no Palácio de Queluz de onde só saiu depois de sua morte.

            E foi assim que começou a independência do Brasil e seria massacrante descrever o que as cortes de Lisboa tentaram fazer contra o vice-rei D. Pedro e o nosso País.

            Estes fatos não são, lamentavelmente, ensinados nas escolas, colégios e universidades do Brasil.

            Agora vou voltar aos motivos que me levaram a tudo o que até agora escrevi.

            No passado dia 6 de Março, foi publicado num jornal diário de nossa cidade, um artigo denominado “ 6 de Março, a Data Magna de Pernambuco”, de um ex-Secretário de Educação de Pernambuco que, a determinada altura, escreve o seguinte”- Vale repetir que a revolução de 6 de Março não foi separatista. Basta saber que essa acusação lhe foi imputada para que os mártires e heróis de tão nobre causa fossem condenados à morte pelas Ordenanças do Reino, apontados como traidores do regime português, sob a acusação, injusta e descabida, de protagonista do crime de lesa Pátria”

            Senhor ex-Secretário de Educação o que escreveu é, muito além da fantasia, uma anedota.

            O maior crime que existe em todos os Códigos de Justiça Militar de todos os países do mundo é o assassinato de um comandante pelos seus oficiais subalternos e chama-se “TRAIÇÃO Á PATRIA”.

            Se a revolução não era separatista porque a primeira bandeira idealizada para a Republica de Pernambuco era tricolor, com as cores da bandeira francesa e, a primeira idéia dos muito mal preparados revolucionários foi mandar o comerciante Cruz Cabugá aos recém independentes Estados Unidos da América para comprar armas, contratar todos os restos que houvesse por lá de soldados de Napoleão, passar pela ilha de Santa Helena, libertar o Imperador derrotado, e levá-lo para o Recife e aqui começar a construir um novo Império Napoleônico?

            Se para o Senhor o crime de lesa Pátria não se configura separando parte do Nordeste para que se torne independente, o que é crime de lesa Pátria que, eu acho muito chique, e deve ser chamado pelo verdadeiro nome CRIME DE TRAIÇÃO Á PÁTRIA.

            É por este e muitos outros erros no ensino da verdadeira História do Brasil e de Pernambuco que uma grande parte dos Pernambucanos acha que a atual ponta Mauricio de Nassau, inaugurada nos princípios do século XX, foi construída pelo Conde invasor.


Foto:- MEMORIAL PERNAMBUCO.

         


     

 

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