Ezequiel 38 e 39 - Israel será atacado?

 

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Em agosto de 2008, com as notícias da Rússia invadindo a Geórgia, a Síria apoiando a Rússia e o Irã insistindo com seu programa nuclear, a nação atual de Israel "está perdendo o sossego".

Eles, como judeus naturais, ACHAM que um grupo de nações atacaria Israel, numa situação que o último livro da Bíblia chama de "Armagedom" (ou Har-magedon), conforme Apocalipse 16:14-16.

O Apocalipse foi escrito no "Novo Testamento", em grego, no fim do primeiro século cristão e muitos israelitas NÃO acreditam nesses textos não hebraicos.

Quer os israelitas acreditem ou não nos textos cristãos, porém, no "Velho Testamento", em hebraico, também fala da mesma situação. Ezequiel se referiu a ela como sendo o "ataque de Gog, da terra de Magog (ou o ataque de Gogue de Magogue)".

Na realidade, Gog atacaria "um povo reunido dentre as nações, que estaria prosperando visivelmente" e que seria o "povo de Deus" (Ezequiel capítulo 38).

Como os judeus acreditam ser "o povo de Deus", quando lêem sobre isso, imaginam que a nação ou o Estado atual de Israel é que seria atacado.

Nesse ataque que fariam, são mencionados os nomes de algumas nações, que existem até hoje. Uma delas, pelo menos, é considerada "INIMIGA atual de Israel", pois é o Irã (ou a antiga Pérsia). Outros nomes mostram que poderiam ser aplicados à Rússia (Meseque e Tubal), à Turquia (Togarma) e à Alemanha (Gômer), etc.

Os textos existem e são bíblicos, tanto os de Ezequiel como os de Apocalipse.

 

MAS... os textos nem sempre são literais ou "ao pé da letra".

Na Bíblia, existem muitas "figuras" ou "semelhanças".

Mesmo quando se fala em "Israel", nem sempre se está referindo aos judeus carnais e mesmo no Israel literal haveria muitos desaprovados por Deus (Romanos 9:6-8).

A maioria deles não querem admitir isso.

Acham que, mesmo depois das DUAS destruições que Deus lhes fez, diante dos babilônios (Ezequiel 2:3-5) e diante dos romanos (Mateus 21:41-43), AINDA são os únicos representantes de Deus na terra.

Não admitem que, depois de Cristo, perderam a EXCLUSIVIDADE que tinham como nação (Atos 15:14).

Claro que muitos deles, como pessoas, continuaram e continuam tendo uma aprovação, depois que Deus rompeu com eles, inclusive no tempo de Jesus.

Todos os apóstolos, por exemplo, eram judeus.

Porém, daquele início cristão até hoje, estão no MESMO nível das demais nações, perante Deus (Gálatas 3:28,29).

Não são nem mais nem menos do que os outros (Atos 10:34,35). 

E isso NÃO é nenhuma desonra para ninguém, pois, assim como os outros, SE fizerem o que Deus aprova, serão considerados justos e terão o favor Dele (Miquéias 6:8).

 

A Bíblia diz que "As coisas escritas no passado servem de exemplos para os que viverem depois" (Romanos 15:4 e I Coríntios 10:11). 

Desse modo, SE procurarmos ver o que tinha acontecido aos judeus, no passado, veremos que muito daquilo acontecia-lhes como "figuras" ou semelhanças, ou seja, aconteceriam de um jeito com o Israel antigo, num tempo, e de outro jeito com um "novo" Israel, no futuro.

Inclusive a "lei de Moisés".

A finalidade dela foi a de CONDUZI-LOS até a chegada de Cristo (Gálatas 3:24,25 - Colossenses 2:16,17).

 

Depois da chegada dele, portanto, o pacto seria mudado. Teriam outro modo de seguir os regulamentos.

O próprio Moisés havia falado isso, em Deuteronômio 18:18,19 e os discípulos Pedro e Tiago confirmaram em Atos 3:12-26 e 15:28,29.

Na ocasião do exílio em Babilônia, Jeremias 31:31-33 já tinha adiantado que chegaria um tempo em que "as leis seriam escritas no coração e não no papel". Mas os judeus da época dos apóstolos pareciam NÃO entender, ainda, que Jeremias apontava para a chegada de Cristo e que, a partir dele, tal mudança ocorreria.

Alguns anos depois da morte de Cristo, então, foi necessário escrever o que ficou conhecido como "aos Hebreus (ou aos israelitas)".

Como seu nome diz, tal escrito foi feito ESPECIALMENTE para eles, embora esclareça a todos, evidentemente.

Na realidade, trata-se de um livro (ou de uma carta aberta), com várias e detalhadas explicações sobre as passagens do Velho Testamento, mostrando que, tanto ANTES como depois de ter sido dada a "lei de Moisés", as Escrituras já apontavam para o Cristo. Inclusive a citação acima, de Jeremias, foi usada para deixar bem evidente a mudança de atitudes.

Hebreus 8:1-13 conclui, de um modo claro:

"SE aquele primeiro (pacto ou conjunto das leis) fora irrepreensível, NUNCA se teria buscado lugar para o segundo".

Não é evidente?

Se Deus já tinha acertado tudo com o primeiro pacto, mediado por Moisés, NÃO precisaria fazer um NOVO pacto, mediado por Jesus (Hebreus 12:24 - 1 Timóteo 2:5,6).

Inclusive o grandioso Abraão, patriarca hebreu, que foi considerado "amigo de Deus", participou de uma "semelhança", no sacrifício de seu filho Isaac.

Aquilo mostrou o que Deus faria no futuro, quando sacrificaria o Seu único Filho (Jesus Cristo) em favor de toda a humanidade (Hebreus 11:17-19 - João 3:16).

Incidentalmente, aí mostra que Deus e Cristo são DUAS pessoas diferentes.

Todos sabem que Abraão e seu filho foram duas pessoas individuais, da mesma forma que todos os outros pais e filhos são duas pessoas diferentes, separadas uma da outra. No entanto, como Abrão e Isaque foram "semelhanças" de Deus e de Seu Filho, mostra que estes últimos também seriam seres individuais ou separados um do outro. 

 

Quando começou a sua obra, o próprio Cristo disse que com Moisés tinha sido de um jeito e que, com ele, seria de outro (Mateus 5:21,27,33,43).

Ele disse que "A lei e os profetas duraram até João (Batista)..." (Lucas 16:16).

Depois dele, portanto, continuariam cumprindo a lei de Deus, mas o fariam de um modo diferente. Até os objetivos imediatos mudariam.

Com Moisés, haviam buscado territórios ou lugares geográficos.

Com Jesus, precisariam se aperfeiçoar, para que pudessem buscar o Reino de Deus (Mateus 6:9,10,33 e 10:7,8).

Teriam de agir de um modo muito DIFERENTE.

Não poderiam mais, por exemplo, usar aquele lema antigo do "olho por olho". Ao invés de "odiar o seu inimigo", deveriam "amá-los" e, até, "bendizer a quem os perseguisse" (Mateus 5:38-48).

Mas e numa guerra carnal, como ficaria?

O apóstolo Paulo, que seguia a lei de Moisés corretamente (Filipenses 3:4-8) e que tinha sido um judeu violento  até se converter (Atos 8:1), explica:

"Embora andem na carne, as armas do cristão não são carnais, pois a sua luta não é contra as pessoas, mas sim contra os RACIOCÍNIOS que elas têm em oposição a Deus" (2 Coríntios 10:3-6).

Que diferença, não?

Não é à toa que estranharam o que Cristo ensinava.

Mas, seja por conveniência ou não, os judeus NÃO entendiam o momento pelo qual passavam.  

Não conseguiam nem entender por que apareceu João "pregando no ermo".

Eles sabiam, pelas Escrituras, que o "profeta Elias" lhes seria enviado, antes do Messias (ou do Cristo) chegar e que, quando chegasse, "iria purificar os filhos de Levi (ou os sacerdotes)", pois era o que constava em Malaquias 3:1-6 e 4:4-6 (Almeida). Sabiam, também, que apareceria alguém "clamando no deserto (ou no ermo) e que prepararia o caminho para o Cristo", conforme Isaías 40:3.

Porém, não conseguiram interpretar corretamente tais textos. Talvez pensassem que o antigo profeta Elias, que havia morrido em cerca de 920 AEC, voltaria literalmente.

 

NÃO perceberam que aquelas passagens falavam de uma semelhança ou de um "novo" Elias.

E não era tão difícil de entender, pois João Batista VESTIA-SE como o profeta do passado. Os dois se vestiram com "roupas de pelos de animais". Em 2 Reis 1:1-8 mostra como Elias se vestia. Em Marcos 1:1-8 mostra que João se vestia do mesmo jeito. Diz também que, conforme Isaías havia falado, ele foi aquela voz que "clamaria no deserto e que prepararia o caminho para Cristo".

O próprio Cristo confirmou que o mais recente representava o mais antigo, quando explicou aos seus apóstolos: "... Elias já veio e NÃO o conheceram... (e eles então) entenderam que lhes falara de João Batista." (Mateus 17:10-13).

 

Isaías 9:1,2 (Almeida) também dizia que "... a Galiléia dos gentios veria uma grande LUZ..." e, em Isaías 42:6, Deus falava que daria o futuro Cristo "como luz das nações".

No entanto, quando Jesus apareceu por lá, NÃO o reconheceram.

Jesus estava ali, diante dos olhos dos dirigentes religiosos, fazendo todas aquelas obras maravilhosas e BRILHANDO como uma imensa luz.

Mas achavam que não tinha nada a ver com o que a Bíblia dizia a seu respeito.

Até desafiavam os que os contradiziam.

Mandavam "pesquisar as Escrituras", para ver se algum profeta "apareceria na Galiléia".

Diziam mais. Diziam que somente a "multidão, que NÃO conhecia a lei (da Bíblia)", poderia defender que Cristo já estaria presente naquele tempo (João 7:45-52).

Porém, Mateus 4:12-16 cita Isaías e diz que aquela "grande luz, que apareceria na Galiléia" se referia ao Cristo.

Assim, não era aquela "multidão", de humildes discípulos, que não conheciam as Escrituras. 

Quem não conheciam as Escrituras eram os DIRIGENTES religiosos, que se julgavam "representantes de Deus e que eram "doutores" da lei", mas que, na realidade, não conheciam o que os seus próprios escritos lhes diziam.

E não foi só nessa passagem. Houve muitas outras. 

O principal fato é que apesar de Jesus vir em pessoa, bem VISÍVEL, a nação de Israel, como um todo, NÃO conseguiu enxergá-lo, como Isaías 6:9,10 havia previsto e como Mateus 13:13-15 mostra.

Portanto, eles tinham e liam o livro de Isaías e todo o Velho Testamento.

Mas NÃO sabiam interpretá-lo.

 

Achavam que sabiam, mas não sabiam.

 

Como os fatos passados são EXEMPLOS para os que "viverem depois", seria bom que raciocinássemos melhor sobre o que as Escrituras parecem dizer a respeito de Israel.

Por esses poucos exemplos citados, percebe-se que, nem sempre, se deve interpretar o texto literalmente.

As Escrituras falaram em "Elias", mas esse "Elias" NÃO foi o profeta antigo.

Contudo, vestiu-se igual e fez o mesmo tipo de obra (ou preparou o caminho, mostrando um novo modo de adoração correta).

Também falaram que "apareceria uma grande LUZ, na Galiléia". Contudo, não apareceu "luz" literal nenhuma, pois se referia à pregação que Jesus faria por lá.

 

Portanto, às vezes esperamos que algo aconteça de um jeito e acaba acontecendo de outro.

 

O interessante é que Apocalipse ainda fala sobre uma "semelhança" de Elias e de Moisés, quando apresenta "as duas testemunhas", no tempo em que seria firmado o Reino de Deus (Apocalipse 11:3-6,17,18).

Elas são identificadas por terem poder para "fechar o céu", como Elias teve (Tiago 5:17), e por transformarem a "água em sangue", como Moisés transformou (Êxodo 7:17,18).

Esses dois profetas NÃO viveram juntos nem na mesma época. Elias defendia o modo correto de adoração e Moisés livrou os servos de Deus da escravidão no Egito e levou-os à terra prometida.

Mas em Apocalipse a passagem apontava, sem dúvida, para os "últimos dias", pois eles entrariam em ação, somente quando tivesse chegado "o tempo de Deus destruir os que destroem a terra".

Será que tal tempo se aplicaria aos nossos dias?

HOJE, é evidente que ela está sendo cada vez mais destruída, não?

No entanto, assim como os dois profetas antigos representaram a Deus, "as duas testemunhas" fariam a mesma coisa, nos dias finais.

A "semelhança" com Elias talvez indicasse que existiria "uma preparação de caminho, para um modo de adoração correta", como João Batista fizera (Marcos 1:1-8 - João 8:32 e 17:3,17).

A "semelhança" com Moisés talvez indicasse que, após o julgamento de Deus, Cristo agiria que nem ele agiu no passado (Atos 3:22,23), livrando os seus seguidores genuínos da "escravidão" (do mundo atual) e conduzindo-os àquela "nova terra prometida", prevista em Isaías 65:17-25, citada pelo apóstolo em 2 Pedro 3:13 e por Apocalipse 21:1-4.

Mesmo que NÃO seja exatamente assim, com certeza não se trata do Elias nem do Moisés literais.

Incidentalmente, alguns pensam que "Elias não morreu fisicamente e que foi levado, vivo, aos céus". Todavia, Jesus foi muito claro quando disse, em João 3:13, que "nenhum homem havia subido aos céus" (nem Elias nem qualquer outro). Hebreus capítulo 11 relaciona os atos de FÉ que os antigos haviam feito. Menciona que alguns "vagaram pelo deserto, se esconderam em cavernas (1 Reis 17:4-6 e 19:8-10) e trajaram roupas de pelos de animais (II Reis 1:7,8 e Marcos 1:2,6)", o que combina com Elias e João Batista. Mas em Hebreus 11:13, diz que "todos MORRERAM na fé".

Parece ficar claro, portanto, que assim como todos os outros seres humanos, tanto Elias como Enoque, também citado nesse capítulo, morreram.

 

É necessário muita cautela, então, em se aplicar literalmente o que as Escrituras falam.

Nem sempre é o que parece.

HOJE em dia, por exemplo, duas das maiores dúvidas que as pessoas têm, sobre a Bíblia, são estas:

1) Se a volta de Jesus será em corpo visível, aparecendo nas NUVENS; (Veja "nuvens")

2) E se todas as nações atacarão, mesmo, o Estado de Israel (no ataque final de Gog).

 

No caso dos judeus, assim como eles não entenderam bem o que aconteceu com Jesus, na primeira vez, parece que NÃO entenderiam, também, o que significaria esse ataque das nações contra Israel.

Como será visto, parece haver uma boa base bíblica para se deduzir que o texto de Ezequiel 38 NÃO se aplicaria nos judeus naturais, que vivem na atual Palestina.

Eles poderão, até, ser envolvidos em mais alguma guerra, mas não sofrerão o ataque final de Gog.

Aquelas nações, que fariam o ataque ao povo de Deus, parecem representar a humanidade iníqua (ou injusta) no confronto final com Deus.

Os nomes delas não seriam literais, portanto.

Nesse caso, o "Israel" citado, que sofreria o ataque final, também NÃO seria a nação atual de Israel.

O "Israel" mencionado, que sofrerá o ataque das nações, lideradas por Gog, parece ser o grupo dos verdadeiros adoradores de Deus.

E esse povo, dos verdadeiros adoradores, NÃO poderia ser o Estado de Israel atual.

 

Os israelitas carnais continuam com aquele lema antigo do "olho por olho". Continuam fazendo a guerra carnal.

Suas atitudes são que nem as das outras nações.

NÃO entenderam o que as Escrituras diziam, na primeira vinda de Cristo.

E continuam NÃO entendendo o que elas dizem a respeito da volta dele.

Por exemplo, Isaías 2:1-4, diz que,"nos últimos dias", existiria um povo de Deus (Atos 15:14), que O adoraria de um modo certo.

Mas esse povo "não aprenderia mais a guerra".

Então, não seriam os israelitas, pois eles continuam "aprendendo e fazendo a guerra".

Isaías disse que surgiriam nos "últimos dias".

QUANDO seria esse tempo?

Cristo disse que, na sua volta, aconteceriam "guerras, terremotos, pestes, fomes, aumento do que é contra a lei, falta de amor da maioria, etc." (Mateus 24:3-14 - 1 Tessalonicenses 5:1-3 - Apocalipse 16:15,16 e 11:17,18).

E qualquer um poderá ver que essas coisas nos acontecem HOJE, no mundo todo.

Basta acompanhar os noticiários.

O apóstolo Paulo falou que, "nos últimos dias", as pessoas seriam "egoístas, gananciosas, desobedientes, mais amantes dos prazeres do que de Deus, cruéis, soberbos, blasfemos, irreconciliáveis, sem amor natural, etc." (2 Timóteo 3:1-5).

Isso também poderia ser aplicado na maioria das pessoas de HOJE, no mundo todo.

 

Ora, se vemos as coisas previstas para o retorno de Cristo acontecerem e se as pessoas que vivem atualmente têm as mesmas características daquelas que viveriam no tempo da volta dele, existem muitas probabilidades de já estarmos naqueles "últimos dias" previstos.

Porém, se fosse isso mesmo, aquele NOVO "povo de Deus", previsto em Isaías, teria de existir em nossos dias.

Não sendo os judeus carnais atuais, quem seriam?

Teriam de ser genuínos cristãos. Só seriam o "povo de Deus", SE observassem o que Cristo havia ensinado.

Jesus tinha dito que não era, mais, para "pagar olho por olho" (Mateus 5:38-44), mas os judeus e todas as demais nações, inclusive as que se dizem "cristãs", continuam usando esse lema.

Quando são provocados, RETALIAM e devolvem "na mesma moeda".

 

Todavia, o proceder cristão seria bem diferente.

Jesus disse que era para AMAR como ele amou (João 13:34,35). Se preciso fosse, então, era para dar a vida para o seu próximo. Dar a vida. Não tirar a vida (João 15:13).

Ele foi bem claro. Disse que o "seu Reino não era deste mundo". Se fosse, ele e seus auxiliares teriam lutado, na ocasião de sua prisão. Mas não era. Então ele não lutou nem matou os seus inimigos (João 18:36 - 2 Coríntios 10:3-6).

Os genuínos cristãos teriam de fazer a mesma coisa, pois deveriam seguir o seu EXEMPLO ou as suas pisadas (1 Pedro 2:21). Portanto, teriam de amar de verdade e "não apenas com palavras" (I João 3:18).

E como poderiam estar "amando os seus inimigos", se numa briga ou numa guerra, os MATASSEM?

Seria impossível.

"Se diz "amo a Deus" e mata a seu irmão, é mentiroso, Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" É o que diz 1 João 4:20.

Portanto, a melhor forma de não se matar ninguém nem de ser violento, seria aplicar os princípios cristãos.

E aplicando-os, "não aprenderiam mais (ou se recusariam em fazer) a guerra".

Como visto acima, Isaías disse que "nos últimos dias" existiria um povo que cumpriria isso.

E gente assim "não seria DESTE mundo" (João 15:19). Mas, com tais atitudes, apenas estariam seguindo o seu  Mestre.

Cristo não havia dito que o "seu reino não era deste mundo"?

Então, embora vivessem nele, os seus verdadeiros discípulos também não se envolveriam com os assuntos mundanos (João 17:9,14,15).

Muito menos com as suas guerras.

 

É óbvio que essas atitudes genuinamente cristãs, de não se envolver nas práticas do mundo, NÃO se encaixam na nação atual de Israel nem nas demais nações, mesmo nas que se dizem religiosas ou seguidoras de Cristo.

Se não se encaixam neles, teriam de se encaixar num outro povo.

Aquele povo "dos últimos dias", citado por Isaías e por Ezequiel, teria uma forma de adoração correta e, portanto, se encaixaria nessa descrição.

No entanto, seriam "reunidos dentre as nações".

Eles NÃO estariam concentrados numa única nação.

Como seriam o alvo de Gog, quando tal ataque fosse feito, não seria dirigido a uma única nação terrestre.

Nem a Israel nem a nenhuma outra, específica, pois na qualidade de cidadãos comuns, esses servos leais estariam vivendo em várias nações físicas (Mateus 25:31-45).

 

Apesar de viverem em vários países, porém, teriam "um só pensamento" na adoração a Deus (Efésios 4:5).

Embora tivessem falhas humanas, procurariam fazer tudo conforme Cristo lhes havia ensinado.

Absorveriam muito conhecimento das Escrituras, seguindo a orientação dele (João 17:3,17).

Haviam aprendido sobre as Escrituras, porque tinham uma "mentalidade nobre", bem aberta. Quando lhes falaram sobre o Reino de Deus, PESQUISARAM na Bíblia, "para ver se aquilo que diziam era assim mesmo" (Atos 17:11,30,31).

Graças a essa pesquisa, seriam muito "pacíficos ou mansos" (Mateus 5:5 ou 5:4 na TEB). Embora muitos tivessem tido personalidades violentas (Efésios 4:17-31), voluntariamente abririam mão delas, "TRANSFORMANDO as suas espadas (ou armas) em enxadões" (Isaías 2:4).

Suas esperanças seriam depositadas em Deus. Tanto assim que nem mesmo teriam "ferrolhos ou trancas na porta", apesar de estarem prosperando muito (Ezequiel 38:11.12).

Essa prosperidade seria espiritual, MAS ficaria bem visível (Mateus 24:14 - Mateus 11:25 e 25:31-45).

Como um povo assim faria a pregação dos ensinos cristãos?

 

Eles saberiam que as "coisas escritas antes, na Bíblia, serviriam de EXEMPLOS para os que vivessem depois".

Então, pelas suas pesquisas bíblicas, veriam como tinha sido a pregação dos primitivos cristãos, do tempo de Cristo, para que pudessem fazê-la do mesmo jeito.

Tal como os apóstolos haviam feito, eles também fariam. Não ficariam apenas nos templos. Iriam para todos os lugares, onde pudessem encontrar as pessoas (Mateus 10:7 - Atos 5:42 - 17:17 e 20:20).

Essa forma de contato os deixariam muito VISÍVEIS.

E ficariam bem visíveis porque "seriam a luz do mundo" e, portanto, deveriam "deixar brilhar a sua luz", como Cristo lhes havia dito (Mateus 5:14-16).

Isaías não havia dito que a luz que apareceria na Galiléia "se cumpriria" quando Cristo fizesse a sua pregação? O próprio Jesus confirmou isso, quando disse que "ele era a luz do mundo" (João 8:12).

No entanto, apesar de transmitirem uma mensagem correta, tanto Jesus como os seus apóstolos foram PERSEGUIDOS, não reconhecidos e desacreditados.

Chegavam, mesmo, a "alterar ou deturpar o que diziam" e ajuntar pessoas para darem "falsos testemunhos CONTRA eles" (Atos 6:8-15). Tanto assim, que ele disse aos seus seguidores genuínos: "SE perseguiram a mim, perseguirão a vós, porque NÃO conhecem aquele que me enviou." (João 15:18-21).

 

Assim, embora fossem cristãos verdadeiros e todos vissem a prosperidade espiritual deles, também seriam perseguidos e desacreditados, pois o mundo NÃO conheceria quem os tinha enviado (Mateus 13:37-43 e 28:18-20).

E da mesma forma que havia acontecido com Cristo, que estivera presente, em carne e osso, e a maioria NÃO o havia reconhecido, também aconteceria com eles.

O mundo os "veria com os olhos, mas NÃO os enxergaria, ouviria com os ouvidos, mas NÃO os escutaria", ou seja, as pessoas os veriam e os ouviriam, porém não os entenderiam, da mesma forma que tinha ocorrido quando Jesus veio a primeira vez.

Ele também esteve por lá, bem VISÍVEL, mas não o enxergaram (ou não o reconheceram), como Isaías 6:9,10 havia previsto e como Mateus 13:13-15 confirmou depois.

 

Embora pertencessem a vários países, seria como se estivessem vivendo numa única "nação", pois estariam sempre unidos num mesmo objetivo e no mesmo modo de adoração a Deus (Efésios 4:1-6). 

Em quaisquer lugares que vivessem, seriam bons cidadãos.

Cumpririam com os seus deveres, pagariam os seus impostos (Mateus 22:17-21), obedeceriam sempre às autoridades não se revoltando contra elas (Romanos 13:1 - Atos 5:35-39) e obedeceriam, também, a seus patrões, mesmo aos que "fossem difíceis de lidar" (1 Pedro 2:12-18).

Obedeceriam em tudo, menos no que interferisse na sua relação com Deus.

Se fossem mandados para uma guerra, por exemplo, NÃO iriam, pois se deviam obediência às autoridades, deviam, também, obedecer a Deus e a Cristo, que tinham dito para "amar o seu próximo" (Mateus 22:37-40). Num conflito desses, portanto, "prefeririam obedecer a Deus antes que aos homens" (Atos 5:28,29).

 

Parece ser essa "nação" que sofreria o ataque final de Gog, no fim dos tempos (Ezequiel 38:8-12).

Eles se tornariam um povo único, "reunidos dentre as nações".

Nesse caso, então, Ezequiel NÃO teria falado do Israel literal ou carnal (ou dos descendentes de Jacó), nem dos antigos nem dos modernos, que viveram ou vivem na Palestina, mas teria falado de um "novo Israel", que somente apareceria nos "últimos dias" (que seriam desde a primeira vinda de Cristo até a sua volta final). Porém, esse "novo povo de Deus" seria formado por judeus e não judeus (Gálatas 3:28,29).

 

Será que já existem pessoas assim, que têm o único propósito de fazer, realmente, o que Cristo lhes ensinou?

E que pelo amor que têm a Cristo e a Deus, "TRANSFORMARIAM as suas espadas (ou armas) em enxadões" e, por isso, "não mais aprenderiam a guerra"? (Isaías 2:4 - 1 Coríntios 10:31)

SE existirem, serão eles, e não os judeus da Palestina, que poderão ser considerados como o "povo de Deus".

Dessa forma, serão eles, e não os israelenses atuais, quem sofrerão o "ataque de Gog", na simbólica "baixada de Josafá" (Joel 3:1,2 - 2 Crônicas 20:1,14-17), que a Bíblia também chama de Armagedom.

Nesse caso, tanto o Israel carnal como as demais nações, que se dizem cristãs ou não, precisariam REPENSAR a respeito, pois assim como não haviam entendido o que as Escrituras tinham dito a respeito de Cristo, no passado, também NÃO estariam entendendo o que elas dizem a respeito da volta dele, no presente ou num futuro próximo.

 

Por não as estarem entendendo, quando fossem contatados por aqueles do novo "povo de Deus", nos nossos dias ou num futuro próximo, poderiam NÃO reconhecê-los.

Não os reconhecendo, poderiam agir como os dirigentes políticos e religiosos agiram no passado, contra Cristo e seus apóstolos (1 Coríntios 2:7,8). Poderiam MALTRATÁ-LOS, persegui-los, deturpar ou alterar os seus ensinos bíblicos, dar falso testemunho sobre a pregação deles e o modo de vida que adotam ou que adotariam (Atos 6:8-15), etc., etc.

Tal como haviam feito no tempo de Jesus.

E Cristo disse que o mundo faria isso mesmo. Disse que, no tempo da sua volta (João 14:19 - Mateus 24:3-14), muitos "ajudariam ou maltratariam os seus servos (ou os pequeninos)" SEM PERCEBEREM (Mateus 25:31-45). Entretanto, tudo o que  fizessem contra eles, seria considerado, por Cristo, como tendo sido feito a ele próprio.

Contudo, não seria difícil de identificá-los, pois Isaías havia dado aquela "dica".

Bastaria verificar, no mundo todo, qual é (ou quem viria a ser) o povo que "não aprenderia (nem faria) mais a guerra".

As nações, no entanto, RIEM desse texto e acham que NÃO é nada disso que a Bíblia fala.

Mas se for isso mesmo, por não perceberem o momento histórico no qual vivem ou viverão e por não terem aplicado os genuínos princípios cristãos em suas existências, quando houver aquela batalha final, correrão o risco de estarem lutando contra Deus (Atos 5:35-39 - 1 Crônicas  16:22 - Apocalipse 12:17).

 

Portanto, o Estado de Israel, pelas suas atitudes carnais e pelas suas guerras, parece estar no mesmo nível e na mesma posição de outras nações. No relacionamento com Deus, NÃO há diferença nenhuma, nem superioridade, dos judeus naturais para os outros povos.

Na realidade, todos eles estariam "no mesmo barco". Naquele confronto final, tanto Israel como Irã, tanto a Rússia como os EUA, tanto o Ocidente como o Oriente, etc., seriam aliados ou estariam do mesmo lado.

Se for assim, a nação israelita NÃO seria atacada por Gog, pois estaria alinhada com ele (Mateus 4:8-10 - 1 João 5:19,20 e João 18:36 - 1 João 2:16,17 - Mateus 6:9,10 - Apocalipse 21:1-4).

Estaria entre as nações que o apoiariam, no ataque contra Deus, ou no ataque contra aquele único povo que "não aprenderia mais (a fazer) a guerra" (Isaías 2:1-4 - Mateus 13:13-15 - Atos 5:35-39 - Ezequiel 38).

 

É o que as Escrituras parecem dizer.

 

 

 

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