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1 - Como teria sido
a vida, de acordo com Deus?
2 -
Adão teve filhas? Qual a idade do homem
sobre a Terra?
3 -
Quando Moisés escreveu
os primeiros livros?
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01 - Como teria sido a
vida, de acordo com Deus?
Em Gênesis 1,28-31, vemos como teria
sido a vida dos humanos, sobre a Terra, com a BENÇÃO de Deus. Ao
primeiro casal foi dada a chance de viver para sempre no planeta
(nota-se que não se falou em morte), enchendo-o com os seus filhos,
que lhe fariam companhia e o ajudariam a cuidar da terra, dos animais
e do meio ambiente, com muita harmonia e amor.
O ser humano, por ter sempre convivido
com a morte, acha que é IMPOSSÍVEL se viver para sempre. No entanto,
para não se alongar no assunto, basta citar o renomado escritor e
bioquímico Isaac Asimov, falecido em fins do século 20. Era
considerado um dos cientistas mais inteligentes e suas opiniões eram
respeitadas mundialmente. Ele disse que "o cérebro humano
tem o potencial de viver por BILHÕES de anos".
Isso não é uma afirmação ridícula.
Partiu de um cientista respeitado. E
outros cientistas já disseram que as "células humanas deveriam
renovar-se para sempre". Além disso, a própria Bíblia diz que, no
início, os homens viviam CENTENAS de anos. Esses dados estão de acordo
com a capacidade de assimilação do cérebro. O fato é que os humanos
têm, realmente, o potencial de viver para sempre.
Só não vivem eternamente, ainda, por
causa de algo que lhes aconteceu na época de sua criação.
Voltando-se ao início, vê-se claramente
que Deus disse-lhes para “encherem a Terra” com os seus filhos.
ENCHER, não quer dizer superlotar. A intenção, então, era a de se
povoar o planeta com equilíbrio, respeitando o espaço de todos.
Vê-se, também, que Deus disse-lhes para
“dominarem a terra e os animais”, mas não disse que era para o “homem
dominar outro homem”. Mesmo quanto à sua mulher, ela foi lhe dada como
uma “ajudadora” e não como sua escrava nem como sua competidora
(Gênesis 2:18).
Quanto aos alimentos, tanto os humanos
como os animais viveriam alimentando-se da vegetação, com suas folhas,
frutos, raízes, grãos, etc. Portanto, o equilíbrio era perfeito, não
havendo destruição entre os animais nem entre eles e os
humanos.
Ao terminar de CRIAR o casal, Deus viu
que tudo o que tinha feito “era muito bom”, pois todas aquelas coisas
serviriam para cumprir o Seu propósito divino, que era –e é- o de
povoar a Terra, com equilíbrio e amor. Tanto que ao observarem todas
as coisas feitas funcionando maravilhosamente, os seus filhos
ESPIRITUAIS, que já existiam há muito tempo antes dos humanos,
“aplaudiram muito (ou bradaram em aplausos)”, pois reconheciam a perfeição e a grandeza da Sua
obra (Jó 38,4,7 - Veja "ficção").
Incidentalmente, nesse episódio da
Criação, vê-se que os filhos espirituais de Deus já existiam ANTES dos
humanos. Deus não precisaria, assim, criar os humanos para que, depois
de mortos, "povoassem o céu". No céu, já havia seres de outra
natureza, muito mais poderosos, que NÃO dependiam dos humanos, em
nada, para que pudessem existir. Os anjos ou criaturas celestes e os
humanos ou criaturas da Terra nunca tiveram a mesma natureza. Um não
dependeria de outro para viver. Embora fossem criações do mesmo Deus,
foram feitos em épocas diferentes, com natureza e objetivos
completamente diferentes.
Mais tarde,
no caso de Lázaro, ficou claro que as pessoas mortas "não sobem para o
céu" (João 3:13), pois Jesus disse que, apesar de Lázaro ter morrido
havia 4 (quatro) dias, ele havia ficado na sepultura, como que
"dormindo" (João 11:11-14). E o apóstolo Pedro também disse que o
Rei Davi, embora tivesse morrido há uns mil anos, "NÃO tinha ido
para o céu, mas continuava na sepultura dele", um local que os
próprios judeus, que viviam naquela época, sabiam onde ficava (Atos
2:27-34).
Os seres
espirituais que vivem no céu, portanto, não seriam "partes" das
pessoas humanas que viveram na terra.
Tais seres
celestiais já existiam bem antes da humanidade ser criada.
Deus nunca
precisou que as pessoas morressem para "povoar os céus" nem falou que,
depois de mortos, a maioria viveria por lá.
Quando
aplicou Sua punição a Adão, decretando a morte dele, Deus foi muito
claro. Disse que "ele tinha vindo do pó e ao pó (ou à
sepultura) voltaria" (Gênesis 3:19).
Não se vê
nenhum outro tipo de castigo nem de recompensa.
Uns 3.000
anos depois, o Rei Davi disse a mesma coisa.
Disse que quaisquer um,
tivessem sido governantes ou não, quando morressem "voltariam ao
solo" (Salmo 146:4).
Mais tarde
ainda, no tempo dos apóstolos, Paulo esclareceria que o "salário
pago pelo pecado é a MORTE" (Romanos 6:23). Portanto, o "prêmio ou
o salário" para quem cometesse pecado, seria a morte, pura e simples.
Assim, desde
o início a situação sempre foi a mesma. Quem pecasse, morreria
(Ezequiel 18:4). Nada mais do que isso.
E no decorrer
dos séculos continuou assim.
Portanto,
como Adão pecou, recebeu o seu "salário". Pela sua
desobediência, teve de pagar com a sua própria vida. E pagou.
MORREU, mas
não foi para algum local de tormentos nem de recompensas. Também não
ficou "vagando por aí".
Simplesmente,
voltou para o pó (ou ficou na sepultura).
Mas o pecado
e a morte dele abriram um "precedente".
Por ser o
genitor ou o pai carnal da humanidade inteira, TRANSMITIU esse
tipo de pecado a todos os seus filhos (Romanos 5:12). Era como se Adão
tivesse sido um "molde ou uma forma de bolo". Todos os que
fossem feitos por esse "molde", sairiam com a mesma forma ou
com o mesmo "defeito".
Não havia
como se escapar disso.
Por isso que
o salmista disse: "em injustiça fui formado e em pecado fui
concebido por minha mãe" (Salmos 51:5).
Portanto,
mesmo sem ter culpa nenhuma, a pessoa "já nascia em pecado" ou
em seu nascimento já "herdava aquele pecado que Adão cometeu e
transmitiu a todos os seus descendentes".
Por ter
herdado esse tipo de pecado, todos receberiam como pagamento o salário
da morte, como havia acontecido com Adão (Romanos 5:12 e 6:23 -
Hebreus 2:14).
Mas a punição
pelo pecado seria só a morte. Nada mais do que isso.
Nos tempos
bíblicos, NINGUÉM tinha dúvidas a respeito.
Sabiam, por
exemplo, que Salomão havia escrito: "... os vivos sabem: morrerão.
Já os mortos não sabem de coisa alguma, pois no Sheol
(ou na SEPULTURA), para onde irão, não há mais obra nem sabedoria."
(Eclesiastes 9:5-10)
E quando
Jesus veio na primeira vez, deu novas esperanças para os que tinham
familiares mortos. Disse para seus seguidores que "chegaria um dia
em que todos os mortos seriam ressuscitados" (João 5:28,29).
Quando Jesus
foi ressuscitar o seu amigo, a própria irmã de Lázaro já sabia disso,
pois ela mesma disse que o irmão "ressuscitaria no último dia",
ou num tempo determinado por Deus para esse fim (João 11:24).
Portanto, a
CRENÇA que as pessoas tinham no tempo de Jesus, a respeito das pessoas
mortas, era essa. Conforme as Escrituras lhes mostravam, sabiam que a
pessoa morreria, ficaria na sepultura sem consciência de nada, como se
estivesse "dormindo", e, num tempo determinado por Deus,
ou no "último dia", como disse a irmã de Lázaro, seria
ressuscitada.
Que isso não
seria "estória mole", foi mostrado pelo próprio Jesus, quando
ressuscitou Lázaro. Digno de nota, ainda, é que Lázaro "voltou à
vida" na própria terra (ou no local em que tinha vivido).
Voltando ao
primeiro casal, algum tempo
depois da sua criação, os dois escolheram seguir outro caminho,
separado de Deus. Com essa separação, começaram todos os problemas da
humanidade.
Por causa dessa revolta, por desobedecer
a Deus, o casal não poderia mais viver para sempre. Com o passar do
tempo, começaria a envelhecer, conheceria doenças e, por fim,
morreria, o que nos atinge até hoje (Gênesis 3:19).
Como visto, admitamos ou não, queiramos
ou não, foram nossos primeiros pais.
Portanto, TODOS somos seus descendentes.
Mas não
herdamos, apenas, o físico ou a forma humana do primeiro casal.
Herdamos
deles, também, a nossa "carga genética".
Seria como se tivéssemos, na nossa
constituição genética, os genes das suas imperfeições, que são os
causadores do envelhecimento, da doença e da morte. Ninguém, em lugar
algum, está livre disso (Romanos 5:12).
Tanto é assim que, no tocante à vida, a
sorte dos humanos é a mesma, pouco importando a sua “raça” ou a sua
condição social.
Como a Bíblia diz: “Em Adão, TODOS
(nascem e) morrem”.
Isso é uma realidade.
Como fica, então, o propósito que Deus
tinha para a Terra?
Embora poucos consigam enxergá-lo, esse
propósito continua firme como nunca. Não poderia ser diferente, pois,
na Bíblia, Deus diz que a Sua “palavra não voltará para Ele sem que se
tenha cumprido” (Isaías 55:11). E em Gênesis 1:28-31, como visto
acima, Deus disse que queria ver a Terra toda povoada, com muito
equilíbrio e amor.
Mas o que vemos hoje?
Hoje, vemos que povoada ela já está;
aliás, superpovoada, mas que entre os humanos há muito pouco
equilíbrio e muito menos, ainda, AMOR. Ao contrário, há muitos crimes,
injustiças, desamor, guerras, violências, doenças, fomes, mortes, imoralidades, etc.
(Eclesiastes 8:9 - Gálatas 6:7)
Assim, não está de acordo com o que
Deus quer e com o que a Bíblia parece mostrar que nos ocorrerá.
Então, para sabermos o que o futuro nos
reserva, teremos de examiná-la.
Porém, não adianta examiná-la com
parcialidade, ou seja, não adianta examiná-la “puxando para um lado
apenas”. Não adianta encará-la considerando, apenas, o seu lado
religioso e fazer com que a “fé cega nos faça aceitar tudo”,
encobrindo os seus pontos polêmicos e/ou mais combatidos.
Como também não adianta encará-la
considerando, apenas, o que os seus CRÍTICOS falam dela, às vezes com
os argumentos mais absurdos.
O problema maior que encontramos,
portanto, é que ao tentarmos fazer essa análise, procurando fazê-la de
um modo imparcial, verificamos que o que a Bíblia realmente diz é
diferente do que a maioria religiosa prega e DIFERENTE, também, do que
os seus críticos dizem.
Por exemplo, acham que Deus, depois de
completar a sua obra criativa, "ficou descansando", como se o
Criador tivesse entregue a Terra à sua própria sorte e não se
importasse, mais, com ela. Pensam desse modo por não entenderem o
motivo de Deus ter permitido o sofrimento até hoje.
Alguns acham que o objetivo do ser humano é
apenas este: nascer e crescer na Terra, ser uma pessoa justa e, depois
de morrer, ir para o "paraíso" (que entendem ser no
céu).
Outros acham que a vida sempre existirá
por ciclos de reencarnações na Terra.
Outros, ainda, acham que "os mortos estão 'vivos' e que
podem 'conversar' com eles".
E assim por
diante.
O que a Bíblia parece mostrar, porém,
é algo totalmente diferente.
A maioria parece não perceber o que houve REALMENTE na
ocasião da criação do primeiro casal.
Como visto mais acima, depois de
criá-los e de vê-los funcionando maravilhosamente, junto com o resto
de suas criações, Deus viu que toda a sua obra era "muito boa".
Mostrou-lhes que tinha um OBJETIVO para eles.
Disse-lhes que era para
"encherem e dominarem a terra" (Gênesis 1:28-31).
Ora, se só existiam os dois, para encherem a terra com
milhões (ou bilhões) de descendentes e formarem a humanidade, como a
conhecemos hoje, demoraria MILHARES de anos!
Qualquer um poderia ver isso.
Ali já ficava subentendido, então, que os seres humanos
teriam milhares de anos pela frente.
Pouco depois, porém, houve um contratempo.
Desobedeceram a Deus e revoltaram-se contra as ordens
Dele.
Após esse episódio, passariam a ter outro tipo de vida.
Passariam a ter problemas e, por fim, morreriam.
Houve uma ALTERAÇÃO na situação que até então tinham
vivido.
Perderam uma condição de vida muito boa e passariam a
viver de outro jeito, que não seria muito bom (Gênesis 3:15-19).
Mas Deus já tinha EMPENHADO a Sua palavra de que os
humanos seriam felizes na face da Terra! Já tinha dito para que
enchessem e dominassem o planeta. Se no início de sua Criação, ANTES
daquela rebelião, Ele já havia abençoado o casal, dizendo-lhes que era
para “encherem e dominarem a terra”, esse propósito seria
cumprido de qualquer maneira.
Se a sua obra fora boa no início, seria boa no final.
Não havia como se escapar disso.
Afinal, já tinha EMPENHADO a Sua palavra que seria
assim.
Houve um contratempo?
Tudo bem, mas ninguém O impediria de realizar o seu
objetivo.
Apenas, precisaria “trabalhar” um pouco mais,
para remediar a situação. Não é à toa que quando Cristo veio na
primeira vez e fez aquelas obras maravilhosas, como curas,
alimentação, ressurreições, etc., disse que tinha sido enviado "por
iniciativa do Seu Pai" (João 5:19). Portanto, isso já mostrava que
Deus não estava "descansando", pois havia ficado organizando o envio
do Seu Filho. Tanto que Jesus confirmou esse fato. Disse que tanto ele
como o Seu Pai "estavam TRABALHANDO" até aquela época (e até
hoje), conforme João 5:17.
No entanto, quando tinha decretado a Sua sentença aos
rebeldes, por volta de 4.020 anos antes do nascimento de Jesus, Deus
já havia ADIANTADO como seria a História da humanidade.
Esse poder de Deus em prever o futuro, seria confirmado
depois, em Isaías 46:9,10, onde diz que “... Deus é único... (e
que pode) anunciar o fim desde o princípio (ou que desde o princípio
pode contar o final)”.
De fato, em Gênesis 3:15-19 (ou no primeiro livro),
quando chamou a atenção daqueles rebeldes, já vemos a determinação de
Deus para CORRIGIR as coisas, de imediato. Ele disse que a humanidade
se desenvolveria em duas descendências (ou duas SEMENTES).
Todavia, a linguagem simbólica que foi usada nessa
passagem tem confundido um pouco as pessoas. Em Gênesis 3:15
(Almeida), Deus diz: "E porei inimizade entre ti e a mulher,
e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar."
Parece claro que haveria duas descendências
ou duas "sementes", que sempre estariam lutando uma contra a
outra.
Mas alguns imaginam que a "mulher" citada seria
Eva e que seus descendentes sempre travariam uma batalha com as cobras
em geral. As "serpentes" sempre estariam mordendo os "calcanhares"
dos humanos e eles sempre as matariam atingindo-as em suas "cabeças".
Contudo, a Bíblia parece mostrar outra coisa.
Ora, ali houve uma divisão ou uma
disputa de princípios.
Que haveria duas descendências fica
claro. Mas não seriam as sementes daquela mulher humana e daquela
cobra que lutariam entre si.
A luta seria entre as duas
descendências humanas que defenderiam os pontos envolvidos
naquela ocasião.
Uma defenderia o "ponto de vista" de
Deus. Defenderia que a ORDEM Dele deveria ter sido acatada pelo casal.
Os que pensassem assim, seriam a descendência ou a "semente da
mulher".
Outra defenderia o "ponto de vista"
opositor. Defenderia que o casal poderia decidir os seus assuntos com
inteira LIBERDADE e que a humanidade não precisaria dos conselhos de
Deus para que vivesse melhor. Os que pensassem assim, seriam a
"semente da serpente (ou da cobra)".
Portanto, uma apoiaria a Deus e outra "Lhe seria"
opositora.
Cristo também confirmou que assim aconteceria, quando
fez a ilustração em Mateus 13:24-30. Ali, ele disse que, para que a
punição aos injustos não prejudicasse os justos, Deus deixaria as
duas sementes crescerem juntas, durante um tempo. No julgamento
final, seriam SEPARADAS.
Os injustos seriam destruídos e os justos viveriam sob
o favor divino (ou seriam ajuntados no celeiro de Deus).
Digno de nota é que alguns religiosos estariam
incluídos como descendência opositora a Deus, pois Jesus os chamou de
"raça de víboras (ou descendência de cobras)", conforme
Mateus 23:1-34.
Assim, a "guerra" anunciada no princípio NUNCA foi
contra as cobras ou às víboras naturais. As serpentes continuam sendo criações
de Deus muito úteis, no habitat em que vivem, entre outros animais.
A guerra sempre foi e continua sendo contra os
princípios ou atitudes daquelas pessoas que se transformariam na
"semente" dos opositores a Deus (2 Coríntios 10:3-6 - 1 João 3:9-12).
A primeira mulher, por exemplo, foi genitora de todos
os humanos.
Foi genitora tanto de uma como de outra "semente".
Mas ela própria, por ter desobedecido a Deus, poderia ser incluída
entre as sementes opositoras e não fazer parte, desse modo, da
descendência da "mulher", citada em Gênesis 3:15.
Entre aquele início ruinoso e o conserto definitivo da
situação do homem sobre a Terra, haveria milhares de anos, mas
desde o princípio “Deus já havia contado como seria a História da
humanidade”.
Fez com que isso ficasse registrado no que se tornaria
o primeiro livro das Escrituras.
E no último livro, no tempo dos apóstolos,
mostrou o resultado final.
De fato, em Apocalipse 21:1-4, vemos que, após o
julgamento de Deus, as pessoas justas estariam vivendo, finalmente,
numa "nova terra, na qual não existiria mais morte, nem clamor nem
sofrimento", ou seja, estariam vivendo de acordo com o que Ele
havia determinado, desde o princípio.
A “mulher e a serpente”, citadas em linguagem simbólica
em Gênesis 3:15, são identificadas em Apocalipse 12, mostrando a
ligação entre o primeiro e o último livro da Bíblia.
Mostra
que a "mulher" seria a organização de Deus, que lhe daria uma
"semente" (ou uma descendência) que O apoiaria. E que a
"serpente" seria o nome dado a um ser espiritual que
havia se tornado Opositor a Deus e que também teria a sua
descendência.
As duas se desenvolveriam juntas até o fim.
A descrição feita da "mulher" deixa claro que
NÃO se tratava de Eva.
Apocalipse 12:1-5 mostra que ela "... estava vestida
do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas
sobre a sua cabeça. E estava grávida... e deu à luz um filho, um varão
que há de reger todas as nações com vara de ferro...".
Ora, se "estava vestida com o Sol e tinha a Lua a
seus pés", nunca poderia se tratar de Eva nem de nenhuma outra
mulher humana.
De quem poderia se tratar então?
A Bíblia parece indicar que poderia se tratar daquela
"mulher" citada em Gênesis 3:15.
Havia ficado claro que aquela mulher teria "duas
sementes", que se desenvolveriam juntas até o fim, uma sempre
lutando contra a outra.
E, no tempo do julgamento final, visto em Apocalipse
12, mostra que aquela luta ainda continuava, pois os opositores de
Deus, enfurecidos, ainda "faziam guerra contra o resto das sementes
dela (ou contra a semente da mulher)".
Assim, os mesmos
personagens do livro inicial mostram que ainda estão VIVOS, milhares
de anos depois da morte de Eva, e tornam a aparecer no livro final, em
complemento à mesma situação. Fica claro, também, que aquela
"mulher" do início era simbólica, pois nenhuma mulher humana
conseguiria se manter viva por milhares de anos.
Mas se no tempo do julgamento de Deus ainda haveria um
"resto" daquelas sementes, isso mostrava que, antes delas,
teriam existido muitas outras parecidas.
E esse "resto" daquelas sementes é IDENTIFICADO
claramente como "... os que guardam os mandamentos de Deus e têm o
testemunho de Jesus Cristo" (Apocalipse 12:17).
Portanto, parece ficar claro que "os que sempre
guardaram os mandamentos de Deus" foram a "semente da mulher",
a partir daquela rebelião inicial.
Desde a revolta do primeiro casal, muitos da semente da
"mulher" sofreriam bastante, pois seriam como que "mordidos
no calcanhar" (Jó capítulos 1 e 2, 42:10-17
- Mateus 26:53,54).
Teriam muitos sofrimentos, mas iriam dando prosseguimento ao propósito
inicial de Deus.
Com a volta de Cristo porém, ele, como principal
descendente da mulher, acabaria de uma vez com tais sofrimentos,
causados pela oposição a Deus (Lucas 13:11-16 - Hebreus 2:14 -
Apocalipse 12:9). Terminaria com a questão levantada,
quando "ferisse a cabeça" da serpente, eliminando-a de vez. Com
essa eliminação, daria um fim, de modo definitivo, àquela oposição que
fizeram a Deus, no início.
Percebe-se que foi levantada uma questão, diante
de todo o Universo.
Deus havia dito ao casal para se comportar de um jeito,
mas Adão e Eva se comportaram de outro.
Quem estaria com a razão? Qual seria o melhor modo de
comportamento? Será que Deus não havia lhes dado ORIENTAÇÕES erradas?
Será que viver contrariando as ordens divinas não seria melhor?
As respostas só poderiam vir com o decorrer dos séculos
e com o desenvolvimento daquelas duas sementes.
Para que não restassem dúvidas, Deus concederia um
período de tempo até o julgamento final.
Um tempo para que as pessoas sentissem as DIFERENÇAS e
vissem como funcionariam as coisas, em cada uma das divisões surgidas
no início.
Mais tarde, fez do reinado de Salomão, o primeiro
Rei filho de Davi, um "tipo ou semelhança" do que seria uma vida
controlada por Deus (ou de como seria a vida sob o Reino de
Deus).
Com Salomão, todos viviam em paz e prosperidade (Salmos
67:1-7 e 72).
Depois dos reis davídicos, de Nabucodonosor II para cá,
permitiu que outras nações dominassem a Terra. Assim, as pessoas
poderiam ver como seria a vida controlada por governantes
independentes de Deus. Os homens poderiam ter tudo do que precisassem
para governar.
Esses governantes, mesmo independentes Dele, teriam
autoridade, tempo, poder, dinheiro e, no
final, muita tecnologia. Além disso, poderiam ter muita
LIBERDADE em seus atos. Poderiam fazer, praticamente, tudo o que
quisessem, mesmo o que não fosse aprovado por Deus, como já vinham
fazendo desde a confusão das línguas (Gênesis 11:6).
Cristo viveu no período de tempo
concedido aos gentios (ou não judeus).
Por isso que ele não pôde endireitar
tudo naquela ocasião.
O tempo dele ainda estava por vir.
Contudo, "não poderia endireitar",
mas poderia MOSTRAR como tudo seria resolvido.
E foi o que fez.
Mostrou o que faria, quando "voltasse no poder do seu Reino".
Curou, alimentou, ressuscitou, etc. (Mateus 9:35 e 10:7,8)
Mas também avisou que, somente quando
aquele tempo concedido para as nações terminasse, ele poderia
endireitar a situação humana, fazendo tudo aquilo que fizera novamente
(Lucas 21:24 - Mateus 6:9,10 - Atos 1:6 - Daniel 7:13,14 - Mateus
24:30,31).
Até que voltasse, a humanidade estaria
vivendo no tempo das nações.
Elas que teriam autoridade sobre as
pessoas. Elas que resolveriam as coisas, conforme achassem melhor
(Romanos 13:1 - João 19:10,11 - Mateus 18:36).
Completado esse tempo, tudo o que poderia acontecer, já
teria acontecido, de bem ou de mal. Seria a época da volta de
Cristo então e, com ela, o julgamento final de Deus.
O povo poderia ver a diferença.
Poderia ver se o mundo seria melhor com Deus ou sem
Ele.
Poderia ver se o melhor seria fazer as coisas do jeito
que Deus determina ou fazer as coisas do modo contrário às ordens
Dele, como os governos independentes fizeram.
Confrontando os dois lados da questão, os humanos
teriam todos os elementos para concluir se o melhor seria obedecer ou
DESOBEDECER a Deus.
Assim, embora tivesse causado muito sofrimento, esse
tempo concedido foi uma decisão muito sábia.
Abriria, até, um
"precedente".
Depois de julgada tal questão, nunca mais precisaria
haver um problema semelhante, pois todos no Universo teriam visto,
com fartura de provas, que a desobediência a Deus só havia trazido
SOFRIMENTOS à humanidade (Lucas 13:11,16 - Hebreus 2:14).
Portanto, com muita razão, esse tipo de questionamento
NUNCA mais seria permitido.
Mas tudo aconteceria no seu tempo certo.
Deus nunca havia se precipitado quanto a uma época de
julgamento.
Nem a mais nem a menos.
Sempre escolheu o momento EXATO.
Antes de destruir, sempre deu chances para que
retornassem a Ele (2 Pedro 3:9).
Por exemplo, antes de Nabucodonosor II destruir
Jerusalém, mandou Ezequiel avisá-los, para que se arrependessem, pois
deixou bem claro que "não se agrada na morte de ninguém, nem mesmo
na dos iníquos (ou dos injustos)", conforme Ezequiel 33:11. Antes
de destruir Sodoma e Gomorra, mostrou para Abrão que, por lá, naquela
ocasião, não havia ninguém para preservar. Todos aqueles haviam
passado dos limites (Gênesis 18:25-33).
Falou para Abrão, também, que
os descendentes dele só tomariam posse de Canaã, ou da terra prometida
a eles, SÉCULOS depois, porque o povo que vivia por lá "ainda não
havia completado o seu erro". Mereciam viver mais alguns séculos,
portanto (Gênesis 15:16).
Assim, fica evidente que Deus "continua de olho"
na Terra e no controle de tudo.
Daí, vem a certeza de que o propósito
original Dele se cumprirá no tempo certo, determinado por Ele. Vem a
certeza, também, de que SE o primeiro casal tivesse Lhe obedecido, as
pessoas já estariam vivendo em perfeita harmonia, como Apocalipse 21:1-4 mostra, há muito
tempo, desde a sua criação.
Tudo isso deixa claro que Deus "não havia ficado
descansando".
Pelo contrário.
Embora a Bíblia diga que Ele
"descansou" após as Suas obras criativas (Gênesis
2:1-3), isso se refere, apenas, às novas criações. No caso da Terra e
do casal humano, a Sua obra ficara completa. Então, Deus poderia
"descansar" daquele trabalho feito. Não precisaria CRIAR mais nada
para que vivessem bem.
Ele sabia que, se surgisse algum problema, teria todos
os meios para resolvê-lo, apenas com aqueles elementos que já havia
criado. Poderia ficar "descansado" quanto a isso.
Tanto assim, que em Isaías 40:28 diz que "... Deus
NUNCA se cansa nem se fatiga". De forma que Ele não precisaria
descansar (no sentido que os homens entendem).
Por outro lado, em Isaías 66:8 diz que "... uma
nação NÃO poderia ser formada em um dia apenas".
Assim, essas passagens mostram que Deus, embora não
precisasse descansar, precisaria de um certo tempo para resolver a
situação. A questão levantada naquela ocasião era bastante
complexa.
Exigiria mais de um dia para resolver.
Por isso, nas demais partes da Bíblia, Deus foi
mostrando que, aos poucos, Ele iria "consertando a situação".
Em cada tempo, ia REVELANDO novas coisas para a
humanidade, deixando claro que o seu propósito original iria
progredindo. Mostrou que a solução final demoraria muito tempo (na
contagem dos homens). Mas mostrou, também, que assim como a humanidade
tivera um início perfeito, no final voltaria àquela condição original.
Tudo voltaria à normalidade novamente!
No tempo de Isaías, esclareceu muito sobre tal assunto.
Assegurou, novamente, que, apesar da aparente demora,
Ele não havia se esquecido e que “... a Sua palavra não lhe
voltaria sem ter executado o que lhe agradasse” (Isaías 55:11).
Fez mais, até.
MOSTROU novos detalhes de como a humanidade viveria no
futuro, no final de Suas providências. Deixou isso registrado, em
Isaías capítulos 2, 11 e 65.
Afinal, como Ele próprio disse, "... não havia feito a
Terra simplesmente para nada. Modelou-a, mesmo, para ser HABITADA!"
(Isaías 45:18)
Tanto seria habitada, que uns 700 anos depois de
Isaías, quando Cristo apareceu, ele também disse a mesma coisa. Disse
que "Os mansos (ou pacíficos) herdariam a terra" (Mateus 5:5 ou 5:4 na
TEB).
Ora, se "herdariam a terra", todos poderiam ter a
certeza de que ela sempre continuaria habitada.
E isso não era "estória mole", pois o próprio apóstolo
Pedro citou Isaías 65, quando disse que "aguardava uma nova
terra, onde iria morar a justiça" (2 Pedro 3:13).
Assim, as pessoas justas daquele primeiro século
cristão aguardavam a vida numa "nova terra". Seria nova por que
"emergiria" (ou tornaria a aparecer depois) de uma destruição futura, como já tinha acontecido "nos dias
de Noé". Ele e sua família haviam vivido numa terra antiga até o
Dilúvio. Depois dele, continuaram a viver no mesmo planeta, mas
passaram a viver numa "nova terra".
Mesmo antes de Isaías já se falava no planeta habitado
permanentemente.
O sábio Salomão, por exemplo, também havia dito: "Uma geração vai e outra
vem, mas a terra permanece SEMPRE." (Eclesiastes 1:4).
Após a morte humana de Jesus e de seus apóstolos,
porém, ALTERARAM muita coisa, a respeito da Bíblia e do que os
primitivos cristãos ensinavam e aguardavam.
Por exemplo, um pouquinho antes da morte de Cristo, o
malfeitor que estava ao seu lado pediu-lhe que se "lembrasse dele,
quando entrasse no seu Reino". Jesus respondeu-lhe que
"estariam juntos no paraíso" (Lucas 23:42,43).
Parece ficar
claro que o "Reino ou o paraíso" seriam duas coisas que
funcionariam em conjunto e ao mesmo tempo. Parece ficar claro que,
quando Cristo entrasse "no poder de seu Reino", todos viveriam em um
"paraíso".
Contudo, naquele tempo, quando se falava em "paraíso",
imaginava-se um PARQUE ou um bonito jardim, semelhante ao Éden citado
em Gênesis, onde os humanos e os animais viviam em perfeita harmonia.
Quando falou em "paraíso", portanto, Cristo havia se
referido ao que Isaías, capítulos 2, 11 e 65, já havia dito. Ambos
disseram que aquela antiga situação, de total harmonia, que o primeiro
casal já tinha vivido no Éden, aconteceria NOVAMENTE.
Depois de ressuscitado, Lázaro "voltou à vida"
na terra (ou no local em que tinha vivido). Aquele malfeitor que
morrera ao lado de Jesus, também seria ressuscitado, no futuro, e
viveria no "paraíso" com Cristo. Seria apenas natural, então,
que, assim como Lázaro, "voltasse à vida" na terra
(ou no local em que tinha vivido).
Isso reforça o fato de que o paraíso prometido seria
neste mesmo planeta.
A esperança que a maioria do povo sempre teve, portanto,
era a de uma vida terrestre.
Tanto que, como já visto, o próprio apóstolo Pedro
citou Isaías 65 quando disse que "aguardava uma nova terra" (2
Pedro 3:13).
Esses detalhes só confirmam que, do segundo século
cristão para cá, ALTERARAM muita coisa, inclusive a esperança de uma
vida plena na própria Terra. Passaram a imaginar que uma vida plena só
seria possível no céu e que o Reino de Deus sempre havia existido e
que existe, ainda, mas "apenas nos corações das pessoas"
(Veja "sendo
prometido").
Assim, não é difícil de observar que, desde o
primeiro casal, Deus "está trabalhando" para ELIMINAR os
sofrimentos que atingem a humanidade.
Analisando-se a História humana, vê-se que Deus, aos
poucos, já cumpriu várias "etapas" do seu propósito original,
que é o de povoar a Terra, com muita harmonia e amor (Gênesis
1:28-31).
Por essas etapas já cumpridas, pode-se ver que
Deus NÃO aprova nem compactua com injustiças, egoísmo, ganância,
crimes, guerras, imoralidades, desentendimentos, violências, etc.,
pois no tempo de Noé, quando aquela humanidade de então estava cheia
dessas coisas, "destruiu aquele mundo" (Gênesis 6:13 - 2 Pedro
3:5,6). Começou uma nova etapa com a família de Noé.
Uns 427 anos depois, fez o pacto com seu amigo Abrão.
Dele vieram Isaque, Jacó (que mais tarde foi chamado de
Israel) e seus doze filhos. Com eles, formou a nação de Israel.
Moraram no Egito e fugiram de lá, 430 anos depois do pacto com Abrão.
Permitiu o tempo dos Reis filhos de Davi. Permitiu que Nabucodonosor
II acabasse com eles. Enviou o Seu Filho à Terra. Assim como permitiu
um tempo para que os judeus dominassem, permitiu também um tempo para
os gentios (ou não judeus).
Somente depois que esse tempo concedido aos gentios
terminasse, mandaria o Seu Filho de volta, no poder do Seu Reino
(Lucas 21:24 - Daniel 7:13,14 e Mateus 24:30,31 -
Veja "apareceu
na nuvem").
Quando isso acontecesse, seria a SOLUÇÃO definitiva de
todos os problemas humanos (Veja "dois
pontos").
Essa etapa final, definitiva, seria a "volta de
Cristo", quando se faria a eliminação total dos iníquos (ou dos
injustos), abrindo caminho para uma nova ordem ou uma nova sociedade
humana, cujos habitantes viveriam conforme o projeto inicial de
Deus, ou seja, viveriam com muita harmonia e amor, entre tudo e
todos, somente praticando o BEM (Gênesis 1:28-31 e 3:15-19 - Romanos
5:12-19 - Gálatas 6:7 - Eclesiastes 8:9 - Isaías 65:17-25 - 2 Pedro
3:13 - Apocalipse 12 e 21:1-4 - Atos 17:11,30,31).
Atualmente,
a Ciência concorda que a HUMANIDADE toda pode proceder de um único
casal. Inclusive, um livro editado pela Organização das Nações Unidas
- ONU, chamado “What is race?” (ou: O que é raça?), comprova esse
fato.
Alguns levantam dúvidas sobre a esposa
de Caim, que foi o primeiro filho de Adão. Não é mencionado o seu nome
nem a época em que ela nasceu.
A Bíblia diz que Caim “conheceu-a” na
terra para onde fugiu. Assim, pensam que ela era de outra família, que
vivia em outra parte, longe de Adão e Eva.
Porém, Gênesis 5:4 mostra
que o primeiro casal teve “filhos e filhas”, embora não
mencione maiores dados sobre elas. De modo que, além do casal,
existiam apenas os seus filhos.
No entanto, é evidente que estes
estavam divididos em alguns homens e algumas mulheres.
E quando a Bíblia diz que Caim
“conheceu-a” apenas na terra para qual fugiu, quer dizer que,
somente lá, conheceu-a intimamente, mantendo relações sexuais com ela.
Até hoje esse termo “CONHECER” é usado também nesse sentido.
Quanto a se ela procedia ou não do
primeiro casal fica claro no nome que foi dado à primeira mulher, pois
esse nome, EVA, quer dizer "vivente". Ela foi assim
chamada por que seria a "mãe de todos os outros seres viventes da espécie".
Portanto, a esposa de Caim, que era um ser humano vivente, foi
descendente da primeira mulher, tal como filha, neta, etc. (Gênesis
3:20).
A contagem do tempo na ordem dos
acontecimentos ou a CRONOLOGIA bíblica começa com o nascimento de
outro filho do casal, chamado Sete, nascido quando Adão tinha “cento e
trinta anos”, conforme Gênesis 5:3.
Como aquele livro citado no início diz,
a palavra “adão” pode ser traduzida, também, como “homem
terreno” (ou saído da terra). Além disso, pode ser traduzida por “humanidade”.
Por isso, muitos dizem que NÃO existiu o indivíduo ou o homem
exclusivamente chamado de Adão, pois esse termo poderia ser aplicado a
vários, sem distinção. No entanto, não é isso o que a Bíblia diz, pois
quando faz a citação dele, do início ao fim, deixa claro que se refere
ao “primeiro homem”. (I Coríntios 15:45-47)
O discípulo Judas, no versículo 14 da
sua carta, diz que “Enoque foi a sétima linhagem depois de Adão”. Isso
foi escrito no tempo dos apóstolos. Para algo ou alguém estar alistado
em ordem é preciso de um início ou de um ponto de partida. Não teria
sentido dizer que Enoque foi o "sétimo, a partir de Adão", se
não pudesse ser determinado que aquele Adão fora o início da
contagem.
E não é somente Judas quem diz isso.
NOÉ foi contado
como “décima linhagem” depois de Adão e o evangelista Lucas,
que “pesquisava tudo antes de escrever”, registra uma linhagem
completa, de Adão até Jesus (Lucas 3:23-28).
Quanto a esta linhagem ou genealogia, de
Adão a Jesus, os críticos também colocavam dúvidas, pois nos
Evangelhos os nomes são os mesmos até Davi (ou David) e, depois,
continuam com nomes completamente DIFERENTES.
No entanto, longe de ser um erro, esse
detalhe só faz reforçar a linhagem do Rei Davi, tendo em vista que uma
relação, a que foi feita por Mateus, mostra os nomes a partir de um de
seus filhos (Salomão), que foi antepassado de José, pai adotivo de
Jesus. E a outra relação, feita por Lucas, mostra os nomes a partir de
Natã (ou Natan), outro filho de Davi, que foi antepassado de Maria,
mãe carnal de Jesus.
Portanto, essas relações comprovam que
não só o pai dele, mas também a sua mãe, eram descendentes de DAVI,
fato que somente reforça a origem davídica de Cristo, conforme
prevista e comprovada pelas Escrituras.
Aliás, o próprio Jesus citou Adão
e Eva (Mateus 19:4-6).
Contudo, a Bíblia diz que se Adão
“comesse da árvore” naquele mesmo dia morreria. Embora ele
tenha desobedecido e comido, não morreu naquele dia de vinte e quatro
horas, pois a mesma Bíblia diz que ele viveu “novecentos e trinta
ANOS” terrestres (Gênesis 3:17-19 e 5:5).
Mas não há nada de errado nisso
considerando que, nas Escrituras, o DIA é um limite ou um período de
tempo, que pode ter a duração de “24 horas”, “menos do que
uma vigília de noite”, “um ano”, “mil anos” ou “milhares de anos”
[Salmos 90:4 (ou 89:4 em algumas); Ezequiel 4:6; II Pedro 3:8] e
Gênesis 2:4 (na TNM).
Assim, pode ser até um período
indefinido.
Em Adão, talvez foi aplicado o limite de
mil anos, tendo em vista que ele morreu um pouco antes desse tempo ser
completado.
Devido a essa longa vivência, de
centenas de anos, principalmente da época dele até Noé, dizem que
esses anos deveriam ser "meses" ou um período menor do que os 360 dias
que conhecemos hoje.
Mas se aqueles anos relatados fossem
meses, por exemplo, Enos (Enosh) teria gerado Quenã (Qenan) aos 90
meses e Quenã teria gerado Malalel (Mahalalel) aos 70 meses e assim
por diante. Isso pode ser verificado quando se substitui a palavra
"ano" pela palavra "meses" na seqüência de nomes existente
em Gênesis, capítulo cinco. Naturalmente, seria algo impossível,
visto que, com aqueles "meses" de idade, ainda seriam CRIANÇAS.
E que aqueles anos NÃO foram um período
menor do que é conhecido hoje, pode-se ver na ocasião do Dilúvio, que
se iniciou no “segundo mês, dia 17” e cujas águas começaram a
baixar depois de “150 dias”, no “sétimo mês, dia 17”.
Após isso, fala-se no “décimo mês” e mais uns 50 dias, para, só
depois, se falar no “segundo ano (após o Dilúvio)”.
Isso mostra que
cinco meses tinham 150 dias (ou trinta dias por mês) e que o ano
tinha doze meses, num total de 360 dias, mais ou menos (Gênesis 7:11 e
8:3,4).
Entretanto, apesar da Bíblia dizer que
Adão foi criado há cerca de 4020 anos Antes da Era Comum, NUNCA diz
que o planeta Terra tem a mesma idade do que ele.
Ela diz que, no início da criação, “Deus
criou os céus e a Terra”.
O Universo, portanto, foi criado antes
do homem.
Assim, quando a Ciência diz que o
planeta tem “milhões de anos”, não está desmentindo a Bíblia, pois ela
não diz, em parte alguma, a idade do Universo.
O que ela mostra é a idade do HOMEM
sobre a Terra.
E essa idade da ação do homem sobre a
Terra é comprovada pela Ciência, considerando que os registros
históricos confiáveis, tais como inscrições, construções, textos,
etc., não chegam aos cerca de 4020 anos Antes da Era Cristã. Só se
pode provar a passagem do homem pelo planeta, por meio do tempo que a
Bíblia dá (de sua criação para cá).
Tanto que esse é o período conhecido por
história registrada (Veja "Abrão").
Embora os evolucionistas digam que o
homem já exista por “mais de dez mil anos”, baseiam-se em suposições e
até hoje nunca puderam comprovar isso.
Por outro lado, assim como as idades do
homem e da Terra são diferentes, também os “dias” mencionados para
cada um são diferentes. Na preparação do planeta era um limite de
tempo e depois, na rotina diária do ser humano, era outro.
Mesmo porque, na preparação da Terra, o
homem ainda não existia e a obra que estava sendo feita NÃO poderia
ser, assim, controlada pelo seu modo de marcar o tempo.
Quem fazia tal obra era Deus e o modo de
marcar o tempo era o Dele.
Contudo, podemos fazer uma suposição,
imaginando a duração daqueles “dias criativos”. Como a Bíblia diz que
estamos no “sétimo dia” ou no “dia de descanso de Deus”, que ainda não
terminou e que começou após a criação do primeiro homem, Adão, isso
indica que esse “dia” já tem, então, cerca de 6.034 anos terrestres,
considerando que esse é o tempo passado de Adão até nós, que vivemos
no ano 2009 da Era Cristã.
Se os outros dias daquela preparação
tiveram a mesma duração, eles foram, cada um, de mais de seis mil e
trinta e quatro anos terrestres.
Mesmo que não seja esse o tempo de cada
um deles, a Bíblia deixa claro que não foram “dias de vinte e quatro
horas”.
Com relação ao surgimento da LUZ, no
“primeiro dia”, que só foi vista na Terra, no “quarto dia”, também não
há nada de errado.
Aquela narração dos acontecimentos foi
feita para o entendimento dos humanos, que pisam no solo da Terra.
Portanto, se existisse alguém por lá, no “primeiro dia”, embora
tivesse alguma claridade, não poderia ver as fontes de luz ou os
“luzeiros do quarto dia”, que são o Sol e a Lua e que causavam aquela
“luz difusa”, que chegava até a superfície.
E não poderia ver, porque entre “o
primeiro e o quarto dia” existia um impedimento na forma de nuvens
espessas, entre a Terra e o Sol.
Isso é confirmado no livro de Jó,
capítulo 38, onde Deus diz que a
Terra no começo, “esteve envolvida por faixas de
escuridão”. Por causa disso, embora alguma claridade atingisse o
solo, não se via o Sol, olhando-se da superfície, tal como nos ocorre
ainda hoje nos dias “encobertos por nuvens”.
O Sol está lá, produzindo a sua luz e,
apesar de termos alguma claridade, NÃO podemos vê-lo.
Embora digam que o livro de Jó é uma “ficção,
alegoria ou, ainda, apenas uma estória piedosa”, tanto essa afirmação
da Terra primitiva envolta por nuvens como a real posição dela no
espaço, parecendo estar “suspensa no vazio (ou sobre o nada)”,
conforme Jó 26:7, pode ser comprovada pela Ciência.
Com a Terra primitiva ocorria algo
parecido com o que ainda ocorre com o planeta Vênus, do nosso sistema
solar, que também é envolto por nuvens que, de fora, pela visão
natural, não permitem que se veja a sua superfície.
Quanto à posição
da Terra no espaço, basta se ver as FOTOS tiradas pelos satélites
artificiais ou da própria Lua, para se ver que é exatamente como a
descrita por Jó.
Ela parece, mesmo, "estar suspensa no vazio ou sobre
o nada" (Jó 26:7).
NINGUÉM (de fora da Bíblia), nem antes,
nem depois dele (como o grego Aristóteles), afirmou isso de maneira
tão clara.
Digno de nota é que o livro de Jó,
conforme considerado por alguns, foi escrito por Moisés, pouco antes
de sua morte. Partindo-se daquela data, por volta de 1470 AEC, vê-se
que a posição correta da Terra no espaço foi descrita, exatamente,
mais de MIL anos antes de Aristóteles e cerca de 3430 anos antes dos
satélites artificiais (1957 EC) e do pouso na Lua (1969 EC).
Portanto, o que o livro diz nesse ponto
não é ficção, como os críticos querem crer, mas um fato que a Ciência,
a verdadeira ciência, pode comprovar.
Quanto ao surgimento da luz, algumas
traduções bíblicas ajudam a esclarecer o ponto, traduzindo a
ocorrência do “primeiro dia” como “luz difusa”, indicando ser uma
claridade “espalhada”, tal como não se pudesse ver o seu foco central
ou a FONTE que a produzia. Além disso, dizem que a luz foi surgindo
“gradualmente” ou aos poucos.
Assim, na proporção em que aquele
impedimento ou que aquela nuvem ia sendo retirada, a claridade ia se
tornando maior. Até que, no “quarto dia”, aquilo foi retirado de vez.
A partir daí, então, o Sol, a Lua e as estrelas ficaram VISÍVEIS.
Por isso, a palavra usada para “luz”, no
quarto dia, indica a origem ou a fonte dela, pois a partir de
então poderiam ser vistas desde o solo, se existisse alguém no
planeta.
Mas o Sol e a Lua já existiam havia
muito tempo, antes até daquele “primeiro dia” da preparação da Terra,
tendo em vista que foram criados “No princípio”, com o resto do
Universo.
Portanto, embora o Sol, a Lua e as
estrelas já tivessem sido criados junto com o Universo, só ficaram
visíveis, para alguém que se encontrasse na Terra, muito tempo depois,
no “quarto dia criativo”.
A
ordem da criação que a Bíblia mostra, também é
comprovada pela Ciência de hoje. “Foram 10 (deis) etapas, em
seqüência: 1) Princípio; 2) Terra primitiva; 3) A luz difusa; 4)
Expansão atsmoférica; 5) Terra seca; 6) Plantas e vegetação; 7) Sol,
Lua e estrelas visíveis; 8) Animais marinhos e Aves; 9) Animais
domésticos e selvagens; 10) Homem (e mulher).”
Isso é o que consta em GÊNESIS e já
estava escrito há milhares de anos.
Como o escritor bíblico soube disso?
Puro acaso?
“As possibilidades matemáticas de se
alistar as dez etapas, por acaso, são de ‘uma para 3.628.000’!
Seria a mesma coisa de se tirar, de olhos fechados e na seqüência, do
número 1 ao 10, na primeira tentativa!”
O escritor bíblico não tinha condições
de saber, com exatidão, tudo isso.
Alguém teria de ter lhe contado.
Embora digam que tudo foi fruto do
acaso, pois querem acreditar nisso, não seria mais lógico que,
conforme diz a Bíblia, tal ordem das coisas acontecidas lhe foi
REVELADA por quem a criou?
Mesmo porque a exatidão não pára por aí.
Ela aparece, também, em Astronomia, Medicina, História, Zoologia, etc.
Por outro lado, o da “evolução sem um
projetista”, para não se alongar no assunto, basta citar o renomado
astrônomo Fred Hoyle (falecido em 2001).
Ele disse que “... as
possibilidades matemáticas de a vida surgir por acaso NÃO existem.”
Um cálculo simples, usado por
Evolucionistas, comprova esse fato.
Diz que a possibilidade da vida surgir
por acaso, se fosse representada por um número, seria representada
pelo número 1 (um) seguido de 113 zeros.
Porém, diz que uma possibilidade
representada pelo número 1 (um) seguido de 50 zeros, NUNCA se realiza.
Ora, se a segunda possibilidade,
representada pela potência “dez elevado a cinqüenta”, que é um número
bem menor, nunca se realiza, a primeira possibilidade, representada
pela potência “dez elevado a cento e treze”, que é um número muito
maior, não se realizará em hipótese alguma.
Então, é bom se repetir o que Fred Hoyle
falou e ficou comprovado: “... as possibilidades matemáticas
de a vida surgir por acaso NÃO existem.”
Estes são alguns dados que podem ser
confirmados pela Bíblia, pela Ciência e pela História.
No entanto, nem tudo fica assim tão
claro, porque os dados podem ser confrontados, no máximo, com o
conhecimento que os homens têm, até o dia de hoje. E mesmo o
conhecimento que a Ciência tem, atualmente, NÃO é completo.
Muita coisa que consideravam certa
alguns anos atrás, agora já não a consideram mais. A cada dia que
passa, adquirem novos conceitos, que fazem com que revisem os
conceitos que tinham antes sobre determinado assunto.
Tais são os casos que a Ciência, com o
conhecimento de que dispõe até agora, pode considerar “absurdos”, como
a “fotossíntese e a polinização das plantas”, na ocasião da criação.
Naturalmente, naquela época, elas
poderiam ter acontecido de maneira diferente, que nem mesmo a Ciência
de hoje conheça. É lógico também que o Criador NÃO iria explicar, nos
mínimos detalhes, como criou tudo aquilo para os primeiros humanos,
pois eles não teriam condições de entender. Seria a mesma coisa de se
explicar um projeto atômico, complexo, a uma criança.
Assim, a própria sabedoria mostra que a
explicação de como tudo foi criado teria de ser feita de um modo muito
SIMPLES, como realmente foi, para que todos, em quaisquer épocas,
pudessem entender.
De forma que muita coisa que nos parece
impossível na realidade não o é, desde que tenhamos novos
conhecimentos.
Por exemplo, aqui na Terra água e óleo
não se misturam.
Sempre foi e ainda é assim.
Contudo, após a “conquista da Lua”, nas
experiências espaciais, descobriram que no espaço, onde as condições
são diferentes, eles se misturam. Portanto, as mesmas coisas agem ou
reagem de modo diferente, quando estão numa condição planetária
diferente. Na atsmofera da Terra, a mistura não se realiza, mas acima
dela, com gravidade menor e outras condições, ela se torna real.
Os homens só descobriram isso, quando
puderam fazer tais experiências, na nossa época.
O que até então eles consideravam
IMPOSSÍVEL ou seja, a mistura da água e do óleo, na realidade não o
era.
Isso mostra que se pudéssemos “voltar”
ao tempo da Criação, do Dilúvio, etc., veríamos que, naquelas
condições planetárias DIFERENTES, poderiam mesmo ocorrer coisas
diferentes.
Hoje em dia, nenhum ser humano,
cientista ou não, pode dizer como aquelas coisas ocorreram exatamente.
E se não podemos provar, pela Ciência,
os fatos relatados, também NÃO podemos desmenti-los.
início da resposta 2
_____________________
03 -
Quando Moisés escreveu os primeiros livros?
O
tempo da
escrita de algum livro feito, pode
ser descoberto de várias formas, inclusive pelos dados registrados
nele.
Por
exemplo, os críticos usaram a "circulação de moedas",
para combater a antiguidade dos textos
bíblicos.
Mostraram 1 Crônicas 29:7,
onde diz
que entre a arrecadação que o Rei Davi fez, para a construção do
Templo de Salomão, existiram "... dez mil dáricos".
Ora, como Davi havia arrecadado
"dez mil dáricos" se essa moeda NÃO existia no seu tempo? Como o próprio nome diz,
ela só viria a
existir uns quinhentos anos depois, na época dos "Darios" ou dos
reis persas.
Isso mostra, sem dúvidas, que o livro
de 1 Crônicas foi escrito depois da época de Davi.
Alguém que viveu depois dele ATUALIZOU
aquele registro.
O escritor deve
ter vivido e escrito no tempo dos reis persas, pois o "dárico" somente virou moeda corrente nos
dias deles (Esdras 7:1 - 8:27).
Quem vivesse no período Persa, então, quando fosse
"converter" algum dinheiro antigo para os seus dias, o
converteria para o "dárico", pois era a principal moeda que
circulava naqueles dias, naquela região.
Assim, fica evidente que as Crônicas foram escritas no período Persa, bem depois do Rei Davi.
Portanto, como esse livro
foi escrito, realmente, DEPOIS das ocorrências contidas nele, os
críticos usam isso para afirmar que, com os primeiros livros da
Bíblia, escritos por Moisés, teria acontecido a mesma coisa. Todos
teriam sido escritos originalmente na época do exílio em Babilônia
ou um pouco depois, no domínio persa.
Assim fica evidente, mais uma vez,
como DETURPAM ou como "ajustam" as suas investigações.
Usam a moeda "dárico" para dizer que o
livro de Crônicas foi escrito DEPOIS do tempo em que os reis
davídicos viveram e estão com a razão.
Mas, a partir desse ponto certo, já
inventam outro, errado.
Inventam que os livros de Moisés,
inclusive o de Gênesis, também foram escritos na mesma época de
Crônicas.
Por isso, esses livros todos não
seriam confiáveis, pois teriam sido escritos bem depois dos fatos
terem ocorrido. Contudo, no caso das Crônicas e de Gênesis, o fato
de serem escritos depois não teria nenhum problema, pois são dados
históricos.
As próprias Crônicas dizem que o seu
escritor se baseou em REGISTROS que já existiam (2 Crônicas 13:22 -
32:32) e sabemos que isso acontece até os dias de hoje. Quando se
escreve sobre a História de algum país, todos os escritores se
baseiam nos registros que já existiam (ou que existem) a respeito.
Assim, a circulação daquela moeda
persa prova, sem dúvidas, a época da escrita de Crônicas.
Mas só a desse livro.
Não tem nada a ver com o tempo em que
Gênesis foi escrito.
Por outro lado, as
Crônicas são testemunhas, também, de que o
livro de Isaías já existia, pois forneceu dados para que elas fossem
escritas. O livro de Isaías havia fornecido dados, inclusive,
sobre o Rei Ezequias, que viveu bem antes de Ciro, o Persa (2
Crônicas 32:32).
Portanto, se os críticos quisessem,
mesmo, pesquisar as Crônicas honestamente, veriam que o livro de
Isaías já tinha sido escrito bem antes de Ciro conquistar a
Babilônia e antes, até, da servidão dos judeus ou do exílio em
Babilônia.
Isso fica evidente.
Se ele viveu no tempo do Rei Ezequias,
teria escrito naquela época.
E Babilônia e Ciro só entrariam em
cena bem depois.
Mas os críticos preferem deixar tais
evidências de lado. Preferem continuar deturpando ou alterando as
DATAS dos escritos de Moisés.
No entanto, as datas em que Moisés
escreveu podem ser confirmadas de outra forma, por outros dados que
também foram registrados nos seus escritos.
Por exemplo, Roland de Vaux e Kenneth
A. Kitchen fizeram um estudo sobre o PREÇO dos escravos antigos.
Isso poderia servir para definir
quando Gênesis foi escrito e para definir, também, a época em que
viveu José (aquele que foi vendido ao Egito por seus irmãos).
O estudo
descobriu que, em 2370-2190
AEC, os escravos valiam "10 ou 15 siclos (ou moedas) cada". Por
volta de 1800-1700 AEC valiam "20 siclos cada". Por volta dos
séculos XIV-XIII AEC valiam "30 siclos cada".
Por volta de 700-540 AEC, no tempo da
Assíria e da Babilônia, valiam "50 ou 60 siclos".
No fim do domínio persa, de 400 AEC em
diante, valiam "90 a 120 siclos", etc.
Gênesis 37:28 diz que os irmãos de
José o venderam "por 20 moedas".
Tais valores situam o tempo em que ele
viveu como sendo em 1800-1700 AEC, ou seja, na mesma época que a
Bíblia diz. Algumas dezenas de anos depois de José até os séculos
XIV-XIII AEC, o valor já teria aumentado para "30 moedas".
Os críticos
ACHAM que a fuga do Egito se deu no século "XIV AEC", mas a
cronologia bíblica diz que se deu nos anos 1500 AEC
(Veja "cronologia").
De qualquer
forma, o estudo mostra que, no tempo do Êxodo, os escravos valiam
"30 moedas", exatamente como Moisés disse em
Êxodo 21:32.
Por aí,
pode-se ver que os primeiros
cinco livros da Bíblia foram escritos, mesmo, por Moisés, na ocasião
daquela fuga, e NÃO depois, "no tempo do exílio para a Babilônia",
como querem acreditar.
O valor escrito sempre se
refere à época da ocorrência.
Tanto assim, que quando a Assíria
cobrou um tributo de Israel, foram pagos "50 siclos por pessoa",
que era o valor daquela época (2 Reis 15:20).
Ora, se os escritos de Moisés tivessem
sido feitos no exílio de Babilônia, por que os preços dos escravos,
de José e do Êxodo, NÃO foram de "50 ou 60 siclos", que
eram os valores da época babilônica?
Na época antiga de José e do Êxodo, a
quantia paga era menor, bem DIFERENTE.
Isso mostra, sem dúvidas, que os
preços correspondiam ao tempo real em que José e Moisés viveram.
Mesmo que tivessem sido escritos depois, mostra que mantinham
registros fiéis de cada época, que haviam vivido no passado.
Portanto, embora os críticos estejam
sempre querendo “tirar o crédito da Bíblia”, nem percebem que, sem
querer, acabam dando MAIS crédito ainda.
Como visto, ao afirmarem que “a
época da moeda dárico” serve para mostrar QUANDO o livro de
Crônicas foi escrito, acabam concordando que, pelo mesmo raciocínio,
“o valor dos escravos em cada época” serve para mostrar,
também, quando os livros em que são citados foram escritos.
E, no caso de José e de Moisés, no
Êxodo, os valores citados mostram que são de um tempo bem mais
antigo, muito anterior ao do exílio babilônico.
No entanto, não querem enxergar as
evidências e continuam procurando mostrar, apenas, o ponto que
favorece a teoria deles, mesmo que para isso alterem ou deturpem os
fatos (Veja "Faiyum"
e "camelos").
Na realidade, com esses argumentos de
que tais nomes, títulos, costumes, animais, etc., só aparecem em
datas mais recentes, querem fazer crer que o livro de GÊNESIS, que
conta essas histórias, foi escrito em cerca de 1050 AEC (ou nos dias
finais do Rei Davi). Às vezes, adiantam ainda mais essa data.
Conforme visto acima, dizem que foi
escrito durante o exílio babilônico ou até a Revolta dos
Macabeus (ou por volta de 600 a 170 AEC).
Afirmavam, por exemplo, que Gênesis só
poderia ter sido escrito do tempo do Rei Davi em diante, pois na
época do Êxodo “os israelitas NÃO sabiam escrever nem tinham um
alfabeto”.
Porém, a Arqueologia mostrou o
contrário (Veja "alfabeto").
Então, se tal argumento
mostrou-se absurdo, inventam outros, sem perceberem que poderiam ser
mais absurdos ainda.
A respeito da conclusão ou do término
das Escrituras Hebraicas (ou do Velho Testamento), de Gênesis a
Malaquias (como os livros são colocados na maioria das traduções),
tem-se como certo que elas foram terminadas no período Medo-Persa,
por volta dos anos 440 AEC.
No entanto, tais críticos não aceitam
isso, pois lançam dúvidas sobre os livros de Isaías e de Daniel,
principalmente.
Por quê?
Porque não querem aceitar previsões
(ou profecias).
Como Daniel profetizou a marcha das
Potências mundiais, dizendo que a Grécia derrotaria os medo-persas
e, depois, seria dividida em quatro reinos, acham que ele não
poderia ter escrito isso antes, na época Neobabilônica como a Bíblia
diz, mas sim depois, quando essa divisão já tinha acontecido, na
época Grega (Veja "Daniel").
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