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01 - Os
judeus fugiram do Egito pelo Golfo de Aqaba?
Onde fica o Monte Sinai?
02 -
Registros egípcios. Registros assírios. Datas
diferentes?
03 -
Abraão, seus camelos e Sodoma e Gomorra
existiram?
04 -
CRONOLOGIA - Adão - Noé - Abrão -
Moisés - Êxodo - Primeiro Templo.
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01 - Os judeus fugiram
do Egito pelo Golfo de Aqaba? Onde fica o Monte Sinai?
Segundo a Bíblia, exatamente
no limite previsto por Deus, a nação de Israel, sob a
liderança de Moisés, deixou o Egito com muitos bens, no ano de 1513
AEC. Atravessaram, milagrosamente, o Mar
Vermelho. Por meio de Moisés, JHVH fez com que as águas formassem
como que “duas paredes, deixando um corredor seco no meio”,
pelo qual puderam fugir (Êxodo 14).
Atravessaram pelo Mar Vermelho.
Mas pelo Golfo de Suez ou pelo Golfo de
Acaba?
A cada tempo, surgem novas hipóteses.
Uma que tem ganhado certo destaque, de fins do século 20 para cá, é
a de Ron E. Wyatt, arqueólogo amador norte-americano. De 1978
a 1984, ele também andou pesquisando a "rota do Êxodo".
Faleceu em 1999. Contudo, nas muitas fotos e anotações, que deixou a
respeito, reuniu algumas evidências que poderiam ALTERAR o local da
travessia e a localização do monte Sinai.
Embora esses dois lugares nunca
tivessem sido confirmados pela arqueologia, muitos acreditavam e
ainda acreditam que os israelitas fugiram pelas proximidades do
atual Golfo de Suez e que, depois, receberam os Dez Mandamentos na
península egípcia do Sinai, onde hoje existe o Mosteiro de Santa
Catarina.
Embora nem todos concordem com as
pesquisas de Ron, porque ele misturava, às vezes, arqueologia com
orações e visões de sua crença religiosa, alguns de seus dados
parecem merecer CRÉDITO.
# Por exemplo, ele descobriu (ou
citou) duas
COLUNAS, no estilo ou no formato fenício, que continham
“inscrições feitas em hebraico antigo”, com dados que poderiam
ser do Êxodo.
Elas foram fotografadas.
Uma, com a inscrição ilegível, ficava
do lado egípcio, na praia de Nuweiba. Outra, com a mesma inscrição,
mas bem legível, ficava defronte, na Arábia Saudita.
A inscrição dizia: “Egito – Salomão
– Edom – morte – Faraó – Moisés – JHVH”.
Em Êxodo 15:1-21, diz que, quando
saíram do Mar, fizeram uma “comemoração”.
Outras partes mostram que diante de
acontecimentos importantes, em que Deus estava presente, os
israelitas MARCAVAM tais locais. Essa coluna poderia ser, então, o
marco daquela comemoração ou o marco do lugar de onde tinham saído.
Mais tarde, a que estava na Arábia foi
retirada.
Deixaram, no seu lugar, um outro
marcador (marca-bandeira), também fotografado.
# De 1978 para cá, defronte
dessas colunas, numa profundidade de até 60 metros do mar, foram
ENCONTRADOS outros detalhes, como um “osso fêmur” e algumas
“costelas humanas”. Mas o que mais chamou a atenção foram
algumas RODAS de carruagens egípcias, revestidas com os corais.
Rodas de vários tipos: com quatro, seis e oito raios. Algumas delas,
“folheadas a prata e a ouro” (talvez fossem as dos oficiais
ou as do Faraó).
“As de oito raios foram
usadas na Dinastia 18” (anos 1500 AEC). A Bíblia diz que Faraó
usou “todos os seus carros” (Êxodo 14:7).
O fundo dessa faixa de mar, entre as
colunas, “se parece com um caminho plano, sem
obstáculos” e atinge uma profundidade total de 110 metros (que
seria mais do que suficiente para ter afogado os egípcios). Sob as
águas, foram encontradas pedras alinhadas nos dois lados, como se
fossem o “limite de um caminho”.
À esquerda e à direita dessa faixa, o
mar é bem mais profundo.
# A praia desse local egípcio
(Nuweiba), segundo os especialistas, é a ÚNICA que poderia ter
abrigado aqueles israelitas, naquela região do Mar Vermelho, pois o
número deles era muito grande (mais de dois milhões de pessoas,
entre homens, mulheres e crianças). Digno de nota é que, por detrás
dela, só existem altos montes. Quem passasse por aquele caminho,
vindo do Norte, quando chegasse a Nuweiba, ficaria ENCURRALADO.
Na frente, só teria o mar. Atrás e dos
lados, só teriam os montes.
A situação ficaria idêntica a que a
Bíblia mostra, mas os nomes dos locais, onde ficaram encurralados,
são diferentes. Não são os mesmos que se vêem na atualidade (Êxodo
14:2,3). Todavia, como visto, os lugares certos não foram
confirmados até hoje, pela história. Naquela época, portanto,
poderiam ser conhecidos por outros nomes, como será visto
mais adiante.
# Um mapa antigo aponta que Jetro
morava na região da atual Al Bad, na Arábia.
# Em Horebe, encontrou uma rocha
partida, que poderia ser aquela por onde “teria saído água das
pedras” como no episódio “Massá e Meribá” (Êxodo 17:6).
Ele teria achado, também, alguns poços, no acampamento. Poderiam ser
parte daqueles que “recebiam e guardavam a água que descia do
monte para o povo” (Deuteronômio 9:21 – Êxodo 19:23). Teria
achado, ainda, certos arranjos de pedras, que poderiam ser
“aquelas das doze colunas” feitas (Êxodo 24:4). Diz que algumas
pedras foram retiradas pelos árabes e levadas para uma Mesquita da
cidade de Hagl.
De qualquer forma, numa foto tirada,
mostra alguns “arranjos antigos de pedras” que foram
organizados por seres humanos, sem dúvida. Isso mostraria que,
naquele ermo, em algum tempo anterior, pessoas teriam passado
ou vivido por lá.
# Mas o mais importante foi a
descoberta de que o topo do Monte Horebe estava QUEIMADO.
A Bíblia fala que, quando foram dados
os Dez Mandamentos a Moisés, devido à presença de Deus, o “...
monte estava todo envolto em fumaça... a glória de Deus aparecia
como um FOGO devorador... a montanha estava em chamas...” (Êxodo
19:18-20 – 24:17, Deuteronômio 4:11).
Exploradores que viram essas pedras,
que formam o topo do monte, disseram que elas estavam mesmo
QUEIMADAS.
Quando as quebraram, viram que estavam
“queimadas só por fora”. Não eram daquelas pedras escuras por
natureza (por dentro e por fora). Apesar de estarem enegrecidas
externamente, por dentro continuavam claras. Parecia que tinham
passado, mesmo, por um fogo abrasador.
Ron também achou uma CAVERNA, que
poderia ter sido aquela na qual o profeta Elias se escondeu em
Horebe, quando fugira da rainha Jezabel (1 Reis 19:8,9).
Foi achado com certeza, também,
um lugar onde poderiam ter feito o “altar do bezerro de ouro”
(Êxodo 32:5,19).
Acharam umas rochas com a inscrição de
um bezerro, em estilo egípcio.
Na Arábia toda, somente lá encontraram
esse tipo de figura. Inclusive o governo Saudita, percebendo o seu
valor arqueológico, o CERCOU e colocou guardas no local.
Com esses dados, Ron fez algumas
associações:
Se Nuweiba fica por perto de Midiã, na
Arábia, quando Moisés fugiu do Egito na primeira vez, antes do
Êxodo, ele teria passado por lá, pois viveu quarenta anos em Midiã,
que era a terra do seu sogro Jetro (Êxodo 2:15,21).
Num dia, quando conduzia os seus
rebanhos, “chegou ao monte do verdadeiro Deus, (ou chegou)
a Horebe”, conforme diz Êxodo 3:1.
Êxodo 3:11,12 mostra Deus avisando
Moisés que o usaria para tirar os judeus da escravidão. Avisa-o,
também, que “... DEPOIS de teres feito o povo sair do Egito,
servireis o verdadeiro Deus neste monte” (ou no
Horebe, onde conduzia os seus rebanhos).
Se Moisés morava com o seu sogro, em
Midiã, na certa estaria “conduzindo os seus rebanhos” por
perto de onde ele e Jetro residiam.
SE Jetro morou, mesmo, na região da
atual Al Bad, na Arábia, ele morou defronte de Nuweiba, ou um pouco
mais ao sul.
Seria apenas natural, portanto, que,
“depois de ter feito o povo sair do Egito”, VOLTASSE para aquela
região, que conhecia muito bem, mesmo porque a sua adoração a Deus
teria de ser feita por ali, onde ficava o monte Horebe.
Portanto, o Monte Horebe, onde teria
conduzido os seus rebanhos, ficaria em Midiã, na Arábia, e não na
península do Sinai, no Egito.
“Por coincidência”, em Gálatas 4:25, o
apóstolo Paulo fala a mesma coisa. Ele diz que “... o monte Sinai
(ou Horebe ou o monte do verdadeiro Deus) fica na Arábia”.
Com o tempo, talvez por causa de suas
interpretações religiosas, teriam “mudado a localização do monte”
e hoje, por causa da renda gerada pelo Turismo na região, conservem
a localização dele por lá.
Embora digam que a
“Arábia” citada por Paulo fosse a península do Sinai, pois "os
romanos a chamavam assim", tudo leva a crer que ele se referiu à
ARÁBIA mesmo, pois no mesmo livro ele já a havia citado (Gálatas
1:17).
Ele disse que, “partiu
para a Arábia, (e que) depois voltou para Damasco”.
Paulo somente visitava os
locais onde tivessem muitas pessoas, para pregar-lhes.
Naquele tempo, NÃO
existia nada no local onde hoje existe o Mosteiro de Santa Catarina.
“Arábia” era mais ao
leste.
Os romanos só a
conquistaram com o Imperador Trajano, entre os anos 98-117 EC,
muitos anos depois de Paulo. Trajano dividiu a região em três partes
(Arábia Pétrea, Arábia Desértica e Arábia Feliz).
Mas Paulo tinha escrito
bem antes.
Portanto, quando disse
“Arábia”, provavelmente não quis dizer a região do Mosteiro, mas
quis dizer, mesmo, essa região que Trajano conquistaria vários anos
depois e, que, antes de ser conquistada pelos romanos, já era
conhecida pelo nome que Paulo escreveu.
Quanto à mudança de alguns nomes
antigos, qualquer um de nós pode perceber, em outras passagens
bíblicas, que isso realmente ocorreu, naquela região.
Por exemplo, Êxodo 17:8-13 mostra que
quando estavam acampados em Refidim, travaram um combate com
AMALEQUE (ou com descendentes de Esaú ou Edom).
Por quê?
Porque acamparam na região em que eles
viviam. Aquelas eram as terras de Edom.
Em 1 Reis 11:14-18 mostra que, mais de
quatrocentos anos depois, o Rei Davi também voltou por lá
e destruiu muitos deles novamente (Gênesis 17:16), mas que Hadade e
outros poucos edomitas conseguiram escapar.
Quando Hadade escapou, tinha saído de
Edom e chegado a Parã.
Daí, ele e os outros foram para o
Egito.
Mas quando saíram de Edom, a Bíblia diz
que “... levantaram-se de Midiã”.
Parece claro, portanto, que aquela
região era conhecida, também, por Midiã e que era um caminho que
levava ao Egito. E que, antes de se chamar Edom e Midiã, era
conhecida por Seir (Gênesis 36:8,9).
Fica evidente que os nomes geográficos
mudaram com o decorrer dos séculos.
A versão TEB da Bíblia, em 1 Reis 9:26,
mostra que “O Rei Salomão construiu uma frota em Esion-guéber,
que fica perto de Eilat, na praia do mar dos Juncos, na terra de
Edom.”
A versão TNM fala “... Eziom-Géber,
que está junto a Elote, à beira do Mar Vermelho...” e a versão
Almeida, de 1966, fala “... Esiom-Geber, que está junto a Elote,
na praia do mar de Sufe...”.
Por um mapa atual, vê-se que Elote (ou
Eilat) fica na “beirada curva” do Golfo de Acaba, na antiga
região de Edom, ao sul do lago de sal, que é conhecido como Mar
Morto.
Porém, o único mar verdadeiro que
existe por ali é o Golfo de Acaba, um braço do Mar Vermelho!
No entanto, o original bíblico mostra
as palavras hebraicas “yam-suf”.
Sabemos que isso significa “mar
dos juncos”, como a TEB traduziu. Tanto assim, que a versão
Almeida nem as traduziu completamente. Traduziu apenas a primeira
palavra, deixando-as como “mar de Sufe”.
Tais detalhes mostram que alguns nomes
antigos MUDARAM (ou foram atualizados), sem dúvidas.
O mar dos juncos, das canas ou o
“mar de Sufe”, nos dias de hoje, nada mais é do que o próprio
Mar Vermelho, junto a Elote (ou Eilat), no Golfo de Acaba!
Ele já era conhecido com o nome que tem
hoje, pelo menos, do tempo dos apóstolos para cá, pois o evangelista
Lucas, que PESQUISAVA tudo o que escrevia, disse que o Êxodo se deu
pelo Mar Vermelho. O escritor de Hebreus, que conhecia a fundo o
Antigo Testamento, disse a mesma coisa (Atos 7:36 e Hebreus 11:29).
Em grego, nenhum deles escreveu “mar
dos juncos”.
Para defini-lo, usaram uma palavra que
não deixa margem para nenhuma dúvida, pois só pode ser traduzida por
“Mar Vermelho”.
Assim como, no Novo Testamento,
ATUALIZARAM o nome antigo daquele mar, teriam atualizado, também, o
nome do “monte do verdadeiro Deus”.
Nos escritos hebraicos, chamaram-no de
Horebe.
Nos escritos gregos, chamaram-no de
Sinai.
Mas a sua LOCALIZAÇÃO sempre teria sido
na Arábia, pois no mesmo capítulo sete de Atos, onde Lucas escreveu
“Mar Vermelho”, escreveu também “Sinai”.
Portanto, traduziu o nome tanto do mar
como do monte. É evidente que, embora os nomes fossem "traduzidos
ou atualizados", o LOCAL continuaria o mesmo. Nem o monte nem o
mar poderiam sair de um lugar e irem para o outro.
Nessa parte, Lucas mostrava o discurso
de Estevão, onde dizia que Moisés tinha fugido para Madiã e que, por
lá, quando conduzia os seus rebanhos, lhe apareceu o anjo de Deus,
no monte Sinai (Atos 7:29,30).
Ora, ele estava recapitulando o que
havia ocorrido com Moisés.
Aquela história os judeus já conheciam,
pois havia se passado há muito tempo, conforme constava em Êxodo
3:1,2,12.
Lucas apenas TROCOU (ou atualizou) os
nomes daqueles lugares.
Onde aparecia Midiã no Antigo
Testamento, em hebraico, apareceu Madiã no Novo Testamento,
em grego. Do mesmo modo, onde aparecia Horebe, apareceu
Sinai.
E, como já visto, em Gálatas 4:25, o
apóstolo Paulo fala claramente que o “o monte Sinai fica na
Arábia”.
Portanto, já na época dos apóstolos,
muitos nomes haviam sido atualizados.
A confusão da localização do monte
teria sido feita bem depois.
De forma que esses detalhes,
mostrados pela Bíblia, mesmo sem os achados de Ron Wyatt,
parecem definir o local da travessia pelo mar. Teriam atravessado
pelo atual Golfo de Acaba e, depois de atravessá-lo, teriam acampado
defronte, na Arábia (um pouco mais para o sul do local a que
chegaram, se localiza o antigo Horebe, atual Monte Sinai).
Contudo, se os tais achados fossem
reais e juntados a essa análise bíblica, as dúvidas ficariam
eliminadas de uma vez.
Assim, embora exista o monte que chamam
de Jebel Musa (ou Monte de Moisés), na península do Sinai, no Egito,
onde fica o mosteiro de Santa Catarina, parece ficar claro que a
localização do “monte de Deus” é outra.
Mesmo porque, segundo alguns
especialistas, o local atual desse mosteiro seria pequeno para
abrigar TODOS aqueles israelitas.
Além disso, no seu entorno não se
encontram todas as características que o acampamento dos judeus
tinha.
Talvez precisassem de um vale maior e
de outros detalhes particulares, que lhes permitissem viver por ali,
pelo período de dois anos.
Já o monte Horebe, da Arábia,
fica numa região montanhosa conhecida como Wadi Hurab (ou Vale
Horebe). Até hoje os árabes a chamam assim.
Nesse local existem alguns montes,
conhecidos por Jebel El Lawz. Entre esses, por lá existe um que os
beduínos chamam, também, de Jebel Musa (ou, como dizem, "a
Montanha de Moisés").
Tem um vale maior e, no geral, parece
mostrar aqueles outros detalhes que integravam o acampamento. Os
sauditas sempre associaram e ainda associam essa região com Moisés.
Talvez não a associem em vão,
considerando que alguns detalhes parecem se encaixar, mesmo, com
aqueles acontecimentos vividos por ele.
Em 1988, Bob Cornuke, outro
pesquisador, também esteve por aquelas bandas.
Ele descobriu a “landbridge” (ou
“ponte de terra”) no estreito de Tiran, no Golfo de Acaba.
Contudo, esse local logo foi descartado
como o ponto de travessia, pois, segundo os especialistas, “teria
sido muito raso”. Não teria conseguido, por isso, “afogar
todos aqueles egípcios que haviam perseguido os judeus”.
Mas ele descobriu, também, um OÁSIS,
que poderia ser o de Elim, aquele que “tinha 12 fontes e 70
palmeiras”, como diz Êxodo 15:27 e uma “fonte de águas
amargas”, como a citada em Êxodo 15:23.
Relatou, ainda, que arqueólogos
sauditas lhe disseram que haviam descoberto “escritos sobre a
passagem de Moisés por lá. Disseram ter descoberto, também, a
SEPULTURA da esposa (Zípora) e do sogro dele (Jetro)”.
Mas essa informação não foi confirmada.
Independente dessa informação não
confirmada, outros detalhes parecem se encaixar.
Não é à toa que já falaram a respeito: “... de todos
os achados, três são incontestáveis: as colunas do
Egito e da Arábia (uma defronte de outra), as rodas
dos carros egípcios no fundo do mar e o alto do monte Horebe
queimado”.
Na realidade, são incontestáveis mesmo.
Gostemos ou não dos métodos dele, SE as
colunas do Egito e da Arábia foram encontradas, as
inscrições delas, em hebraico antigo, se encaixam perfeitamente.
Tanto quando se referem ao local (Golfo
de Acaba, no Mar Vermelho e na antiga região de Edom e de Midiã) ou
quando se referem aos fatos que aconteceram por lá (construções de
Salomão, Moisés, Faraó, morte, JHVH).
Parte do que foi achado no fundo
daquela faixa de mar, defronte da praia de Nuweiba, principalmente
as RODAS, costelas, etc., parecem se encaixar, também, com os restos
dos egípcios afogados. E se o alto do Monte Horebe (ou Sinai)
estiver, realmente, com suas rochas QUEIMADAS externamente, as
evidências se encaixariam novamente.
Nesse caso, diferentemente do que se
pensava, os judeus NÃO teriam fugido pelo atual Golfo de Suez.
Teriam atravessado o Mar Vermelho, sem dúvidas, mas o teriam feito
pela praia de Nuweiba, no Egito.
E esse lugar fica no atual Golfo de
Acaba.
Depois de atravessá-lo, fizeram uma
“comemoração” e deixaram uma marca no local. Mais tarde, Salomão
teria feito duas COLUNAS. Uma defronte de outra. Uma no lugar de
onde saíram e outra aonde chegaram. A partir do ponto de chegada,
foram mais para o sul, na região de Midiã, onde ficaram acampados,
receberam os Dez Mandamentos e viveram por dois anos, no vale do
antigo Horebe, atual Monte Sinai, na Arábia.
Mas, tendo fugido por um ou por outro
local, a nação
inteira de Israel saiu naquela época. Fazendo-se a PROGRESSÃO
das cerca de “setenta pessoas”, que entraram no Egito com
Jacó, durante os 215 anos que lá ficaram, até 1513 AEC, quando
saíram (veja a cronologia na resposta quatro, mais abaixo),
verifica-se que o grande número dos que fugiram era perfeitamente
possível.
Além disso, muitos
daqueles não eram israelitas. Os críticos parecem não
entender a diferença que a Bíblia faz, entre "aqueles que saíram
e os naturais da terra".
Aproveitam para dizer que "... se a
Bíblia fala em outros naturais, era porque, no local para onde
fugiram, já existia outra gente (ou outros judeus) morando e
os que saíram do Egito moraram juntos com eles."
Com essa afirmação, querem dizer que a
povoação de Canaã ou "a tomada da terra" foi feita em levas
(ou aos poucos). Assim, teriam saído em grupos menores do Egito e
NÃO de uma vez só, como a Bíblia fala. Mais uma vez, apenas não
querem dar crédito ao que as Escrituras dizem.
Mesmo porque, depois que saíram,
passaram 40 (quarenta) anos no deserto.
Portanto, os que tivessem
nascido nesse período, em relação aos outros que tinham fugido do
Egito, israelita ou não, seriam naturais daquela nova
terra ou “naturais” do DESERTO. De qualquer forma,
mesmo que não fosse exatamente assim, esse detalhe pode parecer
problema para os críticos de hoje, porém, para as pessoas daquela
época, não o era. Quem ouvisse falar ou lesse a respeito desse
assunto saberia exatamente o que o escritor quis transmitir. (WK
fls. 156)
Quando no deserto,
alimentaram-se do “MANÁ”. Nesse caso, também procuram diminuir o
feito, mostrando que ainda hoje ocorre algo parecido por lá, de modo
natural, “sem milagre algum”.
Realmente, “graças à picada
de um inseto chamado cochonilha, a planta tamargueira secreta uma
espécie de ‘resina branca’, com sabor de mel.” Só que isso não
ocorre o ano todo, pois essa ocorrência depende do clima para se
realizar. E quando amanhece, se ficar exposta, essa resina “é
atacada por formigas, que a comem.” Ademais, pode-se
guardá-la, que ela se conserva. (WK fls. 120-122)
Já o MANÁ bíblico é bem
diferente.
Ele não dependia do clima, pois aparecia o ano
todo. Embora fosse “branco, com sabor de mel”, não se podia
guardá-lo. Se o guardasse, exceto no sábado, era atacado por VERMES,
não por formigas. (Êxodo 16:15-31)
Também no deserto, por
reclamarem carne, Deus mandou-lhes “um bando de
codornizes”. Dizem
novamente que não houve milagre nisso, pois as codornizes são aves
migratórias que, na sua época, sempre passam por lá, até os dias de
hoje. (WK fls. 120)
Isso também acontece,
realmente. Todavia, o relato do que ocorreu naquela ocasião diz
claramente que aquele não tinha sido um bando normal, tendo em vista
que, depois de abatidas, as aves formaram “montes de cerca
de um metro de altura, numa área enorme”, o
que não se dá nos dias de hoje. Assim, não foi uma migração normal,
mas algo totalmente DIFERENTE (Números 11:18-21,31).
Contudo, os críticos que não
querem aceitar a intervenção de Deus, nesse e em outros
acontecimentos, procuram mostrá-los sob o ponto de vista
humano, apenas.
Por exemplo, encaram de modo
normal o caso do “arbusto ardente” e da “água saída das rochas”,
etc., pois dizem, como já visto, que “ainda hoje tais coisas
ocorrem por lá”. Entretanto, se aquelas ocorrências foram
consideradas anormais ou milagrosas, são bem DIFERENTES das que
existem atualmente, conforme visto no caso do “maná”.
A divisão das águas
também foi repetida em laboratório, por cientistas japoneses,
em 1994 da Era Comum. Descobriram que “aplicando um forte campo
magnético nas águas marinhas, elas se
dividem e formam um corredor seco no meio”.
Todavia, não
adianta se saber disso, quando não se têm os meios de fazê-lo, em
escala anormal, como foi feito daquela vez.
Sabe-se que o planeta tem um
forte campo magnético, mas quem poderia usá-lo, como foi usado
naquela ocasião?
HOMEM nenhum poderia
fazê-lo, pelo menos até agora. Na realidade, a Bíblia
mostra que, naquela fuga, "... o mar retrocedeu por um forte
vento oriental, durante toda a noite" (Êxodo 14:21).
Entretanto, apesar de ter sido
um acontecimento grandioso, fora da Bíblia NÃO se fala nele,
nem mesmo no Egito.
Isso não deveria causar
estranheza, porém, considerando que os egípcios, como as demais
nações, costumavam relatar, apenas, as vitórias. E o Êxodo foi uma
enorme derrota, tanto para a nação como para os seus deuses. Nessa
condição, nunca seria relatado.
Depois, ainda que achassem REGISTROS,
os críticos procurariam deturpá-los. Dificilmente os
aceitariam como legítimos, pois consideram tal fuga como "apenas
uma lenda" e a maioria deles NÃO querem aceitar a Bíblia como
uma fonte histórica segura (Veja "camelos").
Para se ter uma idéia de como tais
críticos agem em relação às Escrituras, basta se ver este exemplo.
Em 1820, foi achado um documento, conhecido como "papiro de
Ipuwer". Bastante tempo depois, foi decifrado por A. H.
Gardiner, em 1909. É guardado no Museu Leiden, da Holanda.
O conteúdo desse documento parece
COINCIDIR com o que as Escrituras falam, a respeito das “pragas
do Egito”, ocorridas no tempo do Êxodo..
Porém, os críticos o usam de uma
maneira ambígua e conveniente para eles.
Se o consideram como história real,
datam-no dos anos 1900 AEC. Dizem que se trata de um relato feito
por Ipuwer a um Faraó idoso. Por ser idoso, dizem, só poderia ser
Pepi II, que viveu naquela época.
Contudo, parecem existir evidências de
que o relato seria da época do Êxodo.
Nesse caso, admitindo-se que a
ocorrência se deu nos anos 1500 AEC, dizem que é apenas um “conto
literário ou uma oração a algum deus”.
Portanto, não seria uma história real.
Assim, SE foi um personagem histórico e
relatou fatos acontecidos, dizem que viveu nos anos 1900 AEC.
Mas SE ficar comprovado que o escrito data dos anos 1500 AEC, a
mesma época das pragas bíblicas, dizem que “é apenas um conto”
e que, por isso, não teria nada a ver com o castigo sofrido pelos
egípcios.
Na realidade, o relato de Ipuwer
poderia apoiar ou não o que a Bíblia diz.
Contudo, numa análise honesta, se fosse
real e concordasse com as “pragas do Egito”, teria de ser
admitido. Se NÃO fosse verídico ou se não concordasse, teriam de
admitir também.
O que não pode existir é essa
manipulação que os críticos fazem.
Como já visto, se dizem que é
real, alteram a data (para não coincidir com as pragas). Se
comprovam a data, idêntica a das pragas, dizem que “o relato é
ficção ou oração ou apenas um conto literário”.
De qualquer forma, embora exista tal
documento, Ipuwer NÃO serve para comprovar as “pragas bíblicas”.
Além desse, existem alguns outros, como
as FOTOS que Charles Forster fez, em 1862, na península do
Sinai, anexa ao Egito. Na parte que os árabes chamam de “Wadi
Mukattab” (ou Vale das Inscrições), encontrou “inscrições feitas
em hebraico antigo, dando detalhes da fuga do Egito”.
Porém, pouca gente conhece tais provas.
Evitam divulgá-las, pois não querem que
sirvam para apoiar a historicidade da Bíblia.
A Bíblia diz que, quando os judeus
saíssem do Egito, "deveriam levar os ossos de José" (Gênesis
50:25,26), que havia sido governante por lá.
Mas, para variar, os críticos dizem que
ele nem existiu!
Contudo, mesmo que achassem registros
de sua existência, os críticos sempre dariam um jeito de “ajustar”
ou de deturpar as provas existentes. Tal ajuste nem seria novidade,
pois já o haviam feito com “Abrão, Ipuwer, Davi, Isaías, Daniel, Chrestus,
alfabeto, etc.”.
Inclusive neste caso de José, parece
que tentaram, mesmo, “ajustar as coisas”.
Faiyum, por exemplo,
é um oásis no Egito.
Lá existe um curso artificial de água
chamado “Bahr Yusuf” (ou Canal de José). Tem mais de 300
quilômetros, partindo de um desvio no Rio Nilo.
Desde os tempos antigos até hoje, o
povo de lá diz que foi mandado construir pelo José bíblico.
Mas, como os árabes também têm uma
tradição sobre um “José, que foi Grão-vizir do Faraó” (WK
fls. 93), os críticos dizem que esses dois são pessoas diferentes.
No entanto, essa afirmação de que “são pessoas diferentes”,
se encaixa perfeitamente na teoria da “não existência” dele.
Ora, se existiram dois forasteiros
governantes do Egito, com o nome de José, aquele Canal construído
continua NÃO provando nada, pois poderia “ter sido construído
pelo José da tradição árabe" (e não por aquele José que foi
vendido, filho de Jacó).
Fácil, não? Pelos dois nomes parecidos,
dão um jeitinho rapidinho numa evidência concreta.
É o mesmo raciocínio que os críticos
usam para o caso “Chrestus”, no qual procuram NEGAR a
existência histórica de Cristo e dos primitivos cristãos
(Veja "querem
alterar").
Procuram dizer, também, que Moisés NÃO
escreveu a "Torah" (ou A Lei), como são conhecidos os cinco
primeiros livros da Bíblia, que são Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio.
No entanto, nesses primeiros livros
existem algumas palavras egípcias como "selo" (hotam)
e "linho fino" (sash), conforme Gênesis 41:42. Além
dessas, existem outras.
Os nomes Merari, Hofni e Finéias também
são egípcios.
Quanto aos nomes, isso reforça mais o
fato deles terem morado por lá, pois se chamavam os seus familiares
assim, seria porque teriam conhecido outras pessoas com esses nomes
ou porque conheceriam o significado deles. O mais interessante é que
esses termos egípcios só aparecem, originalmente, nesses primeiros
livros. Reforça o fato de que eles foram escritos, mesmo, por alguém
que conhecia a fundo essa linguagem, o que se encaixaria em Moisés,
pois "ele foi iniciado em toda a sabedoria dos egípcios"
(Atos 7:22).
Mas os críticos, nas suas
"investigações sérias", não consideram tais detalhes.
Preferem continuar deturpando os dados
históricos.
Embora Werner Keller diga, na
pág. 90 do seu livro, que “Nenhuma nação do antigo Oriente nos
transmitiu a própria história com tanta FIDELIDADE como o Egito”,
pode-se verificar, pela História, que a honestidade não
era o forte das suas inscrições.
início da
resposta 01
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02 - Registros
egípcios. Registros assírios. Datas diferentes.
Os
registros egípcios não eram lá essas coisas.
Por exemplo, o Faraó Ramsés II era
considerado um grande construtor. Depois, descobriu-se que ele,
apesar de ter construído algumas coisas, alterou registros,
incluindo obras de outros como se fossem suas. E isso não
ocorreu somente com ele.
Outros faraós também fizeram a mesma
coisa.
Já com a Bíblia não ocorre isso.
O Rei
Davi quis construir o primeiro Templo de
Jerusalém, mas não o construiu. Quem o construiu foi seu filho
Salomão.
Contudo, NÃO se alterou a informação.
Uns “noventa anos depois”, o Rei
Onri (ou Amri), de Israel, construiu a sua capital Samaria. Depois, no tempo
do seu filho e sucessor, ACABE, a cidade de Jericó foi
reconstruída por Hiel.
Mais tarde, no Império Medo-Persa, o
Templo de Salomão, que fora destruído por Nabucodonosor II, foi
reconstruído parcialmente. Pouco antes de Jesus aparecer, o Rei
HERODES, o Grande, reformou e/ou completou esse “segundo (ou
terceiro) Templo”. E Herodes não era judeu, mas edomita (ou
idumeu).
Assim, a Bíblia mostra que, não importa
se é construção ou reconstrução, feita por gente aprovada ou não no
conceito de Deus, o CRÉDITO da obra é para quem
a fez.
Uns 520 anos depois do
Êxodo, o filho de Salomão,
Roboão, que era o rei de Judá, foi invadido pelo
Faraó Sisaque (ou Sesac ou Shishaq), que capturou muitas de suas
cidades.
Claro que foi uma grande VITÓRIA do
Egito.
Será que a relataram? Foram achadas
inscrições em Megido (Judá) e em Carnac (Egito), que comprovam essa
vitória.
E a Bíblia, que mostrou a
vitória no Êxodo, será que
mostra, também, essa derrota?
Mostra, em II Crônicas 12:1-9. E não mostra essa derrota, apenas,
mas outras também, como a que causou a morte do bom Rei Josias, pelo
Faraó Neco, etc. (II Reis 23:28-30 e II Crônicas 35:20-24).
Isso deixa
bem claro por que os registros bíblicos são mais confiáveis,
pois não importa o que acontecia aos seus personagens, tudo ficava
relatado, tanto os seus “prós como os contras”, tanto as suas
vitórias como as suas derrotas.
Na CRONOLOGIA ou na contagem do tempo dos
egípcios, também há muita diferença.
Dizem que cerca de 30 (trinta) dinastias
de reis e/ou faraós governaram, em seqüência, por um período de 3000
anos AEC. Porém, pela cronologia
bíblica, que é a mais confiável de que dispomos, isso
simplesmente é impossível, tendo em vista que os egípcios são
descendentes de MISRAIM, que foi um dos filhos de Cã (ou Cam), que foi
filho de Noé.
Sendo assim, Misraim só teria nascido
depois do Dilúvio, que
a Bíblia indica ter acontecido no ano 2370 AEC. Portanto, o máximo de
tempo que os governantes egípcios poderiam ter existido, um após o
outro, seria do tempo de Misraim até o início da Era Comum. De forma
que o tempo real da origem dos egípcios até o início da Era
Cristã seria de uns 2.300 anos apenas.
Se houve, mesmo, essa linhagem de reis,
muitos deles foram co-regentes (ou governaram juntos). Dois ou mais
deles governaram toda aquela nação ao mesmo tempo ou cada um deles
governou uma parte da nação ao mesmo tempo.
Somente assim atingiriam os 3.000 anos.
Até nessa parte, porém, a de alguns
governarem juntos em um tempo que não se pode determinar, a não ser
por informações fora daquele relato específico, a Bíblia leva vantagem.
Por exemplo, os JUÍZES julgaram a
nação de Israel, depois de Josué até Saul, o primeiro rei. Ao se
contar o tempo de cada um deles, em sucessão, o total “não bate”
com os cerca de 350 anos de Josué até Saul (de 1467 a 1117 AEC).
No período seguinte ao dos Juízes, que foi
o período dos REIS de Judá e de Israel, também há uma
diferença, referente aos reis
de Judá, de 3 (três) anos.
Contando-se direto de Roboão (997 AEC) até
Zedequias (607 AEC), dariam 390 anos. Todavia, contando-se “um a um”,
de Roboão até Zedequias (ou Sedecias), a soma deles com todos os
outros daria 393 anos.
Isso mostra que, nesses períodos, expresso
ou não pela Bíblia, houve pelo menos uma co-regência.
Em algum
tempo, na época dos Juízes, dois ou mais deles atuaram ao mesmo tempo.
E na época dos Reis, em algum tempo, pelo menos DOIS deles governaram
no mesmo período. Nesse caso, para uma contagem geral, do início ao
fim, deve-se considerar o tempo de um deles apenas. Se um governou
seis anos junto com outro e treis anos sozinho, por exemplo, não se
contaria 15 anos (6+6+3), mas somente 9 anos (6+3).
A Bíblia, com o CRUZAMENTO dos seus dados,
dá mais certeza das coisas, pois se uma parte não dá todas as
informações, outra parte as completa. Quando não as completa, como no
caso do período dos Juízes, contando-se os anos de cada um, ela mostra
que a soma sucessiva levaria a um erro grosseiro. Tanto que o Apóstolo
Paulo, ao citar esse período, em ATOS 13:20, diz que “após Josué,
deu-lhes Juízes, até Samuel, o profeta” (que ungira Saul
como primeiro rei). Nota-se que ele não levou em consideração, assim,
os anos isolados de cada um deles.
Por outro lado,
alguns confundem o texto acima, quando Paulo cita um período de
“450 anos”. Paulo esclarece que de Josué, 46 anos depois do Êxodo,
na divisão da terra (ou em 1467), para trás, passaram-se 450
anos, que levariam ao tempo de Abraão (1917), quando Isaac tinha cerca
de 1 (um) ano (1467 + 450 = 1917 AEC). Já o tempo dos Juízes foi
menor, de Josué para a frente, até o Rei Saul.
Portanto, mesmo num período CONFUSO, como
os anos de cada juiz, a Bíblia permite o entendimento correto, com o
cruzamento de outros dados.
Já a cronologia das nações, inclusive do
Egito, não permite isso.
Baseados nela, ACHAM que o Êxodo se deu em
1300 AEC mais ou menos e que o faraó era Ramsés II. Outros dizem que
era Mernepta (ou Meneptah). Na realidade, ninguém sabe quem foi
o Faraó do Êxodo e a Bíblia não diz o seu nome. Acham que os
egípcios governaram, em seqüência, por 3000 anos AEC, o que parece não
ser possível.
Como sempre, ao PREFERIREM os dados das
nações ao invés dos bíblicos, mesmo quando os das nações são
contrários a toda seriedade, procuram negar que a Bíblia talvez seja,
mesmo, “a palavra de Deus”, pois se lhe derem razão, reconhecendo a
sua inspiração divina, teriam, mais cedo ou mais tarde, de reconhecer
que a Bíblia parece mostrar uma seqüência HISTÓRICA, desde o primeiro
homem, que está relacionada com um propósito divino.
Como não querem aceitar isso, alguns
críticos têm motivos
para que a Bíblia não seja digna de crédito, pois
se assim fosse não se poderia comprovar esse propósito de Deus. A
Bíblia não sendo digna de crédito e as pessoas não tendo sido feitas
por um Criador, NINGUÉM teria de "prestar contas a ninguém". As
pessoas seriam “donas dos seus próprios narizes” e fariam o que bem
entendessem, sem nenhum freio nem responsabilidade. Dessa
forma, para alguns, é conveniente que Deus NÃO exista. Assim, não
precisariam prestar contas dos seus atos.
Daí o empenho, por vezes até doentio e
irracional, em tentar desacreditar a Bíblia, de modo sutil ou não.
De Saul até os assírios.
Do Êxodo até o INÍCIO da construção do
primeiro Templo, pelo Rei Salomão, passaram-se 479
(quatrocentos e setenta e nove) anos e um pouco, pois a Bíblia diz que
isso aconteceu no “480°
ano” após a saída do Egito (I
Reis 6:1).
Por terem saído do Egito em 1513 AEC,
essa construção começou em 1034 AEC (1513 menos 479). Como esse era o “quarto
ano do seu reinado”, Salomão começara a reinar 3 (três) anos e um
pouco atrás, ou em 1037 AEC.
Se Salomão
começou em 1037, o seu pai, Davi, começara há 40 (quarenta) anos, em
1077, e o Rei Saul começara 40 (quarenta) anos antes de Davi, ou
em 1117 AEC (2 Samuel 5,4 e Atos 13,21 – TEB).
Por aí, se vê
que o período dos JUÍZES, que governaram Israel até o primeiro rei,
Saul, foi de Josué até 1117 AEC.
Se Salomão
começara em 1037, seu filho Roboão começou 40 (quarenta) anos depois,
em 997 AEC.
Com a posse de Roboão,
nesse ano, o país foi dividido
no reino de Judá, ao sul, e no reino de Israel, ao norte.
Como já visto, o Faraó Sisaque (ou
Shishaq na TEB), que ficou conhecido na História secular como
Chechonque I (ou Sheshonk I), invadiu Judá, “no quinto ano de
Roboão”, que seria quatro anos e pouco depois que ele se tornou
rei. Isso se deu, então, no ano 993 AEC (997 menos 4). Werner Keller,
na fls. 189 do seu livro, diz que essa invasão ocorreu em 922
AEC.
Por volta de 945 AEC, o Rei ONRI, de
Israel, pai de Acabe, construiu a sua capital, Samaria.
Do início de Roboão, rei de Judá, até a
morte do Rei Acabe, de Israel, passaram-se cerca de 77 (setenta e
sete) anos. Portanto, Acabe MORREU por volta do ano 920 AEC (997 menos
77). Veja 1 Reis 14,2l - 15,2,10 - 22,4l,42,52 (Antes da primeira
vírgula, representa o capítulo; depois da primeira vírgula, representa
(m) o (s) verso (s) ou versículo (s), segundo a TEB).
O Rei Acabe, de Israel, morreu em
batalha com os sírios de Ben-Hadade.
Muitos críticos insistem em relacionar a
história de Israel e a da Assíria, no período de 911 a 649 AEC, com
os registros assírios.
Por exemplo, dizem que o Rei Acabe esteve
na “batalha
de Carcar", contra os assírios, em 853 AEC. Dizem
que o “epônimo Bur-Sagale” ocorreu em 763 AEC, pois fora
marcado por um eclipse solar ocorrido neste último ano. Com isso,
querem dizer que alguém chamado “Bur-Sagale” vivera e fizera algo
notável naquele ano. Assim, esse feito seria lembrado como algo
acontecido em 763 AEC. A comprovação seria dada pelo ECLIPSE, que
também ocorreu no mesmo ano.
A batalha de Carcar, segundo eles, fora
travada 90 (noventa) anos antes desse eclipse. Portanto, a
partir de 763 AEC, contam 90 anos (ou epônimos) para trás, chegando a
853 AEC (763 + 90).
O referencial é o eclipse. Mas em outros
anos também houve eclipses, como em 807 – 817 – 857, etc. Porém,
decidiram por ou escolheram o de 763 AEC, pois segundo eles
“desviar desse ANO causaria confusão”.
A batalha de Carcar foi entre os sírios
contra os assírios e a nação de Israel era inimiga dos dois. Nessa
condição, dificilmente se uniria aos sírios numa guerra. Porém, entre
os participantes dela, acharam um tal de “AHABU sirilai” ou
“Acabe sirileu”, como WK diz na pág. 213 do seu livro.
Bastou o nome idêntico para os críticos
dizerem, HOJE, que se trata do mesmo Rei Acabe, de Israel.
Contudo, os assírios nunca o tratavam de “Ahabu”, considerando que,
quando se referiam a ele, chamavam-no de “Bit-Humri”, que significa
“filho ou sucessor de Humri”. Esse Humri era o Rei Onri
(ou Omri ou Amri), pai de Acabe.
E o gozado é que, entre os participantes
reais que estiveram naquela batalha, “acharam a expressão semita
“Musri (ou Misr)”, que sempre se refere à nação do Egito”, pois
esse nome deriva-se de MISRaim, que deu origem aos egípcios.
No entanto, dizem que “é provável que
ela NÃO se refira aos egípcios”. Ora, se uma expressão (Misr),
usada como sempre foi, não se
refere àquele povo, como é que outra expressão (Ahabu), usada como
nunca foi, pode referir-se ao
rei de Israel? Parece que tentam fazer um “ajuste”.
Pouco depois da morte de Acabe, Jeú
tornou-se o rei de Israel.
Acharam uma inscrição dele pagando
tributos ao Rei Salmaneser III. Em vez de ser Jeú, poderia ser um
enviado dele. A Bíblia diz que alguns reis israelitas pagaram
tributos aos assírios, mas não cita Jeú entre eles.
Sendo o Rei Jeú ou não, porém, nessa
inscrição aparece a expressão “Bit-Humri”,
que era, realmente, como os
assírios se referiam aos reis de Israel, conforme o próprio WK
concorda na pág. 220 do seu livro.
Que os assírios costumavam ALTERAR as
suas inscrições, pode-se ver no fato de que o Rei Assurbanipal
incluiu, como seus, os feitos militares do seu pai, que foi Ezar-Hadom
(ou Asaradon).
D. D. Luckenbill diz que costumavam
“relatar o que as suas vaidades REAIS mandavam”.
E quando Senaqueribe, filho de Sargão II,
no tempo do profeta Isaías, sitiou a cidade de Jerusalém e
garantiu que a conquistaria, de qualquer jeito, mas não conseguiu
conquistá-la, ele deixou inscrições a respeito, ao modo deles.
Senaqueribe diz que “fez Ezequias, o
judeu, pagar-lhe tributos... mantendo-o prisioneiro em sua gaiola (ou
em sua cidade) real”, porém NÃO diz por que não conquistou a
cidade.
Já a Bíblia mostra os DOIS lados,
confirmando que Ezequias pagou tributos a Senaqueribe. Porém, diz que
ele só não conquistou Jerusalém, porque Deus fez com que, numa só
noite, morressem 185.000 soldados seus, o que forçou a sua retirada.
Até meados dos “anos 1800” da Era
Comum, o Rei
Sargão II não
era conhecido fora da Bíblia. Só o livro de Isaías
referia-se a ele, no seu capítulo 20. Por isso, os críticos achavam
que a Bíblia estava errada quanto à sua existência.
Já quanto a Senaqueribe, filho e
sucessor de Sargão II, diziam que fora assassinado por um filho
seu, ao passo que a Bíblia dizia que foram dois filhos. Por
isso, novamente, os críticos diziam que ela estava errada (Isaías
37,38).
Hoje, porém, não restam mais dúvidas.
Foram obrigados a admitir, mais uma vez, que o relato BÍBLICO, nos
dois casos, era muito mais certo.
Entretanto, não adiantam todas as
evidências, que fazem a Bíblia mais confiável, pois tentam, de todas
as formas, desmentir ou deturpar os seus relatos.
No caso desses dois reis acima citados
(pai e filho), por exemplo, são personagens históricos. Embora
concordem com isso, dizem que Isaías, que testemunhou aqueles
acontecimentos, não viveu naquele tempo ou que, se viveu, NÃO
foi ele quem escreveu a respeito deles, pois querem acreditar que
Isaías não escreveu até o capítulo 37 (trinta e sete) do seu livro,
que fala sobre Senaqueribe e Jerusalém.
E quanto à fidelidade dos registros
assírios, dizem que os seus “ANAIS, (ou registros de ano em
ano) eram mais fiéis
do que os epônimos”, que são registros indefinidos, mais
maleáveis, relacionando um nome com um acontecimento. Todavia, quando
há diferenças entre esses dois tipos de registros, com o registro
anual mostrando uma data mais rigorosa e o “epônimo” mostrando uma
data mais indefinida, preferem dizer que a época certa é a que consta
neste último. Quando isso acontece, dizem que o “ERRO está nos
anais”.
Como poderia ser, se os “anais”, conforme
eles mesmos dizem, são registros mais fiéis? Talvez seja por
que os “epônimos”, sendo mais maleáveis, AJUSTAM-SE melhor na defesa
de suas teorias, pois não precisam ter (e não têm) o
rigor exato de uma data determinada.
Portanto,
as DATAS das nações e da Bíblia quase nunca batem.
Não deveriam
existir diferenças, mas elas surgem, principalmente, porque os
registros dessas outras nações, como visto mais acima, geralmente
não tinham o mesmo rigor das anotações
bíblicas nem a mesma honestidade, quando relatavam a sua história.
Quase sempre, seus registros eram
controlados pelos governantes ou pelos sacerdotes, que
autorizavam, apenas, o que lhes era conveniente relatar e NÃO o
que realmente acontecia, o que não é novidade, pois até hoje isso
acontece, com os registros das nações.
No caso do Egito, por exemplo, baseavam-se
em “listas, anais e inscrições, independentes, mas que foram
coordenadas por Mâneto (ou Manetom), um sacerdote egípcio que
viveu no 3º século AEC. Ele agrupa a história e a religião
egípcia em trinta dinastias. Isso, associado a cálculos de Astronomia,
produzem a sua cronologia.”
Os próprios historiadores, porém, dizem
que as informações de Manetom estão distorcidas e fragmentadas, mesmo
porque elas só existem por meio de outros historiadores, tais
como Josefo, Africano, Eusébio, etc., que viveram séculos depois. Como
já visto, verificou-se que a duração dos seus reis e/ou faraós
é impossível, contada da forma sucessiva ou em seqüência e que, além
dessa duração inexata, também ALTERAVAM as suas inscrições.
Outros que deixaram muitos registros, que
são comparados com a Bíblia, foram os assírios. Suas datas baseavam-se
em “ANAIS, epônimos, lista de reis, eclipses, etc.” Contudo,
como já visto, também não eram honestos e relatavam o que “a
vaidade real mandava”.
Todos esses povos, egípcios e assírios,
bem como os babilônios, persas, gregos, etc., observavam os
eclipses, para fins cronológicos.
PTOLOMEU, astrônomo grego que viveu no 2º
século da Era Comum, deixou uma famosa tabela astronômica, que dizem
ter 66% de precisão. Por isso, o “Cânon ou a lista de reis de
Ptolomeu” é muito usado (ou muito usada) para a cronologia dos
historiadores.
Contudo, a Enciclopédia Britânica, volume
7, de 1971, diz que “qualquer vila ou cidade antiga, naquelas
regiões, tinha uma média de 40 eclipses lunares e 20 eclipses
solares parciais, num período de 50 anos, embora tivessem
apenas um eclipse solar TOTAL, num período de 400 anos.”
(Grifo nosso)
Assim, nem sempre a referência dos
eclipses garante que o fato histórico teria acontecido num certo ano,
pois quase todos os anos tinha um, parcial. Atualmente, pelas
tabelas astronômicas, de Ptolomeu ou de outros, pode-se comprovar com
precisão alguns anos que, no passado, tiveram eclipses. Entretanto, a
associação deles com a História dependerá da HONESTIDADE de quem
relatou o fato, seja em textos ou em inscrições. Num certo ano, por
exemplo, pode-se comprovar que houve um eclipse, mas isso por si só
não prova que, naquele ano, ocorreu algo histórico. Só saberemos se
houve, realmente, tal acontecimento, se o mesmo tivesse sido relatado
por uma fonte honesta.
São os casos do Rei Acabe em Carcar e a
morte do Rei Herodes, o Grande. Apenas com a referência do eclipse,
sem outra matéria escrita complementar, NÃO se pode
determinar uma data para esses acontecimentos
(Veja "batalha
de Carcar" e
"Herodes").
Nem mesmo no final do século 20 (ou neste
começo do século 21), com o "C-14"
(ou radiocarbônio) e outros métodos modernos, pode-se determinar
certas datas, com precisão absoluta.
G. E. Wright diz que “... só se pode
confiar (no C-14) depois de várias medições... com resultados
idênticos e quando a data parece correta à
base de outros métodos...” (Grifo nosso).
E a Enciclopédia Britânica, volume
5, de 1976, diz: “Qualquer que seja a causa, é evidente que falta
às datas, para o C-14, a exatidão que os historiadores
gostariam de ter.” (Grifo nosso)
Com “C-14” ou não, portanto, há muitas
variações.
A respeito dessas variações, Merril
F. Unger diz: “Garstang data a queda de Jericó em 1400
AEC... Albright apóia a data de 1290 AEC... Hughes Vincent, palestino,
sustenta o ano de 1250... ao passo que H. H. Rowley considera Ramsés
II como o Faraó da opressão e que o ÊXODO de Israel ocorreu sob o seu
sucessor Mernepta, em 1225 AEC.” (WK – fls. 150-152)
Essas datas DIFERENTES mostram que, às
vezes, é impossível datar certos acontecimentos com precisão absoluta,
mesmo juntando a história das nações, os eclipses e o C-14, ou seja,
mesmo com todos os atuais métodos científicos.
Por isso que a melhor forma sempre
foi e é, ainda, a do “testemunho ocular”, que é o testemunho de
pessoas que presenciaram os fatos. Se tal testemunho
encontrar-se em documentos escritos, pode ser comprovado ou não,
analisando-se a honestidade, a humildade e a
imparcialidade dos seus autores.
E a Bíblia é um documento escrito, antigo,
feito por escritores que reúnem essas três qualidades. Por isso, numa
análise séria, verifica-se que NÃO existe outro livro tão confiável
quanto ela.
Alguns críticos, porém, não querem
aceitar um Criador, pois não querem prestar contas dos seus atos.
Assim, quando há um CONFLITO entre um relato bíblico e um
relato das nações, preferem levar mais em consideração o das
nações, mesmo que tenham de fazer “ajustes” que, por vezes, se
tornam absurdos.
No entanto, até a presente data, todos os
dados que puderam ser comparados com achados verdadeiramente
históricos, mostram que os relatos bíblicos, incluindo as suas datas,
são mais confiáveis, principalmente por que, ao contrário das outras
nações, Israel sempre relatou, na Bíblia, o que
acontecia e não o que era conveniente relatar. Os seus escritores
NUNCA deixaram de relatar as falhas e as virtudes, as derrotas e as
vitórias, como uma fonte honesta deveria fazer. Além disso, o que
foi relatado a respeito da Criação pode ser comprovado pela Ciência
assim como os fatos históricos podem ser comprovados pela História
(Veja "Fontes" - "Roboão"
- "Sargão II"
- "Ordem"
- "Terra").
início da
resposta 2
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03 - Abraão, seus camelos
e Sodoma e Gomorra existiram?
Por
exemplo, diziam que:
# Os patriarcas Abraão e Isaac e as
cidades de
Sodoma e Gomorra não
tinham existido, porque não se falava deles, fora da Bíblia.
Por volta de 1930, em Nuzi, na antiga
Mesopotâmia, ACHARAM inscrições com os nomes dos patriarcas, mas
disseram que a dúvida continua, pois elas “poderiam
não se referir a eles”, considerando que já tinham
sido achados "muitos nomes idênticos, em vários lugares" (WK –
fls. 62-63).
Por volta de 1975, acharam as “tabuinhas
de EBLA”, na Síria. Nelas, “são mencionados tanto os nomes
dos patriarcas como os daquelas cidades”. Depois disso, ainda
dizem que os nomes poderiam não se referir a eles, tendo em
vista que foram descobertos na terra de seus parentes, longe de onde o
patriarca viveu, e muito longe de
onde se situavam Sodoma e Gomorra. (WK – fls. 88)
Portanto, se acham o nome de Abrão num
local próximo de onde ele veio, na antiga Mesopotâmia, dizem que não
se refere a ele, pois existiam outros com o mesmo nome. Se acham
referências de outra cidade, que ficava longe de onde viviam, não
poderia se referir a ela, "pois era muito distante". Assim,
achados de um local próximo de
sua origem não serve de apoio para a sua historicidade e os achados na
terra dos parentes dele, por ser longe daquelas cidades, também
NÃO serve para comprovar a existência delas.
Portanto, sejam descobertas de perto ou
de longe, "nada fica comprovado".
Em que local precisaria ser achado algo
deles para tais críticos se convencerem?
Mesmo porque foi em Ebla, na Síria, que
acharam os nomes de Abrão, de seus parentes e de Sodoma e Gomorra. E a
Síria atual é parte da antiga região de ARAM, terra dos parentes de
Abraão e de seu filho Isaac, que foi casado, inclusive,
com uma sua prima síria.
Embora as cidades de Sodoma e Gomorra
ficassem “na outra ponta do mapa de Israel”, longe da Síria,
o sobrinho de Abrão, chamado Lot, viveu lá. Inclusive, quando a cidade
foi atacada e vencida, Lot foi feito prisioneiro. Nessa ocasião, o
próprio Abraão e seus amigos foram atrás dele e o libertaram daqueles
reis, que o tinham capturado, conforme é visto em Gênesis 14.
Portanto, é só NATURAL que os parentes de
Abraão, que moravam na Síria, conhecessem, de sobra, os nomes das
cidades de Sodoma e Gomorra, que ficavam muito longe de onde residiam.
# Diziam que Abrão não
esteve no Egito e que
os
camelos
também não eram domesticados, naquele tempo.
Na gravura de Khnumhotep II, um
comandante que dizem ter vivido no tempo do faraó Sesóstris II, nos
anos 1900 AEC, são mostradas mais de 30 (trinta) pessoas
caracterizadas como hebreus (ou como gente semita que vivia por
aquelas redondezas).
Fica claro o nome hebraico “Abisai”
(uns novecentos anos depois, no tempo do Rei Davi, um irmão de Joabe
também teria esse nome, como mostra I Samuel 26:6).
A gravura mostra que aquelas pessoas
seriam hebreus, do tempo em que Abraão viveu.
A data do registro e as aparências delas
batem com aquela época. Portanto, confirmaria que, naqueles anos,
semitas entravam e saíam do Egito, como poderia ter acontecido
com Abrão. Ele era hebreu e esteve por lá.
Mas a Bíblia diz que, naqueles dias, ele
já tinha camelos, etc., e tais animais não apareciam no desenho
egípcio (Gênesis 12:14-16).
Naquela gravura só aparecem jumento e
cabra.
Assim, porque nela não constam camelos,
aproveitam para dizer que essa história dele ter andado pelo Egito
poderia ser um erro.
Abraão poderia nem ter existido naquele
tempo. Muito menos os seus camelos, pois esses animais só teriam sido
domesticados dali a uns novecentos anos.
Dessa forma, os críticos insinuam que a
Bíblia mente quando fala na existência histórica de Abrão e,
principalmente, quando fala dos seus camelos, uma vez que tais animais
NUNCA constaram nos registros egípcios (WK fls. 86).
No entanto, segundo o arqueólogo Randall
Younker, foi achada “uma representação de um camelo ajoelhado,
feita em ouro, datada de 2050 AEC” (ou na época do pai de Abrão).
Onde foi achada?
Nas escavações de UR, na Mesopotâmia.
“Por coincidência”, é a mesma cidade onde
Abrão morou, segundo a Bíblia (Gênesis 11:28). Foi de lá que ele
partiu, quando foi para Harã.
Diante disso, os que não querem aceitá-lo
como personagem histórico, dizem:
“Investigações sérias (sic) e,
sobretudo, as tais escavações demonstraram, quase com certeza, que
Abraão NÃO poderia ter sido, em tempo algum, cidadão de Ur. Isso
contraria inteiramente a imagem que o Antigo Testamento nos transmitiu
sobre o patriarca, onde ele vive na sua tenda e segue com seus
rebanhos de pastagem a pastagem. Não vive como habitante de uma grande
cidade. Leva a vida típica dos nômades!” (WK fls. 38).
Depois de Ur, Abrão foi para Harã.
Daí, após a morte de seu pai, foi para
Canaã (Gênesis 12:1-5).
Harã e Mari eram cidades próximas uma da
outra. Ambas pertenciam ao Reino de Mari, segundo os historiadores.
“Por coincidência”, o arqueólogo André
Parrot também "achou OSSOS de camelo, que alguns consideraram como
sendo de 1500 AEC e outros consideraram como sendo de além de 2000
AEC".
Onde foram achados?
Nas escavações de Mari, cidade próxima de
Harã, onde Abrão viveu.
E o gozado é que os próprios críticos NÃO
aceitam, agora, que Abrão tenha morado em Ur.
Mas aceitam que ele tenha vivido em Harã,
próximo da cidade de Mari.
E nessas duas cidades, tanto em Ur como
na região de Harã, ficou comprovada a domesticação dos camelos.
Assim, eles ficam sem saída.
Tentaram resolver o ridículo de suas
afirmações, “mudando o local da morada dele”. Como acharam
camelos em Ur, começaram a falar que Abrão não tinha vivido por lá
e sim em Harã.
Mas, nessa última região, também acharam.
Dessa forma, o “tiro lhes saiu pela
culatra”.
Parece que as suas "investigações
sérias" não são tão sérias assim. Se não quiserem aceitar os
CAMELOS de Abrão, precisarão inventar um outro local, sem esses
animais, para a morada do patriarca hebreu.
.
Hoje se prova, portanto, que nas
principais regiões da Mesopotâmia e em outras, por onde Abrão passou e
morou, os camelos eram usados, tanto antes como depois de sua época.
Isso é confirmado, também, por Kenneth A.
Kitchen, um orientalista renomado mundialmente.
Inclusive em Assuã, no Egito, dizem ter
encontrado um desenho, datado de 2300 AEC, de “um homem puxando um
camelo por uma corda”. Em Byblos, acharam a “figura de um
camelo ajoelhado”, datada de 1800-1900 AEC. Em Nippur, acharam
“um texto sumeriano sobre o leite de camela”, datado de
2000 AEC.
No entanto, os críticos continuam
dizendo que os camelos só foram domesticados e usados no tempo do
Rei Davi, cerca de MIL anos depois do nascimento de Abrão!
E ainda dizem que fazem “investigações
sérias”!
# Diziam que, com o achado da civilização
"hurrita", nas escavações da cidade de Nuzi, os costumes de
Abrão ficaram comprovados. Por outro lado, como os "hurritas"
viveram por volta de 1500 AEC, isso mostraria que ele teria vivido
nessa data e não antes.
Descobriram que “esse povo
tinha uns regulamentos e costumes SEMELHANTES aos
do patriarca, como no caso dos terafins, falta de herdeiros, compra de
sepultura, etc.”
Mas isso não teria nenhum problema.
Seria apenas lógico, pois tanto Abrão
como eles eram da Mesopotâmia. Eles e seus pais viveram numa mesma
região.
Seria natural que tivessem muitos
costumes iguais (ou semelhantes).
No entanto, os críticos acham que, embora
tais costumes CONFIRMEM alguns regulamentos a que Abrão e seus
descendentes se submetiam, também lança dúvida sobre a data em que ele
viveu.
Aquele povo hurrita viveu em 1500 AEC.
Ficou PROVADO, então, que nessa data tinham aqueles regulamentos.
Portanto, tais costumes e regulamentos existiam naquela época.
SE Abraão tinha o mesmo modo de vida,
segundo eles, deveria ter vivido, também, naquele período.
Contudo, não usam isso como uma simples
hipótese. O que querem, na realidade, é lançar dúvidas sobre a
existência de Abrão. Ora, se ele viveu em 1500 AEC, dizem, não poderia
ter vivido alguns séculos atrás!
Eis o que falaram a respeito: “...
(embora tais costumes concordem com o relato bíblico) já que os
patriarcas adotavam as praxes jurídicas dos hurritas, datando do
século XV a.C, poderiam eles então ter vivido nos séculos XVIII até o
XX antes da era cristã? ... Ou será que devemos ir em sua busca,
vários séculos mais tarde, no reino de Mitâni (em 1500 AEC)?”
(WK fls. 63).
Insinuam, de modo claro, que a Bíblia
está certa ao relatar aquele modo de vida, mas errada, quando diz que
os patriarcas viveram nos anos 1800-2000 AEC. Insinuam que eles
teriam vivido em 1500 AEC.
Se esquecem, porque querem, que aqueles
costumes semelhantes já poderiam existir há centenas de anos.
Não é por que os descobriram depois de
Abrão, que mostra a existência deles somente a partir da data em que
os “hurritas” viveram. Tais costumes já poderiam ser
praticados, até, antes mesmo de 1900 AEC (ou antes do tempo em que
Abraão viveu).
Isso não é novidade.
Nos acontece ainda atualmente, com as
nossas próprias Leis e regulamentos.
Embora os respeitemos até o dia
de hoje, os pontos principais deles, como “não matar, não roubar, etc.”,
já existem por milhares de anos.
No Brasil, os descendentes das "raças"
que vieram para cá os respeitam desde a sua “descoberta” em
1500. Os "brasileiros", portanto, só começaram a guardá-los ou
respeitá-los a partir daquela data.
Hoje, se fizerem descobertas a respeito
desses costumes que tinham no Brasil daquela época, veriam que, em
1500, guardavam aqueles regulamentos. Mas eles não começaram a vigorar apenas daquela época até hoje.
Já vigoravam muito tempo antes, em todas
as civilizações, há milhares de anos, muito tempo antes de tais
"brasileiros" existirem.
Como já visto, então, o fato de algum
povo guardar ou observar certo regulamento numa determinada época,
NUNCA quis dizer que aquele regulamento só começou a vigorar naqueles
dias em que tal povo viveu. Poderia estar vigorando muito tempo antes
dele.
De qualquer forma, mais uma vez, o achado
comprovou o que as Escrituras diziam, pois antes de descobrirem os
“hurritas”, tais costumes só eram conhecidos pela narração
bíblica.
Por outro lado, esses achados dos nomes
de
Abisai e do povo hurrita, mostram como os críticos
manipulam os dados.
Foram encontrados dois nomes (Abisai) e dois
regulamentos semelhantes (Abrão e hurritas), mas de épocas diferentes.
Veja que tipo de raciocínio absurdo os críticos usam, para
"ajustar" tais dados às suas conveniências.
No caso de Khnumhotep, naquela gravura
egípcia dos anos 1900 AEC, aparece o nome hebraico “Abisai”.
Todos concordam que se trata de um hebreu.
Uns novecentos anos depois, no tempo do
Rei Davi, a Bíblia DESCOBRE “outro Abisai”, que era irmão de
Joabe (I Samuel 26:6). Pode-se considerar as Escrituras como uma fonte
mais confiável, do mesmo modo que os críticos consideraram as
escavações como fontes mais seguras.
Considerando-as dessa forma, só ficou
PROVADA a existência bíblica do nome Abisai muito tempo depois. Assim,
pelo raciocínio que os críticos usaram na comparação entre Abraão e os
hurritas, aquele Abisai da gravura egípcia (que tinha existido antes)
só teria vivido no tempo do Rei Davi, pois somente nessa época
(séculos depois dos seus dias) haviam comprovado nas Escrituras a
existência de tal nome.
Ora, Abrão e os hurritas tinham os mesmos
regulamentos e os hurritas viveram em 1500 AEC. Então, Abrão teria
vivido nessa data também, pois deveria prevalecer a prova mais recente
(segundo as escavações).
O Abisai da gravura egípcia e o
irmão de Joabe tinham os mesmos nomes e o último Abisai viveu por
volta de 1050 AEC. Então, aquele da gravura egípcia teria vivido nessa
data também, pois deveria prevalecer a prova mais recente (segundo a
Bíblia).
Esse raciocínio parece “investigação
séria”?
No entanto, é o que tais críticos usam na
contestação da historicidade da Bíblia.
Portanto, uma investigação séria, mas
séria mesma, mostra que um nome ou um costume semelhante, que dizem
respeito a DUAS épocas diferentes, devem ser analisados à parte.
Os dois registros poderão ser confiáveis,
cada qual na sua época. Não tem cabimento deturpá-los, "ajustando-os"
para que se amoldem naquilo em que se quer acreditar.