http://www.ellenwhitebooks.com/ESabatina/index2.asp?lista=4

1       A lição do sábado afirma que muitos cristãos (em realidade a maioria dos cristãos e a absoluta maioria dos eruditos) reconhecem que Antíoco Epífanes foi o “chifre pequeno” predito por Daniel. O autor diz, não obstante, que, como adventistas do sétimo dia, devemos recusar esta interpretação por muitas razões. Desde seu ponto de vista, uma das razões é que a descrição que a profecia do “chifre pequeno” não pode aplicar-se àquele rei sírio.

a-     Que detalhes específicos não podem aplicar-se, e como, exatamente, concordam tais detalhes com algum outro pretendente?

2       O autor segue dizendo que, baseados nos princípios do historicismo, os adventistas crêem que Daniel 8:9-14 tem que ver com o grande conflito entre Cristo e Satanás. Isso é muito interessante. Naturalmente, qualquer pessoa tem direito a suas crenças. No entanto, não deveríamos centrar-nos no significado de Daniel 8:9-14 dentro do seu próprio contexto e não em nossas suposições preconcebidas? Na linguagem usada pelo autor, pareceria que o ‘historicismo’ fosse algo como uma escola filosófica independente e respeitável que tivéssemos adotado por um motivo mais ou menos bem pensado. No entanto:

a- Não é verdade que, na prática, nenhum intérprete respeitável aceita tal “escola” de interpretação na atualidade?

b- Não é verdade que, na prática ‘historicismo’ é equivalente só a eiségesis [sic!] profética adventista do sétimo dia?

c- Em todo caso, onde encontramos em Daniel uma referência clara ao tema do grande conflito?

d- Onde encontramos um quadro coerente de tal controvérsia em outras partes da Bíblia?

3       A lição do domingo volta ao assunto da contaminação do santuário. Podemos recordar muito bem que o autor das lições  apresentou vários cenários possíveis que poderiam propiciar a contaminação do santuário. Obviamente, pareceria que cada um desses cenários poderia requerer um processo de purificação diferente. Por exemplo, sabemos que quando o templo era descuidado, ou ainda profanado, o santuário era purificado, por assim dizê-lo, com um carrinho de mão, não com sangue (2 Crônicas. 29:5, 15-18).

      Curiosamente, o autor destas lições de alguma maneira, esquece mencionar este e outros possíveis ritos corretores, e centra seu discurso,  nos ritos do yom kippur, que estavam relacionados com a expiação dos pecados dos israelitas. No entanto, já que em Daniel 8 o único que realiza a contaminação do santuário é o chifre  pequeno:

a- Não seriam os ritos do yom kippur completamente irrelevantes, tendo em conta que o “chifre pequeno” tinha suprimido os próprios rituais diários? Onde ensina a Bíblia que as más ações dos governantes inimigos tivessem que ser expiadas no yom kippur?

b-     Não é verdade que misturar o yom kippur com a profanação do “chifre pequeno” implica que os verdadeiros adoradores, ou nosso mesmíssimo Sumo Sacerdote, são o “chifre pequeno”?

c-     Não seria tal coisa uma blasfêmia?

d-     Se Daniel 8:14 está relacionado com Levítico 16, por que utiliza uma forma do verbo tsadaq em vez de taher ?

e-     Não é verdade que Levítico 16 não tem relação alguma com Daniel 8?

f-       Não é verdade que o mais parecido do que há, de longe, em nosso Antigo Testamento ao remédio à contaminação realizada pelo “chifre pequeno” é a passagem de 2 Crônicas. 29:5 , 15-18?

4       . A seguir, o autor das lições se centra na questão dos 2 300 “dias” [sic!]. Pretende que quem tenta aplicar este período a Antíoco Epífanes precisa distorcer o texto.

a-     Não distorcem nada os historicistas? Podem demonstrar suas enormes pretensões no cômputo de Daniel. 8:14 e 9:25-27?

b-     Por exemplo, podem demonstrar de forma objetiva o final da profecia em algum momento do século XIX?

c-     Se não se pode demonstrar objetivamente, não implica algum tipo de distorção o fazer questão de tal cenário?

d-     Quão honrado é alegar alguma suposta dificuldade matemática de um oponente quando os adventistas estão numa posição provavelmente muito pior?

5   . O autor das lições  dá quatro razões para interpretar que teria que aceitar que os 2.300 “dias” [sic!] nos levam aproximadamente a nossa era:

a .   Gabriel aplica a visão ao “tempo do fim” (versículos 17, 19). Isto é muito interessante. Uma observação prévia assinalou que, no Antigo Testamento, e no próprio Daniel, “o tempo do fim” e expressões similares não não devem ser tomadas  como referencia ao fim de nosso mundo. No entanto, faremos bem em recordar que o autor lições insiste tanto em que a visão é a respeito do tempo do fim. Estaríamos falando de toda a visão ou só de parte dela?

b.   A segunda razão é que os paralelos, que incluem a vários capítulos de Daniel, em particular os capítulos 2 e 7 (é uma pena que ele tenha esquecido de  mencionar o capítulo 11), mostram que a visão do capítulo 8 acaba aproximadamente ao mesmo tempo que as dos capítulos precedentes. Essa é uma observação excelente, e merece que se lhe dedique atenção. No entanto, a questão é a seguinte: Essas profecias nos levam realmente ao fim deste mundo?  Não entrou o autor das lições num círculo vicioso lógico?

c.      A terceira razão é que existe um paralelo entre a cena de juízo de Daniel 7 e a purificação do santuário em Daniel 8. Já que o autor das lições  pretende que a purificação aqui aludida está relacionada com o yom kippur:

d.       Que passagem da Bíblia diz que o yom kippur implicasse um “juízo de investigação”?

e.      o sumo sacerdote abria algum livro nesse dia?

f.  Apagava algum nome se descobria que alguém não se tinha arrependido plenamente de pecados passados?

g.      Em todo caso, se a cena de juízo de Daniel 7 não nos tivesse de levar ao fim deste mundo, por que teria de levar-nos ao fim de nosso mundo a pretensamente paralela purificação do santuário (que, em teoria, poderia ocorrer algo mais tarde)?

6   . Em qualquer caso, o autor das lições parece ter esquecido mencionar a curiosa circunstância de que a palavra ‘dias’ não se acha em parte alguma do original de Daniel 8:14. Como é, então, que ele aplica o “princípio dia-ano”?

          A seguir, o autor das lições dirige sua atenção a Daniel 8:13, versículo que contém uma pergunta à que Daniel 8:14 é a resposta.... Isto está ficando interessante.

a-     Por que não é mencionado Daniel. 8:13 nem uma vez na completa apresentação da Sra. White dos 2.300 “dias” no conflito dos séculos?

b-      Não é verdade que Daniel. 8:13 Torna-se mal necessário para a eiségesis adventista do sétimo dia? Não obstante, já que o autor das lições quer estudar Daniel. 8:13, assim deveríamos fazê-lo sem demora. Do seu ponto de vista, deveríamos considerar que a pergunta não está limitada unicamente às atividades do “chifre pequeno” porque a palavra “visão” (em realidade o hebraico resulta aqui irrelevante) necessariamente implica ao carneiro e ao bode. Isto está ficando meio confuso.)

c-     Não nos tinha dito antes o autor, seguindo a Gabriel, que “a visão” era sobre “o tempo do fim”? Como é que agora também é sobre “o tempo do princípio”?

d-     Seguindo a Gabriel como nosso guia, podemos concluir que, ainda que a visão comece nos dias de Daniel, a parte mais proeminente da mesma nos leva a um período distante no que ao profeta se referia?

e-      Se se aceitasse esta interpretação, e é evidente que Gabriel a aceitaria, então, nos leva a pergunta de Daniel. 8:13 aos tempos Persas?

f-       Ainda que nos levasse tão atrás, coisa que, desde logo, importa fazer, não nos retroagiria aos dias de Ciro e não aos de Artaxerxes?

g-      Mas se tivesse de retroagirmos aos dias de Ciro, qual seria o resultado para toda a estrutura da interpretação historicista das 70 semanas e dos 2.300 “dias”?

h-     Agora, falando sério, não é o real a necessidade de colocar o final da profanação de 2.300 tardes e manhãs do santuário na época do império persa, tendo em conta que foi precisamente aquele império o que permitiu a reconstrução do santuário nos dias de Ciro?

I-    O autor das lições  volta ao tema da purificação do santuário ao final da lição desta semana. Uma vez mais, menciona que havia várias formas pelas quais o santuário poderia ser contaminado, mas depois deixa completamente sem explicar como podiam proporcionar os rituais do yom kippur, remédio para limpar o santuário do sacrilégio por parte de um estrangeiro malvado que levou o caos a seus serviços. Seria correto sugerir que isto poderia ser um caso que implica um pouquinho de distorção da Santa Palavra de Deus?

II-       A seguir o autor das loções  volta a suas pretensões anteriores de que os períodos das profecias simbólicas devessem entender-se como simbólicos. Ainda que poderíamos suspeitar que não se dará resposta alguma à observação de que a visão simbólica de Daniel. 4 contém um período que não é interpretado simbolicamente, concedamos que, mediante algum prodígio inacreditável, essa observação tenha sido defendida com sucesso. Muito bem. Sigamos. Para que decifremos “2.300 tardes e manhãs” em algo completamente simbólico precisaríamos algum tipo de chave de conversão, não? Bem, tendo em conta que a palavra “dia” não se encontra em Daniel. 8:14, onde exatamente está a chave bíblica que demonstra  que, na profecia, uma tarde mais uma manhã significam um ano? Não há referência bíblica? Como pode ser isso? Seria este outro caso que implica um pouquinho mais de distorção?

a-     Como creacionistas, não insistimos que a presença em Gênesis 1 das palavras “a tarde e a manhã” implica dias de 24 horas?

b-     Como é que não fazemos exatamente o mesmo em Daniel 8:14? Algo no próprio texto? Algo fora do texto?

c-     Não seria isto um caso de auto-engano e de cega obstinação no erro?

7- O autor das lições  tem toda a razão em que 2.300 tardes e manhãs não é a forma normal de expressar o tempo. Como é sabido por quase todos os exegetas.

CAPA

INTRODUÇÃO; DANIEL 1 E 2

DANIEL 5 E 7

DANIEL 7 ( lição 8 )

DANIEL 8 ( LIÇÃO 9 )

DANIEL  (CONTINUAÇÃO)

CONTINUA EM

DANIEL 9

DANIEL 10 E 11  (LIÇÃO 12)

DANIEL 11 E 12 (LIÇÃO 13)