Perguntas A Daniel 9 na lição 11:

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1   O autor quer que seus leitores se fixem em certa conexão especial entre a visão do capítulo 8 e a do capítulo 9. Os pontos que ressalta são:

a .   Gabriel aparece em ambas visões. Isso é interessante. Mas:

                   a1- Gabriel Também aparece no primeiro capítulo do evangelho de Lucas. Temos de concluir que sempre que Gabriel aparece sua missão é a mesma, ou que é continuação de uma missão anterior?

b.   Como se vê em Daniel. 9:21, Daniel se lembrava de ter visto antes a Gabriel. 

                  b1- Não e bom saber que, depois de decorridos vários anos, Daniel não sofria a doença de Alzheimer e que também não tinha amnésia?

c.   Novamente, a missão de Gabriel consiste em ajudar a Daniel a entender uma visão (Daniel. 8:16; 9:23). mas:

                c1- É de se esperar que Gabriel  conseguisse se fazer entender em ambas ocasiôes, não? 

                c2- É interessante este assunto de “entender” no livro de Daniel, considerando que também aparece em 1:17, em 2:30 e em 12:8? 

                c3- Não é de se esperar que Daniel tenha entendido muitíssimas coisas e que seu instrutor angelical lhe tenha ensinado questões diversas?  

                c4- Será que Gabriel vinha sempre para ensinar a mesma coisa?

                c4-  Se Gabriel tinha que explicar sempre  a mesma coisa,  temos que concluir  que Gabriel era um instrutor de má qualidade ou que Daniel era de racíocinio um pouco lento ?

d   O elemento tempo não foi explicado no capítulo 8. Ah, não? Que tinha que explicar? O tempo é o tempo. Que parte do número 2.300 Daniel não entendeu ? Se Daniel não conseguiu entender o número, onde Gabriel lhe ensina  algo com respeito desse número no capítulo 9?

2   Onde encontramos evidência contextual que possa mostrar que existe uma diferença em significado entre as palavras hebraicas chazon e mareh? Seria errôneo sugerir que, ao menos em Daniel, são sinônimas? Por que seria errôneo?

       O autor das lições parece concordar com muitos expositores adventistas do sétimo dia na noção de que Gabriel foi enviado no capítulo 9 para explicar algo que pretensamente tinha ficado inacabado no capítulo 8.

a-     No entanto,  Daniel. 8:26 indica que a visão ficou selada ou “guardada” porque era “para muitos dias”?

b-     Se é assim, se dispõe Gabriel no capítulo 9 a tirar o selo de uma visão que estava selada?

c-     Quereria tal entendimento dizer que os “muitos dias” chegaram a seu fim no primeiro ano de Darío o médo Quando Daniel ainda estava vivo e na Babilônia?

3    Onde diz Daniel que ele não tinha entendido claramente a visão do capítulo 8? 

       Não é verdade que w’eyn mebiyn, ao final de Daniel 8:27, pode traduzir-se “ninguém o soube”, o que significa que nenhum dos conhecidos de Daniel soube de seu mal-estar pela visão, causado por seu conhecimento das malvadas ações futuras do “chifre pequeno”?

    4    Ainda que tivéssemos de adotar a questionável tradução de que as 70 semanas estão “cortadas” de algum outro período mais longo, seria errôneo sugerir que podem ser uma parte dos  tempos que estão no pré-conhecimento de Deus sem que faça falta imaginar que o cronograma de Deus tenha sido revelado a algum mortal? Ademais, não é a própria noção de que chathak, e hapax legomenon, deva entender-se que significa “cortado de algo maior” uma base sumamente objetável para cimentar uma doutrina?

    5   O autor entra muito no detalhe  quanto ao cumprimento provavelmente messiânico de Daniel. 9:24, implicando obviamente que se os objetivos mencionados foram cumpridos de forma clara  por Jesus Cristo não é possível que tenham tido um cumprimento parcial anterior.

                a- Por isso sem tardança, analisemos Daniel. 9:24 em seu contexto? Mas, primeiro, observemos que no mesmíssimo versículo mencionado por nosso autor, o intérprete angelical esclarece de forma meridiana que os beneficiários desta profecia tinham de ser “teu povo e […] tua santa cidade”, ou seja, Israel e Jerusalém, só por  isso é de se esperar que esteja se referindo a  um gentil de um Messias universal!

            b-  Um dos benefícios mencionados por Gabriel era “terminar a prevaricação*”. Seria apropriado assinalar que o substantivo hebraico relevante, pesha‘, aparece em outras passagens de Daniel (8:12, 13, 23; cf. as formas relacionadas de 9:27 e 11:31) exclusivamente em conexão com a obra do malvado “chifre pequeno”? Em virtude disso, estaria correto  interpretar que o juízo divino e o castigo deste personagem malvado teriam lugar em algum momento durante as 70 semanas?

            c- O segundo benefício mencionado por Gabriel era “pôr fim ao pecado”. Num certo sentido, Jesus pôs fim ao pecado, ainda que resulta dolorosamente evidente que o pecado continua existindo entre nós. No entanto, seria apropriado assinalar que, em sua oração, Daniel tinha rogado o perdão do pecado de seu povo tendo em mente um âmbito mais bem limitado (versículos 5, 8, 11, 15, 20). Se é assim, por que teríamos de concluir  precipitadamente  que isto se refere à cruz?

            d-    O terceiro benefício mencionado por Gabriel era “expiar a iniqüidade* ”. Por suposto, mediante seu sacrifício perfeito na cruz, Jesus expiou a iniqüidade de uma vez para sempre. No entanto, Daniel tinha expressado seu pesar pela iniqüidade de sua nação, que tinha causado sua penosa situação, exilados como estavam em Mesopotâmia (versículos 13, 16). Se é assim, por que teríamos de concluir  precipitadamente  que isto se refere a cruz?

                    O quarto benefício mencionado por Gabriel era “trazer a justiça perdurável”. Devemos aceitar de todo coração que isto foi conseguido por Jesus Cristo, e só por ele. No entanto, deve sublinhar-se que os benefícios da relação de novo pacto com Deus estava previsto originalmente que se tivessem concedido aos judeus arrependidos imediatamente depois do exílio babilônico (Jer. 31:23-25, 31, 33, 38-40; Eze. 37:26-28; 39:11-14, 25-29). Se ao menos dois profetas maiores tinham previsto originalmente os benefícios de que o novo pacto se tivesse feito ao regresso do cativeiro da babilônia, seria errôneo dizer que Daniel tinha previsto algo similar mais ou menos para a mesma era?

            e.   O quinto benefício mencionado por Gabriel era “selar a visão e a profecia”. O verbo “selar”, chatham em hebraico, aparece só outras duas vezes em Daniel, em 12:4 e 12:9. Em ambos casos, está relacionado com o selamento que Daniel faz de parte de seu livro, a que tem que ver com tempos distantes. Quando chegassem esses tempos, o conhecimento aumentaria. Poderia, quiçá, estar dizendo Gabriel que as profecias de Daniel se entenderiam ao finalizar as 70 semanas porque estariam cumpridas por então?

            f-   O último benefício mencionado por Gabriel era “ungir ao Santo dos santos”, ou seja, o lugar santíssimo. Bem, isso é muito compreensível. Já que a obra do “chifre pequeno” implicava a profanação do santuário, ungir seu lugar santíssimo é o equivalente óbvio de purificá-lo, algo já mencionado em 8:14

. 7   . A seguir, o autor volta sua atenção às supostas datas do decreto real para fazer que se reconstruísse Jerusalém. Demonstra de forma muito persuasiva que se alguém tivesse de começar em alguma outra data diferente de 457 a.C., 490 anos literais não nos levariam a uma data o bastante próxima ao ministério de Jesus que lhe resultasse aceitável a um crente neste tipo de matemáticas. Excelente argumento. No entanto, o problema é que Daniel. 9:25 não diz nada de nenhum decreto real. Menciona a “saída” da dabar, ou palavra. De maneira que as 70 semanas começam com a saída de uma palavra para propiciar a reconstrução de Jerusalém. É pura coincidência, então, que, segundo Daniel. 9:23 tal dabar “saiu” ao começo das súplicas de Daniel? Naturalmente, a dabar é a palavra de Deus. É curioso que a saída da palavra de Deus se dá imediatamente antes de que Ciro permita o regresso dos judeus a sua pátria. Quanto às matemáticas especialmente quando são tão propensas a erros por parte dos aprendizes de matemática como William Miller e outros., quem da garantia da sua precisão?

8   . O autor menciona Esdras 4:12 como prova de que a cidade de Jerusalém estava sendo reedificada com base em  uma autorização de um tal Artaxerxes provavelmente o Artaxerxes de Esdras 7. Ainda concedendo que o Artaxerxes de Esdras 4 seja Artaxerxes I (algo que EGW não admite, já que diz que o Artaxerxes de Esdras 4 é, nem mais nem menos, que o “falso Esmerdis” !!, veja-se Profetas e reis, página 419; cf. 4 SDABC 1175-6]. Este assim chamado “falso Esmerdis” reinou na Pérsia imediatamente antes de Darío I. Estou mais do que disposto a admitir  que ela está completamente equivocada, (mas quiçá outros não estejam muito dispostos a aceitar esta posição minha!!), Esdras 4:12 é parte de uma série de acusações mentirosas dos inimigos dos judeus (EGW fala dos “falsos relatórios” dos samaritanos [4 SDABC 1175] que se usaram para mover a Esmerdis a promulgar “um decreto para proibir aos judeus que reconstruíssem seu templo e sua cidade [Profetas e reis, loc. cit.; a ênfase não está no original). Ademais, não demonstra Esdras 4:6 que Jerusalém tinha habitantes ainda antes? De maneira que se Jerusalém estava habitada nos tempos de Xerxes (o pai de Artaxerxes; segundo outros, como segundo EGW, isto seria nos dias de Cambises!), Já deveria estar restaurada por essa época, o que se enquadraria perfeitamente com o depoimento de Hageo dos dias de Darío I, avô de ArtaxerxesI, mais de meio século antes de 457 a.C.! Não mostra o “depoimento” de EGW que, não importa como se interprete, já seja como certo ou errado, seus “defensores” modernos estão, em qualquer caso, mais equivocados do que ela mesma?

9   . Na lição anterior, o autor nos tinha convidado a dedicar o tempo todo que precisemos para estudar diagramas. De maneira que façamo-lo sem demora. Ao fazê-lo, tentemos dar resposta a estas perguntas:

  I-   O que ocorreu exatamente a fins do ano 457 a.C., no outono (Notas biográficas de Elena G. de White, página 64)?

a-     Se promulgou nessa data algum decreto que permitia a reconstrução da arruinada cidade de Jerusalém?

b-     Onde está esse decreto?

c-     Não é verdade que Jerusalém já tinha sido reconstruída na época de Darío, avô de Artaxerxes I (Hag. 1:1-4)? É verdadeiro que Artaxerxes teve algo que ver com a reconstrução de Jerusalém, já que autorizou a Nehemías em 444 a.C. a reconstruir suas muralhas, mas,

d-     não é verdade que a reconstrução de Jerusalém foi o resultado do decreto de Ciro?

e-      Não é verdade que o mesmíssimo Deus tinha predito que seria Ciro, seu “messías”, o que faria que Jerusalém fosse reedificada (Isa. 44:28 e seu contexto)? Se é assim, tendo em conta que a viagem de Esdras a Jerusalém começou, no começo da primavera de 457 a.C. e que acabou, no máximo,  durante o verão de 457, que ocorreu exatamente depois do 1 de Tishri de 457 a.C. (outono) que pudesse ser considerado o início das 70 semanas?

      f-   Segundo a passagem das 70 semanas, quando é cortada a figura do “messías” de Daniel. 9:26, depois de 62 semanas e meia, ou só depois de 62 semanas? Se esta figura de um “messías” é nosso Senhor Jesus Cristo e se as 70 semanas são realmente 490 anos seqüenciais, e se começaram em 457, morreu ele realmente em 27 d.C.? Poderia isto implicar outra pequena distorção?

        g-  Novamente, o mesmo versículo que menciona o corte da figura de um “messías”, Daniel. 9:26, menciona imediatamente depois ao povo de um governante inimigo que causará devastação na cidade e o santuário. Poderia tratar-se dos romanos?

I-                    É esta uma referência à destruição de Jerusalém em 70 d.C.?

II-                   No entanto, já que as 70 semanas acabam pretensamente em 34 d.C., pode alguém explicar porque aparece uma referência a 70 d.C. no meio de uma profecia que acaba em 34 d.C.?

III-                 Poderia isto implicar um pouquinho de distorção adicional?

            h-     Em Daniel. 9:27, quem é o que confirma um pacto com muitos durante uma semana e que põe fim ao sacrifício e a oferenda?

I-      Se trata da figura de um “messías”, ou do governante malvado de Daniel. 9:26? Não sugeriria a regra do antecedente mais próximo, à que apelou o autor previamente, que estamos tratando aqui com o governante malvado e não com Jesus Cristo?

II-     Poderia isto implicar um pouquinho mais de distorção?

III-   Jesus fez um pacto com os judeus depois de sua morte que duraria meia semana? Onde podemos ler a respeito desse pacto?

                i-    Se a figura do “messías” de Daniel. 9:26 tivesse de ser a responsável pela confirmação do pacto e a abolição dos sacrifícios e as oferendas, sem dúvida, segundo o hebraico, ele teria de ser também responsável do surgimento das abominações das que fala o versículo 27.

            I-       Foi isto efetuado por Jesus Cristo?

            II-      Teríamos que mudar de antecedente para evitar tão horrível perspectiva?

            III-    Poderia isto implicar um pouquinho mais de distorção?

                j-   Segundo o original hebraico, se pôs fim aos sacrifícios e as oferendas à metade de uma semana ou durante meia semana? Não é verdadeiro que a preposição “em” falta em hebraico?

                       k- Podemos demonstrar para valer que o ministério de Jesus começou em 27 d.C.?

e.                                                                                              Podemos demonstrar para valer que acabou em 31 d.C. e não, digamos, em 30 d.C.?

        l-    Podemos demonstrar que o apedrejamento de Estevão ocorreu em 34 d.C.? De que maneira está relacionado Estevão com as 70 semanas, por favor?

        m-    Por que teriam de começar as 2.300 tardes e manhãs de Daniel. 8:14 ao mesmo tempo que as 70 semanas? Onde diz isso Daniel? Por que não podem acabar ao mesmo tempo ambos períodos?

                        a-     Objetivamente,  o que aconteceu  para valer em 1844?

                        b-     ocorreu algo nesse momento ao “chifre pequeno”?

                        c-     Podemos encontrar algo digno de menção que ocorresse ao papado nesse momento?

                        d-      Não?

                        e-     Como pode ser?

                        f-       Implicaria isto um pouquinho mais de distorção? Somente um pelinho?

N-   Tendo em conta que em 1844 o crescente lunar foi observável só umas horas depois do começo da primavera, no final de março e que de acordo tanto com os judeus rabínicos como com os judeus caraítas o yom kippur caiu o 23 de setembro, como exatamente se chegou à data do 22 de outubro?

            a-    Pode alguém exibir um documento caraíta, ou qualquer outro documento judeu, no qual o yom kippur caia nessa data?

            b-    Poderia isto ser outro caso de um pouquinho de fraude e engano para idiotas incautos?

m.  Por que pelo menos na metade das traduções conservadoras à maioria dos idiomas modernos parecem não ler Daniel 9:24-27 em sentido messiânico.

        n.   Estudei o diagrama o suficiente, ou deveria aprofundar mais?

CAPA

INTRODUÇÃO; DANIEL 1 E 2

DANIEL 5 E 7

DANIEL 7 ( lição 8 )

DANIEL 8 ( LIÇÃO 9 )

DANIEL  (CONTINUAÇÃO)

DANIEL 9

CONTINUA EM

DANIEL 10 E 11  (LIÇÃO 12)

DANIEL 11 E 12 (LIÇÃO 13)