Os diversos componentes funcionais do bonde podem ser considerados em termos de componentes específicos do veículo e componentes do sistema. Dentre os itens do primeiro caso, incluem-se os dispositivos de transmissão elétrica (isto é, os coletores de energia e os demais canais de passagem de corrente internos), os dispositivos de controle (manivela de aceleração, manipulador de freio pneumático — ou seja, de ar comprimido — e freio manual), os motores de tração, os truques (estruturas de barras e travessas onde dispõem-se os eixos com as rodas, a timoneria - barras de comando - do freio e os motores de tração), o sistema de iluminação, etc., além do contexto das acomodações, de marcação de passagens e outros. O segundo item em questão, referente ao sistema, consiste no complexo ferroviário do "tramway", composto das centrais receptoras e fornecedoras de energia, na rede aérea e na via permanente com todos os seus integrantes, isto é, as vias com trilhos e lastro (dormentes), os cruzamentos, desvios ou "chaves", etc, além das oficinas ou "estações". Temos, nesta seção, exemplos de tipos de coletores de energia e um panorama básico da rede aérea e da via permanente, e, nas próximas páginas, os controles e o detalhamento dos componentes da via.

Repare-se no quarto exemplo (à direita, abaixo) que o veículo possui também a "lança". Trata-se de um bonde de Portugal (lá chamam-se "eléctricos"), onde muitos carros antigos foram adaptados a sistemas modernos. A lança pode ter sido mantida por tradição, ou mesmo para que o veículo possa trafegar também em vias cuja rede aérea para lança - não compatível com o pantógrafo - foi mantida.

Imagens - À esquerda, fragmentos de: 1) foto de ambiente em Innsbruck - Áustria; 2) foto de ambiente em Zurique - Suíça, autoria de Baracsy Ákos, site do autor. - À direita, fragmentos de: 3) foto de Baracsy Ákos, ambiente em de Miskolc - Hungria, disponível no site de Varga Ákos e 4) foto de Pedro Barreto, site de Emídio Gardé.