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As Características do Bonde

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Funcionais - 2
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Aspectos Funcionais - Controle: Manivela, Freios Pneumático e Manual.


Acima: Manivela (Cortesia WERNER VANA) (1)

À esquerda: Motorneiro em serviço (cortesia Werner Vana)(2). A mão esquerda na manivela e a direita no punho do freio pneumático. Aqui vemos nitidamente o volante do freio mecânico (manual). Sob o pé direito do operador, o pedal do tímpano, o sino que faz as vezes da buzina.

À esquerda: Vista geral do controle de um carro moderno (cortesia Werner Vana)(3). Aqui temos uma nítida visão dos componentes. Observemos, no meio, o assento do motorneiro, diante do qual dispõe-se, à esquerda, a manivela de aceleração (sobre o console) e à direita o punho (manípulo) do freio a ar. Mais à direita, meio oculto pela caixa coletora de fichas, o volante do freio manual.


Punho freio pneumático(5)

Volante freio mecânico(4)

À direita: Manivela (cortesia "O BONDE")

À esquerda: Operação (cortesia "O BONDE"): Observa-se na figura a mão esquerda do operador na manivela de aceleração. Nota-se a direção do braço direito, que nos faz perceber que a mão ocupa-se do manipulador de freio.

À esquerda: Operação (cortesia "O BONDE"): Temos nesta foto um enfoque nítido da manivela (mão esquerda) em ponto de desligamento, ou "encostada", ou seja, em ponto morto ou "ponto zero", posição que desliga os motores. Os motores (elétricos) de tração dos bondes ficam – como em todo veículo ferroviário elétrico – nos truques, junto aos eixos das rodas (rodeiros). Bondes com quatro rodas costumam prover-se de dois, e os de oito rodas podem ter dois ou quatro motores, sendo, neste caso, um para cada eixo. Esta pequena alavanca movida pela mão direita do operador é a chave de reversão (frente/ré).

À esquerda, outra amostra completa dos controles: à esquerda a manivela e a chave reversora, ao centro o manipulador do freio pneumático e à esquerda o volante do freio mecânico. Foto de Varga Ákos (Szeged, Hungria).

Clique na imagem para ver o original no site de Varga.

Os dispositivos tradicionais* de controle dos bondes é bem semelhante aos também tradicionais controles dos trens elétricos e locomotivas elétricas antigas. A terminologia dos profissionais varia em cada tipo de transporte. No jargão brasileiro — que dá um nome característico ao próprio veículo e à equipagem (pessoal) de trabalho em tráfego chama de motorneiro ao operador, e condutor ao cobrador e marcador de passagens — dá-se o nome de "manivela" à alavanca de aceleração (que é, de fato, uma manivela em posição vertical), que o motorneiro aciona num giro de uns 230o aproximados, da direita à esquerda, ou de frente para trás, conforme a disposição adotada no veículo. Esse giro é dividido em "pontos" marcados e sentidos pelo operador, à medida em que acelera ou desacelera o bonde. A manivela é acionada com a mão esquerda, enquanto à direita cabe a aplicação do freio pneumático, isto é o freio a ar comprimido, o qual, da mesma forma que em locomotivas movidas por qualquer tipo de tração (elétrica, a vapor, diesel-elétrica, etc.) e em trens de todo tipo, é fornecido por um compressor interno ao veículo, de acionamento automático controlado por um pressostato que capta a intensidade de compressão e quantidade de ar nos reservatórios, ligando e desligando o compressor de acordo com a necessidade. Em casos como o bonde e outros veículos movidos a tração elétrica, o compressor é acionado por um motor elétrico específico. Em veículos a vapor, principalmente locomotivas, o próprio vapor se encarrega da produção do ar de freio, e em locomotivas diesel-elétricas o eixo de acionamento do compressor é uma extensão do virabrequim (eixo de manivelas) do motor diesel. O bonde possui, ao lado direito do manipulador do freio de ar, o freio manual, também presente em qualquer outro tipo de veículo sobre trilhos. Este é usado da mesma forma que o freio de mão dos veículos rodoviários, para evitar o deslocamento do veículo enquanto estiver estacionado. Antes do aparecimento do freio a ar, até as paradas e reduções de velocidade eram controladas por esse tipo de dispositivo, totalmente mecânico, e "duro", que, por sinal, exigia muita força dos profissionais.

* "Tradicionais", assim chamamos os sistemas de controles apresentados aqui, aliás ainda muito usados, porque há hoje, em alguns bondes modernos, outros tipos de dispositivos de comando, dos quais falamos um pouco em nossa página "Bondes Hoje". Por falar em bondes atuais, há sites com bastante material informativo a respeito, alguns dos quais estão relacionados em nossa listagem de sites sobre bondes atuais.

Referências:
(1) Detalhe do item (3), referenciado abaixo.
(2) Copyright do livro TROLLEY CAR TREASURY, de Frank Rowsome (Out of Print); desenho extraído de um Catalogo do fabricante J. Brill.
(3) Copyright do livro TROLLEYCARS de Frank Sullivan e Fred Winkowski.
(4) Detalhe do item (2), referenciado acima.
(5) Detalhe do item (3), referenciado acima.
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