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As Características do Bonde

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Funcionais - 3
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Aspectos Funcionais

"Chaves" & Trilhos: Os Mecanismos de Desvio e os Tipos de Trilhos empregados nos sistemas de bondes são análogos aos usados nas ferrovias de trens, diferindo em mínimos aspectos de adaptação ao carril de rua.

 

À direita: Desvios num trecho das vias de Santa Teresa - Rio de Janeiro

(Foto disponível no site de Emídio Gardé).

Veja também no site de Allen Morrison sobre esses bondes, preservados e mantidos em circulação. Dentre as várias fotos lá disponíveis, há uma bela vista superior de um desvio. Aproveite para conhecer a linha do Alto da Boa Vista, que sobreviveu, até 1968, à extinção dos bondes cariocas. Em ordem cronológica, Morrison apresenta imagens desde os primórdios ao final, concluindo com um belo exemplo de carro fechado.

Desvios: Num trecho das vias de Dresden - Alemanha.

Muitas cidades européias contam com intensos e eficientes serviços de bondes. Clique na figura ao lado para ver a fotografia plena desse tramway atual, oriunda do site Tramscape Tramway PhotographÞ

Um dos mais importantes componentes funcionais do sistema de bondes, e de qualquer sistema ferroviário, é a "chave", isto é, o desvio, ou, em termos mais técnicos, o "AMV", Aparelho de Mudança de Via. Dispomos aqui de dois exemplos, onde podemos perceber, em ambos, alguns detalhes análogos do desvio, e, observando-os em separado, notaremos a diferença nos tipos de trilho adotados, num e noutro caso. Na sua maior parte, os bondes rodam sobre os célebres "trilhos de fenda", mas há casos em que se adota o tipo comum (o mesmo empregado nas ferrovias convencionais), acompanhado internamente por contra-trilhos (que às vezes nada mais são que trilhos colocados "por dentro" da bitola), substituindo o recurso da fenda. A fenda, o contra trilho, etc., bem como suas utilidades, funções e/ou necessidades serão vistos a seguir.

O esquema à esquerda (cortesia Werner Vana) mostra um tipo de sistema em que acopla-se um contra-trilho especial a um trilho semelhante ao de tipo comum. A existência da nervura (ver no desenho, ao meio da alma, entre a mesa inferior e o boleto) difere este trilho do comum. A nervura serve de apôio ao contra-trilho, que é atarrachado ao trilho por meio de um fixador (observar no desenho). O contra-trilho do esquema é, conforme explicado acima, de um tipo característico, em forma de meia canaleta, que faz às vezes da fenda, ou seja, ele forma a fenda; se observamos uma via que tenha esta espécie de trilhos, teremos a impressão de ver trilhos de fenda. Há casos, porém, em que se usa um trilho comum, ao lado do trilho de rolamento, para servir de contra-trilho (ver exemplo abaixo). Nota: As medidas que lemos no esquema correspondem a um tipo determinado, não sendo, portanto, um padrão universal.

Exemplo esquemático, em corte vertical, do trilho comum, usado comumente nas ferrovias de longo curso, para o tráfego de trens, às vezes também usado em vias bondes, geralmente, neste caso, com o auxílio do contra-trilho. Este desenho foi feito com base no esquema de Werner Vana, acima.

Exemplo esquemático (com base no mesmo esquema), em corte vertical, do trilho de fenda, o tipo mais usado nas vias de bondes. Os dois desenhos - este e o que vemos à esquerda - são esquemáticos e nos dão uma idéia geral, mas há variedade de medidas e particularidades de formato.

AR LIVRE DORMENTE
TRILHOS SOLO
CALÇAMENTO

Acima, um pequeno esquema simplificado, em corte vertical, da configuração do conjunto da via permanente dos bondes, vendo-se os dois trilhos (de fenda, neste caso) sobre dormente. A cor cinza representa o calçamento da rua, que pode ser de paralelepípedos, asfalto, ou outro; o amarelo corresponde ao ar livre, ou seja, o ambiente onde podemos estar e observar a linha, o que significa que só vemos a superfície dos trilhos, conforme demonstram as duas fotos abaixo. Vemos, por cima, o boleto e a fenda dos trilhos. O restante fica subterrâneo, os trilhos cercados pelo calçamento e o dormente pelo solo, isto é, o material de sub-lastro da pavimentação da rua.

A "agulha" é uma peça afunilada de trilho, articulada e móvel, que, conforme posicionada, promove a permanência do veículo numa via ou a passagem do mesmo a outra. O "jacaré" é o cruzamento da trilho direito da via por onde o veículo "sai" com o esquerdo da via que continua. Esta via, em Santa Teresa, Rio de Janeiro – RJ, adota o sistema trilho & contra-trilho. Conforme indicado na figura, vemos os trilhos, por onde correm as rodas, nas extremidades laterais das vias, e os contra-trilhos os acompanham internamente.

Aqui vemos desvios em vias com trilhos de fenda, aliás o gênero mais usado em sistemas de bondes. As fendas são uma espécie de apêndices laterais, em forma de canaleta, que garantem a passagem livre dos frisos das rodas, pois a superfície dos trilhos de bonde assenta-se em contacto direto com o pavimento das ruas, e a lateral interna de um trilho comum ficaria sujeita ao acúmulo de materiais terrosos, detritos, excesso de asfalto, etc. O contra-trilho é um recurso opcional, no qual a função da fenda é exercida pelo espaço livre entre o trilho e o contra-trilho.

Veja, na página a seguir, a continuação deste assunto, com exemplos detalhados de desvios.
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